Mais uma vez, Satori encontrava em sua cama no orfanato. A esse ponto, ele já estava começando a questionar a quantidade de vezes que esse cenário se repetiu. Será que ele estava destinado a viver naquele lugar para o resto de sua vida? Obviamente não, mas ele ainda sim estava irritado. Não era pelo fato de que ele não gostava do orfanato, já que ele conhecia muita gente ali, era mais pelo fato de que ele sabia que estava ficando mais velho com o tempo... e uma hora ele teria que achar um lugar "de verdade" para viver. Ele tentou focar menos nisso e mais em seu trabalho. Ele sai do seu quarto e vai direto para a saída do orfanato, onde ele estaria indo para o lugar de sempre, o escritório de Kor. Apesar disso, no caminho ele é interrompido por a visão de algo que não esperava: o que parecia ser uma garotinha, no máximo tendo 10 anos andando na rua junto com outros 3 homens atrás em volta dela. Todos ali pareciam ser extremamente bem vestidos, com a garotinha tendo uma expressão de alguém extremamente entediada, então por isso Satori presumiu os homens serem guarda costas da menina. Era raro ele ver algo estranho no caminho para o escritório, então pelo menos dessa vez, ele acabou se entretendo um pouco. Quando ele chega no escritório, ele já vê Kor (como sempre) extremamente cansado na mesa lidando com papeis. Ele só entra no escritório casualmente.

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Quando ele entrou no escritório, Satori percebeu pela expressão de Kor que ele parecia cansado e irritado ao mesmo tempo dessa vez. Ele pergunta para ele:
- O que aconteceu?
- Ah... você tá aqui... eu já ia precisar te chamar. Recebemos pedidos de umas pessoas extremamente "influentes" economicamente aqui que aparentemente precisavam de ajuda para proteger um membro da família deles. Normalmente, eu daria essa missão para no máximo um Chunin, mas eles por algum motivo estão insistindo eu colocar um Jonin no trabalho. Esses idiotas... eu não queria julgar eles, mas eles parecem se sentir "merecendo" de um guarda costas de "alta qualidade" só por causa do status dele. Não é como se eu tenho muita opção, já que eles tem influência econômica até na minha agência.
- Ah, entendo... Espere um segundo, por que queria eu aqui?
- Ah sim, queria que você fizesse essa missão para mim.
- Mas eu nem sou um Jonin!
- E daí? Você é um Tokubetsu Jonin, já tá bom demais para algo que eu provavelmente mandaria um Chunin para lidar com.
Satori estava meio confuso e seriamente um pouco irritado com essa situação, já que ele teria que lidar com uma missão simples dessa vez, ou pelo menos o que ele achava ser simples. Do mesmo jeito que Kor não tinha muita opção, Satori também não tinha muita mesmo. Ele diz:
- Ok... me dá o dossiê da missão logo. Vamos acabar com isso.
- Aqui. Eu deixei uma carta dentro do dossiê com assinatura minha, é para provar que é você. Quem você deve proteger é uma garotinha de não mais que 10 anos, ela vive em uma mansão perto daqui. Você vai ter que proteger ela por mais ou menos 3 dias, já que é isso que eu negociei com os caras lá. sigh... Me desculpe Satori, mas vou tentar lidar com isso tão rápido quanto você.
- Espero que terminamos isso logo.
Satori então saia do escritório com o dossiê na mão.

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Satori olhou no dossiê antes de qualquer coisa. Ele tinha as informações que ele esperaria ver naquele dossiê, que era basicamente a mesma coisa que Kor tinha dito sobre a missão, ou seja, família rica, proteger a garotinha por 3 dias, blah blah blah, mas pelo menos ele tinha conseguido alguma informação nova, já que o dossiê tinha o nome da família em especifico ("Hishaki") e o endereço da mansão que ele tinha que ir (e a carta com assinatura de Kor obviamente). Ele seguiu direto para o endereço da mansão, que estava incrivelmente perto do escritório para a surpresa de Satori. Ao chegar na mansão a primeira coisa que ele viu foi um portão no mínimo 5 vezes mais alto que ele, e provavelmente 5 vezes mais largo também. Não parecia ter ninguém no portão e não parecia ter ninguém vindo ao portão, então ele gritou para a mansão:
- HISHAKIIIIIIIIIIIIIIII!
Não era a melhor forma de chamar atenção, mas ele não sabia outra forma de fazer isso, então ele só gritou e esperou no portão alguém o receber. Depois de um tempo esperando no portão, alguém estava vindo. Era um homem extremamente parecido em roupas com aqueles que estavam parecendo guardar a menina que tinha visto na rua enquanto estava vindo no escritório.

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Enquanto o homem vinha, ele só agora tinha percebido que aquelas pessoas que tinha visto na rua eram as mesmas que moravam nessa mansão. Não era nada demais, mas ele só estava surpreso não ter percebido isso antes. Quando o homem chega no portão, ele diz para Satori:
- Que negócios tem por aqui, garoto?
- Satori Uchiha, ninja de Kumogakure. Eu sou o responsável pela proteção que vocês pediram.
Ele entrega a carta que tinha sido assinada por Kor para o homem, que ao abrir a carta e ler ela rapidamente diz para Satori:
- Esperava terem mandado alguém um pouco mais velho para esse trabalho, mas talvez não deveríamos julgar as habilidades de alguém pela idade da pessoa. Entre e me siga, temos negócios para discutir.
Ele então ativa o mecanismo que abre o portão, que abre o portão deixando ele entrar. Ele apenas entra e segue o homem, e fica até meio surpreso andando por aquele quintal, já que era imenso. Agora que ele pensava, ele não tinha percebido a mansão antes, mesmo que ele vivesse nessa área dês de sempre. Talvez fosse um lugar recém-construído, mas não importava. Eles entravam na mansão, e Satori logo é bem-vindo por um ambiente incrivelmente limpo e decorado, o que ele esperaria de uma mansão dessas. Os 2 passariam pelo tapete e sentariam no grande sofá que estava no meio da sala de estar.

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Ao sentar no sofá, o homem ali olha para trás dele (onde havia uma escada) e gritaria:
- AKIRA, VENHA AQUI!
Logo depois dele gritar, a mesma garotinha que ele tinha visto na rua vem descendo as escadas. Enquanto o guarda dela estava com um terno e gravata, ela parecia estar usando o que parecia ser uma saia decorada com pedras brilhantes... seriamente, quase nada conseguia surpreender Satori a esse ponto, mas da mesma forma ele achou meio bizarro o quão caro só aquela saia era, ainda mais para uma garotinha daquele tamanho.
- Se sente aqui, Akira. - O homem diz, e Akira obedece ele sentando no sofá do lado dele.
- Ótimo. Vamos começar pelos básicos. Essa aqui é Akira, é a garota que você vai ter que proteger. Você provavelmente já sabe as informações mais importantes dessa "missão" sua, então eu não vou repetir o que você já sabe. Mas, se tem uma coisa que você tem que saber, é que você irá ter que estar preparado o tempo todo para protege-la. Você pode até ter pensado que estamos exagerando com os nossos pedidos aqui, mas deixa eu falar uma coisa que eu não disse para Kor: temos alguns "convidados indesejados" que estão em busca da vida de nossa Akira. Qualquer um que não use o nosso uniforme, você pode lidar com eles sem problema.
- Espere um segundo... quem são os "convidados indesejados". - Satori pergunta.
- É da sua conta isso por acaso? Seu único trabalho é proteger Akira.
Satori fica um pouco irritado, mas era extremamente óbvio para ele que tinha algo que queriam esconder sobre essa história toda.
- De qualquer maneira, me siga, eu vou lhe dar os detalhes finais sobre aqui. E ah é, onde estão meus modos, meu nome é Nando, sou a cabeça da segurança dessa mansão.
Nando então se levanta do sofá e segue para as escadas do mesmo lado que Akira tinha vinha, com Satori e Akira o seguindo, Akira como sempre quieta e Satori agora mais interessado na missão.

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Depois de subir a escada, os 3 seguem por um corredor até chegar em uma porta em específico naquele corredor. Dava para ver que era o quarto de Akira pela placa em cima da porta que tinha escrito "Akira". O homem diz para Satori:
- Este é o quarto de Akira. É o lugar mais importante de sua missão por motivos óbvios. Akira vai ficar dentro do quarto durante todo o tempo de sua... "guarda" dela. Qualquer coisa, ela irá lhe chamar.
Ele então segue para uma porta quase do lado da do quarto de Akira.
- Este aqui é um quarto de hóspedes. Você será permitido ficar nele até o fim de sua missão. Iremos lhe dar refeições nesses horários.
Ele entrega um papel para Satori, que ele pega e lê. Eram apenas os horários em que ele aparentemente receberia refeições em seu quarto, como Nando disse.
- Isso é tudo que necessita saber. Fique em seu quarto e atento a qualquer sinal de que alguém possa estar vindo para o quarto de Akira, e apenas durma quando extremamente necessário. Espero que eles tenham te mandado por que você tem habilidade de verdade, Satori Uchiha, pois vai precisar. Até mais, irei cuidar de outros assuntos importantes.
Antes mesmo de Satori poder perguntar algo, Nando vai em bora, andando por aquele corredor que parecia interminável. Akira que antes estava atrás de Nando tinha já entrado no quarto antes mesmo de Satori perceber. Satori respira profundamente e entra no seu quarto para ver aonde teria sua estádia temporária ali.

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O quarto em que Satori se encontrava não era nada demais, mesmo que ainda sim fosse muito melhor que o quarto que ele normalmente vivia no orfanato. Apesar disso, ele já estava ficando entediado antes mesmo da parte real do trabalho. Ele sabia que teria que ficar por 3 dias seguidos naquela mansão praticamente fazendo nada. Era isso que ele pensava que ele teria que fazer pelo menos... mas depois de pensar por um minuto, ele começou a ter uma ideia: será que realmente tinha algo a mais por trás daquilo além de proteger uma garota de uma família extremamente influente e rica, especialmente com o jeito que Nando estava falando sobre assuntos da família. Eles com certeza estavam escondendo algo, e isso deixava Satori um pouco nervoso. Será que eles estavam sendo procurados por um grupo de pessoas específicas? Se estivessem, quem essas pessoas eram? Ele pensava tudo isso enquanto esperava na porta de seu quarto. Já estava ficando de noite, e ele estaria dormindo daqui a pouco... se não fosse pelo fato de que ele ainda sim tinha que seguir as ordens de Nando se quisesse completar a missão. Ele estava sentindo que algo estranho ia acontecer mais para frente, mas por enquanto, ele só ia ficar alerta.

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Satori continuava encostado com as suas costas na parede na frente do quarto de Akira. Ele sabia que aquilo ia ser praticamente a rotina dele pelos próximos 3 dias. No meio dessa espera, quando ele estava a esse ponto pensando sobre coisas que nem eram relacionadas a missão, ele ouve um som de porta abrindo. Ele até ia tirar algo de sua bolsa quando isso acontece, mas ele percebe de cara que era a porta do quarto de Akira que estava abrindo. Akira sai da porta, olha por um segundo para Satori e logo depois tenta correr para longe. A única coisa que ele pensa antes de correr atrás dela era:
- Não sei se ficar fazendo nada ou ter que lidar com a criança fugindo é pior.
Ele simplesmente pega ela pelo braço sem problema nenhum, afinal ela ainda era uma criança, então não ia conseguir correr tão rápido assim. Ele tenta arrastar ela para o quarto dela mesmo que ela estivesse tentando se soltar. No primeiro momento que Satori ouvia ela falando algo, ela tenta gritar para Satori:
- Me solta, seu retardado!
- Retardado? Você nem sabe o que essa palavra significa né? sigh... Olha, eu só tô fazendo meu trabalho aqui.
Depois de ter que praticamente jogar cabo de guerra com o braço dela por um tempo, ele consegue puxar ela para dentro do quarto dela de volta, e fica na frente da porta dessa vez. Ele pensa:
- Eu não queria ter feito isso, mas Nando disse que era para você ficar dentro do seu quarto a todos os momentos, então ele provavelmente descontaria em mim.
Akira diz:
- Isso não é justo! Por que eu tenho que ficar preso aqui dentro?!
- Se eu for falar a verdade, nem eu sei o motivo exato. Só sei que é para sua "segurança".
Akira faz uma cara de raiva com um biquinho e fica olhando para Satori, que ainda estava parado na frente da porta. Os 2 parece que iriam estar ali por alguns minutos.

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Os 2 já estavam na porta por 2 minutos, e nesse ponto Satori pergunta para garotinha:
- Por que você quer tanto assim sair do seu quarto? Tem algo importante por acaso?
- Você não iria entender! Tomar banho na piscina... comer as guloseimas da vóvó... e tudo isso eu não posso fazer por causa de vocês!
- sigh... Eu te garanto, se eles chamaram alguém para te proteger eles querem o seu melhor.
- Mas eu nem posso sair do meu quarto! Só o Nan conseguiria lidar com minha proteção sozinho! Já viu ele lutando?
- Uh... não, quem é Nan afinal?
- Como assim você não sabe quem ele é? Você falou com ele!
- Ah, você quis dizer Nando... não, eu nunca vi ele lutando.
- Ele da conta de todos os caras maus! Eu acho ele meio chato, mas eu acho muito legal quando ele luta...
- Nando deve estar ocupado agora, e provavelmente tem algo perigoso que esteja acontecendo, então por favor continue no seu quarto.
Akira muda a sua expressão de alguém irritada para alguém triste depois desse papo todo e simplesmente deita na cama dela. Só agora que Satori havia percebido o quão grande a cama dela era, tinha praticamente mais do triplo do tamanho dela. Obviamente ela era uma criança, mas ainda sim, nem ele chegava perto da largura daquela cama. Ele fecha a porta do quarto de Akira e volta ao corredor, para continuar seu trabalho de "nada". Mal ele sabia que esse "nada" estava prestes a se tornar em algo.

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Depois de mais ou menos 10 minutos a mais esperando no corredor, Satori começou a perceber algo estranho. Ele estava ouvindo barulhos vindo do seu lado esquerdo (o lado em que Nando tinha ido e aonde não era a entrada da mansão). Ele de primeiro deixou de lado achando ser apenas pessoas da família discutindo, mas isso mudou quando ele ouviu o que parecia um som de uma explosão vindo de lá. Depois disso, ele instantaneamente abriu a porta de Akira, que parecia ainda estar deitada em sua cama, e a esse ponto parecia estar sonolenta. Da mesma forma, Satori disse para Akira:
- Akira, se esconda agora mesmo!
Isso parecia ter acordado a menina, que praticamente pulou de sua cama e perguntou para Satori:
- O-o que aconteceu? Como assim me escond-
- Não importa, sua segurança está em perigo, se esconda no seu guarda roupa, de baixo da cama, sei lá, em qualquer lugar!
Apesar de meio relutante, ela parecia ter entendido o que Satori tinha dito, e se escondeu atrás de seu guarda roupa, que era grande o bastante que deixava espaço o bastante para ela ficar atrás dele. Depois disso, Satori fechou a porta do quarto dela e foi correndo para aonde ele tinha ouvido a explosão. Seja lá o que aconteceu, ele tinha quase certeza que tinha haver com o que Nando tinha falado antes.

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Mesmo que ele tivesse que deixar Akira no seu quarto sem sua proteção por um momento, Satori estava confiante que voltaria a tempo pois o som da explosão veio de um lugar próximo. Em específico, uma sala em específica que tinha a nominação (que Satori conseguia ver de novo pela placa em cima dela) "Reuniões - Funcionários apenas". Ele esteve sendo cuidadoso até agora, tentando não fazer muito barulho com seus passos, então ele tinha certeza não importando o que tivesse acontecido ali dentro ele não seria percebido tão facilmente. Quando ele chegou perto da porta para espiar pela fechadura, ele começou a ouvir alguém falando algo. De fora ele não conseguia entender muito bem o que estavam falando lá dentro, mas ele conseguiu ouvir alguém grunhindo lá de dentro, aumentando ainda mais a suspeita dele do que estava acontecendo ali. Quando ele olhou pela fechadura que ele percebeu que realmente alguém tinha invadido aquela sala: o que parecia ser Nando estava amarrado em um cadeira no centro de uma mesa no meio da sala com o rosto totalmente ensanguentado e sujo. Ele parecia estar olhando para alguém na sala, que Satori presumiu ser as outras 2 vozes que ele conseguia ouvir além do que parecia a de Nando. Apesar disso, era só isso que conseguia pegar daquela situação, já que como dito ele não conseguia entender o que estavam falando e a fechadura não dava espaço o bastante para ver algo além de Nando. Enquanto ele estava olhando para direção do quarto de Akira para ter certeza de que ninguém iria lá, ele tirou alguns itens em específico de sua bolsa: fios, 1 papel bomba e 1 kunai. O objetivo dele era colocar os fios no chão e fazer com que quando alguém pisasse neles uma kunai com um papel bomba caísse de cima da porta, acertando seja lá quem saiu. Ele ainda estava meio com medo de que alguém inocente pudesse sair, mas vendo pela situação de Nando, ele duvidava que mais alguém iria conseguir sair dali, além de que aquilo era apenas para incapacitar, já que 1 papel bomba sozinho não conseguiria matar alguém assim. Logo depois disso, ele correu de volta para o quarto de Akira. Ele não tinha uma ideia do motivo daquilo tudo, mas ele sabia que a segurança daquela mansão estava comprometida.

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Ao chegar na sala, nada parecia ter mudado. Akira não estava no seu campo de visão quando abriu a porta, mas ele conseguiu a achar atrás do guarda roupa que ela tinha se escondido antes. Ela diz para Satori:
- Mas o que tá acontecendo?!
- Eu não tenho certeza, só sei que Nando foi capturado. Continue aí, eu tenho que ver o que está acontecendo. Se alguém vier aqui e não ser eu, fique em completo silêncio ok?
Akira (que ainda estava enfiada atrás do guarda roupa) balançou a cabeça no espaço limitado dela para dizer sim para Satori. Ele dessa vez apagou as luzes do quarto, e mais uma vez fechou a porta. Agora, ele tinha que saber o que estava acontecendo naquela sala. Ele estava pensando em tentar avisar a segurança da casa antes, mas sem Nando que era aparentemente a cabeça da segurança dali (pelo menos pelo que parecia para Satori) não seria fácil fazer isso. Além disso tudo, ele não tinha se encontrado com nenhuma outra pessoa naquela mansão que não fosse Nando e Akira, então seria difícil conseguir avisar para o resto do pessoal na mansão que eles estavam perigo, isso é se tinha mais gente na mansão no momento. De qualquer forma, a primeira coisa que ele iria tentar fazer é tentar achar um lugar que ele conseguisse observar a porta da sala de reuniões seguramente. Perto daquela porta (no lado oposto), havia só uma outra porta que era chamada de "Limpeza". Ao entrar na sala em questão, ele percebeu que era uma sala extremamente pequena com apenas algumas prateleiras com produtos de limpeza, rodos, etc. Já que estava próxima da sala de reuniões, conseguiria manter um olho na porta de um ângulo que quem saísse não o veria de cara, além de que dali já que ainda estava próximo do corredor e o quarto de Akira, poderia ter uma noção se algo entrasse no quarto dela. Agora ele apenas esperava os sons que estavam vindo da sala de reuniões pararem para que alguém tentasse passar por aquela porta e fosse pego pela armadilha... pelo menos era isso que ele esperava.

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Depois de mais um minuto mais ou menos esperando, ele finalmente ouviu a porta sendo aberta. Quem saiu dali foi alguém com a mascara de um porco e uma roupa vermelha, provavelmente um dos homens que estavam falando aquelas coisas que ele não estava entendendo por causa de o quão abafado o som estava. Para sorte de Satori, esse homem específico acabou não notando a armadilha. Ele esticou a cabeça para os 2 lados do corredor e falou para seja lá quem estava lá dentro:
- Limpo. Vamos lá.
Logo depois disso, dessa vez para o azar do homem de mascara de porco, ele acabou ativando a armadilha ao pisar nos fios. O que aconteceu era esperado: a kunai caiu no homem, e Satori ativou o papel logo em seguida, causando uma explosão e jogando o homem no chão. Outros 2 homens sairam da sala depois disso, um com mascara de coruja e outro de raposa. A coruja se agachou para tentar ajudar o porco, enquanto a raposa estava olhando em volta de si para ver se ele achava alguém ,mas obviamente aquilo era um corredor. A coruja disse:
- Merda! Eu achei que as esquemáticas falavam que não tinha ninguém da segurança fora dessa reunião hoje!
- Apesar de Eb ter sido derrubado, ainda temos a vantagem de provavelmente ser só uma pessoa. Não há ninguém da família na mansão hoje, não se esqueça disso. - A raposa fala.
- Mesmo assim, é bizarro ter mais algum segurança fora da reunião... achei que seria a coisa mais fácil do mundo isso, mas pelo visto não vai.
- De qualquer forma, eu vou ir atrás da garota, você vai atrás desse "segurança fugitivo" e o Ec lida com os "reféns".
- Entendido.
A raposa saiu correndo em direção do quarto de Akira. Ele sabia que ele tinha que ir lá proteger ela, mas ao mesmo tempo ele não podia sair contra 2 inimigos ao mesmo tempo, afinal ele não ia conseguir aplicar 2 genjutsus ao mesmo tempo. E sabendo que Akira estava se escondendo, o plano dele aqui era lidar com o coruja após a raposa entrar no quarto de Akira para a raposa não perceber e logo depois ir atrás da raposa para lidar com ela da mesma forma também. Por isso, ele ativa seu Sharingan e se prepara para soltar um genjutsu na hora que ele saísse daquele quarto de manutenção.

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Satori viu o homem coruja andar em direção da sala de manutenção em que ele estava. Sabendo disso, ele recuou para o quanto que podia e esperou ele entrar na sala, pois assim iria olhar diretamente para os olhos de Satori quando ele começasse a procurar na sala. Pelo visto o coruja tinha ouvido o sons de Satori se movimentando dessa vez, já que ele entrou já apontando uma espada para a sala (que estava com a porta aberta esse tempo todo, já que foi assim que Satori observou os 2 homens antes). Quando ele olha para Satori, antes mesmo de ele reagir Satori já lança um de seus genjutsus nele, deixando o completamente imobilizado por causa do funcionamento de genjutsu. É até um pouco engraçado para Satori ver ele entrando em pânico por que não consegue se mover... mesmo que ele na verdade não estava exatamente em perigo. Ainda sim, ele não tinha tempo para isso, já que tinha que lidar com a raposa e logo depois com o cara que ainda estava na sala de reuniões. Por causa disso, ele tira 1 papel bomba de sua bolsa e joga o papel bomba ambos na entrada da sala de reuniões, logo em seguida correndo igual um louco em direção ao quarto de Akira. Ele ouve passos vindo da sala de reunião, e vê uma outra figura saindo da sala de reuniões... era óbvio quem aquela outra pessoa de mascara era. Ele ativa o papel bomba no pé dela, causando um estrondo e jogando ela no chão em cima do porco. Apesar de não ter desmaiado igual o porco por causa da explosão ter sido no chão invés de na cara dele (com uma kunai de extra no caso do porco), ele ainda sim estava extremamente ferido e não conseguiria ir atrás de Satori. Ele agarra uma kunai e continua correndo para o quarto de Akira, já que agora só faltava 1 pessoa (pelo menos de quem ele sabia que estava naquela mansão) que ele tinha que lidar com, e ele com certeza não ia deixar eles machucarem uma garotinha.

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Ao chegar no quarto da porta de Akira ele ficou encostado na parede do lado da porta. Ele conseguia ouvir os passos da raposa, e ele tinha certeza que ele também sabia que tinha alguém no corredor por causa de todo o barulho que acabou fazendo enquanto derrubando os outros 2 caras ali atrás. Satori também não ia conseguir usar um genjutsu já que estava tendo que manter o genjutsu no cara da coruja. Por causa disso, ele tira um papel bomba de sua bolsa, joga no chão (um pouco do lado da porta) e recua. Dessa forma, o homem raposa não conseguiria ver o papel de cara quando saísse e a explosão iria acertar suas pernas. Depois de ter feito isso, Satori recuou um pouco para trás para não ser pego na explosão e esperou ele sair do quarto. Quando ele saiu, ele estava com 2 coisas em suas mãos: uma flecha em uma mão e Akira na outra. Ele começa a falar:
- Parado aí! Eu sei que você é um ninja por essa bandana na sua testa... mas eu não vou deixar você me capturar! É melhor você deixar eu e o resto do meu grupo ir, ou eu vou atravessar o cérebro dessa garotinha com essa flec-
Antes de ele terminar de falar, Satori fez o sinal para ativar o papel bomba, o que acabou como esperado jogando ele para longe. Ele tinha medo que Akira poderia ter sido afetada pela explosão, mas ele sabia que pelo menos a maioria da explosão foi absorvida pela raposa:
- Eu já sabia que iria matar ela de qualquer forma. Qual seria a diferença no fim das contas?
Satori então começou a correr em direção de Akira, que tinha sido soltada pelo homem e caído perto da parede no frente da porta do quarto dela quando a explosão aconteceu. O homem estava agora no chão grunhindo de dor, tentando se levantar por causa dos ferimentos da perna dele.

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Satori se abaixa para ter uma ideia de como Akira estava, e para sorte dele a explosão não tinha a afetado no mesmo nível de que acertou o homem raposa. E
- E pensar que se ele estivesse a segurando um pouco mais para baixo ela poderia estar perto da morte agora... tive sorte.
É isto que Satori pensou antes de deixar Akira deitada no chão enquanto ele corria em direção do quarto de manutenção em que ele estava antes. Ele sabia que a raposa estava com suas pernas feridas de mais para se levantar por enquanto, além do choque que tomou da explosão, então ele tinha uma janela de oportunidade para lidar com os outros 3, especialmente o coruja, que Satori não conseguia mais manter preso no genjutsu e por causa disso agora estava livre. Enquanto ele estava correndo em direção da sala de manutenção, para surpresa dele o coruja saiu com o que parecia ser uma espada na mão, e instantaneamente começou a correr em direção dele. Pelo visto, ele não tinha descoberto o truque dos olhos de Satori, já que não foi problema nenhum agora para Satori usar um genjutsu de novo no homem, levando a mesma reação. Apesar de ele não parecer tão desesperado como antes, Satori sabia que não ia conseguir se livrar do genjutsu pelo simples fato de que ele não havia tentado antes, ou se sabia ele não era bom o bastante para notar que aquilo era um genjutsu em primeiro lugar. Agora a situação estava um pouco mais controlada para Satori: 3 dos homens foram explodidos de uma forma ou de outra, com um deles recebendo a explosão na cabeça junto com uma kunai, já o último ainda estava preso em um genjutsu, então Satori podia aproveitar para o prende-lo enquanto ele estivesse tentando sair do genjutsu. Depois de ter amarrado os braços e pernas dele com alguns de seus fios, ele o chuta enquanto ele ainda estava no genjutsu para o derrubar no chão. Não parecia ter acordado ele do genjutsu, tanto que Satori pensou:
- Eu sou tão fraco assim? Realmente tenho que reavaliar minhas habilidades...
Ele só deixa ele no chão ainda alucinando e vai olhar os outros 2 que tinham sido derrubados perto da porta da sala de reuniões.

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Ao chegar do lado deles, ele fica aliviado ao perceber que os 2 ali também estavam em controle. O com mascara de porco estava apagado e gravemente ferido por causa da explosão ter sido na cabeça dele junto com uma kunai, enquanto o homem com mascara de cobra estava ainda ferido demais para se levantar... ou fazer qualquer coisa na verdade, mesmo que ainda estivesse acordado. Quando ele olha para Satori, ele fala:
- S-seu... URF... URF... maldito... ninja... ha... eles iriam até mesmo... usar vocês no fim... mesmo com o risco...
- Como assim o risco? - Satori responde confuso.
- Você... não iria entender. Seu... quer saber? Não importa.
Satori estava meio confuso com o que o homem estava falando, mas pelo menos ele sabia que não ia ser atacado por ele já que a esse ponto ele já teria tentado quando ele estava com sua guarda abaixada. Por isso ele desativa seu sharingan e agora volta correndo aonde Akira e o homem com mascara de raposa estavam, já que ele queria finalizar isso tudo logo. Na cabeça dele os pensamentos passavam:
- Eu nunca mais vou presumir que uma missão é simples e chata na minha vida.

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Ao chegar do lado de Akira, ele percebe que ela estava ainda apagada, enquanto o homem raposa ainda estava no chão em uma situação similar com o homem cobra. Satori respira profundamente, e se senta do lado de Akira por um minuto. Ele estava extremamente cansado mesmo não tendo recebido nenhum ferimento, muito por causa de ter gastado quase uma parte inteira da sua bolsa de ferramentas e uma boa parte de seu chakra. Depois de descansar por esse minuto curto, Satori se levanta e vai em direção da sala de reuniões. Ao chegar na porta, ele passa pelos 2 homens mascarados no chão, e o homem cobra (que ainda estava acordado) parece dar um pequeno sorriso para Satori, que ele simplesmente ignora... isso é, até ele olhar o que aquela sala é. Haviam no mínimo umas 11 diferentes pessoas jogadas no chão do lado de Nando, e todas elas pareciam ser seguranças... e mortas. Falando em Nando, ele estava em um estado péssimo. Sua roupa estava cheia de cortes que estendiam seu corpo todo praticamente, seu rosto estava sujo e completamente batido, e um do seus olhos tinha sido perfurado ou no mínimo cortado. Satori agora entendia o por que aquele homem sorriu: eles simplesmente eram sádicos. Não só queriam matar a Akira por motivos que nem Satori sabia, mas ainda mataram todo mundo na sala de reuniões e torturaram Nando. Olhando pelo único lado bom daquela situação, Satori notou que Nando ainda não estava morto, apesar de estar em um estado grave. Por isso, Satori tenta imediatamente quando nota isso tirar ele daquela cadeira, e ele nota que ele estava amarrado nela. Após cortar as cordas usando uma kunai, ele carrega ele para a sala de manutenção, onde ele tenta ver como os ferimentos dele estavam, e ele percebe que eles estavam profundos... talvez profundos demais até para Satori conseguir fazer algo, ainda mais que ele não era especializado em medicina. Enquanto ele estava olhando os ferimentos de Nando, o mesmo acorda. Ele olha para Satori e diz:
- Ent- AAAAAHHH... URF... Então... você conseguiu urf... lidar com aqueles malditos... eu não devia ter o subestimado... no fim... das contas...
- Nando, eu te prometo que não vou te deixar morrer!
- Não se preocupe... eu aguento... a qu-
Antes de ele terminar o que estava falando, ele volta a estar apagado. Satori sabia que ele não tinha muito tempo, e ao mesmo tempo ele precisava deixar aqueles criminosos presos, por que se eles conseguissem rastejar eles provavelmente conseguiriam fugir se Satori não estivesse na área. Por isso, ele começa a procurar nas prateleiras daquela área de manutenção, e para a sorte dele ele consegue achar cordas, exatamente o que ele precisava para os prender. Ele pega as cordas e volta ao corredor, Nando não tinha muito tempo e ele não queria o perder.

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Satori foi correndo até os 2 que estavam perto da sala de reunião. Primeiro ele usa a corda para amarrar as pernas e mãos do homem com mascara de porco que já estava apagado de qualquer forma, e quando ele vai para o com máscara de cobra, antes de ele começar a fazer o mesmo procedimento ele chuta o cara no rosto até ele apagar, um pouco por causa que ele poderia tentar resistir já que ainda estava acordado e seus braços não foram tão feridos assim, e MUITO por causa que ele estava lívido com aqueles caras a esse ponto. Após isso, ele usa a corda para fazer a mesma coisa que tinha feito com o porco, e depois saí correndo em direção do quarto de Akira para amarrar o último deles (já que o coruja já tinha sido amarrado com o resto dos fios de Satori). Ele faz o mesmo procedimento que tinha feito com o cobra (chutar a cara dele de pura raiva até ele apagar) e também amarra ele. Após isso ele volta para a sala de manutenção onde Nando estava e começa a carregar ele. Ele era extremamente pesado, mas Satori iria conseguir carregar ele, mesmo que lentamente. O objetivo de Satori agora era tentar levar Nando para fora para tentar leva-lo a um hospital. Apesar disso, ele o coloca no chão do lado de Akira, já que ele também tinha que no mínimo checar se ela conseguia acordar e se conseguisse, se conseguia andar, já que ela também precisaria ir para um hospital. Ele se agacha ao lado dela e fica tentando acordar ela gritando o nome dela, esperando que ela não estivesse no mesmo estado que o resto do pessoal por ali.

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Depois de alguns segundos, para sorte de Satori, Akira acordou com todo o "gritar o nome dela repetidas vezes". Ao acordar, ela estava confusa, isso é até olhar para Nando do seu lado. Ela tentou se levantar, mas acabou tropeçando e caindo de primeira. Satori rapidamente percebe o estresse se acumulando por meio da expressão dela e as lagrimas que caiam do seu rosto. Mesmo que meio gaga, ela diz:
- O-o que aconteceu? O-o que aconteceu com Nando?!
- Como eu falei... sua segurança estava comprometida. Homens maus fizeram isso a ele, e temos que leva-lo a um hospital.
Akira olha em volta por um segundo, e responde:
- Esses c-caras são os caras maus?
- Sim. Mas não tem que ligar para eles, eles não podem se mover. Consegue levantar?
- Não sei...
Depois de tentar umas 2 vezes seguidas sem conseguir, ela consegue ficar de pé (mesmo que meio tremula).
- D-doi um pouco moço... mas eu acho que eu consigo.
- Ótimo, vou ter que levar Nando ao hospital. Vendo como você está, vai ter que vir comigo também para o hospital. Me siga.
Mesmo meio relutante, Akira sinaliza balançando a cabeça um "sim". Satori pega Nando nas costas e começa a levar ele mesmo que lentamente para fora da mansão, enquanto Akira o seguia mancando.

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Depois dos 2 passarem pelo corredor e descerem as escadas (de um jeito extremamente lento por causa das condições que os 2 estavam), eles passaram pelo jardim e chegaram no portão, que infelizmente estava trancado. Apesar disso, a única coisa que Satori teve que fazer foi pedir Akira para apertar um dos botões do lado do portão que servia para abri-lo de um jeito automático. Os 2 "correram" pelas ruas enquanto o sol se ponha, tentando o mais rápido possível chegar no hospital mais próximo. Enquanto eles estavam "correndo", Akira perguntou para Satori:
- Moço... o Nan vai ficar bem?
- Sim... sim... agora me deixa eu me concentrar por que é difícil carregar alguém pesado como ele... pelo menos para eu em específico.
Depois de um tempo carregando Nando em suas costas e Akira seguindo mais ou menos na mesma velocidade mancando e raramente tendo que cair no chão e se levantar, eles conseguiam ver finalmente um hospital na distância. Finalmente um sorriso surgiu no rosto de Satori quando ele se aproximava mais e mais perto daquele hospital... mesmo que ele não tivesse recebido nem um corte nessa batalha toda. Akira parecia ter uma reação parecida... apenas muito mais entusiástica e muito mais "minha perna está doendo e eu quero que ela pare de doer".

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Ao chegar no hospital (que seriamente não estava tão longe da mansão assim), Satori simplesmente gritou enquanto fora do hospital (já que ele estava carregando Nando e não conseguia usar uma de suas mãos para abrir a porta, e não queria pedir para Akira fazer isso):
- POR FAVOR, ALGUÉM ME AJUDE! TEM UM HOMEM EM ESTADO DE SAÚDE GRAVE AQUI!
Imediatamente ao falar isso, alguém abre a porta, o que parecia ser um enfermeiro por causa do uniforme. Ele diz para Satori:
- QUE?! TRAZ ESSE CARA PARA AQUI!
Parece que não só as pessoas dentro do hospital tinham notado a situação, mas até os que estavam na rua passando. Ele entra no hospital junto com Akira, que parecia estar cabisbaixa no momento, até sentando no chão perto da porta depois que o enfermeiro vai chamar ajuda ali. Depois de alguns segundos, o enfermeiro volta com o que parecia ser uma maca, e sem ele falar nada Satori coloca Nando em cima dela. Enquanto o enfermeiro parecia levar Nando de um jeito meio apressado por um dos corredores do hospital, Satori fala para uma das recepcionistas que está na bancada:
- Essa criança também está ferida. Poderiam ajuda-lá?
- Ah, sim sim, mas é... você não poderia responder algumas perguntas relacionadas ao homem quase morto de terno que você trouxe aqui?
- Eu não tenho tempo para isso, eu sou um ninja se você não percebeu! Eu vou deixar a garota com vocês!
Antes da recepcionista (ou até mesmo Akira) poder falar algo, Satori saiu correndo na rua. Ele tinha certeza que iam conseguir tratar de Akira, e ele tinha coisas mais importantes para fazer... como explicar para Kor todo o conflito que aconteceu na mansão e pedir ajuda o mais rápido possível para evitar que mais daqueles homens mascarados viessem e que eles investigassem todos esses assassinatos. Por isso, ele estava indo em direção do escritório de Kor, que ele sabia que estava pertinho por causa de o quão próximo a mansão estava do escritório, e o quão o hospital estava próximo da mansão.

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Depois de correr um pouco e ficar rapidamente cansado por causa de todo o trabalho que tinha feito hoje, ele decide ir até o escritório de Kor andando mesmo. Depois de uns minutos (já que o escritório era próximo do hospital e mansão não demorou tanto, mesmo que iria demorar menos se ele conseguisse ir até lá correndo). Já era mais ou menos 3 horas da tarde a esse ponto, e em um período tão curto de tempo Satori já estava extremamente irritado com a missão. Não por causa de o quão difícil e cansativa e ela era, mais por causa do que Nando acabou provavelmente escondendo dele e Kor. Antes de pensar mais sobre isso, ele entrou no escritório de Kor ofegante e disse para ele de cara:
- Não. Não era uma missão simples.
- Que? O que você quer dizer com isso? - Disse Kor enquanto ele organizava papeis, nem olhando para Satori enquanto fazia isso.
- Olha, escuta Kor, aconteceu MUITA coisa nessas últimas... o que, no máximo 3 horas dês que eu fui realizar essa missão? Caras tentaram matar gente na mansão, a criança, aconteceu umas coisas bizarras.
Quando Satori fala isso, Kor muda um pouco sua reação. Ele para de organizar os documentos e olha para Satori dizendo:
- Espere um segundo... como assim?
- Eu era suposto proteger aqueles caras por 3 dias, certo? - Satori sentava na cadeira na frente da mesa de Kor - - É. Eu acho que é melhor você investigar essa parada toda. Vieram 4 caras com máscaras, eles acabaram matando no mínimo 10 guardas, além de terem tentando matar a criança e torturado o chefe de segurança da mansão. Ou simplesmente tentado matar ele, mas eu duvido que aqueles ferimentos tinham simplesmente o motivo de mata-lo. De qualquer forma, a criança e o homem estão no hospital agora. Apesar disso, os homens mascarados ainda estão na mansão, já que eu tive que os deixar amarrados lá para procurar ajuda para Nando. Ah é, eu nem disse que o nome do cara era Nando né?
- Eu já sabia do nome dele, mas... puta que o pariu, eu achei que era apenas pessoas achando que mereciam melhor sendo que nem estavam em nenhum perigo real. Parece que vai ser necessário investigar toda esse conflito. Tem mais algo importante que tenha que me dizer antes de eu... fazer minha parte do trabalho, sabe?
- Oh sim. - Disse Satori enquanto franzia as sobrancelhas - - Nando parece estar escondendo algumas coisas sobre essa situação toda... recomendo procurar mais informação sobre ele e o time de segurança dessa mansão em geral. Ah, também olhe em volta da mansão, apesar de que tinha muitos dos guardas mortos enquanto estavam no que parecia ser uma sala de reunião, deve ter outros em volta da mansão. Não tinha nenhum civil na mansão, aparentemente todos eles tinham saído. De resto, eu não posso te dizer muita coisa além de que eu estou um pouco cansado, e com um pouco eu quero dizer extremamente.
Logo depois que Satori diz isso, Kor disse enquanto ele guardava umas coisas em uma gaveta em sua mesa:
- Volte aqui amanhã! Vou ter mais informação sobre sua missão e tudo isso. Apesar disso, bom descanso para você, Satori.
Satori só sinalizou, e foi em direção de sua casa, o orfanato. Ele tinha que descansar agora.

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No próximo dia, quando Satori chegou no escritório Kor estava mais uma vez organizando papeis... apesar que dessa vez, não eram uma pilha de documentos igual ele estava acostumado Kor ver, já que ele podia ver de cara que aqueles papeis eram feitos por algum outro tipo de material. Kor diz isso a Satori quando vê ele entrar no escritório:
- Ah, ótimo, você chegou! Tenho muita coisa para te dizer, sente-se.
Satori se senta. Kor então continua:
- Olhe, eu não esperava ter tanta coisa envolvida nesse conflito da mansão. Quando você foi em bora, eu mandei umas pessoas checarem a mansão, e eles não só acharam esses tais homens de mascara que você falou que estavam amarrados, mas também os seguranças que tinha dito que estavam mortos. Mas você já sabe disso, vamos ir para as informações novas: haviam mais guardas em volta da mansão que pareciam não saber do que aconteceu naquela sala de reuniões, mas eles estavam agindo de uma forma muito suspeita então os meus homens manterão um olho neles. Aí que vem a parte importante... depois de um tempo inspecionando a mansão, eles conseguiram achar esses papeis que estão em minhas mãos agora. Eles pareciam registros de algo, e foi por causa deles que descobrimos o porque dos assassinos mascarados: aparentemente, eles estavam envolvidos em negociações de contrabando. Além disso tudo, tinha um registro incompleto que envolvia uma negociação que começou normal e se desenvolveu em violência. Provavelmente foi isso que deu nos assassinos vindo para a mansão, e seriamente, eu duvido que não tenha sido planejado o fato de que atacaram quando só havia alguns poucos guardas na mansão. Tivemos até que explicar a situação para alguns membros da mansão que voltaram de viagem enquanto estávamos vasculhando a área. Bem, isso é só a versão superficial de tudo, talvez iremos descobrir mais no futuro, então eu talvez te avise sobre atualizações no assunto. No fim das contas, não era uma missão tão simples mesmo ein?
- É sim sim Kor, mas e sobre...
- Ah, as recompensas da missão? Não tem problema, eu separei. Pegue o dinheiro aqui, você terminou essa missão. Boa sorte com seu dia, Satori.
- Obrigado aí Kor, te vejo depois cara!
Depois de pegar as "recompensas" da missão, Satori vai andando de volta para casa. Se ele fosse falar a verdade, ele provavelmente preferia ter sido colocado numa missão mais simples dessa vez. Mas ele sabia que "missão simples" não era coisa que ele ia conseguir fazer mais.

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