Acordar no orfanato era algo tão monótono para aqueles que não conseguiam acordar cedo, esse dia, no entanto, não foi o caso. Tinha a bela visita do sol, e como um girassol, levantei-me olhando diretamente a fonte de luz, bocejando. Não só em mim, mas em vários outros jovens do meu quarto, acordaram com a visita do astro. Respirei fundo e vestindo-me desci para tomar um reforçado café da manhã, com irmã Teresa, que provavelmente já estaria acordada fazendo seus afazeres, dado o horário.

A ideia era após comer, me dirigir até o gabinete do Kazekage para requisitar uma missão, ajudar a população de Suna e conseguir algum dinheiro, no entanto, enquanto tomava um chá de pétalas que a madre havia feito, fui chamado por uma voz estranhamente familiar. Teresa havia dito que tinha correspondência. Ao pegar o pergaminho em mãos, o abri e li seu conteúdo, fechando o sorriso típico e tomando uma face séria. Peguei minhas coisas e mesmo sem terminar meu chá, segui em direção sul, para ver o tal labirinto, já tinha uma ideia sobre o que fazer ali.

Desloquei-me em velocidade moderada, e pararia ao ver o dito labirinto, tentaria analisar sua entrada, espessura e tamanho das paredes. Tomaria cuidado também, para formular um plano de ação para resgatar as pessoas presas ali. Respirei fundo, e fiz com que meu chakra preparasse para agir imediatamente quando conseguisse todas as informações que precisava, destruiria, parede a parede, ou aventurar-me-ia em um combate de inteligência com o lugar, tudo dependeria do que viria a seguir.

— Destruir-te-ei - Respirei fundo e após fazer os selos necessários, fiz com que o chakra se transformasse em raízes, essas que subiam e iam empurrando para dentro do labirinto, pouco a pouco, destruindo parede à parede, sem cessar. Quanto mais mexia no labirinto, mais sentia que algo deveria estar errado, e essa desconfiança, logo se fez verdadeira. Um monstro de pedra, iria ataca-lo mudando a direção das vinhas, fazendo-as consumir, e em sua superfície, transforma-lo em escombros. Tendo em mente, que provavelmente deveria ser feito de chakra, iria tirar todas as possibilidades que voltasse a se reerguer, fazendo com que a floresta esmagasse o dito labirinto, tornando-o em uma parte de natureza.

Localizando os meninos, iria de encontro com suas presenças, falando: — Yo. Não precisão temer, vamos te levar para casa, ok? - E logo após, seguraria as mãos, guiando-os para fora daquela floresta, tomando cuidado para que eles não esbarrassem, nem caíssem decorrente das enormes raízes que se mantinham ali. O caminho até o gabinete Kage foi tranquilo, os meninos, já mais tranquilos, se punham em uma situação de agradecimento, e nisto, não cabia a mim brigar ou dar uma dura perguntando o por que fizeram aquilo. Caso tudo desse certo, iria até o gabinete, aonde na recepção entregaria os garotos, pegando meu pagamento, e perguntando sobre se havia outra missão que podia ser feita, afinal, aquilo não havia servido nem para começar a me divertir.

— Nah. Cinco minutos é o tempo de eu levar eles para o gabinete e voltar. - Ainda com os garotos, os entreguei no gabinete, e falei: — Com licença, algum maluco está querendo roubar uma loja. Já volto com ele. - Sai do gabinete, retornando calmamente a loja de outrora. Agora estava sem a máscara, afinal, ficar com ela era estranho e já estava suando. Respirei fundo e tive que aguentar os dizeres e olhares de nojo, indo em direção ao lugar que o bandido apareceria. Um tiro no pé de Mokuton. Era o que o bandido teria, quando mirei meu arco fazendo uma flecha com a manipulação bruta do meu elemento e Kekkei Genkai. Tentaria finca-lo no chão, aonde teria que entender o que realmente estava acontecendo ali.

— Rapaz. Que tipo de ladrão anuncia que vai roubar alguma coisa? Me surpreende ninguém ter te parado ainda. Coloque as armas, se tiver, no chão. E vamos logo que eu ainda preciso fazer algumas coisas saindo daqui. - Mirei com o arco novamente em direção a cabeça do meu adversário. Respirei fundo, e pretendia atirar ao lado de sua cabeça, se ele se mexesse, como quem quisesse diferenciar a classe de nossos poderes. — Isso é uma brincadeira pra você? Você está brincando de roubar? Pois eu não brinco de Shinobi.

— Pecador, eu te perdoo. - Mirei uma flecha contra o machado do meu oponente, queria faze-lo cair, e assim, desarma-lo e deixa-lo sem escapatórias. — Eu vou te salvar! - Corri fazendo com que vinhas nascessem de todos os lugares, com pura manipulação bruta tanto como uma forma de conte-lo quanto para cobrir uma distância maior em menos tempo, e em velocidade máxima, corri até o hospital da vila, deixando-o ali e dizendo: — Vocês podem cuidar para que ele não morra? Por favor. - Dizendo isso, voltaria para o lugar que iria ser assaltado pelo homem, e caso a multidão ainda estivesse ali, seria muito firme, colocando minha mascara: — Vocês podem por favor ir pra casa? Não tem nada pra ver aqui. O homem é doente, e precisa de cuidado médico - Saindo em direção ao lugar que deveria fazer meu relatório: o gabinete da Kazekage.

— Já chega disso por hoje. O homem era doido. - Me desloquei rapidamente até o orfanato, cumprimentando a irmã Teresa e subindo rapidamente para meus aposentos, aonde refletiria sobre meu dia, mesmo que ainda não devia ter acabado, e ali, faria poucas reflexões antes de adormecer, e descansar, para que depois conseguisse fazer um último treino, ou algo do tipo, a noite.