- Aquela desgraçada, podia muito bem ter me levado com ela ao invés de me deixar sozinho contra o mundo por uma semana... - Disse para mim mesmo enquanto caminhava pelas estradas do país do relâmpago, distraidamente chutando uma pequena pedra em minha frente.

Ao fundo, pude observar uma carroça aproximar-se aos poucos. Dando-lhe tempo o suficiente para que estivesse em minha frente, observei que a pessoa conduzindo-a tratava-se de um homem, já adulto, sujo e com roupas visivelmente feitas a partir de trapos velhos.

Ele estava com diversos hematomas espalhados pelo corpo e resmungava alguma coisa baixo demais para que eu pudesse ouvir.

Contudo, minhas vestimentas peculiares pareciam ter-lhe chamado a atenção, uma vez que seu olhar se recaiu sobre mim ao mesmo tempo que a carroça parou de se mexer. O homem então me encarou por algum tempo, como se ponderasse algo em sua mente, e então perguntou:

- Você é uma daquelas pessoas especiais não é? -

Dei uma leve gargalhada com o termo utilizado para me definir e respondi:

- Sim... Mas não sou um um ninja. Se é o que quer dizer. -

- Melhor ainda! Gostaria de me ajudar com algo? Nós temos um... Pequeno clube de luta por aqui... e bom... Não sei se deu pra perceber mas eu preciso de um pouco de dinheiro. Tentei participar eu mesmo mas como pode ver as coisas não deram muito certo. - Disse movendo o rosto na direção em que seus hematomas se encontravam. - Que tal você me ajudar? Nós podemos dividir a grana. -

Era óbvio que eu poderia ir por mim mesmo e ficar com o dinheiro todo pra mim. Mas eu não estava realmente precisando de dinheiro. Além disso, qualquer um que estivesse tentando ganhar um honesto dinheiro sujo era meu aliado. Sendo assim, dei-lhe um sorriso e respondi:

- Mas é claro, aponte o caminho e vamos logo para a parte interessante. -


O lugar era o porão de uma casa algumas centenas de metros mais a frente. O local estava completamente lotado, não sobrando um centímetro para caber mais alguém. A única exceção era o centro do cômodo, onde um círculo livre de pessoas indicava o local onde as lutas ocorreriam.

Quando entrei no círculo, fui rapidamente recebido com um chuva de gritaria enquanto o meu oponente também adentrava o ringue. Se tratava de um homem muito mais alto que eu, tanto verticalmente como lateralmente.

Sabia que era mais fraco fisicamente, mas a estratégia era outra: Quando via que estava prestes a receber um golpe, rápida e secretamente ativava meu Ketsuryugan, controlando o inimigo para errar o golpe e dar a impressão de que eu havia desviado.

Além disso, desferi-lhe alguns socos que com certeza sequer faziam cócegas nele. Mas de todo modo, depois de julgar que todo aquele teatrinho já hava se desenrolado o suficiente, desferi-lhe um soco ao mesmo tempo que o desmaiei com meu jutsu ocular.

No fim das contas, foi uma vitória fácil. E eu, juntamente com o meu contratante, fomos para casa satisfeitos.

 

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas: