Sua jornada no País da Lua parecia estar no seu devido fim, já teria passado por muitos acontecimentos ali, inúmeros contratos feitos, muitos corpos em sua contagem e o mais importante, teria ganhado um poder, algo que carregava em seu ombro, uma maldição benéfica, que já estava em perfeita harmonia com seu corpo, sua vida estava melhorando, tomando um rumo próximo ao céu, seu objetivo final. Como um ato de despedida, estava ali, tomando o seu último copo de whisky em um bar daquele país, o que mais frequentava durante sua estadia naquelas terras.

Tudo estava indo bem, acabava saindo do bar, mas era barrado por uma moça, de meia idade, com longos cabelos negros e um óculos redondo. - Senhor, estou precisando de seus serviços. Sei que você é um renegado, seus atos estão tomando fama, logo você será caçado, então estou te dando uma chance de sair daqui mais seguro. Você aceita? - Diria aquela mulher, com uma feição séria e mãos dentro de um casaco. - Hm? Como posso confiar em você? Eu não sou bobo igual alguns criminosos de quinta aí não. - Diria o renegado, olhando friamente para a pessoa na sua frente. - Vamos, me siga e irei mostra a verdade, não precisa ter desconfiança. Irei te pagar bem, o suficiente para sair tranquilamente. - Diria aquela mulher, que olhava de volta para o renegado. - Espero que não seja nenhuma graça sua, se não, já pode dar adeus para o mundo! - Tengoku diria, com uma desconfiança e um tom de ameaça, sentindo em seu ombro sua marca queimar, como se ela também pedisse por aquilo, mas deveria esperar para ver, seguindo a mulher que iria na frente.

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Tengoku e a mulher chegavam até um prédio abandonado da cidade, era uma ruína, lembranças de algo do passado que ia sumindo aos poucos, vítimas do desgaste do tempo. Tengoku ainda estava meio cansado, já que antes de estar no bar, teria feito uma outra missão, que gastou um pouco de sua reservas, mas que estavam se recuperando aos poucos. - Eu preciso que você e outros renegados que eu contratei invadam um laboratório ao extremo norte do país. Seu dever será roubar e colocar um fim em uma arma biológica que eles estão criando, só tome cuidado. Sobre seu pagamento, irei te entregar de uma vez, não quero te ver novamente e aposto que nem você deve querer, aproveita essa chance e vá embora desse país. - Diria a mulher com uma postura séria e imponente, pegando de seu bolso um envelope com o dinheiro, que era entregue nas mãos do renegado, que começava a contar.

Após terminar de contar e guardar em seu bolso, o renegado balançava sua cabeça em um sinal positivo, fazendo um barulho com sua boca. - É, tudo certo, vou colocar um fim nisso pra você, colega! Eu fiquei meio assim com isso do time, prefiro trabalhar sozinho, mas vou tentar. - Diria o renegado, passando ao lado da sua contrante, pronto para ir embora. - Os outros renegados irão estar próximo do local, que é localizado próximo a uma cachoeira, que esconde todo o laboratório. - A mulher diria antes de ir embora, pegando o lado contrário do renegado, para não levantar nenhuma suspeita.

Saindo daquela ruína, pegava como rumo o sul da Lua, onde deveria encontrar seus companheiros e o laboratório de sua missão, sentindo sua marca queimar novamente, como se estivesse pedindo por algo.

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Tengoku passava pelos portões de Getsukagure, local onde não desejava pisar nunca mais, mesmo tendo vivido bastante por ali, achava que seria a hora de mudar, construir o seu legado. O renegado cortava seu caminho por uma floresta, usando de apoio um mapa roubado na cidade de um estabelecimento, se guiando por meio dele até a cachoeira ao sul, local do laboratório e onde encontraria companheiros. Era o início da noite enquanto andava ali, podendo ouvir barulhos de animais, como sapos e pássaros, que faziam uma trilha sonora durante aquela viagem iluminada pelas estrelas que cobriam o céu noturno.

Após algumas horas, conseguia chegar até a cachoeira, se deparando com dois indivíduos escondidos nos arbustos, podia perceber que se tratavam de um homem de porte forte como o nukenin e uma mulher usando um tapa-olho, pareciam estar esperando Tengoku, que ia até eles. - Eu sou Tengoku, sou um renegado também, mesmo trabalho que vocês dois, pegar aquele negócio e ir embora. - Diria para ambos, pegando um cigarro em seu bolso, que levava até seus lábios, ascendendo e começando a dar algumas tragadas, formando novamente uma fumaça circular, um hábito que tinha. - Eu sou Hanzai das Fontes Termais e essa é Samira da Neve, espero que essa missão dê certo, desejo sair daqui desse país. - Diria o homem, que usava um chapéu e uma roupa semelhante a um cowboy, semelhante a vestimenta da mulher, que apenas olhava para o renegado, com um olhar fixo. - Danzai e você aí, bonitão, vamos entrar logo, tem uma passagem secreta ali. - Diria Samira, que passava na frente de ambos os homens, mas trocava olhares rapidamente com o loiro, que seguiria a mulher até a entrada secreta.

Passando por aquela entrada, davam de cara com um portão vigiado por 2 seguranças, mas que perdiam suas vidas ao serem queimados por Danzai, que aparentava usar do fogo para seus ataques. Com o caminho livre, ambos conseguiam entrar no laboratório, chegando até uma área como um depósito, livre de segurança. - A doutora teria falado a verdade, essa passagem daria aqui, sem segurança nenhuma! - Diria a mulher daquele trio, se referindo a contratante de todos.

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O trio de renegados estavam dentro de um depósito, tinha ali todo tipo de objeto guardado, que iam de ferramentas científicas até alimentos, que formavam um estoque, tudo bem organizado e limpo, separados em prateleiras que podiam ver ao passar por elas, chegando em uma porta, que ao ser aberta daria para um corredor com dois caminhos. - Vamos nos dividir, pode ser? Eu e Danzai iremos para a direita e você para a esquerda. - Diria Samira, de uma maneira furtiva, que era respondida com um balançar de cabeça por Tengoku, que iria para o seu lado, vendo os outros dois indo para a direção contrária.

Estava finalmente sozinho, como agia sempre, sem se preocupar com a segurança de terceiros, apenas com a sua própria, começando a andar furtivamente, novamente com o queimor em seu ombro, sua marca estava animada com tudo aquilo, como que estivesse com uma fome por algo. - Eu também tô querendo usar você novamente, sentir aquela sensação. - Pensava o Brando, que parecia ser respondido pelo Juinka, que novamente dava aquela ardência, como se estivesse conversando com seu usuário.

Tengoku ia passando pelas paredes dos corredores, evitando o contato com os seguranças, o que funcionava, conseguindo chegar onde parecia ser um laboratório, que teria um vigia sozinho, mas que acabava morrendo com uma kunai sendo arremessada contra seu peito pelo loiro, que passava pelo corpo e entrava naquela área ocupada por uma pequena equipe de cientistas. - Ora ora, se não são os famosos homens da ciência! Eu já conheci um cientista uma vez, ele foi até que bem legal, só era meio esquisito! - Diria Tengoku, com um olhar fixado em cada um dos três doutores, que estavam assustados com a presença do renegado.

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Em meio a um laboratório, frente a frente com alguns cientistas, pessoas que deveriam ter noção de um projeto secreto como era aquele, as vezes estava de cara com um de seus criadores, nunca sabia, existia uma hipótese para tudo, mas agora era chegada a hora de descobrir toda a verdade, do jeito que tinha aprendido e sabia fazer da melhor forma. Com a kunai que tinha recolhido do corpo do guarda morto antes de entrar, jogava contra o peito de um dos cientistas ali, um homem magro e careca, que acabava perdendo sua vida, como uma demonstração do que poderia acontecer com os outros dois. - Vamos vocês dois, onde está aquela arma biológica que vocês estão criando? Se não irei matar cada um, incluindo você docinho. - O renegado diria para o resto da equipe, ainda chocados com a morte de seu companheiro, principalmente uma mulher que fazia parte dos cientistas, sendo o "docinho" que o loiro teria se referindo, que se aproximava dela, colocando uma de suas mãos sob o pescoço da moça, conseguindo escutar uma respiração ofegante vindo de sua vítima, que fazia o Juin arder novamente, como se estivesse ordenando fazer algo ali.

- Deixe ela em paz e eu te darei o que você deseja! - Dizia o outro cientista vivo, um velho de bigode, que parecia tentar manter a calma naquela situação. - Vamos então, me entregue essa porra ou sua amiga morre! - Tengoku respondia para a proposta do cientista, enquanto continuava segurando o pescoço de sua refém, que era levada para frente do homem, que colocava sua outra mão sob a cabeça, pronto para fazer um ato de quebra de pescoço.

O homem de idade então ia até uma espécie de cofre feito de um metal, decifrando um código e então pegando um tubo metálico que revelava guardar o que parecia ser seu objetivo da missão, uma coisa estranha de cor escura, parecia estar vivo e mexer, grudando nas paredes daquilo que lhe armazenava, era a arma biológica que veio buscar. - Isso é um parasita desenvolvido no laboratório, ao entrar em contato com um ser vivo, o mesmo irá se tornar extremamente forte, porém irracional, mas que irá morrer em horas, devorado vivo. Só tem uma maneira de acabar com ele, é usando o fogo, sua única fraqueza- Diria o homem da ciência, com aquele tubo metálico em suas mãos, olhando fixamente para o item, com com uma certa ganância em seu olhar.

Tengoku vendo que teria nas suas mãos o objeto da missão, começava a terminar seu serviço, quebrando o pescoço da doutora que estava em suas mãos, o que servia como o estopim para o velho, que vendo aquilo, abria o tubo com o parasita, que entrava em contado com seu corpo. - EU NUNCA IA TE ENTREGAR O PROJETO DA MINHA VIDA! IREI CUIDAR EU MESMO DE VOCÊ! - O doutor diria enquanto era consumido por aquela gosma negra, tomando uma forma monstruosa e gigantesca, muito maior que o renegado, com dois olhos brancos enormes e dentes afiados.

Um tentáculo era feito a partir do peito da criatura, que batia com o membro gerado contra o nukenin, sendo arremessado contra a corta, em uma força capaz de quebrar tudo que estava no caminho, deixando o renegado no mesmo corredor de antes, estando sozinho por alguns segundos, mas logo recebendo companhia do seu amigo monstruoso, que novamente usava de seus tentáculos, mas dessa vez pegava os corpos mortos pelo Brando, começando a devorar toda a carne dos defuntos.

Aproveitando a hora do lanche do parasita, Tengoku se levantava, se recompondo e começando a correr de volta para o caminho de onde veio, indo com toda sua velocidade para escapar daquela cena.

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Em uma fuga daquele monstro, Tengoku acabava se encontrando novamente com o grupo que teria vindo com ele, Samira e Danzai, ambos parecia estar cansados de algo, podendo perceber em uma respiração ofegante. - Eu achei a arma que a gente tava procurando, só tem um problema... - O renegado diria, mas era obrigado a pausar quando a criatura de antes chegava ali, que em um rugido conseguia impor uma dominância, era algo que não tinha explicação, apenas existia.

O Brando não teria corrido por medo ou nada do tipo, mas sim para ver se encontrava seus aliados, pessoas que poderiam lhe ajudar contra aquele monstro, que tomado pela fúria, atacava o loiro novamente com um de seus tentáculos, batendo fortemente contra uma parede, que diferente da outra vez que sua resistência parecia ter aguentado, não seria o mesmo dessa vez, ficando em meio uma cratera na parede do corredor.

Ali, após seu ataque, sua marca queimava, liberando assim sua influência sob o corpo de seus hospedeiro, recebendo as manchas negras de antes, além de todo poder e força que aquilo dava para Tengoku, que sairia da parede, pronto para uma investida contra o monstro, que naquele momento era atacado por Samira, que realizava um movimento com espada contra o peito da criatura, que acabava gritando de dor. Aproveitando aquele chance, Tengoku se via na hora também atacar, indo rapidamente, com toda sua velocidade, saltando e realizando um chute contra seu inimigo, que acabava sendo jogado alguns metros para trás.

- Que merda é essa? - Diria a mulher com o tapa-olho, ainda sem entender aquela situação. - A nossa arma era um parasita, ele se hospedou em um dos doutores e tornou essa porra aí! Falando nisso, aí vaqueiro, a gente precisa do seu fogo, a única fraqueza dessa porra! - Diria o renegado, vítima de sua maldição, que aos poucos influenciava mais em sua mente.

O trio acabava ficando lado a lado, observando o retorno da criatura.

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Era uma batalha grandiosa que estava se formando, um verdadeiro monstro contra um trio de criminosos, todos com o objetivo de por um fim naquilo que lutavam, um ser que novamente atacava os renegados, esticando seus braços, jogando todos os alvos contra parede, que ia cada vez mais se quebrando, junto com os ossos da mulher que participava da invasão, com um corpo mais frágil que seus aliados, mas sua coragem era tamanha também, saindo de sua cratera e indo com suas últimas forças até o parasita.

Em um ataque com sua espada, Samira cravava sua lâmina no peito do ser, aproveitando e sacando algumas Kibaku Fuda, que eram anexadas juntas na estrutura monstruosa de seu alvo, que conseguia colocar um fim na vida da mulher, que acabava morrendo, não antes de explodir suas bombas, que geravam uma explosão capaz de ferir extremamente o monstro, que pelo fogo gerado se tornava mais fraco.

Aproveitando aquela chance, Danzai fazia uma ação, liberando de sua boca um ataque em chamas, que iria diretamente ao corpo da criatura parasita, que gritava com a dor do fogo, sua principal fraqueza, algo que estava lhe deixando fraco, faltava pouco para o seu fim, uma ação bem aplicada podia acabar tudo. Era isso que Tengoku iria tentar fazer, tomado pelo poder de sua maldição, partia para sua investida.

O hóspede maldito começava avançando rapidamente contra a criatura, seus braços estavam a frente de seu corpo, como um X, seus músculos flexionados e concentrados para o Lariat Gêmeos, uma nova técnica, reunindo todo o poder de sua origem em um único golpe, que ao ser feito contra o peito monstruoso, em uma ação cortante dupla, que aparentava ser o suficiente de acabar com a fraca existência parasitária, que cairia sem vida no chão, já sem toda sua estrutura gigantesca de antes, tomando uma forma magra e mais humana.

O Brando finalmente havia colocado fim no seu inimigo monstruoso, que era consumido por outra chama de Danzai, em uma tentativa de acabar com tudo, reduzindo aquilo em cinzas. O contrato havia sido finalizado com sucesso.

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Após por um fim naquela arma biológica, uma criatura parasitária que transformava o hospedeiro em um verdadeiro monstro, Tengoku e Danzai passavam pela entrada do depósito em que vieram, sem a preocupação de guardas, que foram mortos pelo homem do chapéu e sua antiga companheira, morta enquanto atacava o inimigo, um sacrifício que podia ser considerado digno, mas para o loiro era algo idiota.

Com seu Juin desativado, o Brando estava fora daquilo tudo, passando pela cachoeira da entrada, sacando o que era um cigarro de seu maço, começando a tragar e saciar seu vício, despedindo de Danzai, que iria no rumo da cidade, o oposto do grande loiro, que optava seguir pela floresta, caminhando em meio as árvores, rumo ao litoral, onde poderia pegar uma embarcação para um novo destino, não sabia qual, deixaria que a vida levasse.

Ao nascer do dia, Tengoku chegava na praia, vendo algumas pequenas embarcações, se arrumando para uma partida, que aparentava demorar, o tempo perfeito para um descanso, se sentando encostado em uma árvore, levando suas mãos até o ombro esquerdo, sentindo uma de suas memórias daquele país, o Juinka, algo que parecia libertar o verdadeiro renegado em qualquer momento, bastava esperar o momento certo, que não deveria demorar.

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