Aquele tempo pós invasão das ondas foi algo realmente bom. Tive tempo suficiente para observar melhor meu irmão e arranjar uma forma de chegar e apresentar minha história para Shura. Já o observava de tempos, e agora, podíamos sair para fora da Areia, uma vez que, nós tínhamos coisas para fazer naquele momento. Nosso encontro aconteceu em uma caverna pouco distante da Areia.

[Jin]: Shura, eu cheguei pouco depois do que você fez em casa. Peguei o corpo do nosso pai ainda quente. Mas eu entendo que ele era um merda, eu mesmo, vim pra vila oculta de Suna resolver minhas pendências com ele. Então, de qualquer forma, é algo que não preciso te perdoar, apesar de que eu queria realmente conhecer meu pai.

Saía da caverna e voava de forma rasante para conversar com o garoto, e minha primeira missão era patrulhar as muralhas, devido a talvez o Nukennin Yuto se entregar, após a missão, talvez Suna fosse procurada por mais Nukennins, ou pessoas sem vila, como forma de refúgio, e até mesmo poderia sofrer ataques. Acompanhei meu irmão para fora dos portões de Suna, e depois de um tempo voando, vi uma cena não tão agradável: pilhas de corpos.

Em uma vala coletiva, existiam diversos corpos desfigurados, e o cheiro nada agradável deveria fazer com que Shura passasse mal, talvez.

[Jin]: Quando voltar do que for fazer, precisamos conversar, tudo bem?

Depois de deixá-lo para fora dos portões, comecei minha missão, pegando altitude e observando os arredores. Infelizmente, depois que Shura saiu da minha visão, pude notar sobre a terra várias pilhas de corpos, tal como a outra que havíamos visto.

Sobre uma dela, estava alguém de pé, estranhamente vestindo uma capa preta, dando a entender que ou deveria ser maluco, ou algum seguidor de ceita burro. Digo burro por ter dado de cara comigo, não ter respeito e achar que Suna não investigaria os eventos recentes.

Não era como se eu fosse um bruto, começaria conversando, chegando relativamente perto do espantalho, olhando diretamente para sua face. Todos os meus mecanismos foram previamente preparados, e agora todos eles miravam para a figura que manteve-se parada, até que eu dei o primeiro passo.

[Jin]: Se você não quer morrer, se identifique, e diga por quê está parado em cima dessa pilha de corpos. Não é como se fosse crime … mas infelizmente preciso te levar para averiguar, você se tornou suspeito.

Os próximos passos foram determinantes para o embate que começou, depois que me aproximei, o estranho começou a se mover e mostrar sua face desfigurada.


Tinha ataduras por todo o corpo e parecia estar queimado. De suas mãos saíram labaredas que tornavam-se em um grande fogaréu rapidamente que veio como um feixe em minha direção. Mal pude responder senão fazendo com que rapidamente meu chakra ativasse um mecanismo que saiu do meu peito e tornou-se um escudo que prontamente me defendeu daquele ataque elemental, quebrando-se no processo, fazendo com que as chamas fossem anuladas e me dando tempo de reação.

Talvez não conseguisse competir em velocidade, mas se não, cobriria aquela diferença com poder de fogo. Da minha barriga saiam cerca de três artefatos que atiraram prontamente três mísseis de chakra. Eles se moviam a uma velocidade bem maior do que a minha própria, e me davam oportunidade de me posicionar e dar dois tiros, um no peito e outro na cabeça daquela criatura.

Prontamente, ela fez com que uma parede de pedra se erguesse a sua frente, tornando-se uma cúpula que parou um dos mísseis, mas foi obliterado de dentro pra fora pelos outros dois, que entraram pelo buraco que o primeiro fez, expondo o monstro para fora daquela proteção fajuta. Os dois tiros, percebendo que o homem já estava fisicamente abalado, foram direcionados em uma das pernas e um dos braços, respectivamente, deixando-o extremamente ferido, mas vivo.

Peguei-o e comecei a revirar e olhar seu corpo como um todo. Foi aí que percebi que sua língua havia sido cortada, e quando indagado sobre, passou a brilhar de dentro para fora, seus olhos emitem uma poderosa quantidade de chakra, sua pele transmitia energia, e começou a se debater pela demanda enorme de chakra que saia do seu corpo bruscamente.

Esse chakra se tornava em um tom escarlate e com pouco tempo que tive, me afastei voando com um dash em velocidade máxima. O desgraçado explodiu como se fosse um mecanismo de autodestruição para o caso de ser pego, ou capturado. De qualquer forma, restavam aquela pilha de corpos, e agora, as vísceras do enfaixado. Tal como um punhado de dinheiro que havia deixado perto do lugar, parecia ter reunido das vítimas que estavam ali, deduzindo pelo sangue nas moedas.

---

Não restou muito a fazer se não orientar-me para de volta a vila e relatar o acontecido. Fui voando, com minhas asas mecanizadas até o posto de comando de Suna. Shura estava longe, e provavelmente não encontraria ninguém que conhecia.

Quando cheguei no posto de atribuição de missões percebi que havia algo errado, estava anormalmente vazio e com um rombo enorme em uma das paredes. Com uma Percepção de movimento elevada, passei a notar também diversos pequenos insetos, e tratei de andar por todo o lugar procurando pelas pessoas que deveriam estar ali, senão entregando missões, trabalhando para manter o bom funcionamento daquele sistema que auxiliava a vila.

Mantive-me inerte, no entanto quando percebi o sangue espalhado pela sala, pareciam que tinham cuspido sangue decorrente de algo, além de erupções na pele, E ao meio de uma das salas do lugar, uma criança sentada em borboletinha. Parecia ser desfigurado, olhou para mim e começou a gargalhar num sorriso maldito. E quem dera fosse só o sorriso.

Das suas mangas do kimono começavam a sair inúmeros insetos que ao passar pelos corpos já no chão, causavam ainda mais erupções na pele, comecei a acumular calor em meu núcleo, afastando-me de imediato daqueles malditos insetos. ” Provavelmente foram esses insetos que fizeram essa arte. Devem ser venenosos, e outros devem ter sido comidos de dentro pra fora. Coitados. Mas até que enfim um oponente forte! Vamos ver até onde ele vai.”

Quando uma parcela dos muitos insetos que cobriam a sala começou a chegar em uma distância perigosa, liberei uma onda de calor que simplesmente obliterou todos eles em um instante, torrando-os e deixando-os no chão. Tudo a dez metros de distância comigo como centro, foi simplesmente obliterado. Tudo havia se tornado em cinzas, os insetos e todos aqueles corpos já sem vida que haviam sido ceifados pelo garoto-inseto.

Depois que havia recuperado-me do golpe de calor, busquei pelo garoto - ou pelo seu corpo - e nada encontrei, se não uma espécie de enigmática escritura, que havia encontrado em diversas pilhas de corpos para fora da vila. Parei e comecei a tentar encontrar pessoas vivas dentro do recinto, não baixando a guarda para possíveis ataques daquele moleque.

Andei um pouco para chamar por ajuda, mantendo-me voando numa altitude de quinze metros em velocidade máxima até o gabinete da Kazekage Rukia. Informei o acontecido diretamente para kage que mandou comigo, uma equipe médica e alguns jounnins para averiguar o que havia acontecido, no entanto, o lugar continuava vazio, e agora, nem mesmo dava para achar os corpos, que pareciam ter sido comidos.

[Jin]: Viraram comida de Inseto. Infelizmente, aos médicos aqui, não há ninguém para salvar. Estão todos mortos agora.

Falei com o máximo de emoção que uma máquina conseguia passar, mesmo sendo um robô, e que essas emoções haviam me abandonado a muito tempo. Mantive-me atento a possíveis investidas, mas nada encontrei. Haviam sumido 16 funcionários e um número não divulgado de shinobis, entre eles, muitos chunnin e gennin. Foi uma perda lastimável, e mesmo que naquela noite, tirei para trabalhar em meus projetos, e na criação de uma nova marionete, não consegui parar de pensar no que havia ocorrido.

No outro dia, sendo um dia exclusivo para investigações no posto de atribuição, fui auxiliar com meu intelecto levemente superior para entender o que havia ocorrido, tal como como havia entrado e sumido logo após da minha visão. Tudo era muito estranho … e que maldito veneno era aquele que corria pele e fazia os corpos cuspirem sangue?

Busquei então por uma amostra do veneno para que pudesse o estudar, mas nada encontrei, se não um mísero pedaço de carne com degradação através do material desconhecido. Levei para meu laboratório aquela pequena parcela de crime. Achei estranho que o criminoso havia deixado para trás algo que provavelmente faria com que encontrasse o meliante de novo, sorri, dizendo logo em sequência.

[Jin]: Ele quer ser encontrado. Maldito!

Me desdobrei para tentar localizar cada ingrediente e mapeei um lugar aonde provavelmente deveriam ser encontrados. Tentando assim também usar dos meus talentos e inteligência para tentar triangular um provável lugar para que pudesse encontrar a criança demônio. Respirei fundo no entando quando consegui, através de muito empenho finalmente tentar uma área exata aonde provavelmente o assassino deveria estar.

Sendo assim, armei-me e entreguei a localização precisamente para os times que deveriam levar aquele vagabundo a justiça, tal como seu retrato falado. Já havia feito muito e agora cabia para ninjas da mais alta patente localizar e exterminar a praga, onde quer que estivesse, e o que estivesse fazendo. Sendo assim, depois de alguns dias de busca, finalmente o encontraram, e com o custo de alguns jounnins, conseguiram lhe capturar e executar, falando pouco sobre o motivo que fez com que ele fizesse o que fez, e suas habilidades que fizeram muitas pessoas perderem a vida naquele incidente.

---