A pequena criança Kyoukan caminhou pelos corredores daquele local sombrio, cantarolando uma canção qualquer enquanto via por entre as alas das grades uma grande quantidade de pessoas acorrentadas, murmúrios e gemidos que fazia com que ela sentisse de certa forma fome, nunca havia visto tantos uchihas aglomerados, presos e acorrentados como animais que de fato eram, uma delas tentou pôr o braço para fora segurando na perna da Kyoukan para que esta parasse por um instante.

---Por favor… eu imploro… eu estou grávida… eu imploro… deixe minha criança ir embora…---

A menina de cabelos verdes se ajoelhou complacente, segurou nas mãos da grávida e acariciou, impedindo que os guardas a "educassem"  por não saber o seu devido lugar e nem que aquela era uma das preciosas e mais velhas arcebispado do pecado da gula.

--você… tem força de vontade, de viver… isso parece tão delicioso… acho que serviria como uma de minhas alunas… façamos o  seguinte de um lado em uma cela está os seus pais e seus irmãos, do outro o seu bebe que irá nascer e seu marido, escolha quem vai morrer ou viver--

Da outra sala os irmãos e os pais dela começaram a gritar desesperados para que ela os salvasse, mas os olhos da moça se viraram para a cela do marido dela e aquilo foi o suficiente para que a arcebispa enlarguecer o sorriso e ordenar aos guardas que dessem um banho na garota uchiha, a alimentar e proporcionar todo o tipo de remédios que ela precisasse, o mesmo seria feito com o seu marido.

Meses se passaram, com a jovem cada dia mais forte e o bebe aparentemente mais próximo de nascer, a arcebispa apesar de estranha cumpria com sua parte no acordo, exceto por um detalhe, todas as noites a jovem grávida tinha que escutar os seus familiares gritar de dor enquanto era feito todos os tipos de experimentos dos mais inimagináveis possíveis, depois de um tempo a mente dela estava quebrada, vivendo apenas para que aquela criança e seu marido pudessem continuar a viver no local sem virar ratos de laboratório.

Até que um dia a sacerdotisa da gula chegou com o mesmo sorriso no rosto.

---Parabéns… hoje seu marido parece que vai fazer uma burrada das grandes, agora que ele está forte acha que pode sair daqui vivo junto com você… e eu não pretendo impedi-lo, mas lembre-se da promessa que fizemos… você será minha espiã em kumogakure… ---

Anos depois.


A criatura que parecia um tipo de anjo estava acorrentada, inerte e nua os experimentos feitos com ela a destruíram tanto que não dava nem para definir o seu sexo, se tornando algo androgeno, ela havia perdido sua humanidade a muito tempo, e seus olhos vermelhos apenas fitava o vazio.

Até que o som da gigantesca porta fez com que ela levantasse os olhos e vesse a menina de cabelos verdes em sua frente, sorrindo como uma criança.

--ola… tem alguem ai? A para de se fingir de durona… nossa estadia juntas nem foi tão ruim, e também não me condene. foi sua mãe que escolheu que você ficasse aqui, eu dei a chance… de você ser livre… mas ela preferiu o bebe no ventre...---

A coisa correu na direção da menina de cabelos verdes, mas as fortes correntes que a prendiam a fizeram ficar a poucos centímetros do rosto da Kyoukan.

---Eu quero recuperar algo de vila, e você quer se vingar do lugar em que sua mãe viveu tão feliz, vamos juntar o  util ao agradavel.---

As correntes se soltaram e isso possibilitou que a criatura corresse em uma velocidade abismal pegando a menina Kyoukan pelo pescoço e a apertando contra a parede.

---Vou te matar… ---  Disse a criatura em um tom gutural.

A Kyoukan por sua vez sorriu, seu corpo se transformou em uma centena de corvos que atrapalhou a visão do anjo, fazendo com que ela pudesse escapar, cinco minutos depois era possível escutar o grito dos guardas de kumogakure tentando parar a criatura, só para descobrir que ela e seu ódio era forte demais para ser detido.



O gennin de kumogakure receberia mais uma missão aparentemente simples, de ficar de guarda em um dos prédios administrativos de kumogakure, já que a vila estava quase sem nenhuma defesa porque a maioria dos ninjas tinham ido para o evento de tokubetsu shiken, e toda ajuda era bem vinda.
Ele deveria ir até o prédio administrativo onde um chunin chamado Jigen estaria esperando para poder levá-lo e explicar melhor onde e como ele faria a guarda.

Aparencia do chunin

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--Hummm Onii-chan, você não é daqui? Digo eu vim para cá pequena quando meus pais verdadeiros, morreram em um conflito… não me lembro muito deles… mas descobri que tenho uma prima aqui… chamada Aysa-chan… eu e ela costumamos brincar muito… ---

Ela sorriu e continuou a olhar para chuva, brincando com uma goteira que caia entre as frestas do telhado, aparentemente ignorando os minutos que se passavam, até que se cansou daquela brincadeira se ajoelhou e começou a brincar com um pequeno corrego de agua formada pelas calhas d'água.

-Papai e mamãe sempre dizem para voltar para casa… mas… toda vez que chego lá não tem ninguém… Oniisama, você já teve pesadelos? -- Perguntou a garota ainda de costas para ele enquanto colocava os dedos na agua e brincava com as folhas que flutuavam como barquinhos.

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--A… ele chegou…--

A menina se levantou olhando para o vazio da tempestade, não havia nada no horizonte, ninguém, mesmo assim ela bateu as roupas e olhou de novo para o menino uchiha, com um sorriso no rosto caminhou caminhou para fora dançando na chuva e pulando nas poças, como uma criança que não se divertia a tempos correu a cerca de trinta e cinco metros.

--Satori Onichan… você poderia ir um pouco mais para a esquerda… dois passos se possível? --- Gritou a menina.

Mas quando foi que ela havia descoberto o nome dele? E o mais importante porque ela apontava com os dedos para cima como se quisesse que o gennin vesse algo que estava no alto.
Caso o gennin olhasse para a direção de onde ela estava apontando veria alguma coisa, algo entre as nuvens tempestuosas, sua silhueta humanóide seria marcada pelos relâmpagos,ele carregava consigo uma gigantesca rocha da qual arremessou contra o gennin.

---A ele quer brincar de pedra papel tesoura… -- Disse a menina em um tom infantil.

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A criatura desceu dos céus, ao lado da menina, ele tinha cabelos brancos e olhos vermelhos sedentos de sangue, a coisa o fitou por alguns instantes antes de voltar sua atenção para a menina que apenas deu de ombros.

--Posso come-lo?-- Perguntou a entidade.

-Achei que você já tinha comido todos os ninjas dos arredores… não você não pode comer o satoro-kun… eu prometi a mãe dele que  ele não morreria… bom mas não posso ser injusta… você pode comer o braço esquerdo ou direito dele… e uma perna… bom tenho que ir, eu só queria ver essa criança antes de cumprir com meu dever aqui…---

Ela saltou para cima do muro, era visível que seus olhos se focavam no prédio central de kumogakure.

--Eu consigo sentir a taça da luxuria… acho que vou ter que arranjar um novo receptáculo… quem sabe aquela menina de conta de sustentar por um tempo… qual era mesmo o nome dela… não importa… --- Se virou para Satoru e sorriu gentilmente antes de desaparecer nas trevas deixando o menino com a estranha e violenta criatura.

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A criatura parecia não ouvi-lo, era como se sua mente tivesse sido desligada de seu corpo assim que a menina desapareceu na escuridão, e poucos segundos depois ela correu em direção ao gennin fazendo selos de mãos, não demorou muito para que ele visse com seu sharingan a expansão de chakra  vindo em sua direção,mas teve pouco tempo de reação, nesse momento o gennin veria uma gigantesca bola de fogo emergir dos céus indo em sua direção com extrema violencia.

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O gennin tentou dispersar e que de fato era um genjutsu, no entanto, ao fazer os selos o medo insconsciente a a abrasão das chamas em seu rosto o fizeram errar no timing da quebra da ilusão, e o que sobrou foi as chamas ilusorias acertando parte do corpo, causando queimaduras ilusorias em setenta por cento do seu corpo, tudo ali era um genjutsu, mas a dor gerada pelo fogo eram reais o suficiente para convencer que aquilo era real, e ela só passaria quando o inimigo, no mundo real, usando-se de suas garras cortasse parte do ombro do jovem e o arremessasse com violencia contra a parede.
Agora ja livre da ilusão o gennin se veria em uma situação extremamente delicada, com um ferimento no ombro esquerdo, que traria cicatrizes por toda sua vida, caso ele sobrevivesse era claro.

Ele olharia para o gennin com desgosto e desprezo, e principalmente ansia, como se a simples visão do garoto fizesse com que a ira e o sangue dentro de seu corpo fervesse.

--Esse é o nivel dos shinobis de kumogakure... o nivel dos uchihas dessa geração... patetico...---

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A criatura estava parada, diante do garoto, mesmo assim sua mente flutuava para muito além daquele local, para uma época da qual o menino nem sonhava em nascer, e foi assim que a terrível criatura começou a se debater no chão, até que finalmente ela parou, aparentemente a ilusão sobre sua cabeça ainda fazia efeito apesar dele estar rindo.

--Eu… eu vou vingá-los…todos vocês... ---

A risada da criatura eclodiu enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas, ela havia enlouquecido com um simples porem poderoso genjutsu rank A, até que finalmente ela caiu de joelhos, havia odio em seus olhos, mas não pareciam direcionados ao gennin, estavam distantes, focados na bandana da cabeça do menino.

--Eu te odeio… odeio mais do que tudo.--- A criatura rasgou parte de seu peito, revelando que abaixo de suas roupas havia uma grande quantidade de kibaku fuudas implementadas no seu corpo.--- Espero que kumogakure, queime até o ultimo de seus homens.

O gennin teria pouco tempo para fugir do local da explosão, ou estaria sujeito a mais danos. Ao longe caso ele fosse esperto o suficiente para poder sair do raio da explosão ele veria uma gigantesca quantidade de chakra sair do prédio central e se espalhar por boa parte de kumogakure, sempre no intervalo de dois em dois segundos e cair como pequenos fragmentos esverdeados de neve, era claro, tudo aquilo era apenas visível para quem possui o domínio sobre os olhos vermelhos ou semelhantes, para o resto de kumogakure era apenas mais um dia chuvoso.

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As trevas se erguiam sobre toda kumogakure e ela veio sobre o lufar de um ar quente mesclado ao chakra da torre mais alta do prédio do raikage, e esse poderia ser o prelúdio do fim, vindo proveniente de uma das entidades mais fortes do mundo shinobi, uma pequena criança de cabelos verdes e pele morena, ela saltou um pouco mais para cima, ainda vendo toda a vila ao lado dela havia duas taças, uma era a taça da gula, sua própria ferramenta shinobi, passada de geração em geração dos Kyoukan a segunda era a taça recuperada a algum tempo atrás, era a taça da luxúria, não era facil usar duas ao mesmo tempo, mesmo para ela que estava habituada a ser detentora de grandes habilidades.

Ela encheu o peito e então usou de de um ninjutsu para poder espalhar toda sua voz pela vila.

--ESCUTEM TODA VILA DA NUVEM, EU UMA KYOUGAN OUVI OS GRITOS E LÁGRIMAS DOS INOCENTES, E VOCÊS FORAM CONSIDERADOS CULPADOS PELO SEUS PECADOS O JULGAMENTO É A MORTE.---

Ela fez um selo de mãos sentindo seu corpo aos poucos se desintegrar diante da grande quantidade de chakra, ao mesmo tempo, os ninjas de kumogakure que estavam de plantão ou mesmo em casa ao ouvir a voz correu para poder deter a tal invasora.

---Sétimo pecado… gula---

O que se seguiu a seguir será lembrado pelas gerações sobreviventes, uma luz de tons verdes ecoou da taça a esquerda o verde tomou conta da chuva que caiu como respingos e se mesclou ao ar.


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Ao gennin sobrevivente do massacre.

O jovem garoto conseguia escapar da explosão causada pela entidade que levou consigo parte do predio central e as estruturas ao seu redor, mas será que aquilo era realmente o pior que poderia acontecer?

Liberdade, o que realmente significa para um shinobi, para uma vila? Naquele momento o gennin estava livre daquela estranha criatura, mas esse era apenas o prelúdio do caos, quando a lufada de ar quente da qual ele não notou anteriormente recaiu sobre ele e sobre toda a vila de kumogakure o mesmo iria sentir uma extrema e gigantesca fome, com alucinações básicas de um genjutsu, agora ele teria que lutar contra a fome, contra a dor e tentar se libertar daquela ilusão persistente.

Caso ele saísse do genjutsu, começaria a escutar gritos por toda a kumogakure, gritos de desespero, de dor, grunhidos difíceis de serem definidas, parte da vila das pessoas comuns haviam caído naquela ilusão, e agora se devoravam ou devoravam seus entes queridos em uma carnificina que ia de leste a oeste da grande vila da nuvem, mulheres e crianças se jogavam de cima dos muros em pleno desespero enquanto fugiam, caindo desfiladeiro abaixo, gennins e estudantes que não eram ninjas completos e que não tinham a malícia de se livrar de uma ilusão como aquela se jogava contra seus próprios amigos de time, o que estava acontecendo era o inferno e poucos ninjas eram preparados como o jovem uchiha para se livrar de tal poder persuasivo.

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A chuva caia lentamente dos céus mesclando-se gota por gota, as ruas encharcadas de sangue, os gritos das pessoas se mesclavam aos trovões, uma cacofonia de desespero  que não parecia ter fim, me meio ao caos gerado por uma unica menina de cabelos verdes que agora jazia petrificada sobre o predio mais alto amorte havia chegado a ela, mas mesmo essa não pode tirar o sorriso de satisfação ao ver as pessoas se entregando a maior e mais poderosa de todas as selvagerias, a fome, e era esse mesmo instinto faminto que o gennin parou de sentir quando conseguiu completar com sucesso a quebra da ilusão, fadigado e cansado ele não conseguiria se mover por conta propria, mas para sua surpresa ao seu lado esquerdo um grupo de outros ninjas começavam a aparecer, guiados por uma moça mascarada de cabelos loiros ela parecia ser pequena mas mesmo assim respeitada, ela apontou na direção do menino.

--Tratem esse shinobi... rapido não temos tempo a perder, nem ninjas a se desperdiçar---

Um grupo de Iryous logo se aproximou do menino e começou a se utilizar de ninjutsus medicos para poder cura-lo, as cicatrizes em seu ombro ficariam, mas ao menos ele estava fora de perigo.

---NINJAS DE KUMO, NOSSA VILA FOI ATACADA COVARDEMENTE E AS PESSOAS QUE JURAMOS PROTEGER ESTÃO EM PERIGO, QUERO QUE SE DIVIDAM EM ESQUADRÃO DE DUAS PESSSOAS E CERQUEM OS BAIRROS POR PERIMETRO USEM O GENJUTSU KAI OU PERTURBE O CHAKRA DELAS, CASO NÃO CONSIGAM FAÇAM COM QUE ELAS DESMAIEM, QUALQUER METODO QUE AS TIRAR DESSA ILUSÃO ESTA VALENDO---

A mulher desapareceria junto com o grupo de ninjas, a batalha estava longe de acabar haviam milhares de pessoas para poder salvar antes que elas caissem em desgraça por estarem na ilusão.

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