— Então… Ele a comeu? — Momo perguntou, encarando o rapaz que chorava copiosamente. A rosada comida seu ramen de procedência duvidosa quando foi abordado pelo rapaz, cujo rosto já estava cheio de lágrimas. Ele, então, lhe contou a história de como tinha levado sua noiva para passear próximo de um lago e, quando ela decidiu se refrescar e molhar os pés na água, um crocodilo imenso a pegou, deixando um rastro de sangue na água, ao levá-la para o fundo.

Tinha sido uma história impressionante, de fato. Momo gostava de finais sangrentos. Por isso, não entendeu quando ele pediu para que ele a vingasse. — Ora, porque eu faria isso? Ela que foi colocar os pés na cara do bicho. — Resmungou, antes de beber o caldo de seu macarrão. O rapaz, porém, parecia tão teimoso quanto triste, lhe oferecendo uma quantia razoável para a tarefa. — Are, are. Vocês não tem nada melhor para fazer do que me mandar matar bichos, não é? Tsc.

Aceitou e seguiu as coordenadas dadas pelo rapaz, encontrando o lago sem muitas dificuldades. Era uma área grande e parecia ser funda. Havia algumas carcaças de animais em sua margem, e Momo se questionou como o casal tinha achado aquele um bom lugar para um passeio romântico.

Ela se sentou em um ponto, fazendo o mesmo que a falecida — tirou seus sapatos e molhou os pés. Sentiu alguns peixes passando por eles e fazendo cócegas, porém, foi a intenção assassina que vinha em sua direção que chamou sua atenção. A mulher não deveria ter prestado atenção por não ser ninja, porém, Momo sabia exatamente a localização do crocodilo, cada vez mais próxima, e quando ele estava perto o suficiente para dar o bote, a Uzumaki saltou.

Com a enorme bocarra aberta, a garota viu os dentes brancos e afiados, além de uma aliança presa entre eles. Definitivamente, era aquele. Pousou em cima de sua cabeça, o que por si só, já era um golpe poderoso, porém, não parou por ali; ela tirou suas shurikens de sua bolsa e as lançou no olho do animal.

Atordoado pelo golpe em sua cabeça e cedo pelas lâminas, ficou confuso o suficiente para resistir menos quando a nukenin enlaçou fios de nylon na parte superior de sua boca, e a puxou. A ideia de momo era quebrar o maxilar da criatura para que ela nunca mais comesse ninguém — e morresse no processo, obviamente. Foi difícil, uma vez que a fera era enorme e muito forte, contudo, a perda de sangue parecia ter um aliado de Momo naquele momento, fazendo com que as forças do bicho se esvaisse com o líquido carmim.

Quando ouviu o crack de ossos se partindo, a rosada se adiantou para pegar o anel entre os dentes do crocodilo, pulando de volta na margem. Olhou para o objeto, pensando que, talvez, seria mais lucrativo ficar com ele. Se fosse rápida, conseguiria tirar um dos dentes e levar como prova de seu feito, sem mencionar a joia.