Nada me dava mais prazer do que roubar de uma família rica, fora o que pensei quando aceitei o contrato de roubar uma flauta daquele bando de esnobes.  Contudo, não esperava que minha missão fosse me levar ao cenário em que me encontrava: Um quarto de hospital.

A visão da garota adormecida em minha frente fez-me sentir momentaneamente sortudo. Se ela estava desacordada, era uma preocupação a menos para mim.

Estendi minha mão até o instrumento, pronto para apanhá-lo. Uma parte de mim se sentia culpado de roubar alguém desacordado no hospital, mas a maior parte de mim me acalmava, convencendo-me que, não importa o que fosse, a garota poderia comprar um igual em um piscar de olhos.

Contudo, ao tocar no objeto, notei os olhos da garota se tremendo por um instante, ela iria acordar. Era um empecilho, claro, mas ao mesmo tempo não era um tão grande. Eu simplesmente utilizaria meu Dojutsu para apagar suas memórias sobre mim e então a faria perder a consciência. Porém, quando estava prestes a fazê-lo, sua fala me chamou a atenção.

"Shinigami"? Por que ela me perguntaria aquilo? A resposta era óbvia, Não se precisaria pensar muito para entender.

- Não... - Respondi-lhe, e então tornou-se óbvio para mim, a única coisa que não poderia comprar era a vida.

Neste momento, ativaria meu Ketsuryugan para olhar suas memórias e ter um maior entendimento sobre a situação da garota parada em minha frente.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Havia algo de incomum naquela garota, eu podia sentir. Na verdade, não era só nela... Toda aquela situação... Me parecia um tanto quanto deslocada... Não importava o quanto me esforçasse para lhe lançar meu genjutsu, de nada diantava se não conseguia vê-la, era como uma barreira entre nós dois. E então...

À menção da beleza de meus olhos e o pedido para que não tivesse medo, a incredulidade se faria estampada em meu olhar. Por que eu deveria ter medo? Ela quem estava em uma cama de hospital, ela quem me confundira-me por um shinigami, e ainda assim, seu pedido era para que eu não temesse.

- Quem... É você?... - Perguntaria confuso, encarando a flauta cuja dona original me oferecia de maneira gentil, alegando que sempre fora minha.

De repente, minha mente fora transporta para outro lugar, para outro tempo.

Corria de caçadores Anbu que tentavam seu melhor para provavelmente me matar. Não planejava ser pego para descobrir o destino que reservavam para mim, e parecia que a garota que me chamara para tomar esconderijo naquela casa partilhava do desejo que eu não morresse naquele dia.

- É muito fácil roubar quando ninguém tá olhando. A verdadeira diversão começa quando as coisas dão errado. - Respondi à insinuação de que era um cabeça de vento e que não deveria roubar na luz do dia.

Ao ser puxado pelo braço pela garota, seguiria forçadamente ao seu lado até adentrar na boca do bueiro junto a ela.

- Calma! Não precisa me puxar! -

Em seguida a seguiria até onde me levasse.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

- Eu não sempre falho!... Bom... - Comecei a responder a garota, parando rapidamente para lembrar de meus últimos dois agitados anos, onde diversas situações haviam seguido rumos além do que havia calculado em meus planejamentos. - Talvez, mas... Você tá brincando comigo? - Questionaria, observando o sorriso meigo em sua face.

Continuaria seguindo pelo esgoto junto a garota. Sim, o cheiro era desagradável e o ambiente asqueroso, mas não era um assunto que eu fazia questão de trazer a tona.

- Não reclame tanto, o quanto mais a gente se focar, mais rápido a gente pode sair daqui.

De algum jeito, nossa árdua viagem chegara ao que parecia ser o fim: um longo lance de escadas que, logo em seguida, levava até um alçapão. Esperei ao lado da garota até que abrisse a porta e subisse, assim como havia deixado-a liderar desde o começo daquela aventura subterrânea, aceitando sua ajuda oferecida para subir logo em seguida, uma vez que minha força não era tanta então provavelmente seria difícil subir só.

Logo em seguida, observando o cenário em nossa volta, me percebi no que parecia ser os fundos de uma padaria.

- Eu disse que se a gente focasse íamos sair dessa mais rápido... - Fora o que tive tempo de comentar, antes que as figuras dos cachorros me fizessem levantar de prontidão.


Fora o que ela disse. 

Gentilmente, pegaria a flauta de suas mão e a levaria a boca. E então, calmamente, começaria a tocar, esforçando-me para fazer exatamente como me lembrava de ela ter me ensinado.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Que minha tentativa surtiria um efeito melhor na minha cabeça, fora a sensação com que fiquei ao, inutilmente, tentar replicar a técnica que a jovem havia me ensinado previamente. Seus comentário ácidos deixavam ainda mais aparente que minha tentativa havia sido um fracasso, não que isso já não estivesse claro para mim.

- Sabe... Um pouco de crédito cairia bem. - Diria vendo-a tomar a flauta de mim e repetir a música do jeito certo, fazendo os cães em nossa frente desmaiarem um por um. 

Apesar de não ter sido alvo de seu genjutsu, inevitavelmente me vi preso à sua música, à sua técnica, à forma como seus dedos dançavam sobre a flauta. Era perfeito, em todos os sentidos da palavra, e aquele transe somente me deu brecha para escapar quando o silêncio se fez presente mais uma vez. Na verdade, não era bem silêncio, mas era como se sentia com a falta daquela bela canção.

- Não é só som, também é chakra... - Repeti logo depois dela, tentando gravar a lição na mente antes de, mais uma vez, acompanhá-la em mais uma caminhada.

Eventualmente, nos deparamos com mais um alçapão que dessa vez nos levava para uma espécie de quarto improvisado. Adentrei no lugar, virando o olhar de um lado para o outro, enxergando cada espaço daquele cômodo antes da voz da menina me alertar de que iria tomar um banho.

- Hm... Parece que tudo que você fala é uma crítica... Mas tá bom, pode ir, vou ficar praticando aqui. - Diria antes de pegar a flauta e me sentar ao chão.

Retiraria a máscara do rosto e a guardaria no bolso, posicionando as mãos do modo correto na flauta, fechando, os olhos, respirando fundo, e levando-a à boca.

- Não é só som, também é chakra... - Repetiria para mim mesmo em minha cabeça, antes de realizar uma nova tentativa.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Apesar de minhas tentativas com uma considerável maior parcela de concentração dessa vez, novamente me vi sob o criticismo da jovem sobre minha tentativa. Não havia dúvida de que ela era difícil de agradar, do mesmo modo que não havia dúvidas de que, no momento em que eu o fizesse, estaria, enfim, com a técnica completa.

Não importei-me em desviar os olhos dela depois de invadir o cômodo de toalha, do mesmo modo que também não repousei meu olhar sobre nenhuma parcela específica de seu corpo, minha atenção enfim, estava voltada para a "sabedoria" que ela teria a me passar, se é que poderia chamar assim.

- Eu só mentalizo o que eu quero que as pessoas façam e... É basicamente isso, com a aplicação do Chakra a técnica sai de um jeito quase natural... Acho que entendi... - Falaria observando a jovem seguindo até um canto da sala e desaparecendo, somente reaparecendo em seguida com uma parcela maior de roupas que anteriormente.

- Tchau pra você também... - Diria baixinho depois que a garota se fosse, levando a flauta à boca mais uma vez e assoprando, tentando utilizar o chakra através das ondas sonoras do mesmo modo como fazia com meu Ketsuryugan.

Contudo, sem alvos, era difícil dizer se estava funcionando ou não. Fora somente na volta da garota que um alvo aparecera, se conseguisse fazer aquele rato adormecer, talvez aquela uma hora de treino tivesse valido de algo.

- Eu sou o Joker, mas até eu fico impressionado com o seu senso de humor. - Diria, antes de mais uma vez começar a tocar, tentando adormecer o animal usando a mesma fórmula que usara nesse intervalo de uma hora.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

- Sabe... Eu sei que ainda não está perfeito, mas eu sinto que estou realmente fazendo progresso... Esse truque não funcionava tão bem assim um tempo atrás, né? - Fora a última coisa que diria antes que o cômodo fosse invadido por uma cruel explosão.

Quando esse fato se deu por ocorrido, estaria pronto para lutar contra os invasores, mas não esperando ter que lidar com uma investida de minha própria aliada, fui pego de surpresa, sendo rapidamente empurrado para o que, somente depois de muitos segundo de confusão, percebi ser algum tipo de espaço dentro de um espelho que se encontrava perto da posição em que estava anteriormente.

- Não! O que ela tá pensando em fazer?! - Me perguntei dando um soco raivoso na divisa que deveria representar a superfície do espelho.

Assisti a jovem mentir sobre meu destino, bem como as ameaças que sofrera dos caçadores Anbu antes que decidissem levá-la. Mas... E se aquelas não fossem somente ameaças?...

- Idiota... Me deixa sair! Eu quero lutar! - Gritava agora raivosamente após a menção de que torturariam a garota, batendo naquela superfície com toda a força que encontrava dentro de mim.

Contudo, no fim, de nada adiantara, não pude mudar seu destino de ser levada pelos caçadores para um eventual interrogatório e inevitável tortura. Tendo feito isso para me proteger, era óbvio que não revelaria nada para os homens, e sendo esse o caso, passei aquelas duas horas, que mais pareceram dois anos, temendo pelo tipo de coisa que os caçadores Anbu a fariam passar.

No segundo em que o Fuinjutsu se desfez, corri pelo cômodo e saltei para o lado de fora, indo com toda a minha velocidade até o centro militar daquele vilarejo, onde imaginava ser o local mais provável para a garota estar sendo mantida.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Chegando no local, me encontrei com um problema na qual o nervosísmo não havia me permitido pensar antes: Não seria fácil adentrar a fortaleza.

Em um primeiro momento, me limitei a vasculhar os arredores, procurando por alguma abertura que indicasse uma possibilidade de me esgueirar para a parte de dentro, contudo, minha busca revelou algo muito mais perturbador. 

As conversas que ouvi falavam sobre os gritos de uma garota que corriam por entre as paredes da fortaleza. Se aquilo era verdade, só podia significar o que eu mais temia. No momento em que a notícia chegou à mim, me desesperei. Não poderia esperar mais um segundo sequer para pensar em um plano melhor, e se ela estivesse sendo torturada naquele instante? Eu precisaria fazer aquilo parar imediatamente.

E então, foi nesse momento que disparei até o portão da frente com toda a minha velocidade.

Chegando lá, gritaria para os guardas que se posicionavam em defesa da fortaleza e exclamaria.

- Ei, babacas! Sou eu, Chinoike Chouki, o Joker! Era eu quem vocês estavam procurando então podem me prender! - Esperaria até que algum responsável viesse em minha direção com o intuito de me restringir e permitiria que o fizesse, somente o fazendo um único pedido:

- Era eu quem vocês queriam, não era? Então se apressem e deixem ela ir! Ela não tem nada a ver com isso... -

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Continuaria imóvel, esperando que os guardas lentamente se aproximassem de mim. Apesar de tentarem esconder, era visível que se encontravam com medo até um certo grau. Em face disso, decidi de última hora mudar de estratégia.

Esperaria até que se aproximassem mais, fechando cada vez mais o círculo em minha volta. quando o fizessem o suficiente para que o círculo tivesse um raio de cerca de 3 metros de distância de mim, derrubaria no chão uma Hikaridama ao mesmo tempo que fechava meus olhos, buscando me livrar da forte luz que tomaria conta do ambiente de surpresa e atordoaria os guardas.

Aproveitando-me do momento, escorregaria por entre os guardas para fazer um deles, o que se posicionava na minha frente, de refém. Escorregaria por entre o círculo e me posicionaria atrás dele, puxando minha pequena espada e a colocando-a perigosamente perto de seus pescoço, esperando que todos recobrassem os sentidos.

Uma vez que isso acontecesse, daria-lhes uma ordem que deveria ser cumprida em troca da vida do guarda:

- Me levem até ela, agora! - Diria sem gritar, ao mesmo tempo demonstrando fúria em minha voz.

Caso concordassem em cumprir minha exigência, os seguiria sem tirar a lâmina da garganta do meu alvo, forçando-o a segui-los juntamente a mim.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Meu plano era frustrado pela minha falta de aptidão física. Apesar de meu desespero para chegar do modo mais rápido possível à garota, fora exatamente ele quem ditara a ruína de meu planejamento. Quando as lâminas tocaram minha pele e a dor dos cortes se alastrou pelo meu corpo, somente a sensação de fracasso e desespero se fizera presente em minha mente.

- N-Não! Espere, eu tenho... Que... - Fora a última coisa que conseguira falar antes de ser atingido com um golpe na nuca, uma última ação desesperada de continuar seguindo em frente em meu caminho à menina, mesmo sabendo que seria inútil, mesmo sabendo que não faria nenhum sentido contar com a compaixão de meu inimigo.

E então, tudo ficou escuro. Eu havia apagado com o golpe.

- Trouxe seu almoço. Estou brincando, sua tarefa e fazer esse rato adormecer, eu roubei algumas pílulas para mante-lo acordado e eletrico então não sera um trabalho fácil - 

A lembrança daquele dia se estampava em minha mente desacordada. Ela estava lá, parada na minha frente, segurando um rato, mas isso nao importava. Sua figura era tão graciosa, e os arredores se tornava mais desfocados, somente o sorriso em sua face importava. E seu sorriso de repente estava mais perto, e mais perto, e mais perto, e...

De repente meus olhos se abriram, e a figura de seu sorriso fora substituída pelo olhar sem vida do que mais parecia o cadáver de uma vítima de um crime horrendo, do que a amiga com quem confiara meus sentimentos um dia. Era um contraste grotesco, horrendo, e acima de tudo isso, estava tão desorientado que em um primeiro momento aquela visão não me causou uma tristeza profunda, somente um desconforto fortíssimo. Era como se estivesse sonhando que tinha ido para o céu, e no momento seguinte, acordado no inferno, mas isso era só o começo, eu estava desorientado.

No entanto, após recobrar a consciência o suficiente para me dar conta da pessoa a quem o cadáver pertencia, "desconforto" deixou de ser a palavra certa para descrever meus sentimentos.

- Não... - Diria instintivamente, incrédulo com a visão do estado em que ela se encontrava. Cada hematoma em seu corpo era uma tortura diferente para mim olhar, e mesmo assim minha mente não me deixava não inspecionar cada um deles.

"Eu fiz isso..." fora meu pensamento na hora, e uma culpa indescritível tomou conta de meu ser.

Sequer conseguia pensar muito sobre a situação, sabia que pensar profundamente sobre a imagem em minha frente traria uma dor absurda, e eu não sabia se estava pronto para ela. Mas não importava o quanto tentasse fugir daquela realidade, uma hora teria que deixar de lado os pensamentos supérfluos e encarar a situação de frente, somente o pensamento disso me gerou um segundo sentimento: "medo", um medo absoluto, não de algo que talvez viesse a acontecer, mas que estava certo de se desenrolar nos próximos momentos.

E então, minha mente voltou o suficiente para poder tomar consciência de meus arredores, estava preso em uma masmorra, e ao lado do corpo vegetativo da minha amiga a quem tanto prezava, de minha sensei, uma das raras pessoas que conseguiram gerar um sentimento de respeito por minha parte, um homem, um caçador Anbu, literalmente mijava em cima de tudo isso.

Com essa visão, enfim minha mente voltara à realidade, voltara o suficiente para sentir aquilo que sentira desde o começo de minha jornada, o sentimento que iniciara toda essa história, a revolta.

Agressivamente tentaria saltar em cima do homem, muito cego pela raiva para me lembrar de que meus movimentos haviam sido restritos. Por fim, as correntes me puxariam de volta, inundando o lugar com o som do metal se debatendo.

- Maldito! Como... Você... Ousa?!!! - Cada sílaba que saía de minha boca era pronunciada com um tom de ódio que sequer julgava possível alcançar, uma parte de mim que era invocada pela primeira vez desde que podia me lembrar.

- EU VOU TE MATAR!!! - Continuaria gritando, completamente tomado pela fúria de ver minha amiga naquela situação, sem sequer saber se alguma vida ainda se prendia ao seu corpo. O som das correntes ao fundo se fazia presente enquanto meu corpo se debateria inutilmente, tentando se livrar das amarras que o prendiam - EU VOU MATAR CADA UM DE VOCÊS, ATÉ O ÚLTIMO, ATÉ O ÚLTIMO QUE RESTAR!!! -

O som de minha voz se projetava enquanto o homem saía da sala, e a dor daquela situação se misturava com a frustração de não poder fazer nada. Mesmo assim, sentia algo diferente em mim, eu não conseguiria ver, mas sabia que estava lá, meus olhos assumiam uma coloração avermelhada, o gatilho para seu despertar havia sido ativado, Ketsuryugan, era o nome do demônio que deveria ser a fonte de meus poderes dali em diante.

Pararia de me debater, deixando que o homem se fosse e que a horrível visão do pós-interrogatório de minha amiga servisse de combustível para meu ódio, a chave para sair daquele lugar com vida. 

No fim, esperaria que o próximo Shinobi adentrasse a sela e tentaria pegá-lo de suspresa com um Genjutsu: Ketsuryugan, forçando-o a libertar-me de minhas amarras e aproveitando para cortar sua garganta com minha pequena espada. Caso tivessem confiscado meus itens, usaria algum objeto cortante do próprio ninja para cumprir minha ação assassina.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas:

Meu plano havia sido um sucesso, apesar de que, não importava como olhasse para aquilo, não me via como um vencedor. Observando seu corpo no chão, estava prestes a correr em seu socorro quando... Minha consciência começara a divagar. Era até aquele ponto em que veria as memórias, fora aquela situação que me levara até o presente, até aquele quarto de hospital.

Logo me vi mais uma vez encarando a figura da garota na cama. Eu queria que as coisas pudessem ter se desenrolado de uma maneira diferente. Mas não importava o quão proficiente eu me tornasse em meus Genjutsus, eu nunca poderia mudar a realidade.

Continuei observando seu semblante, mesmo depois que os aparelhos já acusavam o fim de sua vida. Ela morrera por mim, não o precisa tê-lo feito, mas assim o fez. Não importava o rumo que minha vida tomasse daquele momento em diante, teria que viver com plena consciência disso.

Com o olhar extremamente triste, captei pela visão periférica um pedaço de papel com sua caligrafia. Não sabia se estava pronto para ler o que provavelmente seriam as últimas palavras que haveria deixado, sabiam que eram palavras que ficariam gravadas em minha mente pelo resto de minha vida. E se não fossem para mim? e se fossem queixas sobre o desenrolar dos eventos?

Não importava o quanto aquilo pudesse me machucar, toda aquela situação era minha culpa, o mínimo que poderia fazer era aguentar essa dor. E assim, peguei o papel e o li.

Com a leitura do conteúdo da carta, dobrava o pedaço de papel e o guardava no bolso de meu sobretudo junto com a flauta, dando uma última olhada em seu belo rosto e fazendo questão de gravar aquele semblante em minha memória.

- Droga... Eu já disse que odeio quando me chamam de herói. - Diria saindo da sala, com uma lágrima escorrendo de meu olho direito.

Considerações:

Jutsus:

Bolsa de Armas: