Ko havia recebido uma mensagem de que uma nova missão individual estava a sua espera no centro. O jovem acabava de retornar do banco, havia depositado alguns ryous suados de missões anteriores, bastava deixar o comprovante na cabeceira de sua mãe para poder partir até o centro da vila.

Chegando no local designado pôde ver inúmeros ninjas novatos e mais experientes que conversavam sobre suas missões. O loiro aproximou-se do balcão onde alguns dos conselheiros estavam conversando e escrevendo em livros de registro. - Ko Tengen se apresentando, senhor. Proferiu, realizando uma vénia.

O conselheiro sussurrou algo para seu par e então retirou um pergaminho pequeno debaixo da mesa, avaliou e depois analisou Ko de cima a baixo com uma sobrancelha erguida. - Aqui está sua missão, rapaz. Foi o que disse o conselheiro ao entregar o pergaminho com certa cautela. O Genin não entendeu a cena que o homem estava fazendo e procurou não se esforçar para decifrá-la, limitou-se a pegar cuidadosamente o pergaminho, realizar outra vénia e se afastar do balcão.

Quando chegou novamente em sua casa, começou a preparar um pouco de arroz para fazer alguns bolinhos e um caldo com carne de segunda e alguns vegetais frescos. Estava deixando um pouco de comida pronta para quando sua mãe e seu tio saíssem do trabalho para o almoço e já encontrassem tudo pronto. Depois de terminar o almoço, pôs-se a comer até terminar, iria agora ler o que estava no pergaminho.

Ko abriu-o de forma apressada e logo entendeu sua missão. - Vou ter que ser enfermeiro por alguns dias, huh? Sem problemas. Disse, pensando na situação. Já tinha tido algumas missões de Rank D que já foram mais interessantes que essa, entretanto, uma nova oportunidade talvez surgisse em sua curta carreira como ninja de Suna, talvez, apenas talvez, poderia se interessar em ninjutsus médicos. Testar como se saía em um ambiente hospitalar era importante caso o rapaz estivesse considerando algum dia se dedicar a tal arte.

Depois de terminar de ler o pergaminho, Ko iria até Academia Ninja para devolver alguns livros que pegara emprestado de seu antigo professor, depois, passaria no campo de treinamentos e no dia seguinte ao raia do sol estaria no hospital para executar sua missão.

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O dia estava começando com o sol se erguendo no horizonte desértico e o rapaz já estava de pé. Decidiu que não levaria sua marionete para o hospital visto que seu papel seria meramente auxiliar os médicos e os enfermeiros, portanto, sem lutas. Tomou um suco de cacto, comeu alguns biscoitos com um queijo e umas frutinhas e se trocou para ir até o hospital.

Passado menos de uma hora desde que tinha acordado e já estava no hospital. - Esse lugar nunca fecha, os feridos não esperam as 08hrs para serem tratados. Pensou o sunanin. Ajeitou a bandana pendurada na cintura, ajeitou a capa amarela que estava usando e se empertigou para corrigir a postura antes de avançar até o hall de entrada da instituição.

Quando entrou no local estava uma paz de silencio enorme que poderia oprimir muitas pessoas mas que agradava Ko, era como uma brisa de inverno num meio dia de verão, gostava de ambientes quietos. Aproximando-se do balcão de atendimento, retirou o pergaminho da pochete que estava usando e realizou uma vénia protuberante. - Bom dia, senhora. Meu nome é Ko Tengen, sou um dos Genin que foram designados para atuar provisoriamente na linha de frente a essa doença viral. Como é esperado, tenho imunidade contra essa gripe. Onde devo ir para ajudar? Disse em tom formal e firme. A atendente era uma mulher negra na casa dos trinta e quatro anos, de cabelos trançados e maçãs protuberantes, Ko achou-a bonita mas isso não era relevante para a missão e o rapaz logo afastou pensamentos desnecessários.

- Bom dia, Ko. Pode me entregar o pergaminho para eu ver? Perguntou, por algum motivo o rapaz esquecera de entregar o documento e o fez rapidamente, tão rápido que ficou no limiar da vergonha. A mulher abriu o pergaminho, leu-o e respondeu. - Você pode se apresentar no vestiário, trocar suas roupas, colocar luvas, óculos e máscara. Depois, siga para a UTI. Como o dia ainda não começou para atendimentos de rotina você poderá ajudar com os pacientes mais graves que não podem esperar o sol raiar. Lá você encontrará a enfermeira chefe que lhe dará maiores instruções. Bom trabalho. E o Sunanin obedeceu de acordo.

Após estar trocado foi até a UTI e conheceu a enfermeira chefe, uma senhora já de idade mas com uma energia e postura de líder que Ko só viu em alguns professores queridos da Academia Ninja. Depois de se apresentar, a mulher solicitou que o Genin fosse a cozinha e trouxesse a comida de alguns pacientes. Tarefa simples, só teria que pegar um carrinho de transporte feito para tal propósito, organizar as comidas que a cantina havia preparado e entregar em cada baia de paciente e, se necessário, a depender de cada estado singular de saúde, ajudar o doente a se alimentar. Foi então executar essa tarefa e depois deveria reportar imediatamente à ela para uma nova tarefa.

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Ko estava andando pela UTI com um carrinho repleto de copos, ampolas e alguns pratos com comida. Sua tarefa naquela momento era entregar e ajudar os pacientes a se alimentarem. Notou rapidamente que alguns estavam tão bom, com pulmão comprometido a ponto de necessitarem de uma sonda para se alimentarem e nesses casos a refeição precisava ser batida completamente a ponto de virar uma papinha ou um suco. - Sr. Takeshi, bom dia. É hora do senhor se alimentar. Disse, parando o carrinho na frente da baia do paciente. Era um homem perto dos trinta, um ninja que contraiu a doença e que estava com trinta porcento do pulmão comprometido. O Sunanin colocou o homem deitado após ajustar o nível de inclinação de sua maca, após, colocou uma mesa de cama na altura das coxas do homem e colocou um prato e um copo de água.

- Não tem outra coisa além desse mingau sem gosto? E não pode me dar café? Perguntou um homem em tom de resmungo. Ko notou seu cenho franzido, a garganta cega e os cantos da boca do homem retorcidos, estava um pouco bravo no mínimo.

- No momento esta é a sua dieta, senhor, tanto mais cedo cumpri-la mais rápido sairá daqui. Todavia, caso queira posso transmitir sua sugestão à enfermeira chefe. Respondeu em um tom formal e respeitoso. Ko não era burro, sabia que a enfermeira chefe era linha dura, sabia que os pacientes mais revoltosos não iam querer comprar uma briga com ela. O Genin não julgava com maus olhos a postura da enfermeira chefe, era necessário, no final do dia era ela e o corpo de enfermeiros que impediam o hospital de parar de funcionar.

Depois que o homem fez a sua cena e Ko contornou de forma simples, partiu para o próximo paciente que estava em uma posição curiosa que segundo o prontuário auxiliava o pulmão a trabalhar. ”Este precisará da sonda, certo. O Genin solicitou ajuda de outra enfermeira para realizar o procedimento de injeção do alimento terapêutico na corrente da sonda, o paciente parecia meio morto, um trabalho fácil mas começou a pensar que seria um inferno fazer isso o dia todo.

Sua tarefa inicial se desenrolava de forma adequada, era simples distribuir as refeições, dar bom dia e trocar algumas palavras. - Tente conversar com os pacientes, não seja uma pedra garoto, eles são seres humanos e precisam saber que há outro ser humano cuidando deles, isso ajuda na recuperação. Havia dito a enfermeira quando Ko, no início dessa sua atividade, estava a se comportar de forma excessivamente formal, mas para ele era difícil, era possivelmente um defeito além de um traço de personalidade.

Uma hora havia se passado e Ko estava no final da distribuição do café da manhã, depois que efetivamente terminou essa tarefa, passou novamente recolhendo todos os utensílios e ajeitando as macas e ouvindo as reclamações dos pacientes. ”Anotarei tudo no prontuário e falarei com a ouvidoria a respeito das reclamações. Agora, recolherei e lavarei esta louça.” Depois iria procurar pela enfermeira chefe para obter sua próxima tarefa.

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Ko havia terminado de lavar a louça produzida com o café da manhã dos doentes da UTI e depois se apresentou à enfermeira chefe para receber sua próxima tarefa. A mulher ordenou que o Sunanin recolhesse todos os prontuários e coletasse todos os remédios da manhã na farmácia do hospital e então, os distribuísse corretamente. - Não é perigoso eu fazer isso sem supervisão, senhora? Perguntou, aflito, afinal, não entendia de remédios e da doença.

- Para isso são os prontuários, garoto. Copie as informações na seção de remédios de cada um dos prontuários e entregue para o farmacêutico responsável que ele irá providenciar tudo, basta que você leia o nome e a dose e aplique neles. Respondeu de forma ríspida. Parecia algo fácil de se fazer, Ko ficou acanhado com a situação, gaguejou e deixou a mulher sozinha para ir fazer a tarefa.

Ko retirou todos os remédios em um carrinho organizado e preparado para tal trabalho e então voltou a UTI. ”É melhor eu conferir duas vezes antes de dar cada dose para os pacientes. Pensou, cauteloso. Em cada paciente consciente checava duas vezes e em cada paciente mais debilitado que mal estava consciente ou que estava entubado checava quatro vezes. Houve momentos que necessitou da ajuda de uma enfermeira que estava passando pelo local.

Demorou, mas quando era a hora do almoço já havia terminado a atividade e estava prestes a terminar outra que a enfermeira havia lhe dado, a de ajudar os colegas de hospital a realizarem a triagem inicial dos pacientes que chegavam hora a hora procurando atendimento. ”Não param de chegar, quantas pessoas doentes.” Pensava consigo, preocupado. Foi quando percebeu seu estômago roncar e as pálpebras ficarem um pouco pesadas. O trabalho no hospital não era algo fácil ou tranquilo, tarefa a tarefa, paciente a paciente as forças físicas e mentais de Ko eram drenadas. ”Como as enfermeiras e os iryonin aguentam isso?[ E provavelmente não aguentavam, era o dever deles, tinham que seguir trabalhando pelo bem da vila.

- Vamos almoçar, rapaz. Disse uma iryonin que estava trabalhando com Ko na tarefa de triagem junto com alguns enfermeiros. Depois da pequena pausa de trinta minutos voltariam a trabalhar nas triagens. Depois disso Ko seria escalado para limpar alguns banheiros e leitos livres e só após separar o lixo hospitalar do lixo comum e descartá-lo apropriadamente ele estaria liberado pela enfermeira chefe. Não podia vacilar, deveria cumprir seu dever.

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