I'm the bad guy

duh

— BENI!!!!!!!!!! ACORDA!!!! — Um grito animado invadia os aposentos do ruivo enquanto estava deitado descansado após a jornada longa no restaurante. Sequer havia tomado banho para se deitar, ainda estava com a roupa de serviço e esperava dormir algumas horas a mais antes de ser acordado. A voz feminina e animada vinha de sua mãe, que chutava a porta com força enquanto pulava na cama do garoto para acorda-lo, agarrando seus ombros e balançando de um lado para o outro. Benimaru acordava, mas todo aquele barulho o deixava tonto e nao conseguia dizer nada que fazia sentido, como se ainda estivesse tendo um sonho acordado. — Cabras... eles estão roubando as cabras da fazenda...aa... — Balbuciava de uma forma cansada enquanto sentia todo seu corpo ser remexido por dentro e por fora. — Beni! Acorda!! — Gritou a mãe do garoto com sua mão feroz direcionada por um tapa no rosto do ruivo. O golpe o acertou em cheio e fez aquele transe do pós-sono sumir em questão de milésimos, arregalando os olhos do garoto que assumia uma postura ereta pelo susto que havia tomado. — O-o que está acontecendo, mãe? Você está bem? — Preocupado, Benimaru a segurou pelos braços e ficou olhando em todos os cantos procurando algum ferimento, mas não encontrou nada. — Estou ótima, e adivinha, hihihi, você vai sair em uma missão de novo. Maaaaaas, é bem diferente dessa vez! Você vai ser um detetive, hahahaha, acredita nisso Beni? — A felicidade em passar aquela noticia era nítida e o garoto não conseguia dizer nada além de retribuir com sorrisos e caricias nos fios rosados dela.

HP: 120/120 | CH: 120/120 | ST: 03/03 | SA: 120/120

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I'm the bad guy

duh

— Detetive? Vou investigar o que? — Bocejando e se espreguiçando, o garoto a ajudava a sair da cama, levantando em seguida para procurar uma toalha em seu armário. — Você vai investigar... uma traição, hahaha. Uma moça rica ficou sabendo do que você fez na fazenda e pediu para ajudar com o marido dela... e eu disse que você vai. — Não tinha direito a escolha, afinal sua mãe havia confirmado que participaria daquela investigação para ele. — Hmm, e quando eu tenho que ir? — Perguntou, jogando a toalha por cima do ombro enquanto a observava. — Er... agora hehe! — A resposta assustou o ruivo, que disparou do seu quarto até o banheiro, tomando seu banho em tempo recorde. Saiu de casa às pressas, estava atrasado para começar aquele tipo de serviço que nunca imaginou que seria responsabilidade de um Genin. — Mas por que eu? Aaahh. — Reclamava enquanto saia de casa, saltando para o primeiro telhado de fácil acesso. Benimaru estava responsável por vigiar um homem de negócios do vilarejo, casado com uma ricaça que suspeitava de um romance escondido entre ele e sua secretaria. No horário do almoço, Benimaru atravessou os restaurantes da aldeia naturalmente, observando os clientes até que conseguiu facilmente identificar o homem. Ele estava vestido com roupas sociais, acompanhado de uma jovem loira. As descrições batiam e bastava observa-los por um tempo. Para isso, entrou no restaurante, sentando em uma mesa com ótima visibilidade para os dois, pedindo um prato barato para apenas ter uma desculpa de estar ali. Com o passar do tempo, a proximidade entre os dois se tornava clara: passada de mãos, olhares, sussurros no ouvido, até mesmo intenção de beijo por parte do empresário. Estava nítido. Benimaru deixou o local e foi para a residência da esposa rica, onde relatou tudo o que viu e onde estavam. A partir daquele ponto, a própria mulher traída verificaria por si mesma, e não era responsabilidade do Genin as consequências daquilo. Sua missão estava completa.

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