RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kaginimaru


Convidado
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Carinho, ninjutsu e nobreza


Essa é uma história que aconteceu comigo há algum tempo, nem sei porque ainda me lembro tão bem desse evento, mas creio que torna um pouco das minhas aventuras e meu próprio jeito, mais fácil de lidar. É uma história de como conheci um jovem nobre que se perdeu nas ruas da vila e como, sem querer, eu e uns amigos estivemos em contato com ele. 


Eu sinceramente não sei como começar uma história, talvez do meio seja mais empolgante, mas do início, quando eu acordo também, acho eu, para que se compreenda meu estado de espírito e esse tipo de bobagem. Acordei cedo, o sol mal tinha nascido, sua luz não iluminava suficientemente minha rua, de maneira que mesmo estando oficialmente de manhã, tive que acender algumas luzes, o que causou certa discórdia dentro de casa. Lembro que em resposta aquelas atitudes mesquinhas por parte dos meus familiares, meus pais e irmãos, eu tenha descarregado uma tonelada de palavrões como resposta. Não me entendam mal, sou uma mulher que ama os pais e irmãos, mas não consigo me conter e quando percebo já falei inúmeros palavrões. 


Assim, nesse clima de lar doce lar, saí de casa em direção ao campo de treinamento. O frio daquela manhã banhava meu corpo, de maneira que ele arrepiava de dez em dez minutos, como se o próprio vento, ao invés de ser movido pela desordem da rotação terrestre e da diferença de distribuição energética entre os polos, fosse, na realidade, um personagem racional e irritante do ambiente. Deixei-me levar por esses pensamentos durante meu percurso. Naquele dia em questão não iria ver Tohru, por mais que estivesse morrendo de vontade de ver aquela vadia, pois estava completamente focada em passar nos exames, por isso, decidi treinar longe dela pois, juntas, nosso papo vem e vai e quando se vê deixamos o treinamento passar. Apesar de tudo, o simples fato de lembrar dela, de seu rosto e do seu cheiro tão característico e forte, aquela Aysa ninja, corajosa, parecia quebrantar aquele frio ao seu redor e expulsar seus medos e demônios anteriores para a casa do… bem, tanto faz, cheguei ao campo de treinamento e iniciei um estudo mais aprofundado na área do Ninjutsu. 


Passei algumas horas ali, o sol já estava quase no meio do céu escondendo minha sombra, seu caminho até o oeste, que parecia cansativo sob a nossa perspectiva, acompanhava o meu próprio cansaço mental, deixei-me cair ao chão. Senti a grama entrando por entre os dedos de minha mão, a terra e algumas sortes de criaturas que passeavam sobre elas. Levantei a cabeça, ofegante, e vi na minha frente um rapaz moreno, pele bronzeada, estatura mediana, rosto suave e bem humorado com um cabelo de corte raso, simples, mas que caía muito nem com ele, como se na simplicidade ele encontrasse a beleza. Sorriu e eu senti meu rosto corar. Depois, na defensiva, perguntei a ele o que estava olhando, perdeu alguma coisa? Na realidade eu não perdi nada, apenas estava observando você, respondeu. Coloquei minhas mãos na testa secando o suor e apoiei minha mão esquerda para levantar, ao passo que ele se adiantou, estendo a mão e tentando me ajudar, eu não pensei duas vez e espiei sua mão, que ficou tão vermelha quanto meu rosto, o que me concedeu uma vingança pessoal. 


Desculpe-me não queria te ofender, disse com uma expressão preocupada, eu pouco me importei com isso. Não deveria estender as mãos dessa forma para os outros, ainda mais com braço fino desse, é capaz de quebrar, não tardei a respondê-lo. Você tem razão, mas não achei que você fosse me bater, rimos ao mesmo tempo; então, o que você está treinando? Você é uma ninja? Sou, foi tudo o que respondi. Mas isso não é da sua conta, antes de querer saber algo sobre alguém você deve se apresentar. Ele confirmou, uma expressão séria e preocupada passou pelo seu rosto. Quer saber, comecei a dizer despretensiosamente vendo a situação daquele infeliz, tanto faz, melhor você não dizer, pelo jeito se falar qualquer coisa corre o risco de se borrar todo. 


As palavras saíram duras, mas ele sorriu gentilmente para mim, o que irritou-me bastante. Peguei uma garrafa d'água que trazia comigo e entreguei a ele, que depois da breve palidez que assumia sua face, retornava aquela cor bronzeada, como se a água fosse um médico ao resgate de uma donzela em perigo. Meu nome é Uchiha, Uchiha Aysa. Agora sim estendi minha mão e sorri, um sorriso automático de alguém contente por conhecer alguém tão peculiar num treinamento semanal. Ele, com mais liberdade, respondeu com um sorriso, sou Hoshigawa Asakura. Aquele nome me pareceu familiar, mas tentei não pensar muito nisso, decidi voltar para o meu treinamento, no qual ele gentilmente me ajudou, infelizmente, paguei o esforço dele com mal dizeres, piadas sem graças e talvez, e não posso impedir a visita do rubor ao fazer isso, com minha beleza e jeitinho delicado, que querendo ou não eu possuía. Meu principal pensamento ali, era correr e contar para Tohru que eu estava, oficialmente, tendo meu primeiro encontro, embora ele tenha sido organizado pelo destino. 


De tarde, após mais estudos em casa, acompanhado daquele novo amigo, encontrei alguns colegas da minha rua, os quais estavam dispostos a treinar mais um pouco. Nos dividimos em duas equipes. A equipe azul era composta por mim e minha irmã Hayami, que gostava do mundo ninja tanto quanto eu, e que eu ajudaria, no mais tarde, a entrar no mundo ninja no ano que vem, por meio da academia. Também contávamos com Tatsumi, um rapaz que eu pouco conhecia, uns onze anos de idade. Do outro lado estava a equipe caqui, composta por Asakura; "Akuma", um colega de catorze anos, ruivo, pele clara e de beleza mediana; e Ayko, sua irmã de nove anos, a qual ele era obrigado a vigiar constantemente, igual a mim, com minha querida irmãzinha Hayami de sete anos e o pestinha do Gen, que agora estava dormindo. Assim estavam formados os times. Fomos até uma floresta pouco densa que cercava nossa casa, num campo aberto fixamos um pedaço de pano num galho e perfuramos o chão com ele o outro time fez o mesmo, de um lado uma camisa azul com o símbolo Uchiha, do outro, meu amigo que eu havia acabado de conhecer, cedia sua própria roupa, o que achamos estranho, mas não ligamos, e colocou sua blusa de cor caqui, do outro lado. 


Então vamos começar, ordenou Tatumi, no qual os demais responderam em coro. Partimos uns contra os outros. Hayami foi em direção a Ayako e lhe desferiu um chute de dar inveja em qualquer um, Ayko recuou e caiu colocando a mão no rosto, chorando. A pequena Hayami entretanto, estava bloqueada por um distraído irmão preocupado, aproveitei disso e usei o jutsu de transformação para me tornar temporariamente a pequena Ayko, Asakura vinha em minha direção, merda, tinha me esquecido dele e só de lembrar já fico irritada, contudo, naquela situação, contei com a ajuda do outro menino lá, o Tatsumi, que foi até Asakura mas caiu num único movimento de braços daquele jovem bronzeado, num balão tão bem dado que todos paramos para olhar. Ele partiu em minha direção, sério, mas olhava diretamente nos meus olhos. O vento balançava seu cabelo curto, mas levemente encaracolado, sem camisa, ele parecia ainda mais bonito, corei. Cancelei minha transformação e coloquei minha mão sobre minha boca, tímida, ele relutou, aproveitei desse momento e desferi contra ele um soco, ele caiu para trás, saltei por sobre a cabeça dele e continuei minha corrida. Pulei sobre o jovem Akuma que caiu no chão, enquanto Hayami correu e pegou a bandeira, vencemos a partida. Jogamos mais algumas, aproveitando para treinar nosso Ninjutsu, Taijutsu e conhecimento estratégicos. Venci três e perdi duas, a esse ponto Ayko já tinha sido substituída, na segunda partida pra ser exata, por Asami Uchiha, uma menina de treze anos, muito bonita por sinal. 


Antes de sairmos, Asakura veio se despedir de nós. Ficamos felizes por conhecer esse novo amigo e concordamos em nos encontrar amanhã, dessa vez só os mais velhos — e Hayami — para treinarmos um pouco. Eu e ele andamos juntos, enquanto Asami caminhava entre um apaixonado Akuma e um despretensioso Tatsumi. Foi muito bom hoje não acha? Perguntou. Acho que fiquei mais forte, respondi. Demos as mãos, senti a mão dele suar, seria a primeira vez que ele segurava a mão de uma garota? Não dissemos nada, estávamos de acordo com aquele silêncio, meu coração batia suave, feliz, e ele parecia a ponto de desmaiar, estava com medo de fazer alguma coisa errada e eu achava aquele martírio pessoal dele a coisa mais fofa do mundo. Os demais foram embora sem prestar atenção em nós. 


Adeus, Uchiha Aysa. 


Adeus, Asakura. 


Nos beijamos e ele se foi. Alguns dias depois, li no jornal que Asakura Hoshizawa herdeiro de uma imensa fortuna havia retornado a seu país e se casado, vi a foto e era do jovem Asakura que eu conhecia. Ele devia ter fugido daquela vida de nobre numa corte de um país qualquer e aproveitou da situação comigo. Meu primeiro beijo foi com ele, bem a luz da lua, alguém que provavelmente só queria brincar, tirou de mim a beleza desse momento mágico, sou uma idiota, penso eu agora, será que ele gosta mesmo dessa moça ou foi obrigação? Tanto faz Aysa, tanto faz, que ela seja muito feliz e que ele seja obrigado a fazê-la muito feliz, para seu próprio sofrimento. Agora devo voltar ao Ninjutsu, Hayami tá me chamando e Gen acordou e está aprontando alguma coisa. 


Considerações:


 
Gaiden



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Ōkami
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arrasou com a narração APROVADO
Ōkami
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