Havia recebido dois trabalhos logo pela manhã, para quem ousasse dizer que me conhecia, diria que cai da cama. Rotineiramente, lavei o rosto e coloquei meu quimono, apoiando minha katana na cintura e guardando rente ao meu corpo todos os meus equipamentos, aonde quer que eles coubessem. Respirei fundo, e sai pra fora da vila, a princípio seria uma tarefa tranquila de ser realizada, e talvez fosse a oportunidade perfeita para treinar um novo estilo Kenjutsu, prioritariamente treinado em Kumogakure no Sato.

[Nox]: — Não que eu goste de Kumo, mas esse estilo é diferenciado. Fácil de ser aplicado e muito eficiente.

Diria conversando para mim mesmo, enquanto direcionei-me em direção ao lugar aonde os três gennins passariam. Ali, iria treinar, cerca de duas horas antes do previsto de passagem. Retirei a parte de cima do Kimono, deixando-a ao chão, e aproveitando-me de rochas no solo do lugar, de uma altura grande e consideravelmente resistentes, iria praticar golpes precisos de espada. Sem golpes mirabolantes, a guarda simples, posturada e limpa. Cortes feitos em uma única direção, joelhos levemente flexionados, e um olhar firme para os pontos que queria obliterar.

Minha postura iria se manter, em cada golpe, cada finta, cada avanço. Tudo seria pensado antes de ser feito, e algumas coisas, iriam acontecer por memória muscular, como se meu corpo entendesse cada movimento como algo fora de um padrão, tornando esquivas e bloqueios ainda mais fáceis de acontecer. Por vezes, infundiria chakra a minha Katana, fazendo com que adaptasse o estilo para causar ainda mais dano, e experimentar aumentar um pouco o alcance da lâmina.

Não deveria ser tarefa difícil derrotar três gennins, e provavelmente não deveria matar nenhum dos três, a ideia era simples, aplicar um ou dois golpes com meu novo estilo de luta, pegar o que me foi confiado, e sair. A menos que as informações que haviam sido passadas eram erradas, e algum ninja de escalão mais alto houvesse se infiltrado para proteger a carga. Na verdade, agora meu treinamento seria posto em prática, iria praticar cada golpe que havia treinado naqueles pobres coitados que iriam se encontrar comigo.

Na verdade, mesmo que alguém estivesse pronto para tentar rivalizar um possível furto, um chunnin, ou até mesmo um tokubetsu não seriam páreos para arte samurai. E se fossem, ainda era pouco relativo ao que conseguiria fazer num combate direto. Coloquei a parte de cima do meu Kimono e espreitei-me em uma árvore, quando depois, no horário marcado uma caravana de três cavalos e uma caixa de madeira chegou ao local, não estavam suficientemente rápidos para que pudessem tentar atropelar-me, então, pus me a frente do trio.

[Nox]: — Vocês já devem imaginar que eu não vim pegar o que vocês estão levando ai. Peço que vocês desçam, deitem no chão, e deixem me pegar o conteúdo e sair. Fácil assim, vocês são novos, não precisam se machucar.

Fui subestimado, minha aparência de criança, e minha voz fina serviu de risada para os três, que provavelmente eram no mínimo cinco anos mais velhos que eu. E, sem deixar com que se quer respondessem, saquei minha espada, aumentando gradativamente minha velocidade quanto sentisse necessário. Nada sabia sobre as habilidades dos Shinobis, mas julgando-os como Gennin, não eram comparação com minha força

Num salto, e havia picotado o primeiro cavalo, e com ele, seu dono. Fiz com que sangrasse e sinceramente não foi uma cena muito bonita. Diversos cortes, principalmente na região torácica, pernas, mãos e braços. Tentei evitar golpes precisamente letais, mas, no processo, deixei-lhe numa situação arriscadíssima. Meus cortes estavam mais precisos e minha força de brandir a espada se tornou ainda mais afiada. No mais, as vezes manter o simples era bem melhor do que tentar estratégias mais ousadas, ou coisas do tipo.

O segundo foi obliterado por dois golpes, em formato de X em seu peito. Tomei o cuidado de manter a maestria em combate e não cortar muito fundo, e na verdade, foi um teste muito melhor do que tentar parti-lo ao meio. Controlar a intensidade e profundidade, escolher matar ou não, era um talento que muitos haviam esquecido ter quanto mais fortes ficavam, não iria fazê-lo, afinal, eles ainda deveriam crescer mais para poder tentar morrer pela minha espada.

Num único dash, dois oponentes estavam gravemente feridos no chão. E o terceiro havia ficado psicologicamente abalado, mal podia se mexer. E quando pensou em se quer puxar uma kunai, resolvi arrancar sua mão fora, num meio arco com minha espada, um corte limpo, que deveria ser estancado rapidamente, caso o homem quisesse ter alguma chance de sobreviver, tal como tratar ou pedir ajuda para seus companheiros também.

Maldita hora que abri a caixa de madeira que estavam carregando ...

Chegando perto, percebi que as extremidades da caixa mantiveram-se anormalmente quentes, e quando pude perceber, deteriorava-se. A lava corroía de dentro pra fora e antes que eu pudesse ver o que se tratava, foi lançada contra mim.

[Nox]: — Perigoso. Hmpft.

Rivalizei o golpe com um de igual intensidade, balançando minha katana infusa de chakra e pulando para trás, afastando-me em torno de quinze metros. O chakra se fez na lâmina e foi lançado violentamente com o punhado de lava que parecia ter sido lançado contra mim. Cortou-lhe, causando uma explosão ao contato, e fez com que a lava caísse por todos os lados, solidificando-se eventualmente, em contato com o ar. O arco de chakra azulado, continuou o trajeto, cortando o tórax do inimigo, fazendo-o sangrar.

[???, Usuário de Yoton]: — Parece que eles mandaram alguém anormalmente forte ... Não faz mal, mais um nukennin irá cair, mesmo depois de ter neutralizado três dos nossos.

Com a rivalidade entre chakra, nós entramos num empasse, quando pude ver bem o rosto do homem que saiu de dentro da caixa. Começava a ligar as coisas, e enquanto pensava, tive que usar da minha velocidade máxima para esquivar-me de uma sucessão de golpes direcionados com enorme velocidade a mim. O homem simplesmente pegava punhados de lava e lançava. O cenário destruía-se enquanto raciocinava sobre o que faria naquele caso.


Minha velocidade dessa vez foi usada de forma ofensiva. Aqueles quinze metros seriam cobertos em pouco menos de um segundo, e abusando-me da distância e da forma que o homem lutava, tentei um corte ascendente, para atingir seu peito, pescoço e maxilar, simultaneamente, enquanto o partia em dois. Golpes com profundidade. A defesa foi tão boa quanto o ataque, no entanto, tentou chutar meu estômago e projetou seu corpo para trás, enquanto tentou se afastar. Meus reflexos, no entanto, estavam extremamente apurados depois do treinamento no país no ferro, esquivei em um rolamento, parando a novos 10 metros do homem, que simplesmente não parou de atacar, tentando fazer selos de mão, enquanto estávamos a distância. O que me fez soltar um sorriso de canto.

[Nox]: — Você nunca mais vai emboscar, qualquer nukennin que seja. Maldito!

Iaido, um estilo exclusivamente usado e desenvolvido para que samurais pudessem rivalizar com ninjas, jogando por terra suas ditas vantagens com jutsus e selos de mão. Posicionei-me, infundi chakra na minha lâmina e lancei um arco de chakra para impedir com que o oponente fizesse selos de mão, no processo, juntando ações rápidas e ofensivas para criar um jutsu avassalador, que indo em direção de encontro aos dedos do rapaz, cortou-lhe ao meio.

Havia liberado muita energia, e com certeza era algo que fez com que o sangue do espreitador jorrasse, tal como vísceras e órgãos que ficavam ao chão. Tomei o cuidado de verificar se realmente não havia nada dentro da caixa, para confirmar minhas suspeitas.

[Nox]: - O contratante vai me pagar, me pagar direitinho!

Voltei para o lugar onde havia pego a missão e assassinei o empregador, que de primeira vista, se assustou que ainda estava vivo. O maldito estava trabalhando com outra vila para capturar Nukennins, e sgora, encontrou seu belo fim. Banhei-me com teu sangue e voltei para as fontes termais, para que pudesse descansar antes de ir para a próxima missão. Precisava roubar de ninjas que estavam em um lugar já determinado, papéis bomba para que algum infeliz desse um belo fim a sua triste vida.

[Nox]: - O maldito não poderia só pedir pra eu cortar a sua própria cabeça?

Depois de cobrar o que o outro contratante havia feito, fui até uma importante rua do distrito comercial conversar com o coitado que queria se explodir com papéis bomba. Não só isso, como queria que eu roubasse de outros shinobi para que conseguisse concluir seu desejo. Encontrei-me com o homem, de aproximadamente 40 anos, em sua casa. Era um lugar luxuoso, com tudo de melhor, móveis de todos os tipos, tecnologia de ponta, diversos empregados, e tudo do bom e do melhor. Mas algumas coisas estavam estranhas, com tanto dinheiro, não era mais fácil ele ir comprar seus papéis bomba?

[Hurin, o homem bomba]: - Não é como se eu não pudesse comprar, mas todas as vezes que boto o pé e saio de casa, não consigo dar um fim na minha própria vida, algumas lojas de artigos shinobi já me conhecem e temem pela minha vida. Eu não aguento mais!

[Nox]: Há algum tempo eu venho querendo treinar uma técnica, mas nunca tive a oportunidade de ter uma cobaia para testar. Vou resolver seu problema, você quer ser explodido? Preciso de um tempo para estudar sobre e volto com um parecer, se conseguir, não terá necessidade de invadir lugar algum, ou roubar nada. Eu me importo com você e com sua forma de morrer, então prometo ser fiel às suas escolhas!

Dito isso, fui para um lugar mais reservado para aquecer meu chakra. A técnica deveria acontecer da forma correta e demoraria um pouco para chegar ao seu ápice, precisaria deixar meu chakra dentro do sangue do hospedeiro tempo suficiente para que sofresse o inchaço e depois, a explosão.

Depois de manipular meu chakra e deixá-lo hostil, infundi uma única gota de sangue, e a depositei na pele de Hurin, falando que a partir daquele momento nada mais poderia ser feito, e eventualmente ele iria explodir, dando tempo para que realizasse seus maiores sonhos, antes de sua existência acabar.

[Nox]: — Pois você quer se explodir em uma feira em algum lugar próximo? Sem problemas, isso não me diz respeito. O grande problema é que como é um jutsu feito por mim, o alcance vai ser bem maior do que os papeis bomba. Não há problema né? Você quer fazer uma bagunça mesmo!

[Hurin]: — Melhor ainda!

Dito isso, coloquei todos os meus dez dedos nos braços do homem e comecei uma infusão sem limites de chakra e sangue, fazendo com que o seu corpo entrasse em estado de colapso. Entretanto, da mesma forma em que fui agressivo colocando sangue infuso com chakra dentro do corpo do homem, tive o cuidado de deixa-lo calmo, misturando-se momentaneamente com o próprio sangue do hospedeiro, tornando-o instável, até que estivesse no lugar aonde iria explodir.

Fui para casa no mesmo dia, estudar as aplicações e formas de ativar, manualmente e com temporizador, caso fosse possível. Uma vez que o atentado só aconteceria no outro dia, tomei essa liberdade de estudar um pouco sobre o jutsu que estava querendo aprender, e mesmo que já houvesse feito a aplicação, eventualmente, poderia a melhorar. Da mesma forma, talvez conseguisse delimitar um tempo para o "Kaboom" ou coisas do tipo.

Peguei o material do meu pai para ler sobre, li por algumas vezes até aprender toda a teoria daquilo que estava me envolvendo, e fui dormir, torcendo para que no outro dia, ocorresse um espetáculo de sangue e vísceras, num lugar cheio da capital. E qual que fosse a inspiração e motivo que o fez cometer tal ato, assistiria sua insatisfação em um lugar privilegiado, e a todas as vidas que iria ceifar.