Existem seres nesse mundo que são geridos e criados pelo caos, suas mentes deturpadas e distorcidas da realidade não conseguem e não podem conceber o significado dos termos descritos como paz ou felicidade. Suas mentes se perderam sobre o fim monocromático do mundo ou era cinza ou vermelho, quaisquer outras cores que se opusessem ao acinzentado de um cadáver ou as gotas rubras de sangue se perdiam dentro das obscenidades de cérebros incapazes de sentir o mínimo de afeto para com os outros.

E era nesse mundo intransitável e sombrio em que a loba passava a maior parte de sua vida. Assassinar pessoas não passava de um hobbie da qual ela já estava mais do que habituada, e sua máscara Anbu lhe dava o aval para que ela cumprisse com seus objetivos sem muitas interferências externas, além de lhe propiciar conhecimentos que outros não poderiam ou deveriam possuir, dentre eles a casa de um ninja que ela confiou que estaria mais forte para lutar contra um homem que estava em outro patamar de poder.

Saltou por entre os vãos das casas e entre os muros e cercas menores, aquela região de iwagakure, fedia a morte, por isso também era o local que ela mais se deliciava a passar o tempo.
Um giro por entre os vão das duas casas deixou com que a loba pudesse se sentar na janela do quarto principal, segundo as informações, aquele era o quarto do Kaguya que ela havia conhecido a dois anos atrás e que com ela compartilhava uma promessa que a loba faria questão de lembrá-lo.

Ainda sobre o parapeito da veneziana a loba acendeu um cigarro sabor menta e ficou observando quaisquer características ou traços de personalidade naquele local, e assim como o dela não havia nada, apenas um colchão sobre o piso de madeira e uma cômoda simples.

Era evidente que seu trabalho como Anbu era assassinar o menino kaguya, assim como ela já havia feito com tantos outros que tinha alguma kekkei genkai, apesar de não ter certeza se Iori possuía sangue “nobre”, mas não era importante, o trabalho deveria ser feito, mas não dessa vez, a loba queria primeiro saber mais sobre o menino dos olhos da morte, alem de leva-lo em uma missão especial para compreender se realmente valia a pena te-lo como aliado, ou como presa.

Quando ele aparecesse a loba estenderia seu sorriso para o menino.

— A quanto tempo garoto.—

Bolsa de armas:

Jutsus:

Informações:

Missão:

A loba saltou da janela para o quarto dedilhou em vão a cabeceira da cama, procurando qualquer coisa que ligasse aquele rapaz a humanidade que ela acreditava que todos os seres deveriam ter, mas não encontrou nada, apenas vazio, cheiro de cigarro e uma voz gutural e raivosa.

Não havia humanidade apenas caos, e aquilo atraia a atenção e os pensamentos mais deturpados da loba, imaginou o jovem estirado com ela sentada sobre ele, mas não para uma relação sexual típica e sim para poder descobrir se as entranhas dele eram iguais a de qualquer humano, sonhava com o dia em que descobriria que as pessoas são tão diferentes por dentro como as aparências externas, mas nunca encontrou ninguém assim, o que a motivou a abrir mais entranhas no decorrer de sua curta vida.

Ruborizou-se, e sentiu seu coração palpitar levemente, seus dedos suarem seu rosto ficar cada vez mais vermelho.

Mordiscou o dedo da mão e por fim se jogou na cama do jovem. Seus cabelos brancos estirados sobre o cobertor, seus lábios inferiores estavam sendo mordiscados pelos dentes superiores. Deitada de bruços com seu corpo estirado na cama, seus olhos buscavam a todo momento fitar o do Kaguya. Ela cruzou as pernas de uma forma indecente, sentindo um formigamento estranho no ventre. Isso sempre ocorria quando estava de frente a pessoas que ocultavam a sua loucura, como se o meio de suas pernas entendesse mais rápido que o seu cérebro sobre as particularidades do humano à sua frente.

— Eu quero foder, Iori-kun… — Seus olhos prateados tentavam fixar-se aos do ninja.—Com o mundo todo, até que as pessoas entendam, que não existe a menor diferença entre a guerra e a paz—

Sua sombra se agitava de uma forma pouco natural ao redor da iluminação solar, como se fosse uma entidade viva própria.

— Na realidade.— Sua voz se encontrava em um tom luxuriante de palavras entrecortadas.— Sabe Iori-kun… existem pessoas em iwagakure que quer que pessoas com kekkei genkai sejam eliminadas…—

Ela girou seu corpo até se aproximar do travesseiro do jovem e o cheirar, seu rosto ficou ainda mais vermelho do que outrora.

— Tem cheiro de alcatrão e pensamentos cercados de morte.— Murmurou mais para si do que para o Iori.— Bom voltando ao assunto, esta disposto a ir a uma festa comigo? Existe uma festa onde alguns figurões de alguns clãs vão estar e me mandaram para assassina-los.—

Ela começou a retirar partes da roupa, sem se importar de mostrar as dezenas de cicatrizes e queimaduras pelo corpo, alem das dezenas de tatuagens que cobriam parte de seu corpo, uma em especial feita sobre brasa quente se destacava das outras, escrita rusticamente com algum tipo de ferro quente "Vadia" logo abaixo da cauda. Pegou algumas roupas brancas de festa e começou a se trocar, alem de algumas maquiagens.

— Porra peguei algumas roupas para você, esta nessa mala, você vem? E que cara e essa nunca viu uma mulher se trocando não? Fala pra mim que você pretende ao menos perder o cabaço antes de enfrentar o tsuchikage, porque porra morrer virjão e algo que ninguem merece.— Gargalhou a loba antes de terminar de passar o batom e olhar para o garoto.— Então você vem comigo ou não?—

Bolsa de armas:

Jutsus:

Informações:

Missão:

Vísceras espalhadas, corpos mutilados e a loba ali na central do caos, era isso que a loba prateada enxergada.

Eles haviam chegados juntos em uma das carroças mais caras de iwagakure, o cocheiro um senhor de idade ficou de esperar na recepção mas a loba logo o advertiu para que ele fosse embora dizendo que a festa poderia durar de mais e que encontrariam amigos para levá-los para a casa.

Na entrada um dos homens olhou para Iori, havia um pequeno desprezo em seu olhar. Ookami por sua vez agia como uma perfeita dama da alta sociedade, repreendendo o porteiro e mostrando os convites no processo.

— Apesar de não parecer, fui criada em uma familia nobre desse pais.— Murmurou.

A entrada dos dois foi alvejada de olhares curiosos, a loba pegou uma das taças de vinho e bebericou. Puxou Iori pelo braço e tentou leva-lo para o salão de festas.
As pessoas dançavam sobre o gigantesco lustre de diamantes, a loba conduzia o ninja e por vezes ria como se fosse uma jovem qualquer no meio daquele local.

Aproximou seus labios do ouvido de Iori e sussurrou baixo. Estava no centro do salão aonda a iluminação e as sombras se mesclavam com as dos participantes da dança.

— Eu realmente quero fuder…—

Suas palavras eram lentas, suas bochechas estavam vermelhas. Seus olhos lacivos, e a respiração ofegante.

De repente sua sombra se mesclou aos de todos os presentes na dança. Houve um pequeno momento de silêncio até que eles percebessem que estavam sob o controle das sombras da mulher no centro do balão.

— Kage mane completo… poderia mostrar para as damas e cavaleiros como se dança de verdade?— Disse.

Ookami não se moveria, iria se manter parada, apenas observando as ações do ninja de iwagakure, afinal, não estava interessada em um homem que não conseguisse vencer presas que não se moviam. Nem em homens que não conseguissem surpreender, sua missão era de eliminar a todos da festa, inclusive Iori, mas ela nunca foi uma mulher a obedecer ordens cegamente.

A violencia era um dever, mas era Ookami que decidia para quem ela seria apontada.
Sorriu e murmurou palavras ininteligiveis.

Bolsa de armas:

Jutsus:

Informações:

Missão: