O agradável som do alaúde servia de trilha sonora para meu fim de tarde em um bar, localizado em um pequeno vilarejo no interior do país do relâmpago. Dançando com os dedos conforme o ritmo da canção, bebia meu copo de cerveja serenamente assistindo o bardo apresentar-se em um palco um pouco mais na frente da região onde ficavam as cadeiras. Todos pareciam estar no mesmo humor do que eu, a diferença era que estavam todos acompanhados, enquanto eu me encontrava sozinho, um sintoma as vezes um tanto quanto irritante da vida como foragido.

Observando as pessoas ao redor dançarem com seus parceiros, comecei a lembrar de meus amigos, desejando que também pudessem estar lá para desfrutar da diversão daquele momento comigo

Contudo, como um pequeno ponto se destacando no meio da multidão, a visão de uma jovem com o olhar desgostoso chamou minha atenção. Ela também estava sentada sozinha, com o olhar de que algo a incomodava. A princípio, achei seu comportamento nada fora do comum, apesar de contrastante com as outras pessoas que se encontravam no lugar.

Não prendendo minha atenção na vida alheia, voltei a tomar conta da minha bebida, aproveitando aquele momento até que acabasse.

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Quando minha bebida acabou, coincidentemente a apresentação do bardo também havia acabado. Observando que meus dois lazeres haviam se acabado ao mesmo tempo, logo me vi sem mais motivos para permanecer no lugar.

Dirigi-me até o balcão e me demorei um pouco no pagamento, tentando adquirir algumas informações sobre a região e possíveis trabalhos que poderiam estar disponíveis pelo lugar, conversas padrões para ninjas foragidos como eu. Acabei saindo de lá com as mãos abanando, insatisfeito com a infutiferidade de minha busca por informações, mas não era de todo mal, uma agitação mais na frente chamara minha atenção, parecia que algo interessante estava acontecendo mais na frente. 

Em uma olhada melhor, vi a mulher na qual havia reparado mais cedo. Ela estava caompanhada, e sua expressão, antes incomodada, se mostrava ainda pior agora. Sua companhia, para minha surpresa, era o bardo que alegrara minha tarde naquele lugar.

A mulher claramente não queria que ele estivesse lá, o que se fazia perceptível em suas exclamações de "saia daqui!" e "já disse que não quero nada com você!".

Eventualmente, o homem retrocedeu, não perdendo a oportunidade de disparar antes de deixar a mulher sozinha:

- Uma hora você vai perceber que eu sou o que você precisa. -

Esperei um pouco até que o homem se afastasse o suficiente para não notar minha chegada, e me aproximei da mulher com quem ele conversava.

- Problemas com aquele cara? Sabe... Eu poderia cuidar disso rapidinho para você -

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- Quem é você? - A mulher perguntou desconfiada.

- Pode me chamar de Joker. - Respondi-lhe com o apelido que a cada dia me parecia ser mais meu nome verdadeiro. - E você? Como se chama? -

- Sou Akami, e sim, eu aceitaria qualquer ajuda em lidar com aquele sujeito... - Admitiu, apesar de suas aparentes desconfianças quanto a mim. - Ele vem me assediando desde que chegou aqui. Tenho tradição de vir nesse bar fazem anos e por isso não queria parar só por causa da presença dele, mas isso esta ficando insuportável...

- Hmm... Interessante, eu posso lhe dar a certeza de que ele vai te deixar em paz, por bem ou por mal, mas para isso você precisa entender que tudo tem um preço. - Disse.

Não tinha começado a me preocupar com dinheiro até recentemente, mas a vida de Nukenin me fizera perceber que viver por si só, apesar de libertador, custava um pouco caro. Era importante deixar bem claro o meu preço.

- Contanto que ele me deixe em paz, eu não me importo em pagar pelo serviço. só... Não mata ele, tá bom? Eu não quero o peso de uma morte pesando na minha consciência.

- Pode deixar... - Respondi com um sorriso no rosto.

Em seguida, vire-me na direção em que havia avistado o bardo seguir antes de desaparecer e segui em frente, buscando alcançá-lo no meio do caminho.

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Segui nessa direção até chegar em uma esquina, onde do lado direito uma longa rua se projetava e a simples imagem de uma única pessoa percorrendo-a me aliviava, deixando-me seguro que não precisaria perder muito tempo procurando meu alvo. Apertando o passo, percorri a distância que nos separava e recepcionei o bardo com um chute no pescoço, que apesar de não muito forte, levou-lhe ao chão pelo elemento surpresa.

- Olá... Primeiramente gostaria de lhe agradecer pela música, foi como... Música... Para os meus ouvidos - Disse, rindo comigo mesmo enquanto pensava que aquilo tudo havia soado melhor na minha cabeça. - Mas independente do quanto eu tenha gostado... Parece que tem alguém que não gostou tanto assim. Seja da música, seja de você... Vou ter que exigir que deixe a moça de mais cedo em paz... -

Ativei meu Doujutsu, exibindo meus olhos vermelhos que prendiam o homem em meu Genjutsu.

Sob meu comando, o bardo pegou seu próprio alaúde, que havia caído ao chão juntamente com seu corpo, e o quebrou no meio com uma joelhada.

Desativando o jutsu, o homem voltava ao controle de seu próprio corpo, desesperadamente caindo de joelhos para catar os pedaços de seu instrumento.

Enquanto estava ajoelhado, um chute em seu rosto o levou ao chão, no que meu pé começou a esmagar seu rosto enquanto eu perguntava.

- Você entendeu? -

- Sim! Eu entendi, vou deixá-la em paz daqui pra frente! -

- Ótimo, que bom que nos resolvemos pacificamente. - Disse antes de me retirar para dar as boas notícias a Akami.

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