O dia começava na vila da Nuvem, com o sol quase nem aparecendo no meio do céu nublado, que talvez seria assim o dia todo, um clima fechado. Tamaki acordava para mais outro dia na sua vida de ninja, indo fazer algumas de suas necessidades pessoais antes, tomando um banho e vestindo uma camisa preta sem manga e capuz, com uma calça azul marinho e sapato branco, descendo para tomar seu café da manhã, em seguida escovando seus dentes.

Saindo do orfanato, ele iria até o quadro de missões, mas no meio do caminho via algo diferente, algumas pessoas espirrando, talvez sendo alergia a algo no ar, mas mesmo assim era bem estranho. Quando chegava no local, logo receberia um pergaminho de uma missão, sendo preciso ajudar uma bailarina que estava doente, dançando no lugar dela através da técnica de transformação. Era uma missão meio diferente para o Tamaki, que precisaria aprender a dançar para assim ajudar a mulher, pelo menos ele se esconderia através de um jutsu.

Quando estava pronto para sair, a atendente espirrava, olhando para Tamaki, lhe questionando sobre um assunto:
- Aí garoto, você tá com sintomas de gripe também?
- Por enquanto não, por que? - Respondia Tamaki.
- Ah, é porque eu e meu marido estamos sentindo e achei meio estranho, mas deve ser apenas coincidência. - Dizia a mulher do balcão, que espirrava em seguida.
- Melhoras para você e seu marido, agora tenho que ir. - Dizia Tamaki, indo até onde estaria a bailarina, olhando um endereço presente no pergaminho que talvez seria a casa da mulher.

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Chegando na casa da contratante, Tamaki batia na porta, esperando alguns segundos até que um homem abriria ela, olhando para o garoto.

- Então você é o genin que veio ajudar minha namorada? - Dizia o homem, um rapaz de cabelos loiros e olhos azuis, sendo um pouco menor que Tamaki.
- Sim, sou eu. - Respondia para o homem.
- Ah, pode entrar, ela está no quarto, amanheceu meio gripada hoje. - Dizia o loiro, dando licença para Tamaki poder entrar, o que faria logo em sequência, fechando a porta ao entrar.

Após entrar em casa, o homem dizia que levaria o garoto até o quarto onde estava sua namorada, apresentando o genin para ela, além de mostrar como seria a aparência para ser usada no Henge no Jutsu que seria necessário para ajudar nessa missão.

Chegando lá, ele veria uma mulher de longos cabelos negros, uma pele branca, olhos verdes e deitada sobre sua cama, repousando, mas ela se ajeitava um pouco, encostando suas costas na cabeceira da cama, abrindo um sorriso e começando a explicar as coisas para Tamaki:
- Você é o genin dançarino que irá me substituir? Antes de dizer seu nome, gostaria de saber, você sabe dançar? - Dizia ela, se levantando da cama, revelando estar vestida em um pijama com flamingos desenhados.
- Dançar? Bem, nunca tentei. E meu nome é Tamaki. - Respondia para a mulher.
- Então vou ter que te ensinar um pouco, sua sorte é que a apresentação é as 7 da noite e agora é apenas 9 da manhã, então vamos ter uma longa aula. Antes de tudo, tente usar o Henge no Jutsu, tentando transformar em mim.

Tamaki só obedecia o pedido da bailarina, realizando os selos para seu Henge no Jutsu, transformando na mulher, tendo os mesmos traços, copiando até o pijama, desfazendo a técnica em seguida, visto que a contratante daria um sinal de aprovado para aquela tentativa.

- Poderiam me dar licença? Vou me trocar, logo desço a escada para te dar algumas aulas. - Dizia gentilmente a mulher, pedindo para os dois rapazes saírem, que fariam em seguida, descendo a escada e esperando na sala pelas aulas de Tamaki.

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A mulher descia da escada vestida com um vestido florido, carregando em sua mão um pacote, parecendo conter algo dentro, mas Tamaki não sabia o que era, até que ela lhe entregaria, finalmente revelando o conteúdo daquilo:
- É uma roupa de dança, vista, pode ir no banheiro no segundo andar para se trocar. - Ao dizer aquilo, Tamaki seguiu o pedido sem comentar nada, subindo as escadas e indo até o banheiro, trocando de roupa.

Ao pegar a roupa, ele via que era um traje de bailarina rosa, com asas de borboleta nas costas, parecendo uma fada, fazendo que ele ficasse meio em dúvida sobre usar aquilo ou não, já que poderia ser um pouco humilhante, mas logo decidia vestir aquilo, já que poderia ser preciso para a missão. A roupa ficava um pouco apertada para o corpo musculoso de Tamaki, ficando um pouco desconfortável, mas era um sacrifício necessário para o bem de um habitante da vila que ele seria líder no futuro.

Tamaki descia a escada, vestindo aquela roupa, fazendo que o casal tivesse que segurar o riso, já que era uma visão bem cômica. Meio indignado com aquilo, o garoto questionava para a sua "professora":
- Por que eu tenho que vestir isso? - Perguntava o garoto para a mulher.
- Para dançar você precisa de uma roupa adequada e eu só tinha essa limpa, que por sinal é a que vou usar na apresentação, ou seja, a que você usará lá, então tô te ajudando. Agora, se alongue, vamos começar agora. - A mulher respondia para Tamaki, tossindo em seguida.

O namorado dela arrastaria os móveis para dar espaço na sala, indo para a cozinha preparar o almoço enquanto Tamaki se alongava, terminando e pronto para seu treinamento.

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Após se alongar, Tamaki e a mulher, cujo nome era Rinka, começavam a treinar a dança, com a bailarina profissional dizendo os movimentos que o garoto deveria fazer, que muitas vezes ficavam engraçados graças aquela roupa apertada, que muitas vezes ficavam perto de rasgar devido os músculos.

No começo, aqueles movimentos eram feitos na maioria errados, mas após algumas horas, estavam começando a ficar bons, parecia que Tamaki tinha o dom para dança, caso não fosse um ninja, poderia ter futuro no ramo artístico. Após todo aquele treinamento de dança, ele estava bastante cansado, com o corpo suado, que consequente seria o estado da roupa, fazendo com que tivesse que tirar, voltando com a sua roupa antiga, colocando o traje no meio de umas roupas sujas.

- Você tem o dom para dança, devia tentar qualquer hora. - Dizia Rinka, elogiando os movimentos do garoto.
- Obrigado, mas prefiro ser ninja, só assim para realizar meu sonho. - Respondia aos elogios da sua professora temporária.
- Boa sorte para realizar ele, mas antes de liberar você para ir no teatro, gostaria de dar umas informações sobre o que você terá que fazer. É uma dança de um espetáculo conhecido como "A Fada do Dente", que eu vou usar para entrar em uma companhia de dança bastante renomada, é a chave para um futuro melhor, sabe? - Disse Rinka.
- Hm, entendo. - Dizia Tamaki, que via as horas, faltando 2 horas para com que ele tivesse que ir até o teatro realizar a apresentação para Rinka.
- Tenho que ir, está quase na hora. - Dizia se levantando, despedindo do casal e indo para o orfanato, tomar banho para ir até o teatro.

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Tamaki chegava no orfanato, tomando seu banho, se preparando melhor para ir na apresentação, fazendo um lanche, já que estava um pouco com fome, comendo um sanduíche, se preparando para sair, indo até a frente do teatro, esperando o horário da apresentação.

Quando faltava 30 minutos para a hora da apresentação, indo até um lugar escondido para realizar o Henge no Jutsu, transformando na Rinka, entrando no teatro, indo até o camarim da mulher para se preparar para aquele teste. Chegando no camarim, que era somente para Rinka, Tamaki voltava a sua aparência normal, trancando a porta, esperando até a hora da apresentação, que faltava alguns minutos para acontecer, sentando em uma cadeira.

Quando chegava a hora, Tamaki usava novamente o Henge no Jutsu, virando Rinka, vestindo aquele traje de bailarina que usou para treinar a dança, indo até o palco, começando a dançar assim que fosse permitido, realizando os movimentos usados, fazendo os passos de forma quase perfeita. Após acabar, todos que estavam olhando a apresentação se levantavam, fazendo uma salva de palmas, com alguns avaliadores escrevendo algo em papéis, talvez sendo a nota.

Um homem chegava até Tamaki, dizendo para ele:
- Parabéns Rinka, você já está liberada para ir, nós iremos te avisar quando daqui a 3 dias, vamos avisar para você. - Dizia o homem.
Tamaki respondia apenas com um sinal com sua cabeça, saindo do teatro em seguida, voltando a sua forma normal quando saísse de lá, indo pegar as recompensas de sua missão.

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Tamaki chegava no orfanato, tomando seu banho, se preparando melhor para ir na apresentação, fazendo um lanche, já que estava um pouco com fome, comendo um sanduíche, se preparando para sair, indo até a frente do teatro, esperando o horário da apresentação.

Quando faltava 30 minutos para a hora da apresentação, indo até um lugar escondido para realizar o Henge no Jutsu, transformando na Rinka, entrando no teatro, indo até o camarim da mulher para se preparar para aquele teste. Chegando no camarim, que era somente para Rinka, Tamaki voltava a sua aparência normal, trancando a porta, esperando até a hora da apresentação, que faltava alguns minutos para acontecer, sentando em uma cadeira.

Quando chegava a hora, Tamaki usava novamente o Henge no Jutsu, virando Rinka, vestindo aquele traje de bailarina que usou para treinar a dança, indo até o palco, começando a dançar assim que fosse permitido, realizando os movimentos usados, fazendo os passos de forma quase perfeita. Após acabar, todos que estavam olhando a apresentação se levantavam, fazendo uma salva de palmas, com alguns avaliadores escrevendo algo em papéis, talvez sendo a nota.

Um homem chegava até Tamaki, dizendo para ele:
- Parabéns Rinka, você já está liberada para ir, nós iremos te avisar quando daqui a 3 dias, vamos avisar para você. - Dizia o homem.
Tamaki respondia apenas com um sinal com sua cabeça, saindo do teatro em seguida, voltando a sua forma normal quando saísse de lá, indo pegar as recompensas de sua missão.

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Quando chegava para pegar sua recompensa, Tamaki era barrado por dois ninjas da vila, que proibiam a entrada no garoto no quadro de missões, usando de máscaras que cobriam a sua boca e seu nariz, além de roupas especiais.
- Você está sentindo sintoma de gripe? A vila está tendo um surto de uma gripe e precisamos da ajuda de qualquer um que não esteja sentindo sintomas para cuidar dos doentes. - Perguntava um dos homens.
- Bem, eu não estou sentindo nada, acho que posso ajudar. - Respondia Tamaki.
- Ok, vamos até o hospital, lá você ganhará uma roupa especial para ajudar nos cuidados. E antes que me esqueça, essa é uma missão de Rank C, então após seu término, você ganhará suas recompensas. - Dizia o mesmo homem que ia com Tamaki e o outro para o hospital, onde aconteceria essa missão.

Chegando no hospital, Tamaki ganhava uma roupa de proteção e uma máscara, além de uma touca, vestindo tudo e indo até uma área, ainda acompanhado daqueles dois homens, chegando onde estaria vindo uma médica, usando as mesmas roupas.
- Você veio ajudar? Eu sou a doutora Jade, qualquer coisa só procurar por mim. Antes de tudo, qual o seu nome? - Se apresentava a doutora, ainda deixando umas perguntas.
- Eu sou Tamaki, vim ajudar no cuidado dos pacientes. - Respondia o garoto.
- Ok Tamaki, quero que você vá no quarto número 10 no segundo andar. - Mandava a doutora, com o jovem fazendo apenas um sinal de sim com a cabeça, dando licença e subindo a escada, indo até onde foi pedido a sua presença.

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Tamaki chegava no quarto que sua presença foi solicitada, subindo as escadas para chegar em tal lugar, abrindo a porta para entrar e se deparando com um local com algumas camas, que na maioria estavam vazias, estando somente uma ocupada por um senhor de idade. Naquele quarto estava um enfermeiro que via Tamaki, indo falar com ele sobre o que seria preciso fazer.
- Opa, tudo bem? Então, sua função será ajudar no cuidado do senhor Enji, que foi infectado com aquela gripe misteriosa. - Dizia o homem para o garoto.
Tamaki entendia tudo aquilo dito pelo homem, fazendo um sinal positivo com a cabeça, ficando sozinho com o velho, já que o enfermeiro deixava o quarto, fazendo com que ficasse apenas os dois.

O quarto ficava em silêncio durante alguns minutos, com Tamaki apenas sentado olhando para Enji, não sabendo o que devia fazer, já que era sua primeira vez fazendo coisas daquele tipo.
- Aí, se você quer fazer algo, me dê um remédio, estou sentindo dor na coluna. Se você quiser continuar atoa, pode ir embora. - Dizia o velho, quebrando o silêncio do quarto, tratando de forma mal educada o garoto.
- Onde está o remédio? - Questionava o garoto.
- Está em ali. - Apontava seu dedo para uma bolsa colocada em uma cadeira. - É o da caixa amarela. - O velho dava mais sinais sobre o remédio.

Tamaki pegava um comprimido da caixa amarela, pegando também um copo de água para tomar o remédio, entregando para o senhor, que tomava, virando para o lado da parede, não agradecendo ou dizendo mais nada após aquilo. Tamaki via aquilo e ficava na sua, não dizendo nada, mas demostrando estar irritado com aquela falta de educação, mas guardava para si mesmo, voltando a fazer outra coisa no quarto.

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Novamente o silêncio reinava sobre aquele quarto de hospital, com Tamaki sentado, esperando o velho pedir alguma coisa ou aparecer coisa para fazer, como outro paciente para cuidar ou algo do tipo. Tamaki nunca tinha pensado na sua vida sobre isso de ajudar pessoas em hospitais, sempre se via como alguém na linha de frente, enfrentando oponentes com seus socos, não em um hospital, mas algo vinha em sua cabeça: Aquilo era algo necessário para proteger as pessoas, que seriam no futuro, habitantes da vila quando ele fosse o líder, precisando ter que cuidar daquelas pessoas. Aquilo podia ser apenas um pequeno surto de uma gripe comum, que poderia ter baixas chances de mortalidade, mas quem sabe não poderia ser uma pandemia de um vírus mortal, que botaria em xeque a vida de muitos habitantes, precisando agir com pulso firme para conduzir o país daquela forma, tentando poupar a vida de muitos, evitando o maior número de mortes. Esse pensamento, combinando com as suas últimas missões, fazia com que ele decidisse se tornar um guardião para as outras pessoas, podendo ver ele como uma parede para se apoiar, que não se quebraria nunca.

- Aí garoto, o que você está fazendo aqui? Dá para ver que você não é experiente em hospitais, então não é um médico ou enfermeiro. - Dizia o velho, quebrando novamente o silêncio daquele quarto frio.
- Eu sou um ninja, fui chamado para ajudar aqui por meio de uma missão. - Respondia para Enji, o senhor.
- Ninja? Hm, não sei o motivo que vocês jovens decidem tanto escolher esse caminho que só traz infelicidades. - Dizia o velho, que estava virado para parede, deitado.
- O senhor já foi um ninja? Do jeito que você fala, parece que sim. - Tamaki soltava alguns questionamentos para o senhor.
- Eu já fui, só me trouxe tristezas para minha vida, mas você ainda não disse esse motivo. - Disse Enji.
- O motivo dos outros eu não sei, mas o meu é me tornar um Raikage, quero proteger a vila, mesmo que custe minha vida, só assim para fazer os sonhos das pessoas verdade. - Dizia Tamaki.
- Boa sorte, mas se eu fosse você, desistia disso de ser ninja, sua vida será muito melhor. - Falava Enji.
- O que você tem contra ser um ninja? - Tamaki perguntava para Enji.

Antes que o velho pudesse responder, a doutora de antes entrava no quarto, indo chamar Tamaki, dizendo:
- Tamaki, venha aqui, preciso que você colete o lixo do hospital, se não for pedir demais. - Disse a doutora.
- Ok. - Respondia o garoto para a doutora, saindo de lá, não despedindo de Enji para não lhe incomodar, também pois ele não deveria ligar muito, já que logo vinha um enfermeiro, que entrava no quarto.

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Tamaki começava a ajudar na limpeza do hospital, indo em cada quarto e sala daquele lugar, pegando o lixo hospitalar. Como o hospital era bastante grande e com muitos quartos, aquele trabalho demoraria alguns minutos, chegando a quase meia-hora, que após o término dessa coleta, o garoto iria deixar o lixo em uma grande lixeira localizada na lateral do hospital.

Após esse breve trabalho como lixeiro, Tamaki voltava para o hospital novamente, tirando um par de luvas descartáveis que tinha usado com o lixo e jogando no lixo, porém mais uma vez era interrompido, sendo chamado por um outro funcionário do hospital.
- Aí garoto, você é aquele genin, né? - Dizia o enfermeiro.
- Sim, sou eu. - Respondia Tamaki.
- Ah, é que precisamos de alguém para olhar do quarto 10, você poderia fazer esse favor? - Pedia o enfermeiro.
- Eu faço, já iria para lá mesmo. - Dizia para o homem, que fazia um sinal positivo com a cabeça, deixando o caminho livre para o garoto poder subir até onde sua presença foi solicitada, o que fazia em seguida.

Chegando novamente no quarto, o garoto via o velho sozinho apenas virando sua cabeça rapidamente, vendo que ele tinha voltado, voltando para sua posição de antes, olhando para a parede enquanto dizia:
- Então você voltou? Não preciso de ninguém aqui para ver minha morte chegando, pode ir embora. - Reclamava o senhor de idade.
- Por que você é tão razinza assim? Parece que todo velho que conheço é assim. - Tamaki reclamava também.

Após essas reclamações o quarto calava novamente, com nenhum dos dois falando nada durante um tempo.

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- Aí garoto, você tem família? - Dizia o velho Enji, que mais uma vez quebrava o silêncio dominante naquele quarto de hospital, mas ainda estava na posição de antes, deitado olhando para a parede branca, da mesma coloração daquele recinto, típico de hospitais.
- Família? Meus pais morreram quando eu tinha 8 anos, não lembro deles, nem como aconteceu aquilo. Eu vivo em um orfanato e tenho poucos amigos, aqueles que são minha família. - Respondia Tamaki, sentado em uma cadeira de madeira, olhando para a cama onde estava o velho.
- Então somos parecidos. - Dizia o velho do mesmo jeito de antes.
- Você também era órfão? - Questionava o garoto.
- Sim, perdi meus pais em uma guerra, tinha mais ou menos a sua idade. Depois disso, comecei a seguir esse caminho ninja, mas não tive tempo de fazer outras coisas, tipo namorar, construir uma família, ficando sozinho na minha vida, tendo nem amigos, já que a maioria morreu em combate. Por isso te digo, desista desse sonho de virar um ninja ou um Raikage, quem sabe assim você não terá o mesmo fim que esse velho. - Contava o velho um pouco de sua triste história de vida, que mesmo não sendo tudo, era o necessário para revelar o motivo de ser tão solitário, aconselhando Tamaki para não fazer o mesmo.

Tamaki ficava calado por um período do tempo, apenas refletindo sobre aquela breve passagem de história de vida.
- Eu sinto muito por tudo isso que aconteceu com você, mas quero que saiba que não vou ter esse mesmo fim e mesmo que tenha, não irei me arrepender de nada, pelo menos saberei que realizei meu sonho! - Tamaki dizia, tentando mostrar sua determinação para Enji, que não demonstrava nenhuma outra reação.

- Garoto, você me promete proteger todos da vila? - Perguntava o velho para o garoto.
- Sim, eu prometo, mas por que tá pedindo isso? Você estava sendo bastante negativo até agora. - Dizia Tamaki para aquele pedido do velho.
- É só um pedido desse velho em seus últimos dias. Obrigado, saiba que sempre estarei torcendo por você, mesmo que eu tenha te conhecido a pouco tempo e não tenha sido o melhor dos pacientes, mas mesmo assim, obrigado. Você é forte, use sua força para ajudar os outros a terem uma morte digna, diferente da minha. - Dizia Enji, parecendo ter dito as últimas palavras de sua vida, até que do mesmo jeito de antes, seus olhos fechavam, parecendo cair em um sono profundo.

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- Eu vou tentar fazer isso. - Dizia Tamaki para o último pedido de Enji, que estava parado, do mesmo jeito de sempre, mas algo era diferente, parecia que ele estava dormindo, até que o garoto virava o senhor para o lado, de modo que se estivesse vivo, conseguiria olhar para o teto, mas algo que não seria possível, já que seus olhos estavam fechados, parecendo que a sua alma não estaria mais no mundo dos vivos.

Tamaki, vendo que Enji aparentava estar morto, chamaria um médico para olhar o estado do senhor, que tinha um resultado nenhum um pouco animador: O Senhor Enji tinha falecido. Aquela notícia era como um soco na sua barriga, outra pessoa morrendo na sua frente, já não bastava a garota da sua penúltima missão, tinha agora Enji. Para confortar o garoto, o médico dizia que o senhor tinha uma doença que uma hora ou outra lhe traria a morte, um fruto de sua solitária jornada ninja, não deixando ninguém para continuar seu legado, pelo menos de sua família.

Tamaki saia do quarto, abalado com aquele acontecimento, com algumas lágrimas escorrendo de seu rosto, mas logo parava, firmando seus pensamentos em apenas uma coisa, cumprir sua promessa feita com Enji, proteger todos da vila, para assim ter uma morte digna pelo menos, mesmo que sua vida seja solitária, sem ninguém para chamar de família. Era anunciado para o garoto o fim daquela missão, com parte dos problemas resolvidos, podendo ir buscar as recompensas por todas aquelas missões realizadas, cada uma ajudando alguma pessoa de um jeito.

Saindo de lá, sem aquela roupa de proteção usada naquela missão, vestindo a sua roupa anterior, indo até o quadro de missões para pegar suas recompensas.

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Tamaki chegava no quadro de missões, recebendo as recompensas referentes as suas duas missões realizadas, ambas do Rank C. Poderiam não ter tido aquele sentimento de adrenalina, mas eram sentimentos comuns nos humanos, como a tristeza e a felicidade por algo, como a ajuda na realização de um sonho, como o ocorrido com Rinka, a bailarina. A tristeza da perda de alguém era algo que Tamaki sentia no momento, mesmo que aquilo tinha sido uma rápida interação com o senhor, além de que, com certeza, seria o único a sentir algo, visto que não era de conhecimento nenhum parente ou amigo, uma vida solitária.

Ao pegar sua recompensa, não iria até o orfanato como o habitual, iria até o cemitério, onde estaria sendo enterrado Enji Masuda, um antigo Jōnin da vila, que morreu após escutar o sim de Tamaki para uma promessa, uma morte de certa forma poética, que dizia sobre uma confiança no garoto bruto, que estava pensando em mudar de ideais, deixando de ser uma pessoa daquela índole para alguém mais protetivo, um guardião pode se dizer, servindo como um escudo para os necessitados. No enterro, onde só teria ele, era visível que naquela cena, o garoto estaria aos prantos, mas algo lhe motivava a não chorar, um pensamento que Enji não gostaria de ver aquilo, por mais triste fosse aquilo.

Após o corpo ser enterrado, Tamaki, ainda mais motivado por aquela promessa, voltava para o orfanato, ou melhor, sua casa, onde iria descansar daquele dia movimentado. Quando colocava sua cabeça no travesseiro, vinha em suas memórias a promessa feita: Proteger as pessoas. Eram essas palavras que ele lembrava, que tiveram um impacto no seu pensamento, que lhe fazia novamente pensar em se tornar um guardião, uma pessoa digna de se tornar um Raikage, que protegeria seu povo, mesmo que lhe custasse a vida ou até uma vida solitária, mas que no final, ele saberia que valeu a pena esse esforço.

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Tamaki com skin de Fada @aprovada