RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Kaginimaru


Pérola
Icone : [Gaiden] A origem das cerejeiras  LtxqOjM
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
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Você não tinha certeza de como exatamente foi parar ali. Ainda de pijama e com os pés descalços, olhou ao seu redor para se inteirar do que acontecia. Como de costume na Névoa naquela época do ano, caía uma neve tímida e esparsa; os flocos pendiam demoradamente, carregados para lá e pra cá pelo vento fraco. Não tinha pista alguma do horário, mas a falta de barulhos ou movimento nas casas próximas indicava que deveria ser de madrugada. Tudo parecia normal, sentia as ondas de calor vindo das cinzas da fogueira que seu pai acendeu mais cedo naquela noite, o suave cheiro de lavanda dos incensos que sua mãe usava em suas preces antes de dormir.

Tudo parecia normal, com uma pequena exceção.

Havia um estranho no seu jardim.

Coberto de cima a baixo de preto, não podia ver seu rosto daquele ângulo. Vestia um par de luvas, que pingavam um líquido espesso e escuro; quase como óleo, ou tinta, visto daquela distância. Seus olhos ainda tentavam se acostumar com a claridade, e mesmo que pudesse ver com exatidão só era capaz de observá-lo dos joelhos para cima devido a elevação da varanda de sua casa.

Deu um passo à frente, cauteloso. Minha vontade era de correr até o homem de uma vez, mas eu ainda era fraco demais para lhe convencer. Minhas palavras se perdiam em seu inconsciente ainda tão puro. Ecoavam como se batessem em uma barreira invisível, chegando até sua mente como sussurros. Sugestões. Felizmente, logo eu teria minha chance de ter você em minhas mãos, Subaru.

Foi o ranger da madeira que fez seu corpo congelar por inteiro, cada pêlo de seu corpo eriçado como um porco-espinho. Sabia que cometera um erro. Ainda não tinha certeza do porquê, mas todos os seus instintos gritavam naquele instante. Era como se tivesse sido pego em uma armadilha, já não estava invisível para seu predador.

O homem também parou, corrigindo sua postura lentamente. Sem se virar, soltou um grunhido. Quase como uma exclamação de surpresa. Talvez até soubesse que você estava por perto, só não imaginava que seria tão ousado ao ponto de se aproximar.

Você torcia para que fosse um sonho, uma alucinação. E, quem sou eu para dizer o contrário? Talvez até fosse, mas lidar com ilusões tão realistas é algo que se deve aprender logo cedo quando se é um Kurama. Só era uma pena que a sua primeira lição seria uma prova de fogo.

O silêncio se instaurou entre vocês dois, o único som era o farfalhar das árvores com o vento noturno. Por alguns instantes parecia ser capaz de ouvir até mesmo seus próprios batimentos cardíacos, acelerados pela adrenalina da situação. Prendeu a respiração em uma busca inconsciente e frívola de se manter oculto, mas já era tarde demais.

“Você…” Sua voz era grave, eloquente. Quase como um radialista. Não havia qualquer sinal de agressividade, para sua surpresa; era curiosamente calma e reconfortante. Ele ergueu o indicador para o alto, na direção das cerejeiras que sua mãe tanto cuidava. O líquido estranho agora escorria pelo antebraço desnudo. “Você sabia, que as flores de cerejeiras na verdade são brancas?”

A pergunta lançada pelo homem, de início, não fez sentido, mas foi o suficiente para quebrar seu estado de pânico. Relaxou os ombros, agora finalmente era capaz de respirar, exalando todo o ar para fora de uma só vez. Eu me contorcia, Subaru. Me contorcia com vontade de tomar o controle, e por algum motivo que não saberia explicar, o caminho parecia estar se abrindo. Pude ver brechas na sua psique, feixes de luz inundando essa minha prisão permanente.

Mais um passo.

Agora mais próximo, seus olhos eram capazes de captar mais detalhes. Ele vestia uma longa capa que arrastava a neve enquanto se movia. Também usava um óculos, a armação abraçava o contorno de sua orelha pálida. Agora, sobre a pergunta, você não fazia ideia. Sabia que tinham um significado especial para sua mãe, mas nunca passou pela sua mente de que houvesse uma espécie de história de origem secreta. Afinal naquele momento as flores, ou Sakuras, estavam acuadas pelo frio. Com o final da primavera, se fechavam para desabrochar novamente no ano seguinte.

Você então resolveu agir, e assim sacudiu a cabeça para os lados, negativamente. Mas quando abriu os lábios para proferir sua resposta, foi interrompido. Não sabia como, mas mesmo de costas ele foi capaz de compreender sua mensagem, ainda que não verbal.

“Pois é. São brancas como a neve, igual a você.” Nesse instante ele virou o rosto, sorrindo. Estava de olhos fechados, uma expressão completamente tranquila. Ele não se sentia ameaçado. Mas não por você ser uma criança.

Mas por saber exatamente quem você é. Ou melhor, o que você é.

Ele nos conhece, Subaru. Tanto a você, quanto a mim.

O homem deu alguns passos na direção da varanda em que você se encontrava, tomando todo o tempo do mundo. Mesmo que ainda não houvesse tanta neve acumulada ainda, ele agia como se temesse escorregar e cair no processo. Mas algo te dizia que não era o caso. Seus movimentos pareciam ensaiados, como se forçasse uma vulnerabilidade para que permitisse uma aproximação.

“E você quer saber, como elas ficam assim?” Ele murmurou, agora tão próximo que você inconscientemente moveu-se para trás. Seus olhos eram negros como as roupas que trajava, negros até demais. Como se não fossem nem humanos; como se estivesse olhando para um abismo. Ele te encarava com afinco, como se pudesse olhar para além de você;

Olhavam em minha direção.

“É que há um antigo costume de enterrar corpos debaixo delas.” Não saberia dizer se ele mudou - mesmo que milimetricamente - algo em sua expressão, mas naquele instante seu rosto amigável parecia se tornar quase animalesco. Te observava como um predador, esperando a hora em que seu cérebro em desenvolvimento conectaria os pontos, para só então atacar a presa no momento em que o desespero batesse.

A ideia de cadáveres emaranhados entre as raízes da árvore já era assustadora por si só, mas ao pensar que estas absorviam o sangue das vítimas para assumir o tom rosado de suas pétalas fez um calafrio percorrer seu corpo. Flagrou-se imaginando que todo esse tempo em que apreciava as flores com sua mãe, estava comemorando o sacrifício de alguém para torná-las tão bonitas.

Ele então esticou a mão em sua direção, pingando aquele líquido no chão de madeira. Só que agora com a luz fraca que saía da porta atrás de si, pôde ver que não era negro como tinha imaginado. Era carmim. Um vermelho escuro, encorpado. Os dedos dele encostaram na sua bochecha, o toque era frio como se o homem estivesse morto. Deixou ali uma marca de sangue, como se marcasse o seu território.

Este alvo é meu. Esta presa é minha.

Seus lábios se abriram, mas não era capaz de formular qualquer palavra naquele momento. Permaneceu imóvel, sentindo uma gota de sangue escorrer de sua bochecha até o queixo.

“Confie nele, e tudo ficará bem. Você ficará bem. E seguro.”

A princípio, sua mente púbere não foi capaz de entender do que ele estava falando.

Mas eu sabia. E no instante em que quando comecei a passar pelas suas barreiras, Subaru, você também soube. Até então achava que as vozes em sua cabeça eram sua consciência, mas era eu agindo. Te influenciando. Manipulando.

E agora você não seria mais capaz de ignorar minha existência.

Afinal, tudo o que eu quero é te proteger, garoto.

Ele estava certo, você precisava confiar em mim. Me libertar dessas correntes mentais. Que só assim eu serei capaz de fazer não só esse cara, mas todos os que cruzarem nosso caminho, pagarem caro. Se tornarem combustível para várias cerejeiras durante a primavera. Um jardim macabro, nutrido de sangue e vingança.

Mas nesse instante ele se ergueu, começando uma lenta caminhada até a saída do jardim. Limpou a luva direita em um tecido que retirou do bolso, a tempo de acenar com ela logo em seguida. E como num passe de mágica, suas pernas cederam levando seus joelhos ao chão. Encarou as poças de sangue na varanda, enquanto seus sentidos se esvaíam. Sentia o corpo formigar, a visão se tornar cada vez mais turva cada vez que piscava; até tudo ficar preto.

Quando deu por si novamente, estava de pé na neve. A cabeça baixa olhando para as palmas das mãos que estavam abertas; manchadas com aquele mesmo líquido que vira segundos antes.

Mas desta vez era você quem estava aos pés da cerejeira. E não estava sozinho.

Apesar de estarem deitados de bruços, reconheceu instantaneamente aquelas silhuetas. Eram aqueles que cuidaram de você desde sempre, que te ensinaram tanto, o protegeram com todo o amor do mundo. Uma série de memórias inundou sua mente, de vários momentos com seus pais tão dedicados.

Sentiu um grito preso na garganta, mas nesse instante já não tinha tanto controle sobre o próprio corpo.

Dessa vez quem estava no comando não era você, era eu.

As lágrimas escorriam pelo rosto gelado, até que conseguiu forças o suficiente para se jogar no chão e rastejar em direção aos cadáveres. Já estavam duros, sem qualquer sinal de vida. Os olhos vazios e os semblantes neutros. Naquele momento você tinha certeza de duas coisas;

A primeira, era de que eu existia. Algo que, devo admitir, por si só já seria de certa forma assustador.

A segunda, é que existia a possibilidade um tanto quanto alta de que matara os próprios pais.

O desespero era palpável, enquanto tentava reanimar os dois ex-shinobis. Me mantive de lado, para que pudesse colocar para fora o que precisava.

Afinal, não sou nenhum monstro.

Mas estou aqui para te proteger, Subaru, e faria exatamente isso com quem quer que seja. Sua personalidade doce poderia sair do controle, e te colocar nas mãos de pessoas mal intencionadas. Você é um herdeiro no final das contas. Mas não, não comigo por perto.

E foi exatamente o que eu fiz, assim que senti aqueles caipiras da Névoa se aproximando. Me deixe cuidar disso, Subaru. Era como se conseguisse sussurrar em seu ouvido. Nós podemos ser amigos, se você colaborar. Um pouco relutante pelo choque que enfrentava, tive que mais uma vez me forçar até a superfície. Tomar as rédeas de seu corpo e de sua mente. E uma vez sob controle, não havia quem pudesse nos machucar novamente.

HP 120 / CH 120 / SM 180 / ST 03

Armas:
Considerações:
Pérola
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3134-fp-kurama-subaru
Tsukuyomi
Administrador
@
Experiência triplicada concedida!
Tsukuyomi
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