O clima ameno, a noite se faz presente, e também há a beleza noturna, animais indo ter o abraço do sono e o devido descanso, mas não Misato, a jovem não tem tempo para parar simplesmente, pois sendo uma fugitiva, sua vida está um pouco mais complicada que o normal, havia passado muito tempo na mesma região, então agora era a hora de seu êxodo. O país de agora era um tanto quanto diferente do anterior, o clima se difere bastante fazendo um pouco mais de frio que em outros lugares, mas nada com qual a sua capa e vestes não lidassem bem, mas os ventos noturnos que sopram pela região a afetam, tanto que a mesma se sente um pouco tremula, no que lhe concerne cessa seus passos acima de um dos galhos de uma árvore, e só então decide que é hora de se abrigar: — Parece que o local está vazio, deve ser seguro o bastante para eu poder me abrigar até o amanhecer... — a jovem ofega um pouco devido ao cansaço e então desce da árvore, finalmente tomando passos normais e andando a uma velocidade normal.

 Não se delonga muito até a jovem escutar alguns barulhos, já tomando uma kunai em sua mão a menina então vai vagarosamente em direção aos ruídos, pois ainda não sabia o que era, poderia ser um truque dos seus inimigos, para atraírem e jovem para uma emboscada, mas era melhor checar e poder ter certeza, do que continuar correndo desgastada pela noite, ao menos é o que a Uzumaki pensa. Andando a passos lentos e alguns piques rápidos buscando a cobertura de algumas rochas e árvores no local, a jovem então vê o causador dos ruídos, ao que parece alguém com hábitos noturnos, ela já desfaz sua guarda e guarda sua Kunai, "alguém treinando a essa hora não pode ser alguém que quer me prender e levar minha recompensa" ao menos continuaria a passos lentos e buscando nunca mostrar suas mãos, que por hora estão escondidas por sua capa. Terminando de se aproximar por completo, e anunciando sua chegada pisando um pouco mais firme a jovem então diz: — Você, o que faz essa hora da noite em um local como esse? — Misato diz firme e com um sorriso acalentado no rosto, buscando não causar estranheza, mesmo que seja uma noite quieta e com poucas nuvens cobrindo o astro brilhante.

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 O clima propenso para apenas o descanso ainda se faz no local, e após encontrar outro ser vivo a mente de Misato entra em contradição, pois pode ser um inimigo ainda, mas a jovem não puxa nenhuma Kunai ou prepara algum jutsu, primeiramente teria uma avaliação da situação na totalidade, seu olhar passa pelo corpo do jovem, a análise não era de todo completa, mas em um pré julgamento ela entende que o mesmo não está ali para procurá-la, ao menos era o que a ninja entende de seu julgamento, então em meio aos seus devaneios o menino a responde lhe tirando a atenção.

 A resposta se faz rápida, incisiva, agressiva, mais parecia vindo de algum dos animais que Sato viu durante seu caminho a tal local. A resposta de nada agrada a jovem, que não deixa seu rosto transmitir suas reais sensações e sentimentos, apenas um sorriso amistoso de quem apenas deseja informações, após ser questionada por seus chifres, o que ela considera os adornos dos deuses que confirmam sua "majestade" e até mesmo sua "divindade", a jovem calmamente o responde: — Isso é apenas um presente dos Deuses a mim, para que eu nunca me esqueça da minha real missão aqui, é um sinal que não vai encontrar em mais ninguém além de mim... — sua frase cessa enquanto ela toca o chifre do lado direito com sua destra e prossegue dizendo: — É um sinal de superioridade e espero que compreenda isso — terminando sua frase ela ainda não abaixa sua guarda, mas já se sente mais tranquilizada, pois, não foi atacada de imediato, ao menos não ainda.

 Em um instante o jovem então se lança para cima da garota, com uma kunai em mãos, direcionada ao pescoço de Misato, que apenas sorri mais ainda, pensando consigo mesma "esses inferiores agindo com violência contra aquilo que não conhecem, preciso ensiná-los a como se portar" respondendo seus questionamentos ela o fala: — Minha única intenção aqui é te ensinar sobre o verdadeiro caminho, e também me abrigar... — sem terminar a frase a menina diz, já mudando de assunto: — Preciso de um local para ficar até o amanhecer, também necessito limpar meu corpo, se houver algum lugar próximo agradeceria uma indicação. — após dizer tais palavras ela é questionada sobre os chifres novamente, a jovem responde: — Primeiro abrigo, depois mais respostas, pode ser? — olhando para o "ninja", a kunoichi aguarda a resposta.

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  Misato, olhando fixamente para o jovem, já se sente bem mais confortável do que a primeira vez que o viu, e agora mais próxima e com os olhos atentos ela o analisa com mais calma, e vê seu torso e físico avantajado, "parece alguém que tem treinado muito" em simultâneo, ela dá, alguns passos lentos em direção ao mesmo, enquanto o escuta. O Caçoar dele a respeito de sua superioridade não a afeta, pois, realmente a jovem só pensava "Humanos comuns nunca entenderiam, eu preciso ensiná-los com minhas próprias mãos e exemplos" então a jovem apenas ignora o caçoar, se sente um pouco irritada, mas não o suficiente para perder o controle próprio, apenas aceita o fato e prossegue.

 Ao ser questionada a respeito de sua  "religião" a jovem ouve mais brincadeiras a respeito de seu credo, ela já não pode ficar quieta e fazer pouco caso da situação, então ela abre sua boca novamente: — Não, ele não é um falso Deus, eu mostrarei ele a você, assim que tiver uma oportunidade, mas como eu disse, tenho outras prioridades... — desfazendo de sua capa que cobre suas vestes, a jovem então lhe questiona: — Há algum lugar para arrumarmos comida por perto? Eu estou fugindo há dias, preciso realmente de um alimento. Qualquer que seja ele eu aceitarei de bom grado. — ouvindo os dizeres a respeito de ser um homem e que poderá lhe proteger a jovem pensa consigo "não preciso de proteção, lidei bem com inimigos mais fortes que você, com menos esforço", mas sua boca apenas fala: — como é maravilhoso saber que tenho um herói então, meu Deus nunca falha, não iria me deixar sozinha — a jovem diz se sentando em uma pedra, já se acomodando com o local. — Você é o meu protetor enviado por ele, não tenho dúvidas disso, não existem coincidências no mundo, acredite em mim, eu sei que não — com a frase ela olha para os céus, e por um instante consegue olhar para ele, tanto tempo se passou fugindo, que nunca sobra tempo para "viver", seus olhos brilham enquanto olham os astros celestes.

 Sendo abruptamente interrompida pelo seu dito cujo "guarda-costa" a menina olha para o rapaz, o comentário sobre ela estar fedendo a pega de surpresa, mas para tentar se aproximar mais do homem e decidir se ele é digno de ser um fiel ou não ela retruca — Minha situação está tão feia assim? — palavras ditas enquanto a jovem ergue os braços e tenta sentir seu próprio aroma. 

 O ninja então, em sequência de suas ações,  vai em direção a um local previamente dito, um "córrego" já era o bastante para a menina se limpar, a respeito da comida, mais algumas falácias do jovem, e então ele cita o conjunto de palavras "Falso Deus" seu nervosismo aflora, mas é com um pouco de dificuldade contido, ela então o diz: — Irei me limpar, depois caçarei algo eu mesma, obrigada pelas indicações agora me vou — seguindo o caminho em direção ao córrego, a jovem olha aos arredores, a escuridão ainda toma conta, pouca visibilidade, somente a lua e algumas nuvens atrapalhando a visão, a Uzumaki então decide se despir, tira toda a capa que protegia do clima, era frio, mas a limpeza de sua cicatriz era algo mais importante. 

Com a capa na beira, seus equipamentos ao chão, e sem a parte de cima deixando seu busto exposto, a jovem pega um pedaço de pano, se abaixa cobrindo seu corpo na beira do córrego, até a altura do busto. Então com o pano, a passa na água para umedecê-lo, e com a delicadeza de uma cirurgiã a jovem passa o pano pela sua cicatriz nas costas, e continua em ritmo lento e preciso, até retirar o "suor" e algumas "impurezas" que haviam a sujado conforme a "fuga" prossegue, com a cabeça baixa ela então se decide: — Ele é um homem bom, com a boca maior do que seu senso, mas sim, tenho certeza, você foi enviado a meu auxílio, tanto como um treino para testar minha fé, e também para me auxiliar em meu caminho — fala a frase enquanto prossegue na limpeza da ferida, que parecia recente, mas com certeza não era, apenas abrira um pouco devido ao esforço contínuo, mas nada com o qual a ninja precisa se preocupar.

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Ainda se limpando a jovem sente que já pode se despir completamente e se limpar, mas passa por sua cabeça "aquele rapaz pode estar me espionando, não posso culpa-lo é da natureza dos homens, e preciso cura-lo desse problema, mas não no momento" com isso em mente a jovem continua seu jeito meticuloso de limpar suas feridas e também percebe que pode aproveitar para limpar seu rosto, poisa esta um pouco sujo também. Lançando água sobre ele a menina fecha seus olhos por um instante, sente-se vigiada, mas não se preocupa pois não há nada para se ver além de sua cicatriz e suas vestes, se levantando dá água, a menina põe sua destra sobre seus seios afim de tapa-los, e vai em direção a suas vestes, as pondo e em sequência imediata segue o caminoh de volta em retorno ao local inicial do encontro com a figura que ainda não sabe nem ao menos o nome.

No caminho para o local a menina escuta os dizeres do ninja e apenas os absorve e olha para ele dando um ar de dúvida, um pouco de tempo se passa e então ambos chegam ao ponto de encontro inicial, já sentada e aconchegada em um canto a menina olha para o companheiro e ouve seus dizeres, "Nossas cicatrizes servem para nos lembrar que o passado foi real " tal frase entrou em sua cabeça ao mesmo tempo que ela está descrente que um ser tão estranho diz palavras tão suaves e coesivas, seus olhos se fecham em tom de dúvida novamente, mas logo retornam ao normal, sendo questionada a respeito de seu passado a menina apenas diz: —Sou Misa, e estou procurando um local para me estabelecer e chamar de lar, não te conheço o suficiente para falar sobre a cicatriz... — olhando para o chão a menina sente a nostalgia e as sensações do experimento, um flash de sua mãe, e então se levanta subitamente com duas kunais nas mãos sacadas, olhando para os arredores a menina vê que não precisa se preocupar, respira fundo e então se aconchega novamente se deleitando do alimento assim que o mesmo estiver pronto, enquanto fala após uma mordiscada: — Mas me conte sobre você, se me sentir confortável e essa for a vontade de meu Deus, eu irei contar a você sobre meu passado e meu evangelho — dizendo isso a menina apenas aguarda.

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