Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[TimeSkip] Cintilar na penumbra. - Postado Qua Dez 22, 2021 3:08 pm
Babe, shadows radiate too.
_ ▢ X
Cintilar na penumbra.
ㅤ
As línguas dos cidadãos encontravam-se frenéticas na feira livre dominical da Vila Oculta da Areia. A infame missão colaborativa entre nações para deter a crítica ameaça apresentada por Namigakure havia sido concluída. Todavia, segundos as fofocas ditas ao ar, pouco havia sido desvendado e muitas tensões haviam crescido, visto que a empreitada nas Ondas não findara a guerra. Do contrário, o feito parecia ter sido combustível para que o conflito entre as nações fervesse de forma mais exorbitante. Kuromi se atualizava das notícias enquanto acompanhava a mãe nas compras de alimentos, endireitando as alças das sacolas que continham os itens adquiridos entre os dedos. Sempre mantendo seus olhos castanhos nas tensas írises azuladas da progenitora, que também se encontrava imersa pelo balbuciar do povo.
A mulher de quem herdara o rosado dos fios capilares era uma ninja de alto escalão, logo informações sobre as missões que cumpria eram contadas por Tsumugi. E sabia que muitas tribulações derivadas da guerra repousavam sobre seus ombros A garota sabia que a mãe era poderosa, mas não deixava se preocupar por seu bem-estar. Quanto a Genin, essa se considerava sortuda, pois apesar de seu habito de contestar e prantear por qualquer trabalho que lhe fosse atribuído, tinha plena consciência de que suas funções eram simples tramites, oriundos de necessidades administrativas que os ninjas mais experientes não podiam coordenar no momento, visto que suas experiências de batalha eram muitos mais requisitadas nos conflitos atuais, estes que se multiplicavam conforme os meses iam avançando.
Naquele espaço de tempo, Shikai havia decidido iniciar o treinamento de Kuromi nas habilidades do clã. O mesmo ainda procrastinara algum tempo até delegar a herdeira as primeiras aulas. Um claro exemplo de que a preguiça era hereditária. A Kunoichi também tinha sua parte em arrastar este compromisso para depois, visto que com sua moleza nata, já sofria com a necessidade de trabalhar para função do vilarejo como uma Genin. Porém, Kuromi tomara a iniciativa, o incomodara para tutorá-la visto que os incidentes de cunho criminoso aumentavam a cada dia, principalmente em grau de periculosidade... A garota sabia que deveria estar apta a lutar o quão cedo fosse possível. E seu progenitor, se certificaria de não falhar em prepara-la. Em uma manhã de sábado, pai e filha bocejavam de forma morosa em uníssono e, se movimentariam arrastadamente até o campo de treinos da areia.
– Daqui em diante, sua sombra sempre será sua melhor amiga. – O pai a instruiria, a serenidade em suas feições refletida em suas palavras.
– Sei...Sei... – Concordou a garota ainda embriagada pelo sono, os dedos esfregando os olhos para livrar-se da dormência.
O homem erguia o pergaminho que continha em mãos, abrindo-o e sustendo-o, para que a mais nova o analisasse. O mesmo consistia em instruções repassadas por gerações de shinobi oriundos da família Nara, e tratava-se de umas das técnicas mais famosas da família ninja mestre em manipulação de sombras. Observando o mais velho, Kuromi deslizou os dedos pelas fitas brancas em seus fios de cabelos, penteando as madeixas rosadas como céu da alvorada, alinhando os longos fios em um rabo de cavalo alto como o do pai. A Kunoichi endireitou a postura, indicando a sua verídica disposição para praticar os ensinamentos de Shikai.
Imitando os movimentos paternos, Kuromi moveria os dedos conforme o Nara, compenetrada em memorizar os selos que eram exigidos para performar o Kagemane no Jutsu. De olhos fechados, ela concentraria a energia interior dentro de si, sentiria a mesma fluir sobre seu corpo até a própria silhueta aos seus pés. Os orbes chocolate acompanhariam o próprio vulto se distorcer, ainda de forma grosseiro, se esticando lentamente até a sombra do mais velho. Controlar o desdobramento da ‘’massa’’ escura exigia uma concentração e esforço corpóreo da garota, era como realizar um exercício físico mais intenso do que estava acostumada a praticar. A cabeça doía com a insistência na projeção induzida, bem como pela fluência de chakra mais acentuada pelo corpo. Mas a garota respiraria fundo, coagindo uma determinação a permear por seu ser. Teimaria em ir adiante com a técnica. Assim, poucos minutos depois, finalmente a conexão seria estabelecida.
– Que demais! – Kuromi admitiu ao mover-se, forçando o pai a imitá-la.
– Muito bem filha! – Shikai a parabenizaria, satisfeito, enquanto seus membros coincidiam as ações realizadas pela menina.
– Vamos tentar um jutsu um pouco diferente agora. – Shikai anunciou, nisto a sua aprendiz juntou as mãos, findando o jutsu. Em seguida, agora as mãos do sujeito se moldaram em selos, ao concluir ele revelava a técnica que utilizaria agora.
– Kage Bunshin no Jutsu! – A partir disto, quatro cópias idênticas do pai da menina se revelariam da fumaça. A segunda técnica que Kuromi deveria aprender tinha uma dinâmica diferente. A sombra deveria se estender ao redor da garota, vislumbrando um controle da área circular em torno de si mesma. Seu uso também teria uma peculiaridade em relação ao anterior, visto que neste caso, a habilidade que tentava aprender era focada em conter mais de um inimigo, e devida a distribuição de chakra, resumia-se a imobilização. Diferente da primeira técnica, que dava a margem para a usuária do jutsu controlar os movimentos do adversário de forma mais completa.
Com ardor, a garota percorria os olhos pelos clones ao redor de si, a forma negra tremulava conforme a garota tentava definir o formato que deveria. Esculpir sua sombra se mostrara muito mais complicado do que a garota imaginava ao observar seu pai utilizando o mesmo jutsu. O dilatar da penumbra parecia oferecer resistência, porém a contrariedade só se manifestava devido a inexistência de intento passado da garota a realizar a técnica. Com esforço, perseveraria em sua tarefa, estendendo a penumbra nas múltiplas direções aonde estendiam-se as múltiplas réplicas de seu pai. Sentiria a pressão do grande uso de energia, como se esmagasse os próprios músculos.
Sorrateiramente a figura escura se formaria em inúmeras setas sombrias, expandindo-se pelo chão, na área circular ao redor de Kuromi, sucedendo em alcançar o grupo de cópias, agora deveria controlar as linhas pretas projetadas ao chão, imobilizando os sósias de Shikai que um a um, eram dissipados. Completando com sucesso o Kuro Higanbana. Após cancelar o segundo jutsu, a menina se permitiria uma parada, visto a complicação oriunda das técnicas que assimilara. Tal esforço se mostrara além do habitual praticado pela já preguiçosa garota, assim a mesma estava exausta. Daria alguns passos, se dirigindo a lateral da localidade usada para treinamentos, se jogaria em uma das dunas de areia de se acumulavam pelo território. Se rendendo enfim ao cansaço. Uma risadinha escaparia pelos lábios da pequena. – Estou feliz de orgulhar meu velhinho... – Ela sussurraria, satisfeita por replicar a técnica corretamente, como o pai ensinara em sua preparação. – Orgulhou mesmo. – Admitiria o pai, erguendo a garota em seus braços e assim, partindo ambos para a casa.
De alguma forma, Kuromi se sentia renovada com os semestres que passara com o genitor, assimilando os novos recursos elaborados pelos seus ancestrais para seu arsenal tático. Naquela manhã, quando encontrara Ashitaka, a menina que possuía agora alguma rara animação se surpreenderia ao se deparar com o superior, a quem desenvolvera uma boa relação, devido aos constantes encontros. Poderia notar uma angustia explicita na face do citado ao se aproximar dele, emoção que dificilmente acometia o homem. O Jonin também apresentara sincero pesar em sua voz ao descrever o estado bárbaro dos mensageiros alados que delegavam as missões. Estes estavam desaparecendo por forças ocultas. Como a garota tinha o costume caminhar até o quadro de missões, uma forma de se forçar a se movimentar, a oportunidade que tinha para lacrimejar, dando voz a sua moleza, durante o trajeto até o departamento. Logo, não havia percebido a falta dos passarinhos.
Informada do endereço, Kuromi fora averiguar o local onde as aves habitavam em buscas de pistas de seu paradeiro. Chegando ao viveiro, o cenário por si só já lhe parecia anômalo. O silencio dominava o ambiente outrora infestado pelo cantarolar dos seres de asas. Ao se aproximar vagarosamente da superfície que pousavam seus pés, a garota levou as pequenas mãos em contato com as penas sanguinolentas espalhadas no chão. Distraída com as evidências, Kuromi não perceberia um homem de capuz e mascara esgueirando-se por entre as sombras. A figura desconhecida esbarraria a gaiola que segurava entre portões, assustando as aves aprisionadas em seu interior, que pelo susto, piariam em desespero. Notando o criminoso, a Kunoichi iniciaria uma perseguição pelo homem por entre os telhados argilosos do cenário urbano que constituía Suna. A gaiola repleta das pequenas aves que ainda respiravam o ar da vida seria o seu único foco.
Entretanto, lhe acometia a preocupação de que naquele momento, a estrela de fogo que imperava o dia se arrastava pelo céu pelos últimos minutos. Quando esta se posse, Kuromi ficaria limitada. Isto se devia a principal fraqueza de suas habilidades familiares, visto que para que houvessem sombras a serem manipuladas, era necessário que houvesse luz para que estas fossem projetadas nos planos sólidos. Logo, estaria focada a capturar seu antagonista enquanto a iluminação diurna ainda se manifestasse no céu.
– Tenho que me permanecer próxima ao centro. – Refletiria a Genin de fios róseos, recordando-se das fontes luminosas artificiais do comercio local. – É a região mais iluminada de Sunagakure por essa hora.
Com isto em mente, a garota continuaria o assalto. Com a destra, a Nara alcançaria sua pequena bolsa de armas, localizada na coxa esquerda, coberta pela saia de seu vestido. Sacaria duas shurikens do compartimento. Lançaria a primeira estrela de aço enquanto empunhava a segunda. Tentaria evitar que o suspeito se deslocasse para a direção contraria a localidade que Kuromi gostaria de se manter, utilizando os itens. Todavia, a arma lançada pela ninja se engancharia na carne da perna direita daquele que seguia. Ferido, o homem perderia altitude, caindo na viela por onde passavam.
Com os olhos analíticos, a garota percorreria sua visão pelas silhuetas do ambiente, com o foco na forma do indivíduo que enfrentava. Surpreendeu-se ao verificar que o perseguido havia fraturado a perna, inebriado pela dor, permanecera onde caira, sendo sua posição revelada facilmente a garota. O anoitecer se aproximaria e Kuromi obtiveria êxito em deter o algoz dos pequenos pássaros. Dada a situação do infrator, não foi difícil faze-lo lhe entregar a gaiola. Com a menor detendo da posse dos inocentes bichinhos que ainda viviam, Kuromi utilizaria um destes para transmitir o êxito da missão para Ashitaka. Um sorriso faceiro seria esboçado no rosto da menina ao imaginar que a mera aparição da pequena ave já o deleitaria por si só. Contudo, não deixaria de observar o ser que detera de canto de olho, imaginando quem poderia querer impedir a realização das missões de nível elevado. E em consequência a isto, provocar o caos na vila ninja do País do Vento. Um mistério que ficaria nas mãos dos shinobi de maior patente, infelizmente.
O povo de Suna submetia-se a uma vivencia dura, oriunda da qualidade de vida árdua pela a aridez de sua terra, a altíssima amplitude térmica cotidiana e a baixa umidade e pluviosidade ano após ano. O clima abstruso facilmente refletia nos corações das pessoas daquela terra, com Kuromi sendo um exemplo. A verdade e que mesmo com sua atitude rabugenta inicial, a garota com o passar das últimas estações não crescera apenas em graciosidade e desenvoltura do seu corpo. Pela imaturidade procedente da pouca idade, no princípio de seus estudos, a garota encarara a carreira ninja como obrigação, uma tarefa chata que apenas realizara seguindo os pais. Porém, quando sentira a adrenalina irradiar em suas veias pela primeira vez ao atuar em missões que lhe eram encarregadas, acabara por tomar gosto genuíno pelos trabalhos feitos nos dois anos, em especial, valia por atuar em investigações.
A subjetividade não era mais algo verdadeiramente sentido pela Nara de madeixas róseas. Se tornara pouco emitida em seus discursos. A cada novo feito que encarava, percebia a progressão que fizera, aos poucos construindo a cada execução um sincero contentamento com o próprio crescimento. Em acréscimo a realização pessoal, poderia se atentar com suas ações contribuíam a vida dos habitantes da Areia. A gratidão derivada de cada feito lhe acalentava o peito e serviria de incentivo ao efetuar seus rotineiros afazeres pelo vilarejo. De início, ficaria constrangida ao relembrar por sua performance reclamona inicial. Mas aos poucos, sabia que mesquinharia era fruto da infantilidade e que ela tinha agora a oportunidade de agir diferentemente. Assim, iria deixando para trás o pessimismo que a acometia sua persona. Embora que, ainda sustentasse certos tons umbrosos em seu senso de humor, uma luminosidade havia surgido em seu ser. Uma nova era se iniciava no mundo shinobi e com ela, um cintilar outrora adormecido, haveria despertado na penumbra.
As línguas dos cidadãos encontravam-se frenéticas na feira livre dominical da Vila Oculta da Areia. A infame missão colaborativa entre nações para deter a crítica ameaça apresentada por Namigakure havia sido concluída. Todavia, segundos as fofocas ditas ao ar, pouco havia sido desvendado e muitas tensões haviam crescido, visto que a empreitada nas Ondas não findara a guerra. Do contrário, o feito parecia ter sido combustível para que o conflito entre as nações fervesse de forma mais exorbitante. Kuromi se atualizava das notícias enquanto acompanhava a mãe nas compras de alimentos, endireitando as alças das sacolas que continham os itens adquiridos entre os dedos. Sempre mantendo seus olhos castanhos nas tensas írises azuladas da progenitora, que também se encontrava imersa pelo balbuciar do povo.
A mulher de quem herdara o rosado dos fios capilares era uma ninja de alto escalão, logo informações sobre as missões que cumpria eram contadas por Tsumugi. E sabia que muitas tribulações derivadas da guerra repousavam sobre seus ombros A garota sabia que a mãe era poderosa, mas não deixava se preocupar por seu bem-estar. Quanto a Genin, essa se considerava sortuda, pois apesar de seu habito de contestar e prantear por qualquer trabalho que lhe fosse atribuído, tinha plena consciência de que suas funções eram simples tramites, oriundos de necessidades administrativas que os ninjas mais experientes não podiam coordenar no momento, visto que suas experiências de batalha eram muitos mais requisitadas nos conflitos atuais, estes que se multiplicavam conforme os meses iam avançando.
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Naquele espaço de tempo, Shikai havia decidido iniciar o treinamento de Kuromi nas habilidades do clã. O mesmo ainda procrastinara algum tempo até delegar a herdeira as primeiras aulas. Um claro exemplo de que a preguiça era hereditária. A Kunoichi também tinha sua parte em arrastar este compromisso para depois, visto que com sua moleza nata, já sofria com a necessidade de trabalhar para função do vilarejo como uma Genin. Porém, Kuromi tomara a iniciativa, o incomodara para tutorá-la visto que os incidentes de cunho criminoso aumentavam a cada dia, principalmente em grau de periculosidade... A garota sabia que deveria estar apta a lutar o quão cedo fosse possível. E seu progenitor, se certificaria de não falhar em prepara-la. Em uma manhã de sábado, pai e filha bocejavam de forma morosa em uníssono e, se movimentariam arrastadamente até o campo de treinos da areia.
– Daqui em diante, sua sombra sempre será sua melhor amiga. – O pai a instruiria, a serenidade em suas feições refletida em suas palavras.
– Sei...Sei... – Concordou a garota ainda embriagada pelo sono, os dedos esfregando os olhos para livrar-se da dormência.
O homem erguia o pergaminho que continha em mãos, abrindo-o e sustendo-o, para que a mais nova o analisasse. O mesmo consistia em instruções repassadas por gerações de shinobi oriundos da família Nara, e tratava-se de umas das técnicas mais famosas da família ninja mestre em manipulação de sombras. Observando o mais velho, Kuromi deslizou os dedos pelas fitas brancas em seus fios de cabelos, penteando as madeixas rosadas como céu da alvorada, alinhando os longos fios em um rabo de cavalo alto como o do pai. A Kunoichi endireitou a postura, indicando a sua verídica disposição para praticar os ensinamentos de Shikai.
Imitando os movimentos paternos, Kuromi moveria os dedos conforme o Nara, compenetrada em memorizar os selos que eram exigidos para performar o Kagemane no Jutsu. De olhos fechados, ela concentraria a energia interior dentro de si, sentiria a mesma fluir sobre seu corpo até a própria silhueta aos seus pés. Os orbes chocolate acompanhariam o próprio vulto se distorcer, ainda de forma grosseiro, se esticando lentamente até a sombra do mais velho. Controlar o desdobramento da ‘’massa’’ escura exigia uma concentração e esforço corpóreo da garota, era como realizar um exercício físico mais intenso do que estava acostumada a praticar. A cabeça doía com a insistência na projeção induzida, bem como pela fluência de chakra mais acentuada pelo corpo. Mas a garota respiraria fundo, coagindo uma determinação a permear por seu ser. Teimaria em ir adiante com a técnica. Assim, poucos minutos depois, finalmente a conexão seria estabelecida.
– Que demais! – Kuromi admitiu ao mover-se, forçando o pai a imitá-la.
– Muito bem filha! – Shikai a parabenizaria, satisfeito, enquanto seus membros coincidiam as ações realizadas pela menina.
– Vamos tentar um jutsu um pouco diferente agora. – Shikai anunciou, nisto a sua aprendiz juntou as mãos, findando o jutsu. Em seguida, agora as mãos do sujeito se moldaram em selos, ao concluir ele revelava a técnica que utilizaria agora.
– Kage Bunshin no Jutsu! – A partir disto, quatro cópias idênticas do pai da menina se revelariam da fumaça. A segunda técnica que Kuromi deveria aprender tinha uma dinâmica diferente. A sombra deveria se estender ao redor da garota, vislumbrando um controle da área circular em torno de si mesma. Seu uso também teria uma peculiaridade em relação ao anterior, visto que neste caso, a habilidade que tentava aprender era focada em conter mais de um inimigo, e devida a distribuição de chakra, resumia-se a imobilização. Diferente da primeira técnica, que dava a margem para a usuária do jutsu controlar os movimentos do adversário de forma mais completa.
Com ardor, a garota percorria os olhos pelos clones ao redor de si, a forma negra tremulava conforme a garota tentava definir o formato que deveria. Esculpir sua sombra se mostrara muito mais complicado do que a garota imaginava ao observar seu pai utilizando o mesmo jutsu. O dilatar da penumbra parecia oferecer resistência, porém a contrariedade só se manifestava devido a inexistência de intento passado da garota a realizar a técnica. Com esforço, perseveraria em sua tarefa, estendendo a penumbra nas múltiplas direções aonde estendiam-se as múltiplas réplicas de seu pai. Sentiria a pressão do grande uso de energia, como se esmagasse os próprios músculos.
Sorrateiramente a figura escura se formaria em inúmeras setas sombrias, expandindo-se pelo chão, na área circular ao redor de Kuromi, sucedendo em alcançar o grupo de cópias, agora deveria controlar as linhas pretas projetadas ao chão, imobilizando os sósias de Shikai que um a um, eram dissipados. Completando com sucesso o Kuro Higanbana. Após cancelar o segundo jutsu, a menina se permitiria uma parada, visto a complicação oriunda das técnicas que assimilara. Tal esforço se mostrara além do habitual praticado pela já preguiçosa garota, assim a mesma estava exausta. Daria alguns passos, se dirigindo a lateral da localidade usada para treinamentos, se jogaria em uma das dunas de areia de se acumulavam pelo território. Se rendendo enfim ao cansaço. Uma risadinha escaparia pelos lábios da pequena. – Estou feliz de orgulhar meu velhinho... – Ela sussurraria, satisfeita por replicar a técnica corretamente, como o pai ensinara em sua preparação. – Orgulhou mesmo. – Admitiria o pai, erguendo a garota em seus braços e assim, partindo ambos para a casa.
(⋆⋆⋆)
De alguma forma, Kuromi se sentia renovada com os semestres que passara com o genitor, assimilando os novos recursos elaborados pelos seus ancestrais para seu arsenal tático. Naquela manhã, quando encontrara Ashitaka, a menina que possuía agora alguma rara animação se surpreenderia ao se deparar com o superior, a quem desenvolvera uma boa relação, devido aos constantes encontros. Poderia notar uma angustia explicita na face do citado ao se aproximar dele, emoção que dificilmente acometia o homem. O Jonin também apresentara sincero pesar em sua voz ao descrever o estado bárbaro dos mensageiros alados que delegavam as missões. Estes estavam desaparecendo por forças ocultas. Como a garota tinha o costume caminhar até o quadro de missões, uma forma de se forçar a se movimentar, a oportunidade que tinha para lacrimejar, dando voz a sua moleza, durante o trajeto até o departamento. Logo, não havia percebido a falta dos passarinhos.
Informada do endereço, Kuromi fora averiguar o local onde as aves habitavam em buscas de pistas de seu paradeiro. Chegando ao viveiro, o cenário por si só já lhe parecia anômalo. O silencio dominava o ambiente outrora infestado pelo cantarolar dos seres de asas. Ao se aproximar vagarosamente da superfície que pousavam seus pés, a garota levou as pequenas mãos em contato com as penas sanguinolentas espalhadas no chão. Distraída com as evidências, Kuromi não perceberia um homem de capuz e mascara esgueirando-se por entre as sombras. A figura desconhecida esbarraria a gaiola que segurava entre portões, assustando as aves aprisionadas em seu interior, que pelo susto, piariam em desespero. Notando o criminoso, a Kunoichi iniciaria uma perseguição pelo homem por entre os telhados argilosos do cenário urbano que constituía Suna. A gaiola repleta das pequenas aves que ainda respiravam o ar da vida seria o seu único foco.
Entretanto, lhe acometia a preocupação de que naquele momento, a estrela de fogo que imperava o dia se arrastava pelo céu pelos últimos minutos. Quando esta se posse, Kuromi ficaria limitada. Isto se devia a principal fraqueza de suas habilidades familiares, visto que para que houvessem sombras a serem manipuladas, era necessário que houvesse luz para que estas fossem projetadas nos planos sólidos. Logo, estaria focada a capturar seu antagonista enquanto a iluminação diurna ainda se manifestasse no céu.
– Tenho que me permanecer próxima ao centro. – Refletiria a Genin de fios róseos, recordando-se das fontes luminosas artificiais do comercio local. – É a região mais iluminada de Sunagakure por essa hora.
Com isto em mente, a garota continuaria o assalto. Com a destra, a Nara alcançaria sua pequena bolsa de armas, localizada na coxa esquerda, coberta pela saia de seu vestido. Sacaria duas shurikens do compartimento. Lançaria a primeira estrela de aço enquanto empunhava a segunda. Tentaria evitar que o suspeito se deslocasse para a direção contraria a localidade que Kuromi gostaria de se manter, utilizando os itens. Todavia, a arma lançada pela ninja se engancharia na carne da perna direita daquele que seguia. Ferido, o homem perderia altitude, caindo na viela por onde passavam.
Com os olhos analíticos, a garota percorreria sua visão pelas silhuetas do ambiente, com o foco na forma do indivíduo que enfrentava. Surpreendeu-se ao verificar que o perseguido havia fraturado a perna, inebriado pela dor, permanecera onde caira, sendo sua posição revelada facilmente a garota. O anoitecer se aproximaria e Kuromi obtiveria êxito em deter o algoz dos pequenos pássaros. Dada a situação do infrator, não foi difícil faze-lo lhe entregar a gaiola. Com a menor detendo da posse dos inocentes bichinhos que ainda viviam, Kuromi utilizaria um destes para transmitir o êxito da missão para Ashitaka. Um sorriso faceiro seria esboçado no rosto da menina ao imaginar que a mera aparição da pequena ave já o deleitaria por si só. Contudo, não deixaria de observar o ser que detera de canto de olho, imaginando quem poderia querer impedir a realização das missões de nível elevado. E em consequência a isto, provocar o caos na vila ninja do País do Vento. Um mistério que ficaria nas mãos dos shinobi de maior patente, infelizmente.
(⋆⋆⋆)
O povo de Suna submetia-se a uma vivencia dura, oriunda da qualidade de vida árdua pela a aridez de sua terra, a altíssima amplitude térmica cotidiana e a baixa umidade e pluviosidade ano após ano. O clima abstruso facilmente refletia nos corações das pessoas daquela terra, com Kuromi sendo um exemplo. A verdade e que mesmo com sua atitude rabugenta inicial, a garota com o passar das últimas estações não crescera apenas em graciosidade e desenvoltura do seu corpo. Pela imaturidade procedente da pouca idade, no princípio de seus estudos, a garota encarara a carreira ninja como obrigação, uma tarefa chata que apenas realizara seguindo os pais. Porém, quando sentira a adrenalina irradiar em suas veias pela primeira vez ao atuar em missões que lhe eram encarregadas, acabara por tomar gosto genuíno pelos trabalhos feitos nos dois anos, em especial, valia por atuar em investigações.
A subjetividade não era mais algo verdadeiramente sentido pela Nara de madeixas róseas. Se tornara pouco emitida em seus discursos. A cada novo feito que encarava, percebia a progressão que fizera, aos poucos construindo a cada execução um sincero contentamento com o próprio crescimento. Em acréscimo a realização pessoal, poderia se atentar com suas ações contribuíam a vida dos habitantes da Areia. A gratidão derivada de cada feito lhe acalentava o peito e serviria de incentivo ao efetuar seus rotineiros afazeres pelo vilarejo. De início, ficaria constrangida ao relembrar por sua performance reclamona inicial. Mas aos poucos, sabia que mesquinharia era fruto da infantilidade e que ela tinha agora a oportunidade de agir diferentemente. Assim, iria deixando para trás o pessimismo que a acometia sua persona. Embora que, ainda sustentasse certos tons umbrosos em seu senso de humor, uma luminosidade havia surgido em seu ser. Uma nova era se iniciava no mundo shinobi e com ela, um cintilar outrora adormecido, haveria despertado na penumbra.
- ★Dados:
- Considerações:
⋆ Este é o Gaiden de TimeSkip de Nara Kuromi, onde foram escritas 2104 palavras das 2.400 limite, dessas compondo:
+248 de Prólogo, com contextualização temporal.
+ 880 de Treinamento de jutsus rank B, sendo 144 introdutórios, 318/300 do Kagemane no Jutsu, e 418/300 do Kuro Higanbana.
+ 675/300 de Realização da missão C.
+ 301/200 de Superação do defeito Pessimista.
⋆ Kuromi consumiu -80 de chakra durante o treinamento, -40 de cada Jutsu B treinado & -2 de Stamina, -1 por cada Jutsu devido à complexidade da técnica para o nível da personagem até este momento.
⋆ Durante a missão, ao perseguir o rival, gastou -1 de Stamina pelo uso de sua velocidade máxima (7 m/s).
- Missão:
Nome: A morte dos pássaros.
Recompensa:
Descrição: Alguém ou algo está matando os pássaros mensageiros da vila, seu dever é investigar o ocorrido.
- Bolsa de Armas:
⋆ 4 Kunais.
⋆ 2 Shurikens. (-1, ficando com aquela que segurou).
⋆ 1 Kemuridamas.
⋆ 4 Kibaku fuudas.
- Jutsus:
- Jutsus Usados:
- Kagemane no Jutsu
Rank: B
Tempo de preparação:
Requerimentos: —
Descrição: A técnica de imitação de sombra permite que o usuário estender a sua sombra em qualquer superfície (mesmo água) e, tanto quanto eles querem, enquanto há uma área suficiente. Uma vez que ele entra em contato com a sombra do alvo, os dois merge e o alvo é forçado a imitar os movimentos do usuário. Portanto, os dois podem lançar shuriken no outro ao mesmo tempo se o usuário deseja que (é claro, para evitar ferir-se, o usuário só tem que ter o coldre de shuriken em um lugar onde você normalmente não tem, como a palma, para que o adversário desenha nada quando o usuário desenha um shuriken). Se o alvo está fora do intervalo, o usuário pode produzir uma melhor fonte de luz para aumentar o tamanho da sua sombra ou dependem de sombras pré-existentes para sua sombra viajar livremente através de. Também é possível dividir a sombra, para aprisionar os adversários mais uma vez, ou para criar uma distração. A sombra também pode ser anexada a pessoas sem vinculação-los, deixando a "vítima" mover-se livremente. Fazer o que tem a finalidade de que a pessoa, a sombra foi anexada a, faz contato com uma terceira pessoa, para vincular o um último com a sombra.Kuro Higanbana
Rank: B
Tempo de preparação:
Requerimentos: —
Descrição:Depois de prender o inimigo com a Técnica de Costura da Sombra, o usuário manipula as sombras para fazer com que os inimigos sejam puxados até um ponto determinado. Esta técnica pode ser usada para botar os inimigos dentro da faixa de alcance da Técnica da Performance de Dança da Mente de Inoichi.
- Jutsus em Preparação:
- ...
- Jutsus Ritualísticos:
- ...
Tsukuyomi
Re: [TimeSkip] Cintilar na penumbra. - Postado Qua Dez 22, 2021 5:07 pm
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