Consegui, depois de invadir uma das mansões mais difíceis de todo o país, entra no cofre de um oponente abominável. Uma mulher que tinha gosto em maltratar, humilhar e torturar os mais pobres, e a todos que tentavam invadir sua casa para roubar seu precioso tesouro. Naquele mundo no entanto, todos os dias existia algo que se alterava, e quem estava em cima, não conseguia mais respirar, pelo sangue que encharcava seus pulmões. A madame tentava respirar, era a única com resquícios de vida depois que havia passado minha lâmina sobre as gargantas de seus subordinados e seguranças.

Olhei bem para sua face, dando lhe um sorriso, e neste momento, pareceu me pedir algo, como se eu pudesse salvar sua vida.

[Nox]: — Reze em paz e em espirito. Talvez em uma outra vida, você possa ser mais humilde. Não me leve a mal, você gostava de pisar em cima dos outros. Eu não sou o ruim aqui, descanse madame, e melhore quando acordar em outro corpo. Refaça suas ações e talvez, só talvez, não morra de uma forma tão ruim. Descançe madame, durma, aceite sua morte. Acho que talvez assim possa ser menos doloroso.

Tal como estava a sua frente, explodi em velocidade para dentro do cofre. Algumas armadilhas, poucas infusas com chakra, e todas com mecanismos que matariam, com certeza, no menor dos vacilos. No entanto, minha velocidade transcendia a realidade, estava em outro patamar. Peguei a joia, e antes que fosse alvejado por alguma kunai, senbon, shuriken, martelos e bombas, sai do lugar quebrando uma das janelas do local, e pulando por ela. Estava na rua agora, e andejei, diminuindo minha velocidade a padrões normais. Escondi a joia em um dos meus bolsos, e rumei o ponto de encontro, aonde encontrar-me-ia com o contratante, um tal mafioso que queria a joia, e prometeu pagar muito bem.

[Nox]: — Me encontrou? Ah, pois bem. As coisas começam a ter um desfecho legal! Vem pra cima, monstrão!

Respirei fundo, e não precisei pensar muito ou analisar a situação para entender que não haveriam caminhos pacíficos para lidar com o homem, que mais parecia uma besta. Sua lâmina era enorme, tanto quanto seu corpo e provavelmente conseguiria rivalizar fortemente com os meus golpes, outro problema, era o lançamento daquela arma, a julgar por sua força, provavelmente conseguiria lançar a arma, longe e rápido. Aproximar-me também deveria ser perigoso, uma vez que, aquele monstro deveria ser especialista em combate corpo a corpo.

[Nox]: — Pois eu também sou.

Como um samurai, e mestre em Kenjutsu, não haveria de temer trocas corpo a corpo, e se o fizesse, não seria digno de carregar a lâmina do Mestre Hoko. De primeiro momento, coloquei toda a velocidade que consegui num avanço, em zigue e zague avancei por vinte metros, cobrindo essa distância em um segundo. Queria estudar suas habilidades, mas não podia correr o risco de ser atingido nem mesmo por um único golpe. Desembainhei minha katana, que rivalizaria em alma com a lâmina do monstro.

No processo de avanço acumulei chakra na ponta da lâmina e chegando no lugar, não precisei de mais do que meio segundo para mandar voando uma rajada de chakra roxeada, um arco que cobriria em uma região cônica vinte metros a minha frente, a partícula de caos que havia saído da lâmina branca, viajou rápido, em uma velocidade específica de 30 m/s. Viajou, rapidamente para encontrar o pescoço da criatura, que se não tentasse segurar o dano com a resistência de sua arma, deveria ser decapitado em um único balançar de espada.

Prepararia uma defesa, para caso a figura acima do prédio ou o próprio brutamontes lançasse algo ou partisse para cima, rodando em um ângulo de 180º para defender-me de jutsus, armas e ataques físicos, qualquer coisa que trouxesse perigo, e que fosse percebida por mim. Mas, caso não ocorresse, simplesmente deixaria estar. Em todos os casos, mover-me-ia para trás, quinze metros, tomando distância das duas figuras.

[Nox]: — Defendeu?

O sorriso visível, de criança quando encontra alguém para brincar, se tornou tão malicioso quanto verdadeiro. A respiração, passou a ser pouco mais ofegante do que o normal, o gasto de chakra. Mas pouco tive momentos para respirar, o corte, pareceu superficial, mas com certeza, havia causado dano significativo. Sua movimentação era rápida, a julgar por seu tamanho, e sua maestria com espadas com certeza era a de um mestre.

A forma que segurava sua enorme arma, a forma de brandir, conhecia de longe. Experiência, experiência em combate para dar e vender, aquele monstro já havia participado e vencido inúmeras batalhas, e agora, a única coisa que queria verdadeiramente era cortar sua cabeça, para ter como troféu. Arrastou diversos pedregulhos e os lançou em mim. Tomei o cuidado de oblitera-los com uma técnica Kenjutsu que já havia preparado previamente. Todas as pedras e detritos do solo deviam cair por terra com meu esforço.

Não só isso como uma rajada, da mesma forma que usava meu Samurai Sabre Technique, veio em minha direção. Menor e com menos intensidade que havia colocado sobre meu golpe anterior. Não podia o defletir como a criatura fez, no entanto, como um mestre naquela arte tinha certeza de que o alcance não podia ser tão grande. Respirei fundo e pensando pouco, recuei com um dash para trás. O rubro dos meus olhos deixavam um fio de luz por onde passei, e pra criatura, não deveria passar de um borrão, com tons carmesim.

Afastei-me por 25 metros a partir do ponto em que a lâmina de chakra partiu em minha direção. Acreditei que aquele range seria o suficiente para que pudesse ser interceptada pela minha lâmina, e defletida - já sem força - para um prédio próximo no processo. Olhei para a criatura, e me aproximei dez metros, controlando a respiração e o jogo de passadas para que pudesse novamente correr com a lâmina grudada em meu quadril, apontando para o solo. Puxaria diagonalmente para a direita, mandando novamente uma lâmina de chakra dessa vez com uma velocidade de 33 m/s.

[Nox]: Vamos subir cada vez mais essa velocidade, até onde você consegue acompanhar coisa ruim? Você não fala? Cérebro de ervilha.

Fiquei extremamente atento a novos ataques que viriam em minha direção, uma vez que agora estava extremamente perto do brutamontes, e o combate deveria ficar ainda mais acalorado, rápido, e poderoso. Estava em terreno dominado, e não existiam favoritos, dois combatentes experientes se enfrentavam, e o que definiria o campeão, era qual dos dois seria mais fiel e poria em prática o domínio de espada. Acreditava em Hoko, e em tudo que ele havia me dito, minha postura, passadas, e até a forma que segurava a arma, tudo, desde a base, devia ao mestre.

[Nox]: — Eu ... também estava brincando.

O sorriso de outrora começou a tornar-se ainda mais maligno e maldoso. Personificaria todo o mal em ataques brutais e extremamente fortes, respirei fundo e despertei um dom samurai inato dentro de mim, levando meus talentos corporais até um limite que desconhecia padrões humanos. A minha maldade provavelmente diminuiria a cognição do monstro ainda mais, então, dito isso, atacaria com toda a minha força. Sai dos escombros com imensa velocidade.

Julgando que tanto o monstro quanto a criança eram aliados, pisei firme no solo e lançei uma rajada de chakra enorme, que voou em direção aos dois, e provavelmente deveria causar um dano assustador se atingisse. No entanto usei do golpe para aproximar-me aproveitando de que o brutamontes provavelmente teria que defender o golpe. A aproximação, foi extremamente rápida, só perdendo em velocidade para o arco de chakra que cortou o próprio ar em direção a dupla.

O que aconteceria em seguida seria um corte ascendente, buscando a virilha até o meio do corpo do brutamontes, seguido de uma passada firme, e uma rotação de quadril necessária para que pudesse mirar diagonalmente o braço direito da criatura, precisamente, em baixo do seu braço. A ideia era tentar causar um dano suficiente para que sua mão dominante perdesse a relevância, tirando assim, a maior parte dos danos que a criatura conseguia me causar.

Finalizaria tentando uma estocada em sequência rodeando o monstro, tentando pelas suas costas, perfurar perto do seu coração, o meio do seu peito. Seguidamente, não deixaria com que meus adversários respirassem em uma sequência enorme de golpes, pularia por de cima das costas do animal, tentando partir a criança em dois, num golpe horizontal.

Respirei fundo e tentaria mais dois golpes novamente passeando em torno dos meus inimigos, indo para frente da criatura, dois golpes em formato de X, para tentar arrancar fora sua cabeça, afastando-me em seguida, numa distância narrativamente segura, aonde pudesse ter reação. Preparando inclusive, uma contra medida para caso a criança resolvesse mostrar as garras e tentar realizar algum jutsu. Respiraria fundo e manteria-me pronto para responder prontamente aos ataques que fossem direcionados a mim, com esquivas, pulos e rolamentos.

Foi simplesmente fenomenal, a adrenalina que me percorreu o corpo enquanto atacava, a sede de sangue que rivalizava com o demônio a minha frente, e aquela vontade irrefutável de partir, partir os dois ao meio, vê-los sangrar enquanto dilacerava sua carne. Aquilo me deu o gás necessário para que com uma velocidade constantemente alta, aproveitasse-me dá brecha criado pela onda massiva de chakra, que partiu a defesa doton como se simplesmente não fosse nada - julgava que talvez pelo tempo ser extremamente curto, a técnica não havia sido feita com maestria - Os destroços, me colocaram numa posição privilegiada, para que pudesse terminar com o embate.

O primeiro golpe havia entrado limpo, cortou a criatura e a fez sangrar, mas não pude deleitar-me no prazer de seu urro de dor. Ao contrário, a criatura parecia flertar com a morte, parecia pedir, implorar para que isso acontecesse. A resposta veio tão rápida quanto o brutamontes conseguiu pensar, um soco tendo com destino certo meu corpo, e cai entre nós, tomar mais uma pancada daquelas não seria algo muito inteligente de se fazer.

[Nox]: — Lento. Absurdamente Lento.

Direcionei a lâmina e dilacerei embaixo do seu braço, com tamanha maestria que fez com que deslizando, encontrasse o enorme osso da criatura. O monstro me encarou, e perdeu um tempo precioso não atacando-me enquanto estava preso em sua carne, eram bonecos, que deveriam ficar parados vendo minha movimentação, que aos olhos dos espectadores, era insana. Pausas para respirar enquanto utilizei da minha enorme velocidade foram feitas de forma ordenada.

Pela minha experiência, a criatura precisava somente de mais um único ataque para cair morta. E quando pensei acertar o coração do bixo, haviam se teletransportado para uma direção completamente diferente de antes. Conversaram sobre o que estava acontecendo, e depois de um tempo, sumiram tão rápido quanto apareceram. Restou para mim os destroços e casas quebradas, olharam-me com medo, e achei que talvez fosse perda de tempo tentar me explicar. Lancei o sangue que escorria da minha arma ao chão, levando a mão esquerda ao meu black power e sorrindo, no final, provavelmente o garoto tinha alguma habilidade de se teletransportar, e se não fosse isso, provavelmente agora os dois estariam mortos.

Desativei o máximo do meu corpo, que estava em estado de overclocking. Olhei fixamente para todos que passavam a aumentar em quantidade e logo, tomaram providência para tentar fazer algo contra mim. Olhei fixamente para o céus, falando logo em seguida:

[Nox]: — Mais um único movimento. Mas foi legal, consegui me divertir no final! Só achei que o touro conseguisse ser um pouco mais útil em satisfazer-me. Hoje eu tenho certeza, sou o ser mais forte de todos os continentes, e logo, todos eles estão inundados de sangue.

Não deixei com que muitos espectadores se reunissem. E se estava sendo caçado, por que não ir caçar os malditos que estavam o fazendo? Queria ter o prazer em os degolar. Precisava encontrar Yuyuko, não duvidaria que também estariam atrás dela, e não tinha nem pistas porque aqueles dois estavam atrás de mim. Estudaria, procuraria e poria fim a aqueles dois que testando-me não sabiam no que haviam se metido.