Um ambiente escuro, banhado pelo luar. De baixo de um emaranhado de árvores, dois ninjas se encontravam, com um deles sendo Satori, os dois falando sobre algo extremamente importante. Mas antes disso, vamos rebobinar para o começo do dia para saber como chegamos aqui: era meio dia quando Satori tinha saído de sua casa, de roupas casuais e buscando achar algo para passar o tempo. Ele mal havia virado a esquina quando foi aproximado por uma ninja de cabelos castanhos, que parecia estar esperando-o pelo jeito que estava encostada na parede praticamente do lado de sua casa. Ela começou a falar:
- Você é Satori Uchiha, não é?
- Sim. Quem é você?
- Tenho uma missão importante para lhe dar, mas antes, vou me apresentar rapidamente. Meu nome é Komiko, foi Kor que me mandou aqui.
- Ele mandando outras pessoas para dar as missões dele? Huh, me pergunto o que tá acontecendo com ele ultimamente...
- Kor já tinha me falado que vocês dois tem um histórico... o motivo de ele não ter vindo pessoalmente dessa vez segundo ele foi que ele está ocupado com algo importante, mas... é melhor nos deixarmos isso de lado por agora, temos algo mais importante no momento aqui. O trabalho de que eu estou falando é no caso este.
Logo em seguida, ela deu uma folha para Satori, como aquelas de documentos que já tinha visto no escritório de Kor muitas vezes. Ela continuou falando:
- Eu preciso que você leia essa folha. Depois de entender os detalhes da missão, você vai saber o que vai ter que fazer primeiro, eu vou estar te esperando lá.
- Espera um segundo, você realmente espera que eu vá entender tudo aqui só lendo a folha? Nem pra me dar uma mínima explicação da missão?
- Como eu falei... eu te espero lá.
E antes de Satori poder falar qualquer outra coisa, a mulher foi em bora. Ele então voltou para dentro da casa para ler o papel, que estranhamente era cheio de bureocracia, como aprovação de missões e etc, coisa que já tinha visto Kor fazer muitas vezes. Apesar disso, ele quase instantaneamente no meio daquele bolo de palavras algo diferente: era escrito como um resumo de missão. Ele apenas dava uma ideia geral do que faria, que era no caso resolver o caso de um homem suspeito por estar envolvido com alguns assassinatos recentemente. Falava que teria mais detalhes da missão em uma localização próxima de uma fazenda que Satori já havia visitado antes, que teria que visitar as dez da noite ao ponto.
E assim, voltamos aonde estávamos.

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- Então, qual é o real motivo de ter me chamado aqui?
Agora Satori se encontrava em um lugar escuro, de baixo de árvores que cobriam parte do luar. A localização na folha não estava errada, já que era naquela área mesmo onde Komiko estava esperando, mas não era aonde Satori esperava. Komiko respondeu:
- Você já percebeu, não é? Isso não é exatamente só uma missão sobre "capturar um homem suspeito de ser relacionado a uma série de assassinatos". O motivo de Kor ter feito tudo isso aqui é para evitar que alguém descobrisse o real motivo dessa missão.
- Ok... mas por que algo assim seria necessário? Qual é o objetivo real da missão?
- Você conhece um homem chamado Aresu? Provavelmente não, não é mesmo? Tudo que importa no momento é que ele é podre de rico. Ele gerencia a produção de uma variedade de armamentos aqui em Kumo, lidando com a produção e distribuição dês de kunais até espadas. O mais importante é que ele é alguém que trabalha nas sombras, raramente aparecendo publicamente, tanto que é parte do motivo de não ser tão conhecido.
- Eu vejo o que você está começando a levar essa conversa... - Satori disse, enquanto tirando da sua bolsa a folha da "missão".
- Vejo que entendeu rápido. O nosso real objetivo é investigar Aresu por causa de uma recente série de assassinatos de ninjas que estavam no meio de uma missão para tentar desmascarar uma organização criminosa. Quando chegaram no lugar, eles já estavam mortos, mas o mais importante: caixas de armamentos foram encontradas, todas elas tinham selos oficiais de Aresu. Você poderia pensar que eles só roubaram as caixas, mas temos certeza que elas foram diretamente aprovadas por Aresu, já que ele não coloca o selo de aprovação nele nas caixas que ele distribui em massa, ou seja, ele só aprova diretamente as caixas que ele distribui por meio de contratos.
- Puta merda... essa situação não podia ser menos complicada. - Satori estava lendo de novo a folha, tentando ver se achava algo a mais, mas não conseguiu achar mais nada, então só guardou a folha de volta.
- Agora que sabe o básico de tudo, se lembre de uma coisa: não pode falar nada sobre a missão. Se Aresu descobrir o que estamos fazendo, teremos mais problemas ainda. Só finja que está realizando a missão de "mentira" se você precisar responder alguém, seja lá por qual motivo. Agora, os próximos reais passos da missão seriam conseguir mais provas, e Kor já sabe onde podemos começar. - Komiko entrega outra folha para Satori depois de falar isso, dessa vez uma quase completamente branca, com a exceção de mais uma localização e um horário no topo da folha. - Me encontre aí, e já fica avisado: provavelmente teremos que entrar em batalha.
Satori apenas acenou com a cabeça que sim, antes de ir em bora, com os dois ninjas seguindo caminhos opostos.

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Eram 3 horas da tarde do próximo dia quando Satori chegou no lugar que a folha indicava. Era um edifício pequeno de apenas um andar, que se encontrava em uma rua vazia no interior da cidade. Mesmo nessa hora, não havia ninguém nas ruas, tirando Satori e Komiko, que já estava ali esperando ele faz um tempo pelo que parecia. Ao chegar perto dela, ela começa a falar para ele em um tom um pouco mais baixo que o normal:
- Eu tenho certeza que tem pelo menos alguma pessoa aí dentro, então tenha cuidado. O nosso objetivo é simplesmente procurar qualquer tipo de documento desse lugar, já que apesar de abandonado, ele está sendo usado por alguns bandidos aqui de perto pelo que eu vi. São só bandidos comuns, então nem precisa se preocupar, afinal, eu duvido que alguém como você teria problemas com pessoas tão fracas assim.
- Todo cuidado é pouco. Sem contar que minha especialização não é tão útil sozinha, então não me superestime.
- Pare de mentir, eu sei muito bem do que você é capaz pelo que Kor me falou. Agora vamos logo, temos que fazer isso o mais rápido possível.
Os dois então entraram pela porta da frente do lugar, tomando cuidado para tentar olhar tudo dentro antes de entrar de verdade. No caso, a sala de entrada era apenas o que antes parecia ser uma recepção, mas agora estava velha e caindo aos pedaços. Depois de Satori conseguir checar que não tinha nada ali, ele deu um sinal para Komiko, e os dois continuaram.

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Ao adentrar aquele estabelecimento estranho, a primeira coisa que o shinobi e a kunoichi fizeram foi decidir que iriam dividir caminhos. Satori decidiu ir pelo lado esquerdo, e Komiko pela direita. Pelo lado que tinha decidido ir, Satori acabou passando por meio de um corredor longo com uma escada no fim, tendo no mínimo umas sete portas espalhadas por todo corredor. Ele checou todas elas, mas não viu nada além de salas vazias, algumas vezes com escrivanias velhas e empoeiradas, que infelizmente não tinham nada de importante. Apesar disso, ele achou algo interessante ao chegar no fim do corredor e subir as escadas que lá se encontravam, e se esbarrou com uma porta trancada. Ele ficou no mínimo curioso, sabendo como esse lugar estava abandonado, mas só pensou que poderia ter sido algum lugar que tinham deixado trancado a última vez que o local foi usado e ficou assim dês de sempre... ou poderia ser mesmo alguma outra pessoa que estivesse usando seja lá que sala estivesse atrás daquela porta para outras coisas. De qualquer forma, ele sabia que não avançaria mais sem uma chave, então ele decidiu voltar para procurar nas outras salas, ou talvez ver se Komiko tinha achado algo. Apesar de procurar mais nas salas, apenas achou mais poeira e papeis rasgados por ali, sem nenhuma pista de uma chave. Por isso, decidiu voltar pelo caminho que tinha pego inicialmente para ver se achava Komiko, especialmente já que nem tinha andado muito.

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No meio do seu caminho até a sala de "recepção" em que estavam no começo, Satori é quase pego de surpresa por uma figura que ele nem conseguiu ver, conseguindo por sorte ganhar distância de seja lá quem tentou o atacar. Ao conseguir uma visão um pouco melhor por meio da luz do sol que passava entre as aberturas daquelas paredes antigas, Satori conseguiu ver que era um homem de 1,70 de pele branca, que estava usando algum tipo de colete com calças meio sujas. Ele segurava em sua mão uma faca, e parecia estar enfurecido por causa do escape de Satori. Apesar disso, Satori não teve muito tempo para pensar, já que ele tentou mais uma vez ir para cima dele com aquela faca, o que forçou ele a ativar seu Sharingan e instantaneamente o colocar em um genjutsu para evitar o ataque. Com o agressor parado no lugar preso pelas ilusões, Satori aproveita para investigar o homem com mais atenção. Ele parecia ter diversos tipos de item em um cinto que ele usava, indo dês de facas até papeis. Ele tira um dos papeis que estavam em seu cinto enquanto ele ainda estava preso na ilusão, e rapidamente lê o papel (para não perder o seu foco), com o papel dizendo algo sobre algum tipo de trabalho que o homem estava realizando, e que era para ele "remover evidência". Aquilo já era o bastante para provar Satori que realmente tinha algo de errado acontecendo naquela construção abandonada. Satori pega alguns de seus fios e amarra as mãos e pés do homem o mais rápido que podia, já que ele ia perder o controle sobre a ilusão daqui a pouco. Só para ter certeza, ele colocou um papel bomba nos pés do homem, que iria facilmente ativar se ele tentasse desamarrar seus pés. Deixando o homem para trás, ele continua seu caminho em busca de Komiko.

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Mais para frente no corredor, o lugar se dividia em esquerda e direita. Satori decidiu primeiramente ir pela direita, e ir para esquerda depois se não achasse Komiko lá. Passando por diversas salas do lugar abandonado que ele não checou (grande parte por que tinha quase certeza que estariam vazias igual todas as outras que tinha encontrado na outra ala do lugar), ele finalmente achou Komiko. Seu braço estava sangrando, com um corte pequeno nele, e tinha dois outras figuras jogadas no chão, com ferimentos muito menos superficiais que ela. Parecia que ela tinha acabado de cuidar com eles, pelo menos. Satori só fala:
- Então eu não fui o único atacado.
- Bem... apesar de não ter sido nada demais pra mim, você nem foi tocado. Meio injusto isso aí não?
- Olha, em minha defesa eu não faço quase nada. De qualquer forma, descobriu algo importante?
- Sim. Documentos de posse que eu achei nessa sala do meu lado. - Ela aponta para a porta a sua direita, que estava um pouco menos degradada que as outras pelo visto. - Fui surpreendido por eles quando saindo da sala. De qualquer forma, os documentos parecem estar ligado a um tal de Tamenyka, e para nossa sorte, eu conheço esse nome. Ele é irmão de Aresu, então já temos uma conexão direta aqui. Também achei essa chave aqui, talvez seja para outro lugar daqui. O que você achou para voltar tão rápido assim?
- O único motivo de eu ter voltado aqui é por que eu fui parado por uma porta no fim do corredor que eu estava seguindo. Ela estava trancada e eu não achei nada de importante lá, então decidi ver se você achou algo importante, e vendo que você tá com essa chave, é meio óbvio o que devemos fazer aqui.
- Concordo. - Diz Komiko enquanto usando o que parecia uma parte de seu uniforme para parar o sangramento em seu braço. - Vamos lá antes de sermos atacados novamente.
- Vamos, mas antes... o que vamos fazer com esses caras aqui?
- Você não vê? Eles tão mortos, idiota!
- Oh... eu... quer saber? Eu não deveria estar tão surpreso a esse ponto. Vamos deixar eles aqui e leva-los para fora quando terminarmos tudo isso.
Os dois então saem dali, com agora o próximo objetivo deles sendo tentar abrir a porta que Satori havia encontrado.

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Enquanto os 2 ainda estavam andando pelos corredores para chegar na porta trancada, Satori pensava sobre uma coisa em específico: quantas vezes ele realmente tinha visto alguém morto? Ele já tinha visto várias vezes pessoas mortas, mas quase nenhuma delas havia o tocado. As únicas coisas que viu cara a cara alguém morto e foi afetado por sentir algo pela pessoa, ou só por ela ter sido uma pessoa, foi tecnicamente na morte do seus pais. E ao mesmo tempo, ele evitava matar seus alvos, mesmo que com seus genjutsus, ele tecnicamente poderia se aproveitar para facilmente mata-los enquanto estavam em transe. Ele simplesmente pensava que aquilo seria desnecessário, mas ele começa a pensar se aqueles tipos de métodos não seriam mais necessários daqui para frente. Afinal, foram poucos inimigos dessa vez, mas e quando começasse a se colocar em situações mais perigosas? Como aquela em que foi colocado contra um assassino que quase o matou por estar sem ninguém para o defender? Ou quando invadiu uma sala cheia de inimigos, mas que praticamente saiu só por causa de seu irmão? É isso que ele estava tentando pensar sobre agora. Apesar disso, eles haviam chegado na porta a esse ponto. No automatico, Satori pega a chave que tinha ganhado de Komiko e tenta usar na porta, e ela abre de cara. Abrindo a porta, eles se encontram em uma sala um pouco maior que as outras dali, e muito mais bem cuidado. Parecia ser uma sala de estar, por seu sofá (a coisa mais bem cuidada dali), quadros de paísagens meio empoeirados na parede, uma mesa também meio empoeirada no meio da sala e uma estante no canto da sala, que tinha pouca coisa, mas o pouco que tinha eram livros novos, o que era um contraste extremo e suspeito com o resto do lugar. Os 2 olham para isso, e Komiko fala de cara:
- Mais prova ainda que esses caras... ou melhor, capangas já estiveram aqui. Vamos checar, eu vou pela porta ao norte, você pela ao oeste, temos que fazer isso o mais rápido possível. Especialmente com aquele cara que você deixou nocauteado naquela sala... acho que nem viu eu falando sobre ele, parecia que você estava na lua seriamente, mas é importante levarmos ele o mais rápido possível. Seria mais rápido você ter matado ele, mas pelo menos é só 1 pessoa.
- Ah, me desculpe. Tava distraído, sabe?
Komiko só olha para Satori por um segundo, e segue para sua porta. Dando um "hmm" de concordância, Satori segue para sua porta também logo em seguida.

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Entrando na porta a direita (que ficava próxima da estante no canto da sala), Satori se encontra com uma visão grotesca. Ele encontra três corpos empílhados um em cima dos outros, todos sem cabeça e com imensas incisões em suas costas. Até mesmo para Satori aquilo era algo bizarro, tanto que ele teve que tentar ignorar os corpos ali enquanto ele andava na sala (mesmo que quase impossível). Enquanto apressadamente vasculhando a sala, Satori encontrou duas coisas interessantes: o que parecia ser algum tipo de diário (coisa que assumiu por causa de uma leitura rápida da capa do caderno) e uma foto que parecia ser um retrato de um homem de meia idade, que ele não reconhecia e seriamente não estava interessado em tentar reconhecer no momento (muito por causa dos corpos atrás dele). Também tentou vasculhou os corpos mutilados e não achou nada (garantido, ele não tinha investigado eles tanto assim, mas estava fazendo tudo ali do jeito mais apressado possível). Pegando o que tinha achado, saiu apressadamente da sala e fechou ela, antes de ir até a porta em que Komiko tinha ido para ver o que estava fazendo. A sala dela parecia bem mais comum do que a que Satori tinha encontrado, sendo o que parecia apenas um escritório comum, mesmo que um pouco maior e com móveis muito mais bem cuidados que o resto do local e também que a própria estrutura da construção em si. Ela estava mexendo em algumas gavetas quando ele chegou lá, e parecia que ela tinha achado já diversos papeis, e estava organizando vários deles. Curioso, Satori entra na sala e pergunta:
- Por que você tá pegando tantos papeis assim?
- Shh, é difícil fazer isso com alguém interrompendo eu. A maioria desses documentos são todos de transações e de posse de terras, é praticamente uma mina de ouro pra nossa missão. Eu vou precisar que você espere e guarde essa sala enquanto eu organizo tudo isso, já que eu não tenho a mínima ideia como não tem mais gente aqui. Depois falamos mais sobre o resto, por agora só me avise se achar qualquer coisa.
Satori ia perguntar o por que ela não poderia fazer essa organização depois, mas decidiu seguir o que ela falou. Simplesmente foi até a porta, colocou o "diário" e a foto do seu lado, e sentou no chão, olhando para a escada que seguia para o corredor abaixo. Apesar de não pensar que aquilo era exatamente necessário, ele ainda sim tinha paciência.

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Satori estava girando uma kunai que tinha pego de sua mochila, ainda sentado e observando as escadas quando ouviu Komiko falando da outra sala:
- ÓTIMO!, Satori, vamos dar um fora daqui, eu já organizei tudo. Esse lugar tá começando a parecer cada vez mais bizarro.
Satori se levanta e desce as escadas, com Komiko fazendo o mesmo e aparecendo logo em seguida com uma pilha de documentos, organizados e guardados em algum tipo de pasta de couro, que ela parecia ter achado na mesma sala dos documentos. Os dois andaram apressadamente para a saída da construção antiga, mas ainda tentando se manter alerta para evitarem serem pegos de surpresa igual foram da última vez. Por sorte, não encontram ninguém esperando por eles nem ali dentro nem lá fora, conseguindo sair relativamente intactos daquilo tudo, com só Komiko tendo ferimentos notáveis (que ainda sim não eram muito problemáticos). Já era tarde e estava começando a ficar escuro, então eles devem ter ficado ali um bom tempo no final das contas. Komiko fala para Satori:
- Com isso tudo, temos provas definitivas do envolvimento de Aresu. Além disso, eu também consegui algumas localizações interessantes aqui, isso tudo vai ser ótimo pra... "negociar" com Aresu.
- Qual seria o próximo passo?
- Ah, é algo simples... bem, não exatamente sigh... Aresu se encontra em uma mansão numa área isolada perto de algumas fontes termais no momento, um lugar bem longe da cidade. Sem contar que ele não iria exatamente ser capturado sem uma luta. Por isso, com certeza teremos que ir só nós dois para a mansão... e com certeza vamos enfrentar resistência.
- E isso tudo logo depois de você ser atacada... parece totalmente seguro.
- Isso aqui não é nada. Eu consigo lidar com isso sem problemas, o maior problema é não sabermos a exata quantidade de guardas e pessoas armadas em geral que iriamos encontrar lá.
- Seriamente, não importando a quantidade, a melhor opção seria chamar o mínimo de atenção.
- Isso é óbvio, mas ainda sim, vamos ser forçados a lutar com mais alvos quando formos sair, mesmo se a execução ser perfeita. De qualquer forma, eu vou ir reportar tudo que aconteceu aqui para Kor, vamos precisar de permissão para matar Aresu se quisermos sair de lá sem muita resistência, mas eu duvido que ele deixe algo assim sabendo a influência que Aresu tem.
- Você realmente é direta com seus métodos huh?
- Direta? Eu só estou pensando logicamente aqui, ele tem que ser neutralizado de alguma forma no fim do dia. Estou indo agora, fale com Kor amanhã para qualquer notícia na missão, eu provavelmente vou estar ocupada.
Logo depois de falar isso, Komiko começou a andar na direção contrária da que tinham vindo. Cansado, Satori seguiu em direção a sua casa.

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Já era o próximo dia de manhã quando Satori se encontrava andando nas ruas que levavam ao escritório de Kor. Já fazia um tempo que não ia para lá, isso combinado com o fato de que tinha passado pelo orfanato que um dia chamava de casa o deixou um pouco nostálgico por um curto período. Ao chegar no escritório, entrou nele com a visão de sempre: Kor organizando e assinando documentos naquela sala meio pequena, apenas que daquela vez Julian parecia estar o ajudando, um individuo musculoso que já havia ajudado Satori muitas vezes em suas missões. Kor imediatamente nota Satori, dizendo animado:
- Ah, cacete... é você Satori! Hahaha, fazia um tempo que não se vemos né? Estava organizando relatórios de missão aqui com Julian, mas pode entrar.
- Ha... eu não diria que foi tanto tempo assim. Foi o que, umas 2 semanas? - Dizia Satori enquanto ele se sentava na cadeira na frente de Kor.
- Ainda sim, é muito tempo quando nos encontrávamos praticamente toda semana. Bem, eu vou presumir que veio aqui por causa da missão que Komiko o ofereceu não é mesmo?
- Acertou.
- Heh, como sempre eu te li como um livro. Olha, eu vou te dar o resumo. - Logo em seguida, Kor chegou no ouvido de Satori e começou a sussurrar. - Veja, Aresu é alguém importante pra economia da área que ele controla. Os trabalhos e armas que ele gera... não é algo simples de replicar. Por isso, eu não ia deixar nem em outra dimensão vocês matarem ele. Mas... eu tive uma ideia. Eu vou permitir que matem ele, mas... vocês terão que fazer isso sem ser notados. Se conseguirem fazer isso, eu posso usar meus contatos para colocar outra pessoa no poder, cobrindo o "acidente" que matou Aresu. É algo difícil, mas possível se vocês realizarem todos os passos corretamente.
Logo em seguida, ele parou de sussurrar. Satori respondeu:
- Isso me parece meio... errado... mas...
- Não me diga que não se acostumou a lidar com situações assim. Seriamente, é o melhor que eu posso fazer, e você sabe muito bem que não é fácil lidar com uma situação dessas... que dizer, teve situações piores que você já se meteu não é?
- ... Sim, você tem um ponto.
- Bem, você sabe aonde o próximo alvo é mais ou menos, mas pegue esse endereço aqui. - Kor entrega um papel para Satori. - Não se esqueça de o queimar depois que chegar no lugar. Quero que acompanhe Komiko na parte mais importante da missão amanhã, vai acontecer mais ou menos umas 10 da noite, então fique preparado. Desejo sorte pra você, Satori.
- Obrigado.
Satori lê o que havia escrito no papel, e eram apenas um endereço de algum lugar que não conhecia, obviamente do lugar onde Aresu residia no momento. Ele respira fundo, guarda o papel, e acena adeus para ambos Kor e Julian, antes de ir para casa. O próximo dia seria agitado.

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Satori ia tentar ir para a localização o mais rápido possível, já que ele tinha percebido que aquele lugar era isolado do resto da cidade, o que ia fazer extremamente demorado chegar lá. Era 10:10 da noite do próximo dia quando ele finalmente chegou aonde ele precisava chegar, do lado de uma imensa estrutura rodeada por muros. Ele teve que passar por uma grande parte florestada e escalar um pouco pra chegar ali (sem contar que ele começou a ir lá pra umas 8:45), e ele podia perceber de longe o por que Komiko falou que eram fontes termais, já que mesmo de noite ele conseguia perceber o vapor por trás de uma das paredes mais próximas dele. Não demorou muito para achar Komiko, que parecia estar o esperando mais próxima da entrada.
- Você chegou... 10 minutos atrasado, aproximadamente. - Disse Komiko, enquanto olhava para o que parecia ser um relógio.
- Cacete, você realmente me espera que eu chegue no horário exato assim?
- Se tivesse saído mais cedo, talvez.
- Tá tá senhora certinha, vamos direto a ação, qual é o plano inicial?
- Primeiro, eu não sou "senhora certinha", eu só sigo lógica básica, coisa que você não parece fazer. Segundo, vamos entrar por meio dos lados, usando um dos muros para entrar pelas fontes termais. Tenho certeza que nessa hora da noite não há ninguém patrulhando por ali, então é um ótimo ponto de entrada.
- Ok, parece simples o bastante. Vamos lá.
Os 2 seguem para o muro em que Satori tinha visto vapor quando chegou. O muro era relativamente alto, mas não tanto que era quase impossível de ser escalado, mostrado um pouco pelo fato de que Komiko pulou por cima dele sem muitos problemas depois de o escalar. Satori consegue escalar também, mas tem que colocar mais esforço por causa de o quão inapto era nesse campo de ação comparado com Komiko. Apesar disso, eles ainda sim conseguiram entrar, e agora se encontraram entre 2 enormes fontes termais, com 2 entradas a mansão que podiam escolher agora.

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Aquele ambiente vazio, iluminado praticamente apenas pela lua a esse ponto dava uma sensação estranha. Aquelas fontes termais gigantes, com ninguém usufruindo delas... era bizarro. Ainda sim, nem Komiko nem Satori tiveram muita chance de pensar sobre essa atmosfera, já que agora tinham que decidir por onde cada um ia seguir.
- Eu vou ir pela porta da direita, e você vai pela da esquerda. - Disse Satori, quase sussurrando para Komiko.
- Em uma missão dessas, você tá querendo se dividir? O nosso objetivo aqui não é procurar algo, estamos indo direto para a sala de Aresu, "lidando" com ele indo em bora o mais rápido possível. - Disse Komiko com o mesmo tom de voz baixo de Satori.
- ... Ok, você tem um ponto. Então você acha melhor se formos juntos?
- A outra opção é possivelmente ter a posição do seu colega de equipe possivelmente capturado do outro lado da puta que o pariu dessa mansão enorme enquanto você não consegue nem encontrar o caminho... acha que é uma boa ideia se dividir?
- Aí se tá exagerando né cacete... mas ainda sim, seu ponto é valido. Vamos tentar ir ambos pela... hmm... - Satori observava as 2 entradas. - Direita!
- Eh, o lado não importa tanto de qualquer forma se não temos uma boa ideia do layout da mansão. Só saiba que Aresu fica no ponto mais alto daqui, então só temos que subir. Enfim, vamos logo, mãos a obra! - Komiko falou com um tom um pouco mais elevado de voz, mas ainda praticamente sussurrando.
Os 2 olharam em volta para ter certeza que ninguém tinha entrado ali e quando não acharam ninguém, foram direto pela entrada da direita. Ela levava direto para um corredor com alguns pilares de madeira. Não demorou muito para eles ouvirem alguém, com só praticamente 2 minutos deles andando eles já ouvindo alguém por ali e tendo que se esconder. Pelo pouco que conseguiam ver escondidos atrás de um pilar cada, eram apenas 2 guardas, que por sorte passaram longe deles. Depois de alguns poucos encontros com guardas, onde conseguiram facilmente evitar contato seja tomando outra esquina ou simplesmente esperando eles irem em bora enquanto se escondiam, eles finalmente acham uma escada pelo menos, saindo daquela área simples onde haviam apenas passado por alguns poucos guardas e salas com diversos tipos de lazer diferente e cozinhas. Apesar disso, isso significaria mais segurança lá em cima... o que poderia ser um problema.

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No "segundo andar" onde eles estavam, eles de cara já perceberam o nível de dinheiro que tinha sido colocado naquele lugar. Se as salas de baixo não gritavam tanto de ser de uma mansão exatamente, essa aqui gritava isso e alto, muito pela variedade de salas, muitas delas fechadas, com lugares cada vez mais exuberantes. Passando lenta e cuidadosamente pelo lugar, Komiko e Satori também passaram por o que pareciam ser quartos, "pareciam" pois obviamente estavam fechados, então não conseguiam ter certeza, além da variedade de cozinhas, "salas de treino" (eram salas com bonecos de feno e armas não letais). Além disso, a quantidade de guardas no segundo andar parecia maior, e Satori quase foi notado quando tinha acabado de entrar no segundo andar, mas por sorte foi puxado por Komiko antes de fazer qualquer coisa estupida. Foi provavelmente a parte mais dolorosa da infiltração, já que muitas vezes foram quase pegos. No final, quando eles encontraram uma escada para cima (o que demorou um pouco por motivos óbvios), eles tiveram que desmaiar 2 guardas, com Satori ativando seu Sharingan e usando Magen: Jigoku Kōka no Jutsu para deixar ambos caídos, o que foi o bastante para Komiko os desmaiar... ou melhor, os matar, já que ambos tiveram as gargantas cortadas por ela, muito para não fazer muito barulho. Já que eles pareciam guardar especificamente aquela entrada e nenhuma quantidade de furtividade ia deixar eles passarem por eles sem serem percebidos quando eles teriam que passar de cara para os guardas. Era uma ação arriscada, mas que poderia pagar em tempo, ainda mais que eram limitados nesse aspecto em primeiro lugar.

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Correndo contra o tempo e agora no terceiro andar, eles acabaram se surpreendendo um pouco com o tamanho da sala as suas frentes. Parecia ser algum tipo de lobby, com a sala sendo mais larga que a maioria das salas (especialmente verticalmente), com banquinhos e o que parecia ser um chafariz no meio do lugar, mas o mais importante: o lugar conectava todos os outros corredores, e por ser uma das salas mais bem iluminadas da mansão, mesmo de noite quando não tinha quase ninguém tirando guardas no lugar e a maioria das luzes estavam apagadas pelo lugar todo, a iluminação seria o bastante para entrega-lós de cara se passassem sem cuidado. Isso os fez passar por uma situação desconfortável, onde tiveram que usar o chafariz para sair do campo de visão de guardas que passavam enquanto tentavam manobrar por ali, sem contar o fato de que não tinham certeza que corredor tinham que ir de cara. Decidiram ir pelo corredor do meio de primeira, conseguindo passar pelos guardas que patrulhavam ambos pela direita e esquerda sem muito problema, apenas pacientemente esperando pelas janelas de oportunidade (que eram quando eles trocavam de lugar ou brevemente paravam de observar o lobby). Seguindo pelo corredor do meio, viram mais do sempre em questão de salas, mas depois de um tempo andando pelos corredores (que pareciam ser um pouco mais vazios do que o segundo andar incrivelmente), não acharam nada além de um beco sem saída, e foram forçados a voltar de volta ao lobby. Agora, o próximo objetivo deles era ver o que havia no lado esquerdo, mas iam ser supreendidos pelo o que estava prestes a acontecer.

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Depois de passar pelos guardas para o lobby, e logo em seguida para o lado esquerdo, estavam esperando achar mais adversidades naquela área, mas não o que eles acharam ali. Em uma das esquinas naquele corredor, eles conseguiram ouvir 2 indivíduos conversando. Um deles tinha uma vez meio grossa e rouca, com o outro sendo apenas um pouco mais fina que o comum. A conversa era mais ou menos assim:
- Mas os negócios com Aresu não foram terminados ainda... como vamos fazer isso sem ser punidos? - Disse a voz grossa.
- Ah, não se preocupe, não iriamos ganhar muito com isso no fim do dia. Afinal, não vai demorar nem um pouco para ele começar a ser caçado e suas mentiras virem a luz do dia. Só estaremos ficando a frente de nossa programação fazendo isso. - Diz a voz fina, com um tom meio alegre.
- Entendo. É um risco fazer isso, mas a recompensa realmente pode ser grande... vamos então. Temos que fazer isso o mais rápido possível então, se não vamos ser localizados da mesma forma. Além do mais, é raro conseguir uma oportunidade como essas.
Logo em seguida, ouviram passos extremamente rápidos indo para a direção oposta, e não conseguiram mais ouvi-los falando eventualmente, apenas ouvindo seus passos na distância. Era claro que tinha algum tipo de negócio suspeito acontecendo entre Aresu e alguém desconhecido, mas isso que os indivíduos estavam falando parecia algum tipo de plano que de algum jeito iria ir contra Aresu, seja acabando com os negócios dele ou o matando. Felizmente, ambos Komiko e Satori pareciam ter vindo na hora certa, e se aproveitaram disso. Eles seguiram o melhor que podiam os passos dos 2, já que eles tinham quase certeza que sabiam onde Aresu estavam. No caminho, perceberam que a quantidade de guardas tinha diminuído. Eles não questionaram, apenas continuaram seguindo os passos para não se perder, já que aqueles corredores já eram imensos.

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Seguindo os passos na distância do corredor, eles estavam correndo igual loucos a esse ponto para acompanhar os sons e seguir as pistas diretamente, o que fez com que o obvio acontecesse: já que haviam parado de se mover o mais furtivamente possível, tinham sido notados por alguém, dessa vez 3 guardas que estavam patrulhando a área. Eles pareciam estar próximos de uma escada, então invés de lutar contra eles e tentar se perder do rastro das 2 figuras misteriosas (ainda mais que a escada que estavam se aproximando era provavelmente a que levaria ao próximo andar), Satori pensou rápido e ativou seu Sharingan, deixando seus olhos brilharem e pegarem todos os 3 guardas de uma vez com suas táticas ilusórias. Apesar disso, ele não estava planejando em manter isso, especialmente por que era cada vez mais difícil manter um efeito desses em múltiplos alvos, então a única coisa que ele fez foi olhar nos olhos deles, aplicar o genjutsu e sair correndo enquanto eles estavam presos em suas próprias mentes, buscando se livrar do looping que tinham sido colocados onde o corredor parecia não terminar. Komiko que estava preparada para ter que lutar quando viu os guardas ali até falou para Satori enquanto eles corriam sussurrando (para não perder o som na distância, que estava mais baixo por causa da distância que tinha sido criada entre eles e os indivíduos):
- Uma surpresa, mas uma surpresa boa isso. Só saiba que é agora ou nunca, sabendo que todos os guardas desse lugar vão provavelmente ficar em alerta depois disso.
Satori mexeu a cabeça para acenar um sim, enquanto mais uma vez fechava os olhos e desativava o Sharingan. Eles avançaram, subindo a escada esperançosos de que já estariam próximos do objetivo deles.

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Enquanto subia a escada, Satori não só conseguia ouvir o som de passos na distância mas também o dos guardas que pareciam ter se livrado do transe que ele tinha colocado eles em. Ele sabia que agora teria provavelmente o prédio inteiro em cima deles, especialmente com o caos que estava sido aplicado por ambos eles e as figuras misteriosas. Chegando ao topo de escadas mais uma vez, agora eles se encontravam no que parecia ser o último andar do lugar. Eles reconheceram isso já que ele era em grande parte aberto para o céu, com as estrelas daquela noite fria banhando todo o prédio. Uma porta estava do lado direito ali, na única parede do lugar (já que o lugar era também extremamente aberto para as laterais). Mas o foco ali não era a porta, nem a estética toda do lugar, e sim o fato de que haviam diversos corpos espalhados pelo chão ali. Não só isso, mas pareciam ter finalmente se encontrado cara-a-cara com as figuras. Uma delas era um homem de tamanho um pouco abaixo da média em tamanho, que usava um sobretudo e tinha um cabelo prateado. Do lado dele, a outra figura era uma bizarramente familiar para Satori, já que ela usava roupas praticamente completamente negras e uma mascara de víbora de cor branca, e era de um tamanho apenas um pouco acima da média. Mesmo demorando para se lembrar, ele eventualmente se lembra o motivo de ela ser familiar. A figura de cabelo prateado segurava pelo pescoço um indíviduo de cabelo vermelho e óculos escuro sob a beira do prédio, no que parecia ser uma queda livre. Ambos Komiko e Satori sabiam o que ia acontecer a esse ponto, e tecnicamente era isso que eles iam querer fazer com Aresu de qualquer forma: mata-lo. Apesar disso, o derrubar para baixo do prédio resultaria em um caos generalizado ainda maior, então eles se prepararam. Satori se lembrava muito bem o que aconteceu da última vez que se encontrou com a figura mascarada... mas dessa vez ele não ia deixar ser colocado na beira da morte se fosse atacado.

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- Mas... po- GAAAAAH! Por que... vocês... fizeram... isso? - Aresu fala, quase perdendo o ar a esse ponto, sabendo do destino que o aguardava.
- Ora, não vamos negar, seus serviços são ótimos. Mas você chamou atenção demais, e não podemos arriscar sermos atrelados a você se formos pegos. É apenas... negócios, podemos dizer. - A figura mascarada diz, apenas olhando enquanto Aresu tentava se soltar.
Ninguém ali parecia ter percebido Komiko e Satori, então eles decidiram os pegar de surpresa... ou tentar, pelo menos. Komiko começou o ataque correndo para cima do cara de cabelos prateados, o que instantaneamente chamou a atenção de ambos indivíduos, com a figura de preto quase instantaneamente atacando Komiko, forçando ela a se defender
usando a lamina dela contra a dele, isso tudo enquanto o homem prateado tenta soltar a mão do pescoço de Aresu para o deixar cair. Mas antes de ele conseguir derrubar Aresu, ele é surpreendido por Satori, que se aproxima dele pelo lado dele e, quando ele olha para Satori, ele ativa seu Sharingan e aplica um de seus genjutsus nele, o imobilizando e fazendo com que Aresu caia no chão invés de direto em uma queda livre, deixando ele quase caindo na beira do chão (com Aresu já estando desmaiado a esse ponto). Da para ouvir a figura de preto falando com um tom de voz meio irritado:
- Que patético... eu não pensava que ele teria sido descoberto tão rápido. Inclusive, eu sinto que já vi o outro ali antes... haha...
- Talvez... quem sabe? - Satori responde, enquanto olhando com raiva para a figura, seus olhos brilhando vermelho com o Sharingan.

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No meio daquele conflito, ambos Komiko e a figura de preto que estavam já a alguns segundos raspando as suas espadas umas nas outras, tentando quebrar a guarda um do outro acabam se empurrando para trás. Satori recua enquanto o homem de cabelos prateados se livra de seu trance, parecendo não ter sido afetado tão fortemente (ele estava mais surpreso que ele não se livrou instantaneamente, se ele fosse honesto naquele momento, já que é isso que aconteceu com a figura de preto). Dava para ver que o primeiro pensamento do homem de cabelos prateados era empurrar Aresu daquela beira e o matar de uma vez, mas Satori (que agora mantinha mais distância) estava cuidadosamente esperando ele fazer um movimento, e ele sabia que teria que lidar com ele ou não conseguiria derrubar Aresu. Então, ele se vira levemente para Satori, ainda evitando contato visual e fala:
- Você é realmente irritante... eu só fui pego uma vez até agora nos seus truques, e ainda sim sinto que te matar seria uma benção para mim nesse momento.
- E por que não tenta isso? - Responde Satori, olhando fixamente para ele.
Satori já tinha percebido que ele estava evitando olhar diretamente para ele, algo que era problemático, mas não surpreendente, sabendo que o de preto havia conseguido facilmente se livrar de um de seus genjutsus a primeira vez que Satori tinha se encontrado com ele. Ainda sim, ele observa claramente o homem de cabelos prateados desembainhar uma katana e imediatamente pular para cima de Satori em alta velocidade. Para o azar do homem, ele teve o tempo de reação para esquivar do ataque, mesmo que por um fio (Satori até percebe que ele provavelmente não teria conseguido esquivar um ataque da figura de preto). Enquanto isso acontece, após Komiko e a figura preta cruzarem espadas, o homem imediatamente tenta atacar Komiko, mostrando sua incrível velocidade ao conseguir acertar de raspão um corte no braço dela, mesmo quando a mesma não era nem perto de ser tão lenta quanto Satori. Ela ignora o corte por ser pequeno demais para impedir ela, e se prepara para o atacar, enquanto Satori parecia também estar preparando algo contra seu adversário.

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Os 2 grupos apenas ficaram se olhando por pelo menos um segundo, antes de que a batalha continuasse em um instante. No caso de Satori, ele apesar de não estar exatamente do lado do homem de cabelos prateados, não estava também na posição mais segura, ainda mais sabendo que ele provavelmente era um combatente corpo-a-corpo igual seu aliado. Por isso, ele estava mais focado em reagir rápido se ele fosse atacar ele ou Aresu, pois o que Satori havia feito enquanto ele estava se livrando do genjutsu que tinha sido colocado nele era preparar um genjutsu de potencia um pouco maior, já que ele queria pegar ele e o homem de preto ao mesmo tempo, mesmo que ele soubesse que eles provavelmente conseguiriam se livrar eventualmente, para poder matar Aresu sem fazer um alvoroço e fugir dali o mais rápido possível. Para sorte de Satori, o homem decidiu primeiramente lidar com Aresu, e tentou tocar nele, enquanto virava a cabeça para a direção oposta de Satori. Infelizmente para ele, era meio que isso que queria, já que ele não estava planejando usar seu genjutsu por meio de seu Sharingan, mas sim por expansão, liberando uma névoa de alta densidade que acabou não só pegando o homem de cabelos prateados, mas também o de traje preto, que estava apenas a alguns metros de distância preparando para continuar seu duelo com Komiko. Satori não sabia muito bem o que eles estavam passando por dentro da névoa, mas para-los era tudo que ele precisava. Komiko vira para Satori e fala para ele com uma cara meio surpresa:
- E depois você fala que é inútil para confrontos diretos... vamos lidar com isso e dar um fora daqui logo, eu tenho uma ideia de como sair daqui sem ter que passar direto para os guardas. Mas antes, vamos fazer o que viemos fazer aqui.
Logo depois de falar isso ela arrastou o corpo ainda inconsciente de Aresu para uma parede mais próxima das escadas. Enquanto Satori observava, ele sabia exatamente o que ela ia fazer, e a esse ponto só estava tentando vigiar a chegada dos guardas da mansão (já que o som dos passos deles já estava quase alcançando o topo das escadas) enquanto tentava ter certeza de que os 2 comparsas não saíssem da ilusão induzida por ele.

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A lua estava brilhando sobre toda a área aberta. Komiko anda em direção do corpo completamente desacordado e pesadamente batido de Aresu, e sem fazer muito show corta a garganta dele, matando de vez o homem e completando o objetivo da missão. Logo após isso, Satori (que estava morrendo de cansaço no momento por ter que manter o Genjutsu ativo nos dois inimigos logo após já ter usado seu olho mais de uma vez no dia) diz para Komiko:
- Ele ia morrer de qualquer forma... eu iria falar que ele foi azarado por causa da situação que ele foi colocado, mas ele foi mais é estupido. Afinal, se ele não fosse estupido, ele não teria sido pego.
- Realmente. Apesar disso, temos que pular para fora daqui. Eu não quero ter que lutar mais nem um segundo com esses caras, então vamos aproveitar o estado deles para tentar fugir daqui. - Responde Komiko, enquanto limpava o sangue de sua espada.
- Mas... como? estamos no último andar com os guardas a esse ponto já quase na nossa cara.
- É bem simples... descemos.
- ... Quê?
- Descemos o prédio... escalando as paredes.
- Huh, eu quase nunca faço isso, mesmo que eu possa agora que eu penso. Ainda sim, tem uma chance que eles vão ir atrás de nós. E sem contar que se eles acabarem por algum motivo decidir jogar Aresu novamente para baixo, vai piorar ainda mais a situação. Mas, é a nossa melhor opção agora que eu penso mesmo...
- Então vamos logo, antes de sermos picotados por esses esquisitos aí...
Logo depois de dizer isso, Komiko corre em alta velocidade, passando por Satori e pulando para baixo do prédio. Apesar de surpreender Satori de primeira, ele vê que ela estava apenas escalando as paredes quando olha lá em baixo em si, e assim descendo em alta velocidade. Satori não perde tempo, desativa seu Sharingan e faz o mesmo, mesmo que ele não fosse tão rápido que Komiko. A esse ponto, ele sabia que os guardas deviam já ter chegado lá em cima e as dois figuras saído do genjutsu. Ele só esperava que o pior resultado acontecesse... isso é, eles jogarem o corpo de Aresu e irem atrás de Satori e Komiko.

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Komiko e Satori andavam pelas paredes daquela mansão, em direção ao térreo em alta velocidade. Eles já conseguiam ouvir uma comoção em cima deles, já que os guardas já haviam chegados e provavelmente estavam combatendo os 2 indíviduos, que agora estavam livres do genjutsu. Dava para ouvir o som de metal colidindo, gritos e palavras que não entendiam, que ia diminuindo cada vez mais conforme eles desciam a mansão. Eventualmente, eles finalmente alcançam o térreo, chegando no mesmo local que estavam quando entraram ali, aquela área relativamente não guardada, possivelmente menos protegida ainda agora que a maioria dos guardas estavam nos andares superiores por causa de toda a comoção. Komiko faz um sinal para Satori para segui-la, antes de pular a parede sem muito problema, e logo em seguida Satori faz o mesmo, apenas um pouco mais lentamente. Agora fora daquele território, eles estavam naquela área florestada no meio do nada, indo em direção da cidade para reportar para Kor o sucesso da missão. Foi até meio estranho se lembrar que não importa o quão exuberante e exagerada aquela mansão fosse, o lugar em que ela estava ainda sim era no meio do nada. Enfim, os 2 caminham em silêncio naquela noite escura, por meio das árvores, voltando as luzes da cidade, que iam cada vez mais se apagando conforme mais tarde ficava.

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Passaram o que pareciam horas naquele caminho. Estranhamente, o nervossismo de ambos os ninjas fez com que a percepção de tempo deles ficasse mais lenta, ou pelo menos era o que parecia. Eles sabiam muito bem que não devia ter passado muito mais do que da última vez, mas com o quão escuro já estava a essas horas da noite, praticamente de madrugada, não ajudava o sentimento. Eles já estavam a esse ponto na cidade, em meio a luzes que ficavam cada vez mais escassas no meio da noite, Satori com seus olhos meio cansados (e Sharingan desativado a esse ponto), Komiko com um pedaço de pano que tinha pego da roupa que usava para tentar bloquear o ferimento por causa do ferimento que tinha recebido na batalha. Eles seguiram direto para o escritório de Kor, que sabiam que ainda estaria aberto a essas horas. Ao entrar naquele escritório, a única luz acesa em uma esquina a esse ponto totalmente escurecida, se daram de cara com o esperado (Kor), que parecia que estava prestés a fechar o escritório baseado nas chaves que segurava nas mãos, e a forma que estava apagando as luzes. Apesar disso, surpreso pela chegada dos 2, ele os pediu para sentar para conversar com eles sobre a missão. Satori foi quem deu a explicação superficial do que aconteceu lá, dês de como se infiltraram até as figuras misteriosas que apareceram. Kor ficou no mínimo surpreso e confuso com o que fazer com aquilo, mas falou que era para irem para casa que amanhã teria já algo pronto, e falaria para eles o resultado disso tudo. Então, os 2 saíram do escritório, com Satori e Komiko falando umas coisas antes de ir em seus caminhos diferentes:
- Sabe, eu vejo que Kor não estava tão errado sobre você. Para alguém que não acredita tanto em suas habilidades sozinho, mesmo assim conseguiu se carregar muito bem em uma missão dessas. - Disse Komiko para Satori.
- É eu que tenho que lhe agradecer. Salvou eu pelo menos umas 3 vezes no meio daquelas confusões, é no mínimo impressionante a sua velocidade.
- Ah, muito obrigado! Depois de um tempo, eu acho que é só padrão eu ficar melhor no que eu me especializo não? De qualquer forma, nos vemos amanhã, Satori Uchiha.
Os 2 sumiram na noite. Amanhã seria outro dia.

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Já era meio dia quando Satori se levantou de sua cama para se arrumar e ir ao escritório de Kor. Havia dormido muito mais tarde que o normal ontem, muito por que a missão não o ajudou a acalmar. Quando havia chegado ao escritório, já era praticamente meio dia e meio, e a única pessoa que parecia estar no escritório era Kor. Ele perguntou sobre como foi a "resolução", e Kor que estava cansado ao extremo (com olheiras descendo praticamente seus olhos inteiros a esse ponto) falou para Satori:
- Foi até que bem, especialmente se formos analisar a situação. Apesar de ter sido um escândalo gigante, vocês foram sortudos em um aspecto: eles nem reconheceram vocês. Consegui algumas informações sobre o que aconteceu, e parece que os únicos 2 indivíduos que eles reconhecem como responsável são aquelas 2 figuras que você descreveu a mim. Então, você e Komiko tecnicamente realizaram um trabalho incrível... mesmo que quase causando um problema ainda maior no processo. Eu o mais rápido possível entrei em contato com que eu pudesse, e eu estou negociando atualmente para ver se eu consigo ajudar alguém tomar a liderança da empresa agora que Aresu está morto. No fim das contas, vocês fizeram a missão com sucesso, quase falhando.
Logo em seguida, Kor toma de uma xícara o que parecia ser café. Satori ficou aliviado ao ouvir tudo isso, mesmo sabendo que foi por um fio que não foram pegos, já que os guardas pareciam incrivelmente não ter os reconhecido no meio de toda aquela confusão. Satori teria ficado mais um pouco ali para conversar com Kor, mas ele disse que tinha que ir fazer umas coisas com seu irmão, e foi em bora. No fim das contas, só queria descansar mais ainda, e quem iria culpa-lo? Afinal, ele havia terminado a missão com sucesso, e agora estava a rumo a sua casa de volta.

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