Em um escritório conhecido por Satori há muito tempo, uma figura estava sozinha sentado em sua cadeira, mexendo em documentos meio entediada. Isso é até ver um documento em específico. Parecendo intrigada pelos conteúdos do documento, após ela ter continuado a leitura, ela simplesmente se levanta, e saí do escritório. Este era Kor Masp.
Muito tempo depois, Satori tinha finalmente acordado, mais tarde do que o normal hoje, e estava se arrumando mais uma vez. Ele faz o processo básico que ele sempre faz ao acordar: higiene pessoal, alongamento, trocar de roupa e logo depois disso tudo, ir para a cantina tomar café da manhã. Dessa vez, ele encontra uma surpresa ao sair do seu quarto e descer as escadas: lá estava Kor na porta da entrada da recepção da cantina que levava a cantina, aparentemente o esperando, pois ao notar ele vai direto em sua direção e diz:
- Desculpe interromper tão abruptamente você hoje Satori, mas eu tenho uma missão que é urgente para você realizar.
- Uh... ok? O que seria essa missão?
- Vamos conversar mais no escritório, me siga.
Meio confuso mas ainda sim confiando em Kor, Satori o segue em direção do escritório dele, onde supostamente iriam discutir sobre a missão.

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Satori e Kor, após uma curta caminhada nas ruas naquele período de tarde, finalmente chegam no escritório. No caminho, Satori até pensa em possibilidades sobre o que Kor poderia estar tendo que lidar com para vir pessoalmente chamar Satori para uma missão, mas ele para aí, já que não tinha realmente nenhuma ideia do que era aquilo que estava acontecendo. Após abrir as portas no escritório com força, Kor meio apressado arruma de um jeito barato sua escrivaninha, que estava entupida de papéis e outros documentos dos assuntos do trabalho dele antes de ele puxar esses documentos para o lado, ele começa a falar:
- Então, me desculpe por chamar você dessa forma, mas como provavelmente espera, é uma missão. Em específico, uma missão de rank A. Era para eu realizar uma missão de alto sigilo hoje, mas ao mesmo tempo eu preciso lidar com o caso desse chunin que foi solicitado uma missão rank A com acompanhamento. Por isso, eu preciso que ajude a resolver essa missão.
- Então eu sou um guarda-costas, basicamente?
- Diria que é mais um professor, já que é para você solver a missão como iria normalmente e mostrar para o chunin o que ele deve fazer em situações como a da missão.
- Eh... já tive piores missões. Me passe os documentos.
Kor então entrega um pequeno caderninho com notas sobre a missão. Logo após isso, ele se levanta, pega um outro caderninho de sua mesa, e vai andando com um passo apressado para a porta do escritório.
- Espero que tenha a missão pronta quando eu voltar. Estarei fora de Kumogakure por um bom tempo, e acho que posso acreditar que não irá passar nenhuma informação que eu te passei aqui. Pode parecer meio bobo, mas é importante, então por gentileza, mantenha sigilo.
Kor saí com o mesmo passo apressado em direção do horizonte após isso. Com uma expressão meio irritada com ele de uma certa forma, já que tinha dado trabalho dele para Kor simplesmente por que acabou se planejando mal basicamente, Satori se levanta e também vai em direção da porta do escritório. Ele tinha uma missão para realizar.

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Logo após sair do escritório de Kor, Satori tranca a porta do escritório e pega o caderninho dado por Kor que supostamente teria as informações. O caderninho dizia:
| Codenome: Proteção Genin |
| Ninja designado para a missão: Kalinka Hen & Satori Uchiha |
| Rank: A |
| Objetivo: Neutralização do alvo responsável por assassinato de 9 genins da escola ninja Folha Negra. O responsável por essa missão terá que encontrar o paradeiro do individuo e elimina-lo, ou se possível, simplesmente o capturar. Informações a mais podem ser obtidas por meio da própria escola ninja Folha Negra, endereço atrás dessa página. O professor da mesma escola, um Jonin de nome Barton é quem tem a maior quantidade de informações sobre o caso pelo fato de estar numa das cenas de crime quando o crime ocorreu. |
Satori ficou até meio chocado ao ler que foram 9 genins ao total assassinados. Realmente era uma missão de alta importância, já que quem iria matricular seu filho em uma profissão naturalmente perigosa e que por cima ainda tinha chance de ser assassinado enquanto no meio da escola? A única coisa que ele ficou mais curioso é quem seria aquele designado para lidar com a missão antes dele, o tal de Kalinka. Além disso, seu nome estava escrito de uma maneira meio corrida e barata por cima de um nome meio apagado, mas que dava para ver o K e o SP no final, então ele só supôs que aquilo era Kor. Logo após pegar o endereço atrás da folha, ele vai andando em direção primeiramente onde o tal de Kalinka vivia, já que estava junto com o endereço da escola atrás daquela página do caderninho.

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Enquanto ia em direção da casa do suposto chunin chamado Kalinka, Satori apenas olhava para os céus nublados de Kumogakure, meio entediado até um certo ponto. Semana passada havia terminado sua graduação de Tokubetsu Jonin, e apesar de ele se sentir orgulhoso de si mesmo por passar do teste, ele se sentia meio vazio por causa de algo que o testador tinha dito. "Achar alguém para cobrir suas fraquezas..." aquilo que ele disse o fez lembrar de Tamaki. No momento que tinha aprendido de sua morte, ele percebeu uma coisa: ele não chorou. Tudo isso por que ele estava com raiva demais para lamentar a sua morte. Aquilo não só foi algo emocional, mas algo que também impactou o seus planos futuros, afinal, ele sempre sabia que podia contar com Tamaki para lidar com seus problemas mais brutos. Essas ideias ficam sendo jogadas em volta de sua cabeça, isso até elas serem guardadas de volta, já que ele tinha chegado no endereço finalmente. Era uma casa simples, mais uma cabana na verdade agora que ele notava. Ao bater na sua porta, uma garota de cabelos vermelhos e olhos castanhos atendeu a porta. Ela também tinha uma badana parecida com a dele em sua cabeça, além de parecer ter uma idade no mínimo semelhante a de Satori. Ela diz:
- Olá! Qu-
Ela interrompe seu dialogo ao olhar a badana na cabeça de Satori, com o símbolo do País do Relampago estampado.
- Você é um ninja, não? Veio passar mensagens de Kor é?
- Hmm... suponho que você seja Kalinka?
- Sim, então o que tem a me dizer? O idiota já tá livre? Eu tenho que ir logo sabe, tem genins em perigo por aí!
- É... complicado. Me deixaria entrar em sua casa por um instante? Quero dizer algumas coisas.
- Ah... não me diga que ele mudou de ideia... tá, entra logo.
Satori segue Kalinka para dentro de sua casa.

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A casa de Kalinka era tão simples quanto parecia por fora. Tinha um corredor pequeno que levava a o que parecia ser a sala de estar de sua casa, onde havia apenas 2 sofás, e outras 2 portas em lados opostos nas paredes, que Satori supôs ser os quartos e a cozinha respectivamente. Satori se senta em um dos sofás meio sujos e velhos, e Kalinka se senta também. Satori começa a falar:
- Kor está ocupado no momento. Ele me passou que estava ocupado com assuntos importantes e que não poderia te acompanhar na missão. Não, ele não me disse o que era os assuntos importantes, disse que era secreto e não podia dizer exatamente.
- Ah, ótimo, agora não vou poder realizar a missão... esse idiota.
- Bem, eu ainda não me apresentei não? Meu nome é Satori Uchiha, Tokubetsu Jonin. Eu fui mandado para te acompanhar nessa missão.
- Ele mandou você? Tá de brincadeira é?
- Não, e nenhum de nós 2 temos alguma escolha aqui se for para você ficar irritada com o fato de que sou eu que vou ter que lhe acompanhar aqui.
- sigh... Ok, mas não espere muita de coisa vindo da minha boca.
- Você provavelmente já sabe sobre o que fazer, então não vou te explicar de novo os objetivos da missão. Captura de assassino de genins, blah blah blah. Me encontre na escola Folha Negra de tarde as 3 da tarde, e lá vamos continuar.
Ele diz isso, enquanto caminhava para fora da casa de Kalinka, que parecia ir para o seu quarto, provavelmente para se arrumar.

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O dia estava calmo hoje, tendo apenas uma brisa leve no ar, enquanto as nuvens dançavam no céu. Satori agora se encontrava na entrada da suposta escola ninja Folha Negra, esperando a chegada de Kalinka. Ela já estava 10 minutos atrasada quando ela finalmente chegou, correndo e meio ofegante. Ela fica agachada por um segundo para recuperar seu folego, enquanto Satori diz:
- Ótimo, você tem as informações gerais sobre essa escola, não?
Depois de respirar mais um pouco, Kalinka levanta sua cabeça e diz:
- É... não... não...
Satori pensa:
- Então Kor não passou nem as informações básicas do documento para ela? Não sabia que Kor era tão descuidado com outros ninjas que não eram eu ein.
- Puta merda, parece que eu vou ter que atirar no escuro aqui. Temos que procurar informação, então vamos logo, temos uma missão para terminar.
Satori então passa pelo portão da escola, e Kalinka, de um jeito meio corrido e desajeitado o segue. Passando pela entrada da escola, eles chegam na porta da recepção, e ao passar por ela, eles veem um senhor idoso na recepção da escola. Satori sabia que o tal de Barton era o que mais tinha informações sobre os acidentes por causa do documento, então ele anda até o balcão que ele estava para perguntar sobre aonde estava Barton.

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Ao chegar no balcão, Satori pergunta para o velho:
- Olá senhor, bom dia. Me desculpe perguntar, mas saberia onde está o professor Barton?
O velho responde:
- Ah, o Barton? Ele deve tá lá no pátio. Segue o corredor das salas ali pra frente que no final se chega no pátio.
- Entendido. Desculpe perguntar de novo, mas qual é a aparência dele?
- A aparência dele? Quem é você afinal que nem sabe quem ele é e tá vindo procurar ele?
- Satori Uchiha, tokubetsu jonin. Em meio de uma missão, preciso entrar em contato com ele.
- Ah... cara de meia idade, cabelos negros. Ele vai provavelmente tá sentado de baixo de uma árvore.
- Muito obrigado senhor.
Satori logo sinaliza para Kalinka, que parecia olhar os cartazes que estavam estampados em uma das paredes dali, que pareciam apenas espalhar propaganda sobre como os "ninjas de Kumo são o futuro da nação". Ele se sentia um pouco bobo até... pensar que tanta gente acreditava em sua profissão. Mas aquilo era só propaganda, e ele tinha que focar na missão. Junto de Kalinka ele anda pelo corredor da escola, chegando numa grande porta no fim do corredor, que ao ser aberta o levou para o pátio. Ele até teve algumas lembranças de sua própria escola ao ver aquele pátio, enquanto ele andava por aí procurando por Barton. Apesar disso, mesmo com Kalinka o ajudando a procura-lo, eles ainda demoraram para conseguir achar ele. Eles ficaram minutos correndo em volta do pátio, que parecia estar em hora de intervalo, já que crianças se achavam brincando por aí, com alguns poucos professores jogados em lugares aleatórios do pátio. Depois de procurar mais um pouco, eles finalmente acham uma figura que condizia com o que o velho tinha dito, e de baixo de uma árvore... exatamente como ele tinha dito. Satori segue até ele, enquanto Kalinka apenas o espera... com a cara de tédio que ela esteve o tempo todo.

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Satori vai até o homem que parecia estar dormindo com um livro em suas mãos, e tenta dar um tapinha no ombro dele para ver se ele acorda. O homem, meio confuso e cansado abre os olhos, logo se levantando mais confuso ainda ao ver ambos Kalinka e Satori do seu lado. Apesar disso, as expressões faciais dele rapidamente se estabilizam quando ele percebe a badana na testa deles. Ele começa a dizer:
- São ninjas da nuvem não? sigh Estão aqui por causa dos... incidentes com genins que estão acontecendo na escola?
- Sim. - Dizem ambos Satori e Kalinka
- Olha... eu não sei de muito sobre o caso, e já que vocês provavelmente estão apressados, eu vou tentar ser o mais rápido possível. Eu vou contar tudo o que eu posso e mais a respeito do caso, mas antes me sigam, tem um lugar aqui com arquivos importantes que preciso mostrar a vocês.
Barton então vai em direção da porta que levava ao corredor das salas da escola, aparentemente querendo mostrar algo para os dois ninjas. Eles simplesmente o seguem. Depois de andar um pouco naqueles corredores, eles chegam na sala que ele queria achar. Ela era uma sala meio isolada das outras, e não parecia ser sala de aula pois não tinha nenhuma numeração. Ele tira uma chave de formato estranho e abre aquela porta, e ao abrir-se a sala revela um espaço apertado, com estantes dos dois lados das paredes que estavam cheias de livros e pápeis. Barton diz:
- Essa é a sala de armazenamento de documentos dessa escola. Tudo de importante é guardado aqui. Eu os trouxe aqui por causa de uma coisa específica.
Barton então vai até a mesa que estava no meio da sala, com pilhas de papéis em cima e começa a mexer naqueles papéis todos, procurando por algo. Kalinka parecia ter ficado intrigada com aquilo, provavelmente se perguntando o por quê eles precisavam de uma sala tão cheia de documentos para guardar isso tudo. Enquanto isso, Satori parecia estar meio entediado ainda... era meio estranho para ele, mas não é como se fosse a coisa mais fora de comum de todas.

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Depois de ouvir muito sons de papéis sendo mexidos, Satori e Kalinka finalmente veem o tal documento que Barton estava procurando, que era aparentemente um pergaminho que tinha uma textura, uma aparência meio... velha, para dizer o mínimo. Ao tirar ele do meio dos papéis e outros pergaminhos jogados naquela pila de documentos, Barton diz para os dois ninjas:
- Esse pergaminho tem especificamente o acontecimento documentado da morte de um genin chamado Ken.
- Suponho que seja um dos genins do caso? - Diz Satori
- Num sentido técnico... sim, mas não diretamente. O que eu quero dizer para vocês é que apesar de eu não ter nenhuma prova concreta, eu acho que eu sei quem é o assassino.
Satori e Kalinka levantam as sobrancelhas por um momento.
- Havia um aluno aqui há uns... 10... 11... uh... não me lembro agora, mas enfim, nesse período de tempo mais ou menos, que era chamado de Sinon. Eu trabalhava aqui nessa época já. Ele era um grande amigo de Ken enquanto ainda genin, e os 2 eram inseparáveis. Isso até um certo incidente em específico... quando os 2 entraram na sala de documentos sem permissão. Eu estava dando aula naquele momento, e eu pensei que eles estavam apenas matando aula. Naquele dia, mais tarde quando foram limpar a sala, acharam o corpo de Ken. Não acharam Sinon, mas acharam manchas de sangue pela sala, que pareciam ser dele. Olha, eu sei que como falei não tenho nada concreto... mas eu acho que Sinon é o assassino. Eu vi na minha frente o assassino matar um genin, e mesmo depois de ter conseguido me neutralizar e derrubar no chão... ele hesitou em me matar. Ele acabou não só fazendo isso, mas ele também derrubou um medalhão de que havia um símbolo de S! Eu não sei se eu estou ficando louco a esse ponto...
- Isso é... uma incrível quantidade de informação, senhor Barton. - Diz Satori, ainda meio surpreso com tudo aquilo que havia sido dito. - - Você tem algo mais?
Espera... você não me acha um mentiroso? Sim, sim! Eu tenho, pegue os documentos, eles tem tudo que eu descobri!
Barton entrega o pergaminho que ele tinha tirado da pilha de documentos para Satori. Satori até poderia simplesmente passar isso como uma mentira, mas ele acreditava, e de qualquer forma, de quem mais eles conseguiriam tanta informação sobre o suspeito? Depois disso tudo, Satori e Kalinka agradecem Barton por toda aquela quantidade incrível de informação e se despedem. Na saída da escola, eles planejam se encontrar de novo no mesmo dia, de noite as 9 horas.

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Satori agora se encontrava do lado do orfanato em que morava. Eram exatamente 09:15 quando ele viu a silhueta de Kalinka na distância, que parecia vir cansada e ofegante igual da última vez, apesar de que não tivesse chegado correndo. Mesmo meio ofegante ela diz para Satori:
- Por que você escolheu um lugar desses para nós se encontrarmos?! Tem lugares 1000 vezes mais perto!
- É o lugar onde eu moro, o que espera?
- Pera... você vive em um orfanato?
- Não me diga que está surpresa. Não é como se você vivesse sozinho numa cabana praticamente também...
- Tá tá eu talvez não esteja na melhor das posições para falar sobre isso... mas por que nós se encontramos aqui mesmo? - Diz Kalinka após se levantar depois de ter ficado um pouco sentada no chão.
- Temos uma missão para terminar, não é mesmo? Bem, primeiramente, nos documentos dados pelo Barton não tinha muita coisa que ele não tinha falado, mas o pouco que ele não tinha falado vai ser essencial. Em específico, o documento fala sobre o lugar que antigamente era a casa desse tal de Senon, aparentemente um pouco isolado das partes mais populosas da vila. Vamos ter que ir lá, deve ter algo de importante.
- Tá... vamos logo então.
Ambos Satori e Kalinka então partem junto em direção a um caminho que Satori já tinha andado muitas vezes, para uma sessão muito mais florestada e isolada da vila.

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A cidade começava a ficar atrás de Satori e Kalinka, e a floresta, que apesar não tão densa igual a de outros países como de Konohagakure, mas ainda sim uma floresta que era capaz de chamar a atenção, começava a tomar conta da paísagem. Agora, eles viam muito menos casas naquelas ruas, com a maioria delas sendo muito mais simples também. Após andar por um bom tempo na quase escuridão por causa do horário que era, eles finalmente chegam aonde supostamente estaria a casa abandonada do Senon desaparecido. Parecia ser fato que ela estava abandonada, já que estava com tinta decadente, com plantas crescendo para dentro dela e parecia estar caindo aos pedaços com o tempo. Satori diz:
- Aqui estamos. Olha Kalinka, não sabemos o que tem aqui. Pode ser que realmente tenha alguém aí nos esperando, ou simplesmente ninguém. Apesar de eu achar que não vai ter ninguém, vamos estar alerta.
- Você realmente acha que vai ter alguém aí?
- Como falei, acho que não vai ter ninguém aí. Apesar disso, é melhor sempre tomarmos cuidado quando estamos procurando informação sobre um caso desse tipo. - Satori diz confiante, enquanto adentrava a casa.
A casa era bem grande apesar de seu estado, e ainda dava para reconhecer seus corredores e o que cada sala era suposta ser. Na entrada tinha o que parecia uma escada que levava ao segundo andar, e uma porta que levava a cozinha. Havia portas na esquerda e na direita, uma para o que parecia ser um quarto e outra que parecia para ser um banheiro, mesmo que obviamente os sistemas de encanação nem funcionassem mais. Satori diz para Kalinka:
- Eu vou ir para cima, procure o que há aqui no andar de baixo.
- Entendido. - Ela responde.
Então os dois se separam, indo procurar coisas em cada andar. Apesar de tudo isso, Satori não conseguia parar de sentir algo estranho. Era como se estivesse sendo observado o tempo todo... mesmo que ninguém estivesse ao seu redor, mesmo se ele forçasse seus olhos o máximo ou tentasse ativar seu Sharingan. Ele sabia que tinha algo de errado com aquela casa... e ele não sairia dali sem nenhuma informação.

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Satori agora no topo das escadas, decidi começar pela porta em sua direita. Ao passar por ela, ele é levado a outro corredor, com outras 3 portas no corredor, uma nos lados da esquerda e direita e uma no fim do corredor. Satori pensa:
- Eu não sei o quão rico era esse tal de Seinon e sua família, mas essa casa é estranhamente grande, especialmente para uma no meio da floresta.
Ele diz isso em sua própria cabeça enquanto segue pelo corredor, começando pela porta no fim do corredor, que parecia ter algum bilhete pendurado, mas que era impossível de ser lido pelo fato de estar em pedaços, com a tinta completamente borrada no chão, junto com os pedaços de papel em si. Ele abre a porta e acaba se encontrando com o que parecia ser um quarto padrão, com uma cama (sem colchão nenhum e extremamente degradada, mas uma cama), um guarda-roupa e uma mesinha no canto do quarto. Tinha uma janela quebrada ali também. Em cima da mesinha no canto do quarto ele acha uma nota, que parecia extremamente diferente do resto da casa, já que parecia ser relativamente intacta, mesmo que ainda velha. Satori pega ela e começa a ler:
- O sacramento deve ser realizado. Torb irá me mostrar como seguir Nocturnal... e como a servi-la na vida e morte.
Aquilo era no mínimo estranho. Parecia ser algo relacionado com alguma religião, mas Satori não tinha ideia quem era "Torb" nem "Nocturnal", então ele não podia fazer suposições. Apesar disso, se ele fosse chutar, ele chutaria que Seinon de alguma forma começou a participar dessa religião antes de desaparecer. O que aconteceu depois ainda era um mistério apesar disso. Ele guarda aquela nota em seu bolso e volta a sua procura de informação... mas é interrompido ao ouvir gritos vindo do andar de baixo. Ao ter sua atenção chamada por esses gritos, ele instantaneamente corre para as escadas, para as desce-las e ver o que estava acontecendo nos andares de baixo.

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Satori desce as escadas rapidamente, e vai para o quarto onde os gritos estavam vindo de. Ao passar pela porta que já estava aberta, uma cena que seria aterrorizante para qualquer pessoa comum (mas que era praticamente esperada de missões desse tipo) estava acontecendo: Kalinka estava desmaiada e ferida, com cortes nas pernas e nos braços, com cordas amarradas em sua mão que a deixavam incapaz de mover seus braços. A frente dela havia uma figura de roupas negras e rochas, que havia um anel que Satori conseguia ver mesmo com a figura de costas. Ele parecia falar algo, mas ele estava cochichando, então Satori não conseguia o ouvir. Agora Satori sabia que teria que de alguma forma neutralizar aquele cara, e mesmo que ele estivesse em uma posição que ele poderia tentar chegar furtivamente no alvo, ele sabia que não teria a capacidade física para o neutraliza-lo, mesmo que usando uma kunai ou qualquer outro dos seus equipamentos. Por isso, ele ativa o Sharingan e logo em seguida grita:
- O que você está fazendo?!
Ao falar isso, a figura instantaneamente para de falar o que seja lá que estava e se vira para Satori, mostrando que ela usava uma máscara que protegia seu rosto, que apenas deixava espaço para os seus olhos. Apesar disso, era exatamente isso que ele precisava, já que como já havia feito muitas vezes, ele havia estabelecido contato visual com seu alvo, e aproveitou para aplicar um genjutsu nele, nesse caso o Iatsu Sharingan. Para o azar da figura, antes de ele poder fazer qualquer ação, ele é capturado pelo genjutsu, e logo é paralisado. Ele agora estava com os olhos arregalados, olhando de um lado para o outro. Enquanto ele estava em um genjutsu, Satori aproveita para usar uma de suas kunais para cortar a corda que prendia Kalinka. Ele percebe que enquanto estava sendo afetado pelo genjutsu, aquele cara parecia tentar fazer os sinais de mão do Genjutsu: Kai, mesmo que ainda estivesse em um genjutsu. Logo após livrar cordas ao corta-las, Satori vira sua visão para a figura que estava a 2 metros de distância dele para ver que ela parecia ter tirado um tipo de facão do seu cinturão, e tinha acabado de enfiar uma faca em seu braço, se livrando do genjutsu, mesmo que agora estivesse com o braço sangrando e os olhos arregalados, expressando que ele obviamente não tinha saído ileso daquilo.

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Livre do genjutsu de Satori após ter cortado sua própria mão, que agora sangrava por meio de um furo para fora das roupas negras dele, a figura pula para cima de Satori com a faca em sua mão esquerda, e já que Satori estava a 3 metros dele, ele chegou quase instantaneamente em Satori. Por isso, ele foi atacado sem nenhuma chance de reação praticamente, com o corte dele acertando o braço de Satori mesmo que ele tentasse esquivar. A dor era intensa, e a figura iria atacar Satori novamente, mas antes de ele poder fazer isso Satori mais uma vez aproveitou o contato visual para usar o mesmo genjutsu de antes na figura, que ao ser pego pelo genjutsu para por um segundo, e logo após recua, e fica completamente estático. Ele aproveita esse período para tentar acordar Kalinka, gritando para ela:
- KALINKA! ACORDA!
Apesar disso, ele teve que gritar umas 3 vezes seguidas para ela acordar. Ao acordar, ela acorda com a visão da figura paralisada no lugar, tremendo sem nenhuma outra reação, e Satori com um braço sangrando agachado em sua frente. O corpo dela estava doendo... muito mais do que o de Satori. Kalinka diz:
- Aí... o que... você fez?
- Não importa, temos que sair daqui. Eu não sou capaz de tomar conta desse cara provavelmente, e nem você com esse corpo parecendo um boneco de palha. Você consegue se mover?
Kalinka tenta se levantar. Ela parecia conseguir mancar, mas tinha pouco equilíbrio, e provavelmente iria cair se tentasse andar assim.
- Se apoie em mi-
Essa fala de Satori é interrompida com um som de algo batendo no chão, algo pesado. Kalinka viu o que aconteceu na hora, enquanto Satori só virou na hora que o som de estrondo aconteceu: a figura havia simplesmente caído no chão. Confuso com o que aconteceu, Satori pega uma das kunais em sua bolsa e se aproxima dela. Ela tremeu freneticamente por alguns segundos, e logo depois parou. Ela obviamente não tinha morrido, já que estava respirando e os genjutsus de Satori não matavam ninguém. Mesmo assim, ela parecia simplesmente não se mover. Apesar de confuso, Satori obviamente não deixaria essa oportunidade passar, já que queria sair dali o mais rápido possível, e agora não só poderia fazer isso mas também poderia imobilizar a figura.

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Satori primeiramente aproveita o estado aparentemente inconsciente da figura para checar se tinha qualquer coisa escondido nas roupas delas, especificamente para a desarmar. Ele não só consegue a faca que tinha sido usada para o atacar, mas também outras 3 kunais, uma bomba de luz, cordas, o que parecia ser algum tipo de bolsa com equipamentos médicos simples como curativos e mais uma faca, só um pouco maior da que tinha sido usada para o atacar. Apesar disso, além de ele achar esses armamentos, ele também acabou achando um pergaminho escondido dentro de bolsos da roupa. Ao abrir o pergaminho e o ler, isso era o que estava escrito:
| O Sacramento do Anoitecer está prestes a ser realizado Seinon. A escola estará pronta para o maior momento de glória dela, e você sabe a sua parte nisso. 10 horas, ao ponto. |
Ele não tinha entendido completamente o que estava dito ali, e seriamente ainda não entendia essa religião bizarra e suspeita, mas ele ficou surpreso ao ler o nome Seinon ali. Depois de ler aquilo, ele tira o capuz que estava escondendo completamente o rosto da figura. Era um homem de cabelos azuis e pele morena, que parecia estar com uma expressão completamente vazia no rosto, nada que ele reconheceria de cara, mas guardaria aquela informação. Ele guarda o pergaminho, e arrasta com seu braço não ferido a figura para parede, onde ele pegaria as cordas que ele tinha tirado dos próprios bolsos do "Seinon" para amarrar ambos os pés e mãos dele, deixando ele incapaz de se mover e sem armas ali. Satori diz logo após isso:
- Kalinka, consegue se mexer.
- Um pouco... mas eu não vou aguentar ir daqui até de volta para vila. A dor ainda está...
- Okay, okay, entendi já. Eu vou ir para vila procurar algum médico e também tratar de um certo assunto, enquanto isso o observe. Eu sei que consegue lidar com ele todo amarrado assim mesmo ferida.
- Não posso nem descansar mais... tá, mas o que é esse outro "assunto"? - Kalinka diz meio curiosa.
- Ah, eu se esqueci de te contar não é mesmo? Pegue esses documentos que eu consegui dele e de um quarto lá em cima, respectivamente. Vai explicar o que eu descobri. Aproveita e pega esses medicamentos que consegui do cara também, deve ajudar a você lidar com a dor.
Satori dá a Kalinka ambos o pergaminho pego de dentro das roupas de "Seinon", o bilhete que ele conseguiu lá em cima e a bolsinha médica. Logo após isso, ele saí daquela casa abandonada enquanto Kalinka parecia tirar coisas da bolsinha, indo em direção a vila de volta. Ele sabia que algo iria provavelmente acontecer na escola da Folha Negra por causa do bilhete, e tentaria impedir isso.

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Satori desativou o Sharingan e começou a correr em direção do mesmo caminho que tinha vindo de, no caso pelo caminho da floresta. Seu braço continuava sangrando e ainda estava dolorido do ferimento, mas ele tinha que correr o mais rápido possível em direção da vila, já que agora ele sabia que tinha alguma coisa importante que ia provavelmente acontecer na mesma escola que ele estava hoje mesmo procurando informação sobre o caso. O caminho era estranho... afinal, não só era como se ele se lembrasse andando o mesmo caminho calmo, sem nada demais acontecendo por minutos e mais minutos, e agora ele correndo com o braço sangrando para impedir um possível evento, mas também estava extremamente escuro por causa do horário. Apesar disso, não foi tão difícil de ele navegar o caminho por ter andado ali de volta, e qualquer coisa ele tinha um Sharingan que ele poderia tentar usar. Depois de vários minutos indo pelo mesmo caminho que tinha vindo, tentando não correr para conservar energia, mas ao mesmo tempo andando bem mais rápido do que o comum, ele finalmente começa a notar a cidade tomando conta do horizonte de volta. Ele logo corre de cara em direção a cidade, até respingando sangue no chão ao balançar um pouquinho sem querer seu braço.

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Após finalmente passar pela parte onde boa parte da floresta já tinha sumido, a primeira coisa que ele fez foi tentar achar um lugar em específico. Ele poderia tentar ir para a escola de cara, mas ele estava sozinho com um braço ferido pelo corte de faca e não poderia fazer muita coisa lá se tivesse mais de uma pessoa como a figura que tinha encontrado na casa abandonada. O lugar que ele estava procurando era outro escritório onde sabia que alguns ninjas trabalhavam, esses sendo amigos de Kor que ele já tinha trabalhado junto em uma da suas missões, quando havia capturado o alvo da missão e precisava de alguém para lidar com o transporte. Por isso, ele contava com eles para ver se eles aceitavam seu pedido e podiam dar cobertura para ele. Aí ele se lembrou que... ele deu ambos os documentos que tinha conseguido para Kalinka. Ele percebeu que acabou de fazer aquilo mais difícil para ele, mas ele ainda tinha que tentar mesmo sem eles para provar para eles o que havia encontrado. Ao chegar no lugar, igual da última vez haviam 2 dos mesmos ninjas que ele havia visto na entrada da última vez, como esperava. Ele se aproxima deles, e quando o primeiro deles o percebe, ele diz para Satori:
- Hey, olha só quem voltou aqui. O assistente de Kor, apesar que seu braço está meio... uuuuh... sangrando, se você não percebeu ainda. O que aconteceu para você vir aqui ein?
- É uma longa história... eu tenho que explicar tudo para vocês, então me deixa entrar.
- Bem, não acho que temos qualquer outra coisa importante para realizar agora, então entre.
Ao entrar, o 3º ninja estava esperando ali em sua mesa, um pouco parecido com o jeito que o Kor ficava, mas um pouco mais profissional, já que ele não parecia ficar com sono igual Kor ficava no meio de seu trabalho. Satori se senta na cadeira na frente da mesa do 3º ninja, que rapidamente se introduziu como Renekton, já que da última vez não tinha conseguido o nome dele, e ele parecia agora esperar o que ele tinha a dizer já que os seus parceiros deixaram ele entrar. Ele acaba explicando tudo o que aconteceu até agora em sua missão de uma forma resumida para eles, que pareciam suspeitar um pouco do que aconteceu.
- E você deixou aquela menina sozinha?
- sigh Sim. Eu não podia deixar de checar o que era aquilo que eu tinha visto no bilhete, e alguém teria que impedir aquele cara se ele desmaiasse, mesmo que amarrado ele ainda podia se livrar eventualmente.
- Não sei... está história parece extremamente bizarra. Você quer que invadimos a escola ninja Folha Negra essas horas para ter certeza que não há nada acontecendo lá por causa desse tal de "bilhete"?
- Olha, eu chamaria Kor agora para me ajudar, mas ele está ocupado com algo fora da vila, então eu não posso chama-lo agora. Eu só espero que acreditem e mim.
Renekton parecia parar para pensar por um meio minuto, desfocando sua vista de Satori e olhando aos seus arredores. Logo após, ele diz:
- Certo... vamos tentar te ajudar, mas só por causa de como confiamos em Kor, então eu também acho que podemos confiar em você. Nian e Paul vão te acompanhar na ida até a escola e te ajudar a lidar com qualquer coisa que tiver lá... isso é se tiver algo lá. Espero que não me desaponte, Satori Uchiha.
- Pode ter certeza.
Satori se levanta para cadeira, e vê que os 2 ninjas estavam o esperando lá fora, aparentemente tendo já entendido o que o chefe deles tinha dito. Eles pareciam segurar algo na mão, que ele logo percebeu que era uma caixinha entupida de curativos. Paul, aquele que estava segurando a caixa diz:
- Pegue alguns desses e bota no seu braço. Não sei por que você ainda não tentou parar esse sangramento.
- sigh... Eu sei.
Ele pega alguns curativos e bota no seu braço, pelo menos parando o sangramento por agora. Paul logo depois guarda a caixinha lá no escritório de volta, e diz:
- Vamos acabar com isso logo. Iremos te seguir até o local.
Satori apenas acena com a cabeça, e vai andando pelo caminho até a escola Folha Negra. Ele poderia não ter certeza que teria algo lá, mas tinha um bom pressentimento... ou melhor, um mal pressentimento nesse caso.

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Andando pelas ruas de Kumogakure, escuras por causa da noite, com apenas a lua refletindo luz nas ruas, as 3 figuras de Satori, Nian e Paul andavam em direção da escola ninja Folha Negra. No caminho, eles ficaram por grande parte quieto, especialmente por que o caminho foi até que bem curto, com eles chegando nos portões da escola. Os portões mesmo fechados eram extremamente fáceis de serem pulados, e é isso que eles fizeram. Logo após, eles seguiram para dentro da escola, entrando pela porta da frente. Os ninjas que estavam acompanhando Satori pareciam estar com um olhar desinteressado na cara, e pareciam nem ligar sobre as suspeitas de Satori, andando sem cuidado nenhum. Satori tentava ir lentamente pela entrada da escola, mas percebia que os 2 ninjas que estavam o acompanhando não estavam ligando nem um pouco para isso, e simplesmente acelerava um pouco o passo. Apesar disso, eles perceberam algo de estranho quando começaram a ouvir algo do fundo do corredor da escola. Eles não conseguiam ouvir direito o que era por causa de o quão longe estava, mas sabiam que tinha algo de estranho, por motivos óbvios. Agora com um pouco mais de cautela, Satori, Nian e Paul seguiam em direção da fonte dos sons que pareciam alguém falando algo, para ver o que estava acontecendo ali.

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Quando eles chegam próximo da porta em que os barulhos estavam vindo, eles esperam do lado da porta. Os barulhos eram alguém falando sobre algo religioso, algum tipo de "deus das trevas". Isso condizia com o que Satori havia encontrado antes na casa abandonada, aquele bilhete no quarto, o outro nos bolsos do "Seinon", e até mesmo o próprio "Seinon" com aquelas roupas negras. Nian, que estava na frente (todos estavam meio que encostados na porta perto da parede) manda um sinal para Paul, que acena com a cabeça um "sim", e começa a fazer sinais de mão que Satori parecia se lembrar mais ou menos o que eram de algum outro lugar, mas não se lembrava de exato. Logo após Paul começar a fazer isso, Nian já entra na sala com uma kunai na mão para ver o que tinha ali. Nian vê uma figura que, apesar de desconhecida para ele, usava as mesmas roupas que "Seinon" usava quando Satori o enfrentou. A figura rapidamente percebe que havia alguém ali e logo se vira, sendo quase surpreendido por Nian que tentou ataca-ló com um mata leão usando sua mão esquerda enquanto ainda segurava sua kunai na mão direita, mas acabou errando o golpe da nova figura desconhecida, que parecia extremamente ágil para ter conseguido esquivar de um ataque de surpresa desses. A figura tiraria um sino dos bolsos do roupão que usava, junto com um pequeno martelinho mais ou menos do tamanho do sino. Ela então começa a bater o sino, enquanto ela gritava em uma voz feminina:
- INVASOR!
Agora ficou claro que havia mais pessoas do que ela ali. Logo depois disso, ela simplesmente joga o sino e martelinho no chão invés de guardar eles de volta em seus bolsos. Paul entra na sala também ao ouvir o som dessa suposta mulher gritando invasor, junto com o sino agudo que foi tocado. A figura que estava encurralada naquela sala fechada de aula estava tentando fazer algo, já que estava executando sinais de mão, mas por sorte Paul conseguiu a impedir antes disso, já que o jutsu que ele estava fazendo sinais de mão por era um conhecido por Satori (por já ter sido vítima dele), o Suirõ no Jutsu, a prisão de água, que é executada por ele ao pular para cima da figura, que mesmo ágil o bastante para esquivar dos ataques de Nian, ela literalmente tinha uma parede atrás dela agora, então, ela não tinha muito uma rota para fugir. Satori, que havia entrado em um intervalo curto após Paul ter entrado, entra a tempo de ver a bolha de água sendo formada, que acaba até mesmo molhando as cadeiras e mesas em volta da sala por causa de o quão pequeno era ali. Paul segura o braço para manter prisão ativa, enquanto Nian se aproxima da prisão. Satori estava com medo agora, já que eles tinham quase certeza que havia mais gente naquela escola, mas não tinham nenhuma ideia de onde essas pessoas estavam. Eles teriam que procurar isso, mas antes, Nian iria ver se conseguia interrogar a figura presa.

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- Solte ela, Paul.
Paul segue o que Nian tinha falado, tirando o braço e desfazendo a bolha, fazendo com que ela caia no chão. Antes de ela se levantar, Nian pisa no peito dela, impedindo ela de se mover, enquanto Paul continuava mantendo o olho nela. Nian diz:
- Satori, fique olhando os corredores. Não sabemos se tem mais gente aqui, nem quanta gente se tiver.
Satori com a mão para dizer "ok" e vai até a porta da sala, que ironicamente estava sendo usada hoje mesmo para ensinar jovens que um dia iriam se tornar ninjas. Enquanto Satori observava os 2 corredores atentamente, Nian e Paul amarravam as pernas e braços da figura, que parecia estar quieta até agora. Eles iriam começar a interrogar ela logo após terminar de amarra-la, mas eles são surpreendidos por um barulho de algo sendo empurrado. Eles não conseguiam identificar de onde o barulho tinha vindo, e Satori não tinha visto ninguém vindo pelos corredores. Enquanto Nian e Paul olhavam os seus arredores para tentar achar qualquer coisa, uma kunai vem voando na direção do Satori, vendo de dentro da sala mesmo. Antes de ele poder se mover, a kunai acerta suas costas, fazendo com que ele caia no chão por causa da dor. Nian da um sinal com a mão para Paul, e parecendo entender o que ele queria dizer, Nian vai até Satori, enquanto Paul guardava as costas dele. Nian diz para Satori, que parecia tentar se levantar com a ferida nas costas.
- Malditos... você está bem?
- N-não... mas não parece ter acertado nada de importante das minhas costas... mesmo que esteja d-doendo.
- Você vai ter que aguentar por enquanto.
Enquanto eles falavam isso, Paul que estava observando de onde a kunai tinha sido jogada se questionava de onde é que ela foi jogada, já que não parecia ter nada ali de primeira vista. Apesar disso, depois ele percebeu que tinha algo... estranho com o chão. Era como se ele fosse demarcado, e por isso Paul decide olhar ali. Ao mexer no chão com as mãos, ele percebe depois de forçar um pouco que ele estava solto, e consegue praticamente "abrir o chão" como um alçapão. Havia uma escada que levava a um tipo de tunnel para baixo ali, o que explicava o como alguém conseguiu tacar uma kunai de dentro da sala e sair correndo, mas não explicava o por que aquilo estava ali em primeiro lugar. Satori fica encostado na parede, olhando para a figura amarrada depois de Nian tentar dar o mínimo de cuidado médico para ele, mesmo que ele não pudesse fazer muita coisa, só conseguindo bloquear o sangramento depois de tirar a kunai. Ironicamente, ele estava na mesma posição que Kalinka estava agora. Ele até se pergunta como ela estava nesse momento, se perguntando o quão ruim foi a ideia de deixar ela lá. Depois de se sentir um pouco melhor, ele se levanta. Ainda parecendo meio corcunda por causa de suas costas inclinada, ele sabia que não podia sair dali, já que Nian tinha dito antes para ele ficar ali e observar a figura e tentar impedir alguém que entrasse na sala se tentasse liberar ela, já que eles haviam pulado dentro do "alçapão escondido" ali para procurar por quem o atacou. Então ele se levanta, mas depois de lembrar o que tinha que fazer, simplesmente se senta de novo, tentando segurar a dor de suas costas o máximo possível.

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Enquanto Satori continuava sentado ainda tentando se recuperar do ferimento em suas costas, Nian e Paul seguiam pelo túnel bizarro que eles acabaram achando. Eles percebem que tinha algo de muito errado ali quando eles percebem que os tuneis eram maiores que pareciam, e se espalhavam para ambos esquerda e direita, se divergindo entre 3 caminhos (contando com o que seguia para frente). Eles decidiram seguir para frente, e depois de andar um pouco mais, eles podiam ver finalmente um fim para aquele túnel. Parecia levar para algum tipo de sala, com algumas coisas no meio dela que não davam para saber exatamente o que eram por causa da distância que ainda estavam da sala. Ao chegar mais perto, eles percebem que aquilo no meio da sala era um círculo de velas, e a sala era extremamente escura. Claro, os tuneis eram até que bem escuros já que só tinham tochas também, mas a sala era um pouco mais por aparentemente apenas ser iluminada pelas velas. Quando eles chegam praticamente na entrada da sala, Nian faz um sinal para Paul, que parecia entender, e agora esperava um pouco antes de entrar na sala enquanto Nian entrava na sala mal iluminada. Ao entrar na sala, ele percebe o quão estranho aquilo era. Havia um círculo de velas no meio da sala, além de umas mesinhas mais para o canto, onde haviam alguns livros em cima delas. O círculo de velas do meio da sala também parecia ter algum símbolo escrito, então ele tentou chegar um pouco mais perto para ver. Ele não conseguiu reconhecer o símbolo de nenhum lugar, então ficou meio intrigado. Ele olhou ao seu redor, e ao não ver ninguém por ali ele deu um sinal para Paul esperando na entrada dali, que logo acenou "sim" com a cabeça e entrou na sala. Eles então foram checar as mesas nos cantos da sala para ver o que aqueles livros tinham dentro deles, especialmente para ver se eles conseguiam alguma informação daquilo ali.

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Nian ficou observando o corredor atrás deles enquanto Paul procurava algo nas mesas, além dos livros é claro. Ele pegava os livros que pareciam importantes e guardava em uma bolsinha na cintura dele, para ter certeza que não ia perde-los. Eles provavelmente iriam ter que voltar ali algum dia com mais gente para investigar todo esse complexo subterrâneo imenso de baixo da escola, mas por enquanto ele queria guardar o importante, já que sabiam que a qualquer momento poderiam ter sido atacados ali... ironicamente, eles foram meio que atacados naquele momento. Nian não teve muito tempo de reagir, pois justo quando ele viu alguém correndo no corredor em sua direção, uma bomba de fumaça foi jogada pela mesma pessoa, que bloqueou a visão dele, de Paul e da sala toda por alguns segundos. Nian recuou um pouco e ficou numa pose defensiva, enquanto Paul recuou para o outro canto da sala para esperar a fumaça acabar, já que precisava saber a localização do seu oponente para mirar seus jutsus. Apesar disso, nem mesmo Nian esperava o que iria acontecer em seguida: quando os passos chegaram do seu lado, ou seja, a figura finalmente chegou nele, ele rapidamente atacou o pescoço da vítima, conseguindo jogar ela no chão com o impacto do golpe. Apesar disso, ao olhar o uniforme dela, não tão diferente dos outros que tinha visto, ele nota algo... ela estava coberta de papeis bombas. Mesmo que Nian tentasse sair de perto da figura, ele acabou sendo pego pela explosão, e logo quando a fumaça dissipou Paul acabou vendo ele sendo pego em uma explosão que criou um clarão extremo, deixando ele cego por alguns segundos. Ela não foi forte o bastante para jogar algum dos 2, nem para danificar criticamente a estrutura subterrânea, mas como a visão de Paul o dizia, o suicida parecia ter morrido extremamente rápido, durante a própria explosão... e Nian não estava na melhor situação também, cheio de ferimentos, mesmo que parecendo respirar e vivo, provavelmente pois ele tentou se afastar quando viu os papeis bombas. Ele parecia não estar consciente, então Paul sabia que tinha que agir rápido naquela situação. Ele tentou de um jeito bem corrido dar primeiros socorros para ele, que foram basicamente só melhor que nada, pois ele não tinha nada para ajudar nos primeiros socorros mais e ele não tinha conhecimento médico o bastante. Depois de deixar ele deitado, ele vai correndo pelos corredores, tentando chegar o mais rápido a sala de aula para avisar Satori. Ele teria que ir atrás de ajuda o mais rápido possível, especialmente com a possibilidade de mais gente estar naqueles tuneis.

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Satori estava tentando se levantar, mesmo que meio corcunda por causa do ferimento em suas costas que o forçava a tentar fazer isso lentamente, quando Paul subiu as escadas de um jeito corrido, deixando Satori em alerta com o som dos passos e dele subindo as escadas, mas acalmando-o quando ele via quem estava subindo as escadas. Apesar disso, ele deixa de estar em alerta para estar mais alerta ainda após ouvir Paul falar com uma voz meio corrida:
- Satori, eu preciso que você vá lá em baixo... alguém com roupas iguais a dessa pessoa amarrada aqui correu para cima de Nian e o pegou de surpresa com um monte de papeis bombas no corpo! Ele não vai aguentar por muito tempo, então me desculpe te pedir isso, mas é uma situação crítica, você vai ter que me ajudar a carrega-ló, temos que chamar suporte médico A-G-O-R-A!
Satori ficou chocado ao ouvir tudo isso, mas ainda sim tentou agir o mais rápido possível, seguindo Nian que voltava a descer as escadas o mais rápido possível. Satori tentava acompanhar, mesmo que obviamente mais lento que Paul, não só naturalmente mas também por causa do ferimento em suas costas. Quando eles chegam na sala onde a explosão havia acontecido, Nian (por sorte) parecia ainda não ter morrido... ainda. Paul não perdeu tempo e começou a carregar ele em suas costas, com a ajuda de Satori para o levantar. Para alguém que era focado em ninjutsu, Paul era bem forte, sendo capaz de carregar Nian em suas costas e correr numa velocidade relativamente boa, ainda próximo da velocidade de Satori. Subir as escadas com alguém nas costas foi um pouco demorado, mas Paul conseguiu levar o corpo de seu companheiro para cima delas. Paul disse num tom extremamente rápido:
- Preciso que você fique observando essa... COISA aí. Eu tenho que ir o mais rápido possível pedir suporte.
E logo em seguida, ele voltou a correr o mais rápido possível. Satori apenas sentou no canto que ele estava antes, descansando suas costas ainda ferida, enquanto continuava olhando para a figura no chão, que ainda estava amarrada. Ela parecia estar acordada, mas estranhamente ela não parecia falar nada. Apenas olhava para os lados, sem nenhuma expressão aparente por causa da mascara que usava. Mesmo achando estranho, Satori não falou nada também, e só esperou, já que Paul provavelmente voltaria aqui quando ele tomasse conta de levar Nian para um hospital.

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Satori continuou esperando por mais ou menos 40 a 50 minutos até ele começar a ouvir passos ao corredor, que ele instantaneamente reconhece como Paul (mesmo não tendo ainda visto ele), que tinha finalmente voltado para buscar a figura amarrada no chão, assim deixando ele finalmente ir em bora daquela maldita escola. Ele se levanta e anda lentamente em direção do corredor, em que ele rapidamente se encontra com Paul. Ele fala para Satori que por sorte, ele tinha conseguido levar Nian para um hospital a tempo, e mesmo que ele ainda estivesse em estado crítico, ele não estava mais em um estado de ameaça de morte. Além disso, ele disse que ele iria levar a figura para interrogação, enquanto uma força de ninjas iriam investigar a escola e os tuneis subterrâneos misteriosos que estavam ali, e que por causa disso teriam que fechar a escola por no mínimo alguns dias. Quando Satori perguntou por que tudo isso, ele disse que foram ordens dos superiores deles após ele ter dado um relatório para seu chefe, o que ele tinha feito após ter levado Nian a um hospital. Por último, ele disse Satori que seria necessário ele visitar o escritório do chefe dele amanhã de tarde para concluir toda essa situação envolvida com a missão. Cansado e ferido, Satori sabia que precisaria ir para um hospital para checar suas costas depois, mas por enquanto, ele simplesmente concordou com o que Paul tinha dito, foi direto para o orfanato e lá dormiu, cabeça dentro do travesseiro. Quando ele acordou já era meio tarde, meio dia para ser exato, e suas costas ainda estavam doloridas, além de que o ferimento iria obviamente piorar se ele não tratasse dele logo, então antes de ir para um hospital, ele decidiu concluir seus negócios com o chefe de Nian e Paul. Quando ele foi para o escritório deles (ainda com as costas doendo), ele conversou com o chefe deles, que disse que ficou extremamente surpreso com o relatório de Paul. Disse também que ao investigar um pouco mais a escola após ter avisado que teriam que fecha-lá por um tempo indeterminado por causa dos eventos que aconteceram ali, eles acabaram descobrindo diversos pedaços de informação relacionados a algum tipo de culto, e diversas outras salas no meio daquele labirinto subterrâneo. Parecia também que haviam descoberto de onde estavam vindo os casos de desaparecimento, já que estavam usando os genins que eles mesmo capturavam dali para um tipo de sacrifício ritualístico. Por causa de toda essa informação crucial, o chefe deles agradeceu Satori, já que tinha feito algo extremamente fora do comum do que seria esperado naquela situação e ainda tinha conseguido suceder em seus objetivos, mesmo que ainda não achasse que Satori foi profissional como ele esperava. Antes de terminar a conversa, o chefe deles disse também que tinha mandado gente para checar o tal lugar que Satori tinha mencionado em sua história ontem (a casa abandonada) em busca de mais pistas, e acabou achando a menina Kalinka lá. Satori percebeu o quão bizarramente irresponsável foi ao deixar ela lá daquele jeito, já que ela estava extremamente ferida e parecia desmaiada quando acharam ela. Ele admitiu o que tinha feito, e apesar do chefe de Nian e Paul ter explicado para Satori que o que tinha feito ao ter resolvido a situação do desaparecimento das crianças foi incrível, ele também explicou que Satori teria que pensar um pouco mais quando fosse agir em situações como de Kalinka, já que ele tinha agido baseado em um pedaço de informação não confirmado que poderia ter lidado a morte de Kalinka se não fosse por pura sorte. Mesmo assim, o chefe deixou Satori ir após isso, já que ele ainda tinha que tratar suas costas, dizendo que ele iria avisar Kor quando ele chegasse de suas "viagens" sobre o sucesso em sua missão. Assim, Satori saiu do escritório e foi em direção ao hospital, um pouco mais calmo agora, já que ele tinha terminado a missão, e tinha aprendido algo: agir baseado em instinto não é sempre uma boa coisa.

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