RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Nero
ADM Master


A água da torneira escorria por entre os dedos, à medida que o homem tentava limpar suas mãos do sangue que as manchavam. quanto mais esfregava, mais o líquido se espalhava pela cerâmica branca da pia. Levantou a cabeça para se olhar no espelho, mas parou quando viu seu próprio rosto. Era difícil aceitar tudo que acontecera nos últimos anos; o quanto havia mudado, as tragédias que lhe ocorreram, e tudo que descobriu.

- Você está bem? - uma voz feminina, vinda da sala daquela casa abandonada, perguntou.

O homem imediatamente retornou à realidade, caindo em si. Olhou para o reflexo da garota pelo mesmo espelho, que o observava de longe. Seu olhar mostrava preocupação, mas ele voltou a lavar as mãos, baixando o olhar.

- E isso importa? - perguntou, com o tom frio e baixo. Seu olho esquerdo estava roxo, e seu rosto tinha uma cicatriz grande, aberta.
- Por que você se importa tão pouco consigo mesmo? - ela argumentou dando alguns passos na direção dele. Mas a resposta foi o silêncio.

Ele continuou esfregando suas mãos, aplicando cada vez mais força, em vão. Parou quando sentiu a mão da mulher tocar seu ombro. Levantou os olhos e olhou-a pelo reflexo do espelho. Seu olhar era firme, convicto, e foi o bastante para que ele não falasse mais nada, apenas caminhou até a mesa quebrada, e ali se assentou, voltado para ela.

- O Justiceiro, aceitando ajuda de uma garota indefesa? O mundo está acabando mesmo.
- O meu já acabou, faz muito tempo.
- ele finalmente botou para fora.
- Frank, desculpe, eu…
- Não tem que se desculpar. Eu só… tô cansado.


Ela permaneceu em silêncio enquanto aplicava os devidos cuidados ao ferimento no rosto dele. Limpou o corte e atravessou uma agulha, lhe aplicando os devidos pontos, enquanto obervava os olhos distantes dele.

- Acho que heróis não tem vida fácil - tentou brincar.
- Eu não sou nenhum herói. Nunca fui, e nunca serei - o tom frio retornou - sou apenas um cara que é bom no que faz… - ela parou o que estava fazendo e encarou-o, curiosa - … matar.

A conclusão inesperada a fez arregalar os olhos, um pouco assustada. O grande tenente, que liderou tropas nas guerras que Iwagakure enfrentou, que levou seus soldados e sua terra à vitória incontáveis vezes, o soldado com maior número de medalhas por seus serviços e méritos, considerado por tantos um herói.

- Então esse é o homem por trás da lenda.

Quando o curativo foi terminado, as mãos da garota passaram pelo rosto dele, limpando a ferida por fora com álcool. A dor causada pelo toque da substância na ferida fez ele instintivamente jogar o rosto para o lado por um momento, e com a outra mão, ela apoiou o outro lado do rosto pela bochecha. O toque suave dela o fez abrir os olhos imediatamente. Aquela sensação era estranha, depois de tanto tempo. A maciez daquela mão, a delicadeza dela, lhe causaram um sentimento que não experimentava desde que sua família foi tirada de si, anos atrás. Os olhares se cruzaram por um tempo, mas o silêncio ainda persistia. Foi só quando ela tentou abrir a boca para proferir algum pedido de desculpas, que ele se moveu. Por instinto, sem pensar, sem se controlar, jogou sua cabeça para frente, beijando-a por um longo momento. Ela retribuiu, sem resistir, e os dois compartilharam de um momento que nenhum deles teve em muito tempo.

(...)

- E o seu amigo sem braço, onde está?
- O verdinho? Deve estar por aí, procurando o amigo dele.
- Amigo?
- Alguém que ele procura desde que nos conhecemos. Parece ser um antigo rival, ou algo do tipo.
- E você, o que está procurando?


A pergunta tirou qualquer traço de serenidade do rosto dele. Seu semblante se fechou, como se estivesse revivendo o momento da tragédia onde viu sua família ser morta. Seus músculos enrijeceram, seus punhos fecharam, seu semblante se cerrou, e a energia vinda dele mudou. Ela sentiu.

- Olha, esquece que eu perguntei isso, eu só…
- Eu vou matar eles, Misa.
- falou, com o tom de voz mais sombrio e sinistro que ela já ouvira em sua vida. - Eu vou acabar com cada um deles. Os malditos desgraçados que fizeram isso com eles… com a minha filha, com meu filho, com… - ele parou. Seu rosto demonstrava uma raiva incontrolável, virando-se de um lado para o outro, encarando o nada
- Eu… sinto muito. E também, obrigado, Frank - as palavras dela fizeram ele parar os movimentos espontâneos, encarando-a sem entender - Por me salvar hoje.

O anti-herói, sem jeito e constrangido, não soube o que responder, apenas deu de ombros; alguns hábitos não mudam. Pegou suas coisas, ajudando a garota com as dela, ao passo que se preparavam para a viagem à frente. O homem sabia que o tempo era curto; o ponto de encontro com o famigerado “verdinho”, ou Senju Hitorama como realmente era seu nome, o aguardava com informações. Informações que ele ansiava, por obséquio.

- Você tem certeza que quer vir junto? Sabe o quanto vai ser perigoso.
- Eu sei me cuidar.
- É, claro, percebi isso hoje.
- Hey, aquilo não conta, eu fui pega de surpresa
- a reação do outro foi rir.
- Só to dizendo, isso vai ser uma grande merda. Não é bonito como nos filmes, onde tudo se resolve magicamente. Vai ter gente morrendo, merda voando na cara de todo mundo, sangue, e daí pra pior.
- Vai ficar tudo bem. Já que está tão preocupado, vai ter que se assegurar que nada aconteça comigo, não é?


E foi então que ele parou. Ela nem notou, apenas seguiu andando. O olhar dele a seguiu, vendo sua inocência e ingenuidade. Ela definitivamente não fazia a mínima ideia de como é um campo de batalha, das coisas que podem acontecer em um piscar de olhos. Guerra não é um lugar para ela. Ele abriu um dos bolsos de seu colete, tirando uma pequena esfera cinza, a qual jogou perto dela, sob seus pés. Um gás se espalhou à volta da garota, que desmaiou logo que o inalou. A última coisa que viu conforme a visão foi ficando turva, foi a silhueta do homem logo acima do corpo caído dela, pegando-a em seus braços. E então, tudo escureceu. Quando finalmente acordou e voltou a si, estava sentada com as costas apoiadas no muro de Iwagakure. Em suas pernas, um pequeno bilhete dobrado aguardava por ela.

“Se cuide.”

Essas foram as únicas duas palavras escritas por ele. Longe dali, o autor das duas palavras caminhava pela vasta planície sozinho, em direção ao local combinado com seu parceiro.


Nero
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