Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
Últimos assuntos
Dante
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone :
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
[Gaiden] - Contos de Mãe e Filho pt.1 - Postado Sáb Out 30, 2021 11:26 am
[Gaiden] - Contos de Mãe e Filho pt.1
StatsHP: 380/380CH: 380/380ST: 00/07SAN: 230/230
Um exuberante cervo andava pelo bosque, trotando tranquilamente pelo lugar em uma linda manhã reluzente, com o sol iluminando belamente as árvores e refletindo no orvalho contido em pequenas folhas que rodeavam o local. De repente, o mesmo para em uma posição agradável, cheio de plantas verdes e pequenas frutas cheias de vida, perfeito para o animal herbívoro. Seu pescoço abaixa graciosamente ao solo, em direção ao seu alimento. Mastigando vagarosamente, ele mal sabe o que espera.
Atrás de uma mata, uma mulher de longos cabelos brancos e olhos azuis brilhantes, encara o animal como uma predadora, pegando uma flecha e a segurando firmemente. Fazendo selos com uma mão só e uma estranha inscrição de selamento aparece na ponta do projétil. Sem dizer nada, ela entrega a flecha em minhas mãos. Com um arco grande e largo para o meu tamanho, fico em pé discretamente, posicionando meu corpo de lado. Ponho a flecha de forma desajeitada e com pouca prática e depois, levanto o arco mais alto que consigo sentindo o peso afetar imensamente meus braços. Desço o arco ao mesmo tempo em que tensiono a linha para trás. Durante todo o processo, Akemi me auxilia, com olhares frios e diretos, característicos dela, ajeitando minha postura e corrigindo minha mira, segurando-me para parar de tremer.
- Respire fundo e atire no meu sinal - Ela ordena sussurrando, com uma voz graciosa, mas que esbanja potência. Faço exatamente como ordenado, fechando brevemente meus olhos e sentindo o ar adentrando pelas minhas narinas. Abro-os novamente, focando na pacífica criatura que se alimentava. - Atire - A mulher diz e com minhas mãos estável e foco máximo, solto a corda, resultando em um disparo em direção ao animal. Infelizmente, minha mão cede pelo peso e a flecha sai de forma irregular. Apesar disso, o cervo é atingido, mesmo que em um local não-letal e inconveniente, completamente, saindo correndo em disparada quase imediatamente após sentir a dor do ataque. Pela pouca força, o projetil não crava, caindo no chão com a disparada do mesmo.
- Acertei! E então, como me sai? - Comemoro a vitória de ter acertado o alvo, mas foi cedo demais, Akemi me olha seriamente e já consigo pressentir que estava errado.
- Sua postura é desajeitada, seu foco é baixo e tiro inconsistente, a flecha mal conseguiu fazer sua trajetória, mais um pouco e tinha errado, nem mesmo encravou a flecha - Ela me reprime duramente e minha animação simplesmente some, abaixando minha cabeça e solicitando desculpas, decepcionado por não ter alcançado suas expectaticas. Mas, vendo isso, ela corrige sua postura dura e coloca a mão na minha cabeça - Entretanto, não precisa ficar assim, devo admitir que para o primeiro alvo vivo e com um arco maior que você, até que foi bem... Mas não se contente com isso, lembre-se, a prática leva a perfeição... Erros são o caminho para o acerto... Não tenha medo de errar, tenha medo de não tentar - Akemi diz, acariciando meu cabelo e sorrindo um pouco para mim, o que levanta meu astral de novo, eu realmente apreciava quando ela fazia isso, suas frases e ensinamentos tinham sempre um tom mais poético e sério. Eu realmente aspiro ser como ela, concentrada, séria e forte.
- Então mãe... O que vamos fazer agora? - Pergunto com uma voz inocente olhando os arredores daquele lindo bosque.
- Vamos rastreá-lo, já que o feriu minimamente, ele não deve ir muito longe, aqui começa o próximo treino de hoje, vou ensinar a perseguir uma presa - A mulher fala após pegar a flecha que havia desprendido da carne do animal, guardando o arco em suas costas e conferindo as flechas da sua aljava enquanto eu a enchia de perguntas na empolgação de aprender sobre a arte que ela dominava, porém eu mal tinha a oportunidade de vê-la - Você já falhou no primeiro passo... Paciência... - Ela diz após propositalmente deixar eu gastar minha saliva a vontade, apenas para eu calar-me imediatamente por conta do erro, fazendo-a soltar uma leve risadinha descontraída.
[...]
Conforme andávamos, minha mãe aos poucos ia me ensinando os passos de como rastrear e caçar com efetividade, vendo coisas que eu nunca imaginaria que existiam ali.
- Aprenda uma coisa, o ambiente é vivo inteiro, mesmo que não exista de fato uma alma ali... Todo local sempre conta uma história, seja por seu cheiro, aparência, sons, marcas e etc... - Ela diz apontando uma marca de uma pata de coelho no solo, logo em seguida, aparece uma pegada de uma raposa - Olhe bem, esse solo não costuma marcas por muito tempo, uma presa e um predador passaram por aqui, pelos sinais, uma perseguição que acontecera não muito tempo atrás... - Ela conta a história e eu fico fascinado, imaginando tudo acontecendo na minha cabeça como se fosse um desenho, todavia, logo sou puxado de volta a realidade com um estalar de dedos - Se concentre Fuyuki, foco também é uma das chaves, uma das mais importantes para um caçador... Aqui, sangue fresco e galhos bruscamente quebrados, grandes chances de ser o nosso alvo - Akemi observa, apontando todos os sinais para gravar na minha cabeça os ensinamentos.
Mais um tempo de caminhada acontece, dessa vez, Akemi me pôs a frente fazendo-o me acostumar com a movimentação na floresta dentre as matas locais que apesar de não serem densas, ainda atrapalhavam a trilha. A face de Akemi mostrava uma concentração incrível, parecia que ela já fazia isso a anos, não esperava menos da minha mãe. Mesmo que o local seja perigoso, tenho confiança absoluta em suas habilidades.
Lá estava o cervo deitado, lambendo a ferida que escorria sangue vermelho vivo. Observando aquela cena, novamente ambos nos escondemos atrás de moitas e a Hatake me entrega o arco e a flecha que outrora atirei. Seguindo meu treinamento anterior, me preparo, tentando fazer a mira, juntamente com o auxílio dela, que permanecia atrás de mim, guiando meus movimentos. Com o alvo na mira, solto a flecha em seu comando, dessa vez, de forma certeira, atingindo o cerco em cheio, mas antes o que mesmo possa correr novamente, um selo estranho aparece na perna do bicho, travando instantaneamente seus músculos e o derrubando no chão violentamente.
- Bom tiro, digno de um Hatake - Recebo a aprovação da minha mãe, eu não sabia se era verdade ou apenas para aumentar minha autoestima, mas uma coisa é certa, vibrei como nunca naquela hora. Porém, havia um problema e meu sorriso animado começa a sumir conforme nos aproximamos do animal completamente paralisado. Akemi havia se agachado e entregando sua faça para mim. Assim, minha mente já prevê o que iria acontecer.
- Eu... vou ter... que mata-lo? - Pergunto com medo e engolindo seco, encarando minha mãe, pegando a lâmina lentamente de forma hesitante. Eu não sabia se conseguiria executar a sangue frio um animal que parecia tão inocente, minha mãe já havia explicado várias vezes que é algo comum e eu mesmo já o feri antes, porém, ao olhar em seus olhos, sinto empatia.
- Mesmo que seja de extrema importância você aprender sobre isso... Não tem necessidade e ainda não está pronto... Venha, vou ajuda-lo a retirar a flecha - Explica depois de perceber o quão incomodado eu fiquei, deixando-me aliviado, porém, o sentimento de saber que ainda não estava pronto me incomoda. Assim, com seu auxílio, abro um pouco a ferida com a faca, permitindo a retirada facilitada da flecha do cervo imobilizado pelo selo especial e Akemi o liberta posteriormente, encerrando o treino por hoje.
[...]
Ficamos sentados envolta de uma pequena fogueira improvisada, esta cuja fritava um coelho que ela havia caçado. Akemi estava com algumas ferramentas na mão, consistindo em uma faca de sobrevivência e um pedaço de madeira, criando uma flecha improvisada extremamente concentrada.
- E então... Quando vai ficar pronto? - Pergunto entediado, brincando com um pedaço de madeira na terra, desenhando alguma coisa aleatória.
- Daqui a pouco - Ela responde friamente, sem olhar para mim, ficando em talhar a flecha e o meu tédio continua.
- Hmm... Mãe, a senhora poderia me contar uma história? Tipo aquelas de acampamento que os grupos contam ao redor de uma fogueira ou algo do tipo, qualquer uma serve - Pergunto esperançoso para que ela aceite, pois além de caçar, acredito que mamãe é muito culta, já deve ter lido milhares de livros, sempre tão sabia, carregando uma experiência de vida com ela e esse é um tema interessante, já que era realmente difícil puxar assunto com ela, sempre tão séria e rígida. Mas para minha surpresa, ela para e olha para mim com seus olhos azuis, suspirando.
- História... Huh... Bom, eu tenho algumas guardadas na minha cabeça, não sei se irá gostar, mas já que insiste - Akemi respira fundo, tossindo um pouco e parando de talhar a flecha para pensar - Em um pequeno bosque, existia um grupo extremamente esforçado e dedicado de formigas que trabalhavam arduamente para estocar comida para o inverno que se aproximava... Enquanto isso, uma irritante e chata cigarra gastava seu tempo brincando e se divertindo inadvertidamente, negligenciando completamente o planejamento para o inverno, ainda por cima tentava induzir as formigas a desperdiçarem seu precioso tempo - Pelo tom de voz, era perceptível que a mamãe realmente não gostava da cigarra e claramente apreciava o estilo das formigas, mas fora isso, escuto atentamente o pequeno conto - As pequeninas sabiamente não escutaram e continuaram a trabalhar tentando avisar a tola da cigarra, porém em vão... Enfim, o inverno chega, todas as formigas se acolhem em seus abrigos confortáveis e quentes com comida de sobra e tempo a vontade para aproveitar, enquanto a cigarra do lado de fora, é sufocada pela neve, definha pela fome, congela pelo frio e se consume pelo arrependimento, perecendo pelas suas escolhas... - Minha mãe termina a história de forma meio sombria, era legal, mas o seu tom grave e ritmo pausado, a tornavam meio assustadora - É isso... Gostou? - Pergunta de forma sincera.
- Bom... É uma boa história... Um pouco trágica no final, não acha? - Pergunto rindo nervosamente e coçando a nuca.
- Sim, porém justa... As formigas se esforçaram e dedicaram tempo para se planejar, tornaram-se fortes e preparadas para o desafio que estava por vir... Enquanto a Cigarra vadiou e não se preparou para nada, morrendo por conta disso, é assim que funciona o mundo... Devemos sempre estar buscando melhorar e se preparar para as dificuldades, seja em qualquer aspecto da vida ou então perecemos - Akemi diz a moral e retira a carne que cozinhava da fogueira, deixando-a esfriar um pouco e entregando uma parte para mim.
- Entendi, é um conto muito interessante e não se preocupe, não vou me esquecer disso, estarei pronto para tudo, principalmente quando for um honrado ninja da Nuvem - Digo levantando meu punho para o céu e depois pego um pedaço do alimento para mim - Que gostoso, tem um gosto meio rústico, mas ainda assim é bom - Comento devorando aquela carne recem-assada na fogueira.
- Eu tenho certeza que vai ser um grande homem - A mulher sorri levemente e volta ao seu trabalho.
Atrás de uma mata, uma mulher de longos cabelos brancos e olhos azuis brilhantes, encara o animal como uma predadora, pegando uma flecha e a segurando firmemente. Fazendo selos com uma mão só e uma estranha inscrição de selamento aparece na ponta do projétil. Sem dizer nada, ela entrega a flecha em minhas mãos. Com um arco grande e largo para o meu tamanho, fico em pé discretamente, posicionando meu corpo de lado. Ponho a flecha de forma desajeitada e com pouca prática e depois, levanto o arco mais alto que consigo sentindo o peso afetar imensamente meus braços. Desço o arco ao mesmo tempo em que tensiono a linha para trás. Durante todo o processo, Akemi me auxilia, com olhares frios e diretos, característicos dela, ajeitando minha postura e corrigindo minha mira, segurando-me para parar de tremer.
- Respire fundo e atire no meu sinal - Ela ordena sussurrando, com uma voz graciosa, mas que esbanja potência. Faço exatamente como ordenado, fechando brevemente meus olhos e sentindo o ar adentrando pelas minhas narinas. Abro-os novamente, focando na pacífica criatura que se alimentava. - Atire - A mulher diz e com minhas mãos estável e foco máximo, solto a corda, resultando em um disparo em direção ao animal. Infelizmente, minha mão cede pelo peso e a flecha sai de forma irregular. Apesar disso, o cervo é atingido, mesmo que em um local não-letal e inconveniente, completamente, saindo correndo em disparada quase imediatamente após sentir a dor do ataque. Pela pouca força, o projetil não crava, caindo no chão com a disparada do mesmo.
- Acertei! E então, como me sai? - Comemoro a vitória de ter acertado o alvo, mas foi cedo demais, Akemi me olha seriamente e já consigo pressentir que estava errado.
- Sua postura é desajeitada, seu foco é baixo e tiro inconsistente, a flecha mal conseguiu fazer sua trajetória, mais um pouco e tinha errado, nem mesmo encravou a flecha - Ela me reprime duramente e minha animação simplesmente some, abaixando minha cabeça e solicitando desculpas, decepcionado por não ter alcançado suas expectaticas. Mas, vendo isso, ela corrige sua postura dura e coloca a mão na minha cabeça - Entretanto, não precisa ficar assim, devo admitir que para o primeiro alvo vivo e com um arco maior que você, até que foi bem... Mas não se contente com isso, lembre-se, a prática leva a perfeição... Erros são o caminho para o acerto... Não tenha medo de errar, tenha medo de não tentar - Akemi diz, acariciando meu cabelo e sorrindo um pouco para mim, o que levanta meu astral de novo, eu realmente apreciava quando ela fazia isso, suas frases e ensinamentos tinham sempre um tom mais poético e sério. Eu realmente aspiro ser como ela, concentrada, séria e forte.
- Então mãe... O que vamos fazer agora? - Pergunto com uma voz inocente olhando os arredores daquele lindo bosque.
- Vamos rastreá-lo, já que o feriu minimamente, ele não deve ir muito longe, aqui começa o próximo treino de hoje, vou ensinar a perseguir uma presa - A mulher fala após pegar a flecha que havia desprendido da carne do animal, guardando o arco em suas costas e conferindo as flechas da sua aljava enquanto eu a enchia de perguntas na empolgação de aprender sobre a arte que ela dominava, porém eu mal tinha a oportunidade de vê-la - Você já falhou no primeiro passo... Paciência... - Ela diz após propositalmente deixar eu gastar minha saliva a vontade, apenas para eu calar-me imediatamente por conta do erro, fazendo-a soltar uma leve risadinha descontraída.
[...]
Conforme andávamos, minha mãe aos poucos ia me ensinando os passos de como rastrear e caçar com efetividade, vendo coisas que eu nunca imaginaria que existiam ali.
- Aprenda uma coisa, o ambiente é vivo inteiro, mesmo que não exista de fato uma alma ali... Todo local sempre conta uma história, seja por seu cheiro, aparência, sons, marcas e etc... - Ela diz apontando uma marca de uma pata de coelho no solo, logo em seguida, aparece uma pegada de uma raposa - Olhe bem, esse solo não costuma marcas por muito tempo, uma presa e um predador passaram por aqui, pelos sinais, uma perseguição que acontecera não muito tempo atrás... - Ela conta a história e eu fico fascinado, imaginando tudo acontecendo na minha cabeça como se fosse um desenho, todavia, logo sou puxado de volta a realidade com um estalar de dedos - Se concentre Fuyuki, foco também é uma das chaves, uma das mais importantes para um caçador... Aqui, sangue fresco e galhos bruscamente quebrados, grandes chances de ser o nosso alvo - Akemi observa, apontando todos os sinais para gravar na minha cabeça os ensinamentos.
Mais um tempo de caminhada acontece, dessa vez, Akemi me pôs a frente fazendo-o me acostumar com a movimentação na floresta dentre as matas locais que apesar de não serem densas, ainda atrapalhavam a trilha. A face de Akemi mostrava uma concentração incrível, parecia que ela já fazia isso a anos, não esperava menos da minha mãe. Mesmo que o local seja perigoso, tenho confiança absoluta em suas habilidades.
Lá estava o cervo deitado, lambendo a ferida que escorria sangue vermelho vivo. Observando aquela cena, novamente ambos nos escondemos atrás de moitas e a Hatake me entrega o arco e a flecha que outrora atirei. Seguindo meu treinamento anterior, me preparo, tentando fazer a mira, juntamente com o auxílio dela, que permanecia atrás de mim, guiando meus movimentos. Com o alvo na mira, solto a flecha em seu comando, dessa vez, de forma certeira, atingindo o cerco em cheio, mas antes o que mesmo possa correr novamente, um selo estranho aparece na perna do bicho, travando instantaneamente seus músculos e o derrubando no chão violentamente.
- Bom tiro, digno de um Hatake - Recebo a aprovação da minha mãe, eu não sabia se era verdade ou apenas para aumentar minha autoestima, mas uma coisa é certa, vibrei como nunca naquela hora. Porém, havia um problema e meu sorriso animado começa a sumir conforme nos aproximamos do animal completamente paralisado. Akemi havia se agachado e entregando sua faça para mim. Assim, minha mente já prevê o que iria acontecer.
- Eu... vou ter... que mata-lo? - Pergunto com medo e engolindo seco, encarando minha mãe, pegando a lâmina lentamente de forma hesitante. Eu não sabia se conseguiria executar a sangue frio um animal que parecia tão inocente, minha mãe já havia explicado várias vezes que é algo comum e eu mesmo já o feri antes, porém, ao olhar em seus olhos, sinto empatia.
- Mesmo que seja de extrema importância você aprender sobre isso... Não tem necessidade e ainda não está pronto... Venha, vou ajuda-lo a retirar a flecha - Explica depois de perceber o quão incomodado eu fiquei, deixando-me aliviado, porém, o sentimento de saber que ainda não estava pronto me incomoda. Assim, com seu auxílio, abro um pouco a ferida com a faca, permitindo a retirada facilitada da flecha do cervo imobilizado pelo selo especial e Akemi o liberta posteriormente, encerrando o treino por hoje.
[...]
Ficamos sentados envolta de uma pequena fogueira improvisada, esta cuja fritava um coelho que ela havia caçado. Akemi estava com algumas ferramentas na mão, consistindo em uma faca de sobrevivência e um pedaço de madeira, criando uma flecha improvisada extremamente concentrada.
- E então... Quando vai ficar pronto? - Pergunto entediado, brincando com um pedaço de madeira na terra, desenhando alguma coisa aleatória.
- Daqui a pouco - Ela responde friamente, sem olhar para mim, ficando em talhar a flecha e o meu tédio continua.
- Hmm... Mãe, a senhora poderia me contar uma história? Tipo aquelas de acampamento que os grupos contam ao redor de uma fogueira ou algo do tipo, qualquer uma serve - Pergunto esperançoso para que ela aceite, pois além de caçar, acredito que mamãe é muito culta, já deve ter lido milhares de livros, sempre tão sabia, carregando uma experiência de vida com ela e esse é um tema interessante, já que era realmente difícil puxar assunto com ela, sempre tão séria e rígida. Mas para minha surpresa, ela para e olha para mim com seus olhos azuis, suspirando.
- História... Huh... Bom, eu tenho algumas guardadas na minha cabeça, não sei se irá gostar, mas já que insiste - Akemi respira fundo, tossindo um pouco e parando de talhar a flecha para pensar - Em um pequeno bosque, existia um grupo extremamente esforçado e dedicado de formigas que trabalhavam arduamente para estocar comida para o inverno que se aproximava... Enquanto isso, uma irritante e chata cigarra gastava seu tempo brincando e se divertindo inadvertidamente, negligenciando completamente o planejamento para o inverno, ainda por cima tentava induzir as formigas a desperdiçarem seu precioso tempo - Pelo tom de voz, era perceptível que a mamãe realmente não gostava da cigarra e claramente apreciava o estilo das formigas, mas fora isso, escuto atentamente o pequeno conto - As pequeninas sabiamente não escutaram e continuaram a trabalhar tentando avisar a tola da cigarra, porém em vão... Enfim, o inverno chega, todas as formigas se acolhem em seus abrigos confortáveis e quentes com comida de sobra e tempo a vontade para aproveitar, enquanto a cigarra do lado de fora, é sufocada pela neve, definha pela fome, congela pelo frio e se consume pelo arrependimento, perecendo pelas suas escolhas... - Minha mãe termina a história de forma meio sombria, era legal, mas o seu tom grave e ritmo pausado, a tornavam meio assustadora - É isso... Gostou? - Pergunta de forma sincera.
- Bom... É uma boa história... Um pouco trágica no final, não acha? - Pergunto rindo nervosamente e coçando a nuca.
- Sim, porém justa... As formigas se esforçaram e dedicaram tempo para se planejar, tornaram-se fortes e preparadas para o desafio que estava por vir... Enquanto a Cigarra vadiou e não se preparou para nada, morrendo por conta disso, é assim que funciona o mundo... Devemos sempre estar buscando melhorar e se preparar para as dificuldades, seja em qualquer aspecto da vida ou então perecemos - Akemi diz a moral e retira a carne que cozinhava da fogueira, deixando-a esfriar um pouco e entregando uma parte para mim.
- Entendi, é um conto muito interessante e não se preocupe, não vou me esquecer disso, estarei pronto para tudo, principalmente quando for um honrado ninja da Nuvem - Digo levantando meu punho para o céu e depois pego um pedaço do alimento para mim - Que gostoso, tem um gosto meio rústico, mas ainda assim é bom - Comento devorando aquela carne recem-assada na fogueira.
- Eu tenho certeza que vai ser um grande homem - A mulher sorri levemente e volta ao seu trabalho.
- Considerações:
Palavras: 1830
Ficha e M.F: No Card
Considerações:
- Contexto: O gaiden se passa na infância de Fuyuki, nesse cenário, o mesmo está treinando caçada com sua mãe e passando um tempo com ela.
- Aparência de Fuyuki Hatake(Criança):
- Aparência de Akemi Hatake(Mãe de Fuyuki):
Ōkami
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Re: [Gaiden] - Contos de Mãe e Filho pt.1 - Postado Sáb Out 30, 2021 12:19 pm
que mãe zona
parabens a descrição de seus textos são incriveis
parabens a descrição de seus textos são incriveis