— Um roubo poderia ser presumido? Soube através dos jornais que o vandalismo e furtos nos subúrbios de Kumogakure haviam tomado proporções avantajadas, mas a ponto de deixarem um floricultor em completo desalento? Me fazia pensar que eram relés vagabundos, mas de qualquer forma, eu seria obrigada a cumprir tal dever. O homem - De nome Rikkin, havia acabado de ser roubado, e sua mais rara muda sumiu. Ele suspeitava que poderia estar nas mãos de bandidos, ou apenas sendo revendida a novos consumidores. Com as breves informações dadas pelo proprietário da floricultura e o pergaminho que eu possuía em mãos, rumei em direção ao Sudoeste dos subúrbios centrais da grande nação do relâmpago. Andejava pelas ruas de maneira desconfiada pela noite, com os óculos refletindo a iluminação dos postes locais.

— "Ainda não é hora das pessoas voltarem para casa. Devo ter alguma chance investigando este lugar; Uma área de comércio popular, se estiver na posse de criminosos, com certeza aproveitariam a movimentação para não chamarem suspeitas. Mas a questão é...Como?" — Me perguntava.

Levei dois dedos de minha mão destra até o queixo, enquanto observava os arredores de maneira atenta, com o cenho franzido devido à tensão. Pessoas passavam por mim a todo momento, e devido a minha aparência infantil, a grande maioria deixava que eu passasse despercebida pela multidão, o que concedeu-me um certo grau de vantagem na hora de descobrir onde a muda rara estava. E logo, após dez minutos de procura, a avistei: Segurada por um homem de terno que havia acabado de realização a transação para adquiri-la, ele parecia tenso. Andava rapidamente, tentando esconder a flor a todo custo.

Era uma flor vivaz de doze pétalas - De coloração amarronzada, aquela flor era dita ser natural de uma nação distante, e que possuía um grande valor cultural. No mercado negro, o preço por algo deste tipo explodiria, mas seria fácil interceptar o cidadão. Sem hesitação, avancei com velocidade admirável, tomando a flor de sua mão tão rápido quanto me misturei a multidão novamente, sem sequer ter sido avistada pelos reflexos lentos de alguém que jamais tivera treinamento shinobi. Quando percebera o roubo, já era tarde demais. Retornei até o floricultor e lhe devolvi a flor. Então, dei o relatório final ao gabinete, para que a missão fosse concluída, enfim.

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