Dizem os sábios que se alguém descobrir exatamente qual é o propósito do universo, ele deixará de existir e se tornará algo ainda mais incompreensível. Dizem os mais sábios, que isso já ocorreu diversas vezes.

Guia dos mochileiros das galáxias.



A escuridão dominava a noite, nem mesmo as estrelas pareciam querer brilhar sobre as extensas e protuberantes nuvens que o cobriam. Um manto de cinza com pequenos riscos de branco que anunciavam a chegada lenta de uma chuva de inverno, Eu nem preciso dizer para você que odeio chuvas, elas estragam com qualquer tipo de saque. Bom a missão não envolvia festas, pelo contrário, deveria caçar um animal em extinção para poder levar a um homem sem escrúpulos, para mim pouco importava, digo precisava comer, e me esconder de um bando de demente que quer me matar porque? Eu nem lembro.
A floresta se tornava mais escura, as sombras se erguiam por entre as arvores, e o desespero dominava meu corpo. Não. Não por causa de um tigre em extinção e sim porque estava ocorrendo uma festa e eu estava perdida em uma floresta no cu do mundo.
Me ajoelhei para tentar buscar os rastros dele, mas garanto que minha inteligencia não é meu ponto forte e não consegui descobrir se aquelas eram pegadas de uma zebra ou de um tigre. Na duvida peguei minha moeda e a joguei para cima, se desse cara eu iria para a esquerda, se desse coroa para a direita.

“Deu cara, vou para a esquerda”

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As nuvens pesadas cobriam o vasto céu, marchando cada vez mais pesado e carregado, com relâmpagos que devastavam o véu da noite.
Meus olhos se perdiam por instantes naquelas nebulosa tempestade que se formava, iria perder outro dia no bar de não me apressasse para encontrar aquele maldito pedaço de carne com presas.

Voltei às minhas orbes brancas para o chão à procura de novos pegadas que pudesse me levar na direção da tal criatura. Mas nada nenhum sinal dele, nem de suas pegadas ou cheiro, aparentemente aquela era uma.rota de caça dele, ao menos era isso que diziam os moradores na redondeza, visto que ele era visto como uma divindade em forma animal,para mim ele não passava de um belo pedaço de carne com uma linda pele para ser retirada.

Saltei para cima de uma das árvores, visualizar melhor a área me ajudaria a tentar identificar onde estava tal animal poderia morar.

-pelos deuses essa floresta e gigantesca.-- Murmurei para mim mesma.---

As pesadas gotas de chuva começaram a cair sobre minhas bochechas, não poderia ficar ali para sempre, olhei para as montanhas aparentemente era um bom lugar para se esconder da chuva.
Então sem pensar duas vezes comecei a saltar em direção ao local mais montanhoso da floresta para tentar encontrar um lugar para me esconder.

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As pesadas gotas de chuva açoitaram meu rosto e principalmente minhas costas, enquanto corria atrás de proteção da chuva, meus passos me guiaram por um longo caminho até finalmente se encontrarem com os rochedos era uma gigantesca montanha que subia muito além das nuvens que se tornava impossível que eu vesse o seu topo.
A base era ainda maior e eu mal conseguia enxergar o fim dela pois a parte de baixo era coberta por uma cobertura vegetal alta.

--- Meu deus que loucura bom, o jeito é procurar uma caverna.--

Em minhas andanças ao redor da montanha até finalmente encontrar duas entradas escuras, eu não sabia me decidir qual deveria ir apenas que deveria seguir uma delas para poder me esconder.

Minha moeda rodopiou no ar e girou por alguns segundos antes de cair em minha, dessa vez ela me dizia para poder ir para a direita.
Então sem pensar em mais nada, afinal eu era uma garota forte e conseguiria enfrentar qualquer coisa que estivesse lá dentro, eu entrei na escuridão completa, sem ativar meu byakugan afinal, qual era a graça de entrar em um buraco sombrio se for pra saber o que tem dentro.

— E la vamos nós Tebane.— Gritei enquanto corria para dentro da estranha ferida na montanha.

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Demorou um pouco para que meus olhos  se acostumam com a escuridão da caverna, e isso se tornava ainda mais complicado à medida que os raios revelavam as paredes com excrementos de morcegos. Não era como se eu odiasse aquilo, apesar de ainda preferir um ambiente mais aconchegante e quente, se possível com bebidas e uma boa gritaria de pessoas bêbadas.
Os trovões vibravam as paredes de pedras do local, e havia um certo cheiro de sangue coagulado e carne apodrecida, talvez ali vivesse uma fera ou animal que comia carne podre ou fosse as fezes dos morcegos, não dava para ter certeza, mas se estava vivo podia morrer.
Olha talvez fosse minha impressão ou um certo medo que eu nem sabia que existia, afinal eu era forte o suficiente para poder lutar contra qualquer coisa que pudesse surgir na minha frente.

Mas é horrível ficar com a sensação de que existe alguma coisa me espreitando nas sombras.
Me aproximo de uma das paredes e me sentei, estranhamente aquela coisa era felpuda e quente, não sabia o que era e nem porque sua barriga ronronou antes de fazer um chiado, senti minha cara aquecida pelo bafo quente da criatura, mas quem se importa quando pode descansar?

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De repente a bola felpuda se levantou, e eu saltei sentindo sobre mim a pressão que suas garras teriam feito em meu corpo se eu não tivesse “escapado” a tempo. O vento zuniu sobre meu estomago, um pouco mais e eu não ter tido mais nada ali a não ser uma abertura.

— Hey só pode estar brincando não é tebane—

Agora eu entendia porque estavam dando tanto dinheiro para poder vencer um pobre animal, aquele tigre era ao menos quatro vezes maior que eu, suas presas pareciam meu antebraço dobrado, em poucas palavras, não era algo que queria encontrar na rua dando sopa por ai. alem disso, isso explicava o valor tão alto da recompensa pela captura da pele de tal animal e das pessoas o endeusaram como se fosse uma divindade.

Saltei mais uma vez, tentando ver se conseguir jogar a moeda para ver se usava a espada ou o arco e flecha contra tal criatura, por fim quando consegui ela havia dado o arco e flecha, na ansia de conseguir pegar minha arma acabei tropeçando uma ou duas vezes nos excrementos dos morcegos, e por sorte ou azar, foi o suficiente para poder escapar das investidas sanguinárias daquela maquina de matar ambulante.

Puxei o arco e tentei mirar em um dos olhos, foi em vão ele era forte e a flecha mal conseguiu perfurar a sua pelagem.

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Eu me lembrei de um detalhe, o rico que me contratou exigiu que eu não machucasse a pele da criatura,mas sejamos sincero eu não conseguiria fazer isso mesmo que quisesse, minhas flechas não surtiam efeito no que parecia ser o manto dourado da criatura, sua pelagem era forte o suficiente para que minhas investidas fossem anuladas pela capacidade da defensiva da criatura, e para ajudar ela era inteligente o suficiente para compreender os padrões de esquivas e aos poucos se aproximar cada vez mais perto.
Estava ficando cada vez mais arriscado lutar contra o tigre, meu único e principalmente domínio era girar o corpo em pleno ar e esticar mais uma de minhas flechas, dessa vez não na direção de sua pele, mas sim de seu olho direito.

A flecha zuniu rapidamente entre meus dedos e disparou em alta velocidade contra a cavidade ocular da criatura. Ela gruniu e vociferou ferozmente q flecha não tinha tido força o suficiente para atravessar o crânio.

Ainda aproveitando se do giro saltei por entre as patas da criatura e com um rodopiou acertei meu calcanhar afundando ainda mais a ponta da seta no olho da besta.

---Morra de uma vez.---

A criatura caiu no chão morta e eu ofegante apostando esforço.

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