RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Arco 4] O Purgatório; Luz & Sombras - Luz Llcym7nqx5d11




PURGATÓRIO; LUZ & SOMBRAS - LUZ


Sentado sob a colina, o homem tocou a manga vazia da blusa com a única mão restante. Seus cabelos verdes balançavam com o vento, e seu olhar era mais sério que o habitual. Em seus anos de peregrino, Senju Hitorama aprendeu que deveria abraçar a verdade e deixar ilusões para trás. Era a única forma de se recuperar, levantar do lamaçal em que estava quando voltou a este mundo. Mas ainda havia uma parte de si que temia. Que o fazia suar frio. Mas também sabia que era o lado que precisava conhecer e aceitar para se tornar completo, para estar pronto para encontrar a Verdade. Suspirou, deixando o queixo tocar o peito. As memórias começaram a vir, uma à uma. E junto delas, a adrenalina correu por suas veias, enrijecendo os músculos, desviando o fluxo sanguíneo, fazendo a única palma que possuía suar, causando leves tremores.

Reabriu os olhos, e já não estava no mesmo lugar. Havia mergulhado fundo em sua própria mente; um processo que aprendeu com os monges do País da Lua. O ambiente era familiar, e o mesmo que via em seus pesadelos. Eram as lembranças que ele escondia no canto mais obscuro e profundo de sua mente; as lembranças do Purgatório.


[Arco 4] O Purgatório; Luz & Sombras - Luz LFw7f8m


O horizonte cinza, sem vida, era alçado pela fraca luz roxa que emanava daquele céu negro, com o grande ídolo circular no céu. As dunas cobriam a vista até onde se podia ver, estampando algumas pequenas montanhas aqui e ali. Não havia ninguém exceto as criaturas, aqueles seres estranhos que perambulavam de um lado a outro atacando o que quer que encontrassem pela frente. Bestas deformadas, de aparência indescritível - tão estranhas eram -, vagando sem destino. Aquele inferno, ou o que quer que fosse, era pior que a morte. Ele passou tanto tempo lá, que sequer sabia dizer quantos anos foram. Ainda via as pegadas na areia, indo de uma extremidade a outra, sem fim. Viu cada ataque que sofreu dos citados animais, cada ferimento se acumular em seu corpo, cada ferida ser aberta em sua carne, e cada gota de sangue escorrer. Tudo para, em seguida, sentir o terror maior; suas habilidades regenerativas cada vez mais fracas. Seu corpo ia emagrecendo, dia a dia, mas de alguma forma, não morria. Por mais ferido que fosse, por mais fome que sentisse, ou sede que o açoitasse, ele não morria. O tempo parecia diferente, não fazia ideia de onde estava, no fim das contas.

Era verdadeiramente o Purgatório. Em um estalo, foi transportado para seus últimos momentos ali. De joelhos, seus longos cabelos sujos balançavam, e seus olhos despejavam lágrimas. A figura raquítica foi abraçada por uma fissura de luz quase mortal, que o despejou de volta ao mundo dos mortais. Sentiu seu corpo fraco e dolorido, e precisou de tanto esforço para se levantar quanto precisou para aprender a caminhar, quando criança. Lembrou-se do momento em que descobriu. Quando já não mais sentia seu braço ao lado do corpo. O desespero foi forte o bastante para reclamar sua consciência, deixando seu corpo adormecido ali, em meio às montanhas do País do Relâmpago. Não tardou para que acordasse na sala de recuperação, próximo de ser reconhecido. E não tardou, posteriormente, para que desaparecesse sem deixar rastros.

Os anos que se seguiram o viram tornar-se um peregrino, vagando de um local para outro. Seu corpo, coberto de feridas, sem um braço, raquítico e sem forças, não via melhoras. Suas habilidades regenerativas não eram capazes de trazer seu braço de volta, mas isso não era o que realmente lhe incomodava. O braço não foi a maior perda. Havia algo perdido que era muito maior. Em seu interior, sentia-se quebrado. Sua confiança havia morrido muito tempo atrás. Sua passagem pelo Purgatório havia custado caro. E mesmo agora, do outro lado do véu, sentia-se imprestável; havia perdido seu propósito. Não fazia ideia do que diabos estava acontecendo, de onde estava, ou como havia chegado ali. E para completar, ele, que um dia foi aclamado como um dos maiores, agora jazia na sombra de sua reputação. Foi apenas quando encontrou um velho templo monge, onde passou seus próximos anos aprendendo, que encontrou a redenção, consertou sua mente, e seu físico seguiu. Recuperou sua estatura, sua força, sua confiança e, o mais importante, seu motivo para viver. Com os devidos agradecimentos, deixou para trás aquela parte de sua história que mudou todo o restante dela. Embora quisesse permanecer com seu mestre, sabia que aquele capítulo de sua história havia se concluído.


[Arco 4] O Purgatório; Luz & Sombras - Luz 79e2c9402014ead1eebf6c9f184c5bf8


E agora, o próximo se iniciava.

Os boatos que ouviu sobre um grupo de pessoas, agindo nas Cinco Grande Nações, se espalhava cada vez mais. Pelo que ouvira, um homem reuniu ninjas de diversos locais do mundo, e uma organização nascera.

Owari. Fim.

De algum modo, ele sabia. Podia sentir. Sabia que o arquiteto daquilo era ele. O mesmo homem que dividiu o Purgatório por tantos anos com ele. A mesma pessoa que lutara com ele tanto tempo antes, quando ainda tinha dois braços. Aquele por quem ele agora procurava, o homem cuja busca se tornara o propósito da vida do Senju. Ele, que lutou tantas guerras. Que causou tantas guerras. Se fosse o real responsável por aquilo, Senju Hitorama sabia que deveria impedi-lo.

Suas buscas o levaram ao homem que se tornou seu companheiro de viagem e missão, Frank Castle. Vulgarmente era chamado de Justiceiro, em especial pelos métodos que usava. O Senju odiava sua forma de lidar, mas sabia que trazia resultado, e precisava deles. As buscas levaram a dupla ao País das Ondas; mas não em tempo oportuno. Enquanto seu parceiro violento foi investigar nos escritórios pela localização da Vila Oculta das Ondas, Hitorama sondou o país até ser levado para o epicentro do caos; a Arena dos Espectadores. Mas, quando chegou, a tragédia já havia se instaurado. No topo da colina, uma multidão de soldados descia, precedidos pelo alarido, perseguindo os sobreviventes daquele flagelo calamitoso. Atrás dele, os então Chunins, carregando os corpos de algumas das Sombras mortas ali, mártires que mudariam a história de uma geração. Verdadeiros pastores que deram suas vidas para guardar seu rebanho de ovelhas da tragédia inevitável. As técnicas Mokuton de sua linhagem familiar trucidaram cada um dos invasores, enquanto os sobreviventes se afastavam lenta e seguramente em seus barcos. Ele não tardou para se reencontrar com seu aliado, que trazia as informações que precisavam. Foram apenas seis meses depois que ouviu sobre a grande Incursão na Vila das Ondas. Aliado à Frank, como de hábito, foram para o local, aproveitando-se do caos para entrarem. A dupla encontrou o homem que procuravam, mas o perderam antes que pudessem lhe alcançar; ele sabiam que vinham. O grande evento se encerrou com a morte de Hisari, e a queda das Ondas, que se quebravam agora na praia.

Seus olhos se abriram outra vez, agora no presente. Sua expressão dura se aliviou um pouco quando viu Frank sentando ao seu lado. silenciosamente, o homem apenas esticou o braço oferecendo o cantil, pela metade. Hitorama sorriu; apesar de tudo que passou, sabia que tinha feito um amigo. Não do tipo que conta piadas, ouve seus sentimentos, compartilha motivações, nem coisas do tipo; mas alguém que sabia o que fazer, e quando fazer, sem nada ser dito. Ele ergueu seu rosto, com um dos olhos fechados, como sempre, observando o vasto céu; sabia que agora estava pronto. Havia abraçado suas trevas, encarado o abismo, mesmo quando este o encarou de volta. Sabia que, em seu interior, estava completo.

— Dizem que existe o bem e o mal. Mas, na verdade, a diferença entre eles é quem está contando a história.

Explicações, links e informações:
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Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
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