Caminhando coberto por seu manto, o Kaguya que carregava em suas costas 4 homicídios, todos feitos pelas suas próprias mãos, ou melhor, ossos, seu principal poder e responsável por todas as últimas mortes de sua jornada. Com seus olhos avermelhados como o sangue que um dia derramou, o renegado veria que Getsukagure era uma vila de hábitos noturnos, pelo menos era o que parecia, com as pessoas saindo para suas atividades em meio a luz do luar que iluminava os céus daquela região.

Caminhando pelos becos e vielas daquele novo país, aquele que um dia serviu a névoa via inúmeras formas de entretenimentos, como bares, casas noturnas e restaurantes, porém sentia que não seria um momento de diversão, precisava achar um lugar para passar a noite, o dinheiro que carregava poderia ser suficiente para um hotel, mas não queria deixar alguma pista, então passar na rua poderia ser mais vantajoso.

Enquanto buscava por seu ponto, encontrava um bar, diferente dos que teria visto naquele país, com seus frequentadores não parecendo pessoas boas. Era algo que chamava sua atenção, atiçando sua curiosidade, talvez algo poderia surpreender o renegado, alguma coisa de seu interesse, como um contrato. - Vamos qual é desse bar... - Tengoku dizia, caminhando até o bar, abrindo a porta e observando o interior do local, buscando o que poderia ter ali.

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Entrar naquele bar seria como ter uma experiência caótica, um sino anunciava sua chegada naquele local, uma das únicas coisas consideradas normais naquele lugar, que estava com mesas cheias e nenhuma cadeira onde poderia então descansar de sua viagem. O renegado andava em meio aos homens que bebiam e se divertiam no local, se sentindo meio deslocado daquele lugar, era como se um Deus estivesse em meio aos insetos, que rastejavam na terra, em vidas miseráveis. Todos ali deveriam ser fracos, como sua antiga casa na névoa, eram pobres, uma pobreza que não se resumia a dinheiro, mas sim de poder.

Uma cadeira era desocupada por um bêbado, com o álcool lhe fazendo dizer palavras impossíveis de serem entendidas por qualquer pessoa. - Idiota. - Tengoku dizia, se aproximando da cadeira que se localizava no balcão, onde uma mulher cuidava dos clientes, andando de um lado para o outro. O Kaguya olhava para ela, esperando um momento para que pudesse ser atendido, mas era tomado pelo seu excesso de superioridade, que rejeitava ser atendido depois que vermes como aqueles que ali estavam. - Aí, ignore esses idiotas e me traga o seu melhor drink! - Dizia, buscando apressar a mulher, com sua voz grossa e imponente, de um jeito que um imperador falaria com um camponês.

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A atendente parava tudo que fazia e colocava para Tengoku uma bebida no copo, voltando ao seu trabalho normal em seguida, atendendo aqueles idiotas que ali estavam, bebendo como se não houvesse amanhã, a maioria deveria estar bêbada, um assunto até que desligado para o jovem homem, trazendo lembranças de seu pai, um alcoólatra como todos aqueles que estavam ali.

Mesmo tendo tratado de maneira rude a garçonete apenas por uma bebida, deixava o copo ali na sua frente, pegando de seu bolso um cigarro e isqueiro, começando a fumar ali mesmo, não se importando por regras ou algo do tipo. O seu jeito de antes resultava em um dos bêbados indo até o Kaguya, colocando sua mão no ombro do renegado, com um cheiro desagradável que recordava de seu pai.

- Aí seu idiota, olhe bem com quem você está mexendo, sou melhor do que todos aqui, então me respeite, seu inútil. - Dizia calmante, enquanto ia com sua mão até a bolsa onde guardava os armamentos, pegando de lá uma kunai, que iria usar para atacar um dos dedos do homem, buscando decepar o membro, indo na mão que se localizava no ombro do Kaguya. - Isso foi por ter encostado em mim. - Dizia, se levantando, pegando do copo que teria recebido da atendente, pegando o cigarro acesso que estava na sua boca, colocando junto com a bebida, rapidamente jogando na cara do homem que ali estava. - Eu sou apenas um viajante buscando por empregos, mas isso não diz que sou pior do que você, pelo contrário, sou melhor! Muito melhor! - Tengoku dizia, olhando para o homem, com um sorriso no rosto, indo para a saída, com a kunai usada antes em seus dedos, rodando como um brinquedo.

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Perto de sair daquele ambiente nada agradável, ainda com sua kunai em mãos, foi abordado por dois homens, um em seguida do outro. O primeiro era um velho, baixo e com trajes chiques, parecendo que tinha algum patrimônio considerável, falando sobre a ação do Kaguya e como era ótima para ele, que buscava alguém daquele perfil. - Diga sobre esse serviço, mas logo vou avisando, se você tentar me enganar, irei cortar essa sua cabeça, está entendido? Não adianta fugir, eu vou te caçar, nem que precise ir até o inferno para acabar com você, se duvida, vá naquela mata antes da entrada, tem quatro corpos, todos que eu matei! - De um jeito intimidador, buscava induzir sua vontade de matar para aquele homem, em um ponto que o contratante sentisse medo, chegando até a pegar a kunai em sua, que caso estivesse com o sangue do bêbado, lambia, um ato que era estranho e considerado como o de um psicopata.

Já o outro homem que chegava em sequência, carregava uma espada e tinha um semblante neutro, mas ao começar a negociar com o renegado, mostrava uma certa malícia, que ao perceber, deixava o ninja em alerta. - Vamos, diga o que você quer, já sobre o pagamento pra você, será adiantado, então passa esse dinheiro para mim de uma vez. Fique tranquilo que vou fazer esse contrato, só preciso de uma garantia, que por falar nisso, também preciso de você, tampinha, já passa seu dinheiro de uma vez. - O Kaguya dizia, dessa vez para os dois homens, não apenas um só, buscando seu dinheiro de uma vez, como uma garantia de possíveis traições.

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Apenas pegava seu dinheiro, recebendo previamente sua recompensa, o que já era uma garantia e tanto. Sua missão parecia ser fácil, precisava apenas matar aquela atendente, uma garota sem muito diferencial das demais, não deveria experiência ou coisa do tipo, então seu trabalho não deveria exigir muito esforço. Via o seu contratante indo embora, ficando só em meio ao bar, precisando apenas começar a preparar seu assassinato.

Tengoku também passava pela porta do bar, colocando o capuz em sua cabeça, buscando ir até um beco próximo ao bar, de onde daria para ver o estabelecimento, quem estava entrando ou indo embora, precisava daquilo para saber quando interceptar a garçonete, sua vítima, em um crime onde deveria ser discreto.

Localizado no beco onde teria achado, apenas ficava deitado, com seu rosto tampado, de modo semelhante a um morador de rua, que não sabia se era comum ou não naquela região, mas como era um viajante, não deveria causar estranheza nas demais pessoas, pelo menos era o que esperava. - Vamos logo menina, vá embora, tenho que te matar... - Apenas pensava, esperando o momento em que faria sua ação, o que poderia ou não demorar muito, não sabia o horário de funcionamento do local, era um novato, suas informações eram nulas, restando apenas ter paciência e ter atenção, o que faria durante todo momento, pronto para seu bote.

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Conforme o movimento ia diminuindo, mais luzes iam se apagando nos estabelecimentos de Getsukagure, ficando apenas o bar onde estava seu alvo, com um horário de funcionamento que devia ser diferente dos demais. Sobrava apenas ter calma e esperar, conforme mais o tempo passava, mais perto chegava sua hora de acabar de voz com a garçonete.

O último cliente acabava saindo, bêbado como muitos que frequentavam aquele estabelecimento, apenas ia embora, cambaleando e cantarolando frases que deveriam não ter nenhum significado, apenas sendo induzido pelo álcool, que fazia seguir um caminho que pensava ser sua casa, mas que o renegado não saberia se estava certo ou errado. Com o último cliente indo embora, era vez da garota, o alvo de Tengoku, que parecia estar desconfiada de algo, como se já soubesse o que poderia acontecer com sua vida.

O Kaguya naquele momento apenas se levantava, fazendo essa ação quando a garota estivesse um pouco distante, começando a seguir seu alvo, com seus passos leves, buscando reduzir ao máximo qualquer barulho que poderia causar. Buscava fazer seus movimentos de uma maneira veloz, porém não no seu máximo, apenas de um modo que conseguisse chegar até a menina. Sua postura estava encurvada, como se fosse um corcunda, uma maneira de ser menor, já que sua altura poderia atrapalhar no seu objetivo.

Se conseguisse chegar próximo de seu alvo, apenas tentava agarrar pelo braço, segurando a mulher com força.

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Como um stalker, seguia aquela menina, que como consequência de suas dívidas sua vida estava em jogo, precisando ter cuidado, o que parecia fazer, segurando sua bolsa e se movimentando com passos rápidos, mas que no fim não superavam os de Tengoku, que conseguia alcançar seu alvo, agarrando seu braço, olhando diretamente nos olhos daquela dama em apuros, um olhar sádico, com um vermelho que chegava perto de brilhar, estava em meio a um prato cheio para sua sede de sangue, que naquele momento começava a subir pela cabeça, era o momento de saciar aquilo martelava em sua cabeça, pedindo para que fizesse logo.

Ele conseguia ver que a atendente estava apavorada, o medo devia ser uma realidade para aquela pessoa, que parecia saber que um momento como aquele iria acontecer, de um jeito ou de outro. Ela fazia promessas impossíveis de conseguir o dinheiro, um ato inútil, porém que teria um certo valor para o ninja que um dia serviu a névoa, seus lábios formavam um sorriso de canto, seus olhos vermelhos estavam cada vez mais fixados no rosto de quem estava na sua frente, sua mão direita apertava o braço cada vez mais, buscando manter preso aquela presa, como um predador fazia. - Está tudo bem, não precisa se preocupar com dinheiro, eu gosto de conversar um pouco, você também gosta? Aproveitando, alguém já te disse que você é bonita? Como uma jovem como chegou a dever para aquele velho? - O renegado questionava, com sua mão esquerda indo até o rosto da jovem, passando delicadamente os dedos entre os seus cabelos, indo até sua perto de sua boca, com sua voz grossa, naquele tentava ter uma delicadeza e elegância, mesmo que no fundo era apenas um disfarce para o seu sadismo.

- Na verdade, você pode me pagar de outro jeito... - Era como o seu último ato daquela peça, com a mesma maneira de dizer de antes, apenas levava seus lábios ao encontro dos da garota, em um beijo roubado e uma nova maneira de acabar com aquela vida, usando da sua manipulação óssea para a modificação do osso da sua mandíbula, formando uma lâmina que o objetivo era perfurar a garganta da menina, fazendo um movimento de descida para que encontrasse o seu ponto de ataque.

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O sadismo de Tengoku, de uma maneira cruel, colocava um fim na vida de uma simples garçonete, que por alguma razão buscou se envolver com pessoas perigosas, os motivos? O renegado não sabia, o medo que teria causado parecia ter impedido qualquer informação, acabando que com um beijo e sua linhagem, uma vida se perdia, caída no chão, um corpo sem qualquer sinal vital. Tinha uma bolsa que poderia ou não ter alguma coisa, porém deixava para olhar depois, afinal teria coisas maiores para se preocupar.

Escutava sons de passos, que no fim se revelava ser aquele que deveria ser o guardião do seu contratante, o que fazia ali não sabia, porém coisa boa não deveria ser, principalmente se for olhar quem deveria ter mandado aquela pessoa ao encontro de Tengoku. - A sua mãe não lhe disse para ter cuidado com suas amizades? Ou ela estava ocupada  traindo o corno do seu pai? Agora que me toquei, isso pode ser algum gatilho para um trauma seu, me perdoe, talvez tenha sido difícil para você ter uma mãe ou um pai problemáticos, mas deve estar tudo bem agora, não está? Tá até correndo atrás de um ricão como aquele leitão, mas será que seu macho sabe que você veio me procurando? Ele não vai sentir ciúmes? - O loiro, com uma leve risada, provocava aquele homem, não tendo nenhum objetivo em específico para aquilo, apenas para sua diversão. No fim veria que o samurai iria até ele, em um avanço com sua espada e como uma forma de evitar aquilo, apenas buscava fazer um movimento como uma meia-lua, usando de sua velocidade máxima para que saísse do ponto onde estava sendo atacado, indo para sua direita até chegasse atrás de seu inimigo. Enquanto fazia sua ação, usava da capacidade de seu clã para modificar sua estrutura óssea, para que ossos aparecem em seus antebraços e nas suas mãos, o que resultaria em um ataque por trás no segurança daquele idiota. - YANAGI NO MAI! - Diria, com as lâminas encontradas na sua mão perfurando as costas do seu inimigo, usando em sequência uma de sua manipulação para que o osso do seu Esterno, presente em meio ao seu tórax formasse uma protuberância com a lâmina de uma lança, sendo disparada novamente contra o homem.

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