Mais uma manhã começava, com o sol iluminando as ruas de Iwa, pessoas caminhando pelas ruas, indo para seus trabalhos, buscar o pão de cada dia. Yami acabava de acordar, levantando de sua cama, calçando um chinelo e caminhando lentamente até a cozinha, preparando seu café da manhã, com um olhar cansado. - Nossa, dormi mal demais essa noite... - Dizia, se alongando enquanto bocejava. Ao terminar seu café, ia para seu quarto, trocando de roupa, depois indo escovar seus dentes, pronto para mais um dia.

Ao sair da porta de sua casa, Yami era parado por um garoto, carregando consigo um pergaminho, que parecia ser do Quartel e o destino era o genin, que pegava, abrindo e lendo o que estava escrito. Se tratava de uma missão em que teria que ajudar um jovem casal, filho de comerciantes rivais a viver um amor, porém o problema era suas famílias. - Aí garoto, diz para os pombinhos que quero encontrar com eles em um café no centro daqui trinta minutos, quero conversar com eles. - Dizia Yami, vendo o garoto ir embora para dar o recado ao casal.

Então, o genin partia rumo ao café, esperando a chegada dos seus contratantes. Ao chegar, ia até uma mesa com quatro lugares, sentando em uma das cadeiras, vendo o movimento.

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Poucos minutos após a chegada de Yami no café, o jovem casal chegava também, de mãos dadas, olhando ao redor. Naquele momento, o café estava bem vazio, então era fácil dos jovens descobrirem Yami, indo até ele, sentando nas cadeiras que estavam na mesa. - Bom dia, eu sou Yami, o genin que vai resolver seus problemas. Vão falando o que tá pegando aí sobre seus pais, aí vejo o que posso fazer. - Dizia Yami, pegando de seu bolso um chiclete, colocando em sua boca e começando a mascar, cruzando seus braços. - Nossos pais são comerciantes e por causa de uma rixa do passado eles estão brigados. Nós nem sabemos direito, mas pelo o que a gente sabe, tem relação com a juventude dos dois, que eram muito amigos. - Dizia a donzela, com seus cabelos loiros e olhos azuis. - Já tentaram sei lá, fugir ou algo assim, na maioria das vezes funciona. - Dizia Noritoshi, olhando para o céu enquanto fazia uma bolha de chiclete que logo estourava. - Está louco? Não queremos matar nossos pais de preocupação. E além do mais, ela está grávida e se acontecer algo com o bebê? - Dizia o namorado da loira, que tinha cabelos ondulados e castanhos, com olhos verdes. - Esse detalhe aí muda tudo, é, vamos ter que bolar um jeito de convencer seus pais. Me diz aí, onde fica a loja de seus pais? - Perguntava Yami, levantando da cadeira, pronto para sair. - São duas lojas de tecido na praça, uma do meu pai e a outro do pai dele. - Dizia a moça, abraçada em seu namorado. - Fiquem aí namorando, volto já com uma solução. - Dizia o genin, que saia do café e ia até a praça, buscando as lojas dos pais dos jovens.

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Na praça, Yami ia indo até a primeira, sendo essa a do pai da moça, dando para descobrir devido uma foto emoldurada que fazia parte da decoração do local. Andando pela loja de tecidos, veria um senhor calvo, de aparentemente meia-idade, terminando de atender um cliente. - Muito obrigado e volte sempre! - Dizia o homem para o cliente, com Yami escutando ao se aproximar. - O senhor deseja alguma coisa? - Perguntava o homem para o genin. - Quero falar com o senhor, só não pode ser aqui, vamos para a praça, só preciso fazer outra coisa. - Yami pedia para o dono, que mesmo um pouco relutante, aceitava ir, indo para a praça e sentando em um banco virado para o lado contrário da outra loja.

Ao deixar o pai da menina no banco, Yami iria até o outro pai, entrando na sua loja, sendo essa vazia, com apenas o dono, também calvo, repondo o estoque de tecidos, parando ao ver o ninja. - Alguma coisa? - Perguntava o homem. - Tenho algo para te falar, vamos até a praça. - Respondia Yami, indo com o outro homem para a praça, deixando os dois juntos ni mesmo banco, para o desgosto dos mesmos. - Isso é uma brincadeira? - Perguntava o pai do rapaz. - Eu já estava suspeitando desse cara, deve um plano para sabotar minha loja! - Falava o pai da moça. - Vou ser direto, quero que vocês fiquem em silêncio, o que a falar é sobre os seus filhos e é sério. - O rapaz de cabelos negros falava, pegando de seu bolso outro chiclete, deixando entre seus dedos, pronto para colocar na boca.

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Os homens, ao saberem que tinha relação com seus filhos, ficavam em silêncio, porém tentavam ter algum contato entre eles, seja visual ou facial. - É o seguinte, os filhos de vocês estão namorando, aí como vocês dois tão com raivinha um do outro, eu tive que aparecer e cuidar de tudo isso. Falando nisso, parabéns para os dois, vão ser avôs, espero que venha com saúde. Mas voltando, por que vocês são rivais? É por causa da loja? E por que? - O jovem rapaz, que ao terminar de falar, colocava o chiclete que estava entre seus dedos na boca, esperando os homens, surpresos com a revelação sobre o neto, continuassem.

O silêncio reinava durante um breve período do tempo, dando para escutar o cantar de pássaros, até que finalmente, o pai da garota resolvia falar. - É que na juventude, nós eramos amigos, até que eu me apaixonei pela irmã dele. E antes que você pergunte, não, a mãe de minha filha não é a irmã dele, até por que esse canalha armou contra mim, o que resultou no término na minha relação com aquela que foi meu primeiro e grande amor... - Terminava o homem, revelando o motivo da briga entre os dois. - Isso foi ser bem cuzão viu, mas deixa pra lá, não vem o caso. Então, vocês vão deixar seus filhos viverem esse amor? Eles estão felizes, e todo pai devia sonhar com a felicidade de seus filhos, mesmo que alguns não façam isso. Deixem eles viverem a vida, depois o tempo passa e vocês vão perder tudo isso. Espero que depois dessa, vocês se resolvam. Amigos? - O moreno dizia, pausando as mascadas que dava em seu chiclete, apenas olhando para os dois, que davam as mãos, um ato que confirmar a paz entre os dois, que não estavam nada felizes com aquilo. - Meu trabalho acabou e seus filhos estão namorando lá no café, deixem eles quietos, daqui a pouco já vai ter um pirralho atrapalhando eles. - Ao dizer, Yami terminava de vez o seu trabalho, indo para sua casa, não antes de buscar sua recompensa.

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