— Até que enfim uma boa missão ... Mas por que tem um cara plantando bomba por ai? Se ele quisesse realmente causar algum dano significativo, ele montaria um atentado a alguma figura importante, ou algo do tipo. Não concorda, Nitsu? - Direcionei a palavra ao meu pupilo, que acenou com a cabeça e agora andava tão malacabado quanto seu mestre. Talvez por isso que demoramos para chegar a mesma conclusão, e quando a achamos falamos os dois em sincronia: — Ele ta fazendo, por que quer mostrar que pode nos explodir a qualquer momento! É uma ameaça. É uma droga de uma ameaça. - Pisei, um passo de cada vez pelas localidades de Sunagakure no Sato.

Depois de tanto rodar pelo país do vento, me encontrei as portas gigantes que ligavam o exterior com o interior do país, o lugar mais óbvio se quisesse assustar, matando um comerciante que estava de saída, ou sei la. Matar alguns animais, coisas do tipo. — Não é como se eu tivesse um plano, ou algo do tipo. Mas você ficou invisível, como é? E aonde você se esconderia, Nitsu? - direcionei as palavras ao garoto, que prontamente respondeu, levando o seu braço ao queixo. — Claramente que dentro da vila, como um cidadão comum, aonde levantaria menos suspeitas. - Olhei fixamente para o garoto, e reprovadamente, falei: — Ele quer aparecer, deixamos assim por enquanto, uma hora ou outra, o seu ego vai ser maior do que a sua vontade de anonimato.

— Essa meu caro, vai ser uma missão de cansaço e expertize. Caro Nitsu - Disse como quem fumasse um cachimbo e usasse palito e boina. Era uma cena engraçada de se ver, tomando um gole de saquê no meio da missão enquanto esperava por um sinal divino. Que coincidentemente ou não, acabou acontecendo. Quando me dei conta, a pouco mais de dez metros do estabelecimento comercial qual deleitava de um gole, uma explosão aconteceu, tremendo a estrutura do prédio, corri para fora, para tentar localizar algo. Alvoroço. Muitas pessoas corriam, e simplesmente não tinha nem como especular um culpado. Respirei fundo, e dei graças ao bom deus que ninguém se machucou, de novo. — Nitsu, ele está atacando perto da cidade, deve estar perto do clímax do seu trabalho, e é agora que podemos agir, ele está confiante, isso vai ser o erro dele. Vamos fazer valer! - Disse, saindo correndo, e o garoto me acompanhou, mesmo sem saber para onde iriamos.

Cheguei em uma loja especializada em material Shinobi, gostaria de tentar entender sobre os clientes que entravam e saiam por aquelas portas, e o que compravam, claro que não iria ser fácil, uma vez que, o sigilo entre cliente e vendedor deveria ser absoluto. Não obstante o suficiente, ainda teríamos que procurar o maldito comprador. Era um tiro no escuro. Imagina minha surpresa, quando vi um homem suspeito comprando um monte de coisas, inclusive "Nitroglicerina". O abordei na hora, e este, correu, tentando esgueirar-se, saindo inclusive sem pagar. Fui atrás, numa perseguição em que não só velocidade importava, quanto as habilidades acrobáticas e sua inteligência de otimizar o tempo, fiz com maestria, jogando o homem de meia idade, contra a parede.

Agora era pessoal, estava com o desgraçado por entre os dedos, e não o deixaria escapar. Respirei fundo e dei uma investida contra ele, agurrando-o e colocando brutamente sua cabeça contra a parede, falando em seguida: - Pode começar a contar. Por que tu anda comprando essas paradas? Isso ai é suspeito rapaz. - Disse cospindo nele, e o homem, extremamente assustado, respondeu: - O cara me paga, e eu venho buscar, não se zangue, eu te levo até ele!!! - e foi isso que ocorreu, pegamos os produtos, devolvemos para o vendedor, agradeçendo o serviço prestado. Saímos e andamos por pouco mais de 2 quilômetros, até chegar numa parte afastada de Suna, saindo dos portões.

A casinha era simples e feita de barro, no formato bolinha comumente usado em todas as construções de Suna, mandei que o bode expiatório chamasse o individuo, e assim o fez, mas quando o maldito nos viu, colocou tudo abaixo. Lançou uma bomba contra nós, que definitivamente ficamos sem ter o que fazer, Nitsu pulou no meu colo, e eu recuei, fazendo uma proteção de ossos para que não sofressemos o impacto da explosão.

O homem, que havia dedurado sobre o demolidor, como ele o chamou, estava morto, com aproximadamente metade do corpo estourado. A cena não foi bonita, mas, não tinha tempo para lamentar a morte alheia, deixei Nitsu longe e fui com tudo para cima do rapaz, que foi jogando algumas bombas menores enquanto avançava. Sua pontaria era extremamente ruim, o que a área dos explosivos compensava. Dei-lhe um soco no pé do ouvido, um cruzado, da direita para a esquerda, que com certeza o fez cuspir alguns dentes.

Era um figurão, seus movimentos e coisas do tipo, todos tentavam ser glamuorosos, e as explosões, eram em tons de rosa. Aquele cara não era assassino, nem alguém que realmente queria machucar alguém, ele só queria ser lembrado, admirado e contemplado em tons de rosa. De qualquer forma, não podia deixar com que ele saísse por ai colocando armadilhas em Suna. Rukia não gostaria que isso acontecesse, e com certeza, me daria uma coça por rejeitar uma missão. — Cara, só para, antes que eu arranque um dos seus braços fora igual o do meu chegado ali. É, você não sabia que foi eu quem o cortei? Muahahaha! - Tentei entrar na mente do maldito, enquanto me aproximei, e mesmo com muitas explosões, fiz um osso sair da minha mão, e coloquei-o em sua garganta.

Qualquer movimento, resultaria em um abate. E talvez por isso, ou pela minha ameaça, o homem soltou um colete bomba, aonde estava tirando suas munições e jogou no chão. Afastei-me com o cativo e atirei diversas vezes com ossos das minhas mãos, o que resultou claro, em uma mega explosão rosa. Aquela explosão, fez com que o homem figura chorasse de alegria, tudo acabou como ele queria, em tons de rosa. Voltei para a vila e deixei-o no quartel general, saindo logo em seguida, indo em direção ao gabinete kage, aonde peguei minha recompensa.