Havia sido designado para uma missão Rank C em conjunto de um outro Gennin. Já havia visto ele, de certa forma interagido brevemente, em um treino algum tempo atrás. O garoto era gente boa, pelo menos parecia ser. ~ Acho que vou fazer umas flexões enquanto ele não chega. Falava comigo mesmo e em seguida começava a fazer apoios como forma de passar o tempo.

Era por volta das 18 horas, final de tarde. O sol estava no horizonte e o calor ainda elevado. De qualquer forma, era um dia como outro qualquer. Após concluir algumas dezenas de flexões, lembrava que o local de nosso encontro era em uma loja que havia sido roubada. ~ Tsc! É mesmo. Falava e em seguida saltava para cima das casas e ficava saltitando até chegar do outro lado da vila.

A loja era conhecida, uma entre algumas, que vendiam joias e bijuterias de baixa e alta qualidade. Quando cheguei lá, não demorando muito, frenei os pés em frente ao estabelecimento em seguida de aterrizar. Olhava em volta para ver se o loirinho estava lá. ~ Ué, ele ainda não chegou? Era de se esperar, já que, minha velocidade era bem superior a um Gennin.

Quando avistei o garoto que fazia parte de um renomado clã, Senju, cumprimentava ele com um breve aceno de mão e cabeça. ~ E aí. Pelo que fiquei sabendo, essa foi a loja que o ladrão roubou por último. Comentava para ele esperando que ele sugerisse alguma coisa, talvez interrogar o proprietário ou buscar por pistas especificas.

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O perneta havia chegado e batíamos um papo rápido, logo ele me perguntando se estava a par com a situação. ~ Hmm. Só sei que o ladrão é um bocó, ele deixa recados em seus roubos dizendo o próximo local. Falava respondendo com o pouco que sabia por razão de ter ouvido do instrutor mais cedo.

O parceiro de time comentava para irmos verificar lá dentro da loja e seguia junto dele. Confesso que não era meu tipo de lugar, mas era ossos do oficio. O atendente havia nos abordado e então comentava sobre os recados do ladrão, indicando qual seria seu próximo alvo. Estava um pouco mais próximo do dono do local e então apanhava o papel para ler. ~ “Bando de fanfarrões! Eu, Totoro, roubei esta loja! E irei roubar a loja ‘Suna Esmeraldas’ na próxima noite. Li o recado raciocinando que, como o roubo havia sido na noite passada, o próximo ocorrerá nesta noite.

Entregava o papel para Gwyn conferir, de repente tinha deixado algo passar, mas não me importava muito. Afinal, parecia ser algo fácil. “Será que existe um ladrão tão burro assim a ponto de confessar quem é, e onde será seu próximo roubo?!” Admito que fiquei confuso se aquilo era mesmo verídico, mas não havia outra forma de saber senão indo até o local. ~ O que você acha? Cruzava os braços como se fosse um ancião, tentando negar o quão perdido estava naquela situação.

Com a resposta do meu colega de time, acabaria concordando. ~ Hmm. Beleza. Vamos lá então perneta. Acenava com a cabeça para irmos até o endereço da loja que seria dada pelo atendente por livre espontânea vontade dele.

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Confesso que fiquei um pouco encantando com algumas joias que havia na loja, meio que imaginando o quão rico teria que ser para poder vir aqui e comprar joias para minha futura mulher. “Não sei o que vai ser mais difícil, me casar ou comprar aqui.” Estava um pouco disperso, mas logo centrava meu foco ao notar o loiro verificando algumas pistas.

Já estava quase saindo, mas o garoto pareceu entender alguma coisa naquela loja que eu não havia percebido. ~ Hmm. Uma entrada no chão é? Acabei me lembrando do tempo que passei na base subterrânea da minha mestra maluca. ~ Certo, é uma boa ideia. Concordava com o loirinho sobre nos dividirmos para cobrir mais território e ficar de tocaia.

Gwyn fazia um tipo de piada sobre não perder, não que eu fosse arrogante, mas bem... era uma possibilidade bem rasa. ~ Beleza... estes músculos foram construídos com muito zelo e muita cautela, não perderam. Acenava com a cabeça enquanto a expressão continuava séria.

Eu havia ido até a tal loja Suna Esmeraldas, ficava poucos quarteirões da onde estávamos. Quando cheguei lá, fiquei de tocaia em um dos tetos das casas mais próximas. “Duvido que aqui ele me verá.” Ponderava comigo analisando o terreno e notando que era o melhor ponto entre todos.

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Não demorou muito tempo para a loja fechar, já sendo noite. Enquanto isso eu comia um biscoito que possuía guardado para casos como este; inusitada fome. Logo percebi uma sombra se esgueirando pelas ruas e então usufruindo de um jutsu do estilo Doton. ~ Hoh, então é ele. Falava baixo observando-o abrir uma fenda na terra para adentrar a loja.

Havia saltado do teto e então aterrizado abruptamente no chão, causando um certo impacto de momento. – A casa caí pra você meu. Proferia apontando para ele e em seguida fechando os punhos. ~ Se rende... ou prefere ser esmurrado? Perguntava, pois, não queria bater em alguém sem um motivo plausível; apesar de que eu já tinha de certa forma.

O homem estava prestes a invadir a loja, quando percebeu minha chegada. - O que? Droga! Você me pegou, mas não vai conseg... Ele começava a falar e em seguida eu desaparecia de seu campo de visão e ressurgia atrás dele, usufruindo de minha destreza sobre-humana. – Que rápido! O ladrão falava abismado e em seguida eu desferia um chute em seu estomago e um soco em sua cabeça, com objetivo de nocautear ele.

Claro que, controlava a minha força que era monstruosa, já que, não queria matar o larapio por algo tão simplório. Porém, para minha surpresa, a figura se desfazia em rochas. ~ Huh? Um Doton Bushin no Jutsu??! Coçava a cabeça tentando entender o motivo daquilo ter acontecido. “Será que isso era uma distração?” Ponderava um pouco até me ligar que o ladrão talvez nunca tivesse saído da loja de antes.

Acelerei o passo para retornar até a loja de antes com proposito de ajudar o parceiro de time, mas chegando lá eu perceberia que talvez a situação estivesse sido resolvida. ~ Não esperava menos de um Senju. Falava gesticulando com dedo de forma positiva, ainda que a expressão prevalecesse séria.

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Quando cheguei no local o loirinho já havia resolvido a situação, capturando o verdadeiro ladrão e o arrastando para fora da loja. – Hmm. Ficava pensativo enquanto ouvia ele falar sobre minhas pernas. ~ É que músculos pesam, talvez você não saiba. Proferia de forma séria, deixando passar alguns segundos e quase soltando um riso pela conversa extrovertida.

Logo as autoridades chegavam e levaram o culpado. ~ Parece que terminamos aqui. A próxima missão é ir na casa do Mamou para ver a situação das apostas dele. Comentava um pouco entendido, apesar de que só sabia por cima da história.

Haviam passado para nós resolvermos duas missões em sequência, por sorte a primeira havia sido bem fácil; agora fazia sentido o motivo de ser uma Rank C. Provável que a outra também fosse fácil. Talvez isso começasse a me entediar, mas era melhor que nada. ~ Vamos. Acenava com a cabeça para o loirinho me seguir para andarmos até a casa do civil.

Mamou era um trabalho honesto e digno, pelo menos era o que a maioria falava. Tirando seu vicio por apostas, ele era gente boa. Contudo, as apostas estavam ficando cada vez mais extremas, tanto que agora ele estava sendo ameaçado de ser despejado por ter perdido os documentos de sua residência.

~ Me pergunto qual é a graça em apostar em jogos de cartas... seria mais divertido uma aposta de quem faria mais flexões ou sobreviveria em um deserto escaldante por mais dias. Falava em voz alta para mim, quase esquecendo que estava acompanhado de Gwyn.

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O meu parceiro de time e eu tínhamos um consenso, afinal, a aposta havia sido justa e o homem havia perdido. Os riscos ele sabia e mesmo assim pagou, literalmente. ~ Bom, de qualquer forma... nosso trabalho não é fazer perguntas ou achar se ele ta certo ou errado. É ajudar esse idiota. Falava enquanto tateava os bolsos e então apanhava outro biscoito que havia guardado.

Começava a comer e então olhava de relance para o parceiro de time, talvez ele gostasse de doce ou sei lá. Se ele expressasse vontade ou perguntasse sobre o Profiterole, acabaria puxando outro do bolso e daria um para ele. ~ Você quer? Nós não éramos melhores amigos, mas dava para dizer que possuíamos uma boa sintonia. Apesar de que as pessoas achavam estranho e excêntrico meu jeito ninja.

Uma vez chegado na casa de Mamou, bateria na porta. *Toc-Toc. Comia o restante do doce proteico e então aguardava abrirem a porta. – Haaa! Vocês vieram até que enfim. Era o próprio apostador que abrira e falava conosco. ~ E aí. Somos os Genins designados para ajudar senhor. Falava de forma direta, sem muito nuances.

O homem então explicou que acabou sendo instigado a apostar cada vez mais alto, claro que ele havia culpa, mas por outro lado o proprietário da jogatina também tinha seu dedo no meio. Além de incentivar, embebedar seus clientes, ele havia aberto um livro de credito que liberava uma facilidade aos mais pobres ou mais fodidos, como no caso do senhor Mamou. ~ Hmm. Que situação hein. Eu falava de forma séria, sentindo pelo fato de que o homem estava para perder sua casa e ser despejado com sua família.

Até o momento eu até achava justo, digam que sou frio ou não, um homem tem que pagar pelos seus atos. Mas quando notei seu filho surgir atrás de sua perna, talvez tendo por volta de 2-3 anos, acabei deixando sair uma expressão irritada. ~ Não se preocupe... o senhor não vai perder sua casa. Mostraria pela primeira vez um gesto solidário e palavras convictas e obstinadas, tal qual eu era só preferia preservar minhas emoções. Afinal, ele e o garotinho meio que me lembravam de eu e meu pai quando havíamos chegado em Suna à dez anos atrás.

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O homem então mostrou uma face preocupada, como se algo tivesse acontecido. - Ehh... Ele ficava apreensivo em falar, foi então que eu olhei para ele mais seriamente. ~ Diga de uma vez. Mamou então explicou que sua mulher havia ido até o local para exigir os documentos e tentar livrar ele daquela situação. Qualquer um acharia isso um absurdo e diria que o homem é um babaca. Mas há mulheres nesse mundo que são destemidas de natureza e vorazes quando necessário. ~ Certo. Temos que ir de uma vez, perneta. Falava para meu parceiro, pois, sentia que nada de bom viria daquilo.

O perneta era um cara gente fina, notava isso quando deu uma atenção especial a criança. Apesar de seu ego insubordinado, isso para mim não era nenhum problema. Afinal, cada um no seu quadrado. De qualquer forma, após dizer que íamos resolver a situação para o civil que havia perdido sua casa, Gwyn sugeria duas opções. ~ Hmm.

Ficava pensativo por alguns segundos, chegando até mesmo pensar se havia mais biscoitos comigo, mas na ideia de haver mais um e ter que dividir... isso se tornava um conflito. ~ Oh... Se punhos foram feitos por Deus, e melhorados por mim, foram feitos para se usarem em patifes. Falava como se tivesse dito algo épico e sabido, apesar de ser só minha vontade de esmurrar aqueles ordinários.

Quando determinado o plano, que na verdade nem chegava ser um plano, seguíamos até o estabelecimento. Era uma casa de jogatina, permitida pelo Kage, o que era estranho, mas ao mesmo tempo comum. “Se temos que resolver esse tipo de situação por causa de apostadores incontroláveis... não era mais pratico proibir as casas de jogos?!” Pensava muitos sobre isso, mas no fim deixava o assunto de lado.

Uma vez lá na frente da casa de jogatina, enfiava o pé na porta fazendo-a voar e cravar em cima do teto. ~ Com licença. Diria na maior cara de pau enquanto conservava as mãos nos bolsos. ~ Viemos aqui só pegar os documentos deixados aqui pelo senhor Mamou e levar sua esposa de volta. Tudo certo? Falava com tranquilidade e seriedade. “Ufa. Ainda tenho um biscoito, mas é melhor eu deixa-lo pra comer mais tarde.” Tateava e descobria que havia mais um profiterole no bolso. Neste meio tempo, haviam alguns seguranças que estavam com a mulher amarrada em uma cadeira, mostrando que aquilo havia se tornado um possível sequestro.

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Delicadeza não era muto meu forte, até porque estava meio irritado por causa da situação da criança. Ainda que não expressasse isso facilmente. ~ É isso aí... os doces ficam como juros pelos seus atos. Salientava as minhas palavras as palavras de Gwyn.

Confesso que seria difícil conter minha sede de sangue, uma vez avistado a cena da mulher amarrada e amordaçada. ~ Tsc. Contraia as sobrancelhas e fintava os seguranças de uma forma voraz. ~ Certo. Respondia para meu parceiro de equipe durante o tempo que retirei uma mão dos bolsos e com punho fechado, e dedão tracionado, liberaria um tiro de osso com a ponta do dedão sendo lançada como uma bala em alta velocidade.

Atingiria um deles na perna; outro no braço; outro no pé; outro no ombro. Parava quando havia alvejado todos os seguranças, o que facilitou para meu aliado aprisionar eles com suas habilidades. O aviso de Gwyn me fazia olhar para mais outros três homens que corriam em nossa direção. ~ Beleza... tá na hora da surra épica. Comentaria e em seguida arrancava em direção aos guardas. Atingirá um no queixo, outro no estomago e outro no topo da cabeça, nocauteando eles um seguido do outro.

Com os seguranças presos e inconsciente, caminhava até a mulher e então retirava a mordaça da mesma e soltava da cadeira. ~ Desculpe pela demora, meu parceiro só tem uma perna e demoramos pra vir. Diria de uma forma extrovertida, apesar da expressão ainda continuar séria. – O-Obrigado, muiiiito obrigado. A mulher agradecia enquanto enxugava as lagrimas.

Havia notado o dono atrás de uma das mesas, partindo-a ao meio com um chute de cima para baixo, dividirá ao meio o que estava em meu caminho. ~ E aí senhor proprietário... tudo certo por aí? Tem algo que não te pertence, não é mesmo? Falava encarando-o com uma expressão sedenta por sangue. Não é que eu era uma pessoa má, mas injustiças me causavam grande irritação.

No fim, o homem entregava os documentos para meu parceiro e não demorou muito para as autoridades virem e prenderem os culpados. Apesar da situação, ninguém havia se ferido. Por isso, provavelmente o dono iria pagar uma multa e fazer serviços comunitários. De qualquer forma, outra missão havia sido concluída com êxito. ~ Aí Gwyn... formamos uma boa dupla. Falava ao jogar para ele meu profiterole que estava guardando para comer mais tarde. ~ Até mais. Acenava para ele deixando-o resolver o restante enquanto eu retornava para casa.

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