O sol estava hoje muito mais intenso que o normal, talvez estivéssemos naqueles dias de verão extremo. ~ Uffs. Suspirava sentindo o calor, por si só, já era uma forma de treinar a resistência. De qualquer forma, haviam me indicado para dar suporte a outro Gennin durante uma missão de resgate.

Nome do garoto era Gwyn, por acaso já havíamos feito outras missões em conjunto. O que tornava um pouco mais prático nossa comunicação. Logo pois, saído de casa sem ter avistado meu velho, me dirigia até o local onde encontraria o Senju.

A vila estava agitada, era perceptível grande parte dos cidadãos com roupas para suprir as queimaduras do sol. Entretanto, eu por outro lado, não usufruía dessas vestimentas. Gostava de usar o próprio sol como treinamento e doutrina diariamente; ainda mais em um dia tão hardcore como hoje.

Quando enfim avistei o parceiro de time, me aproximei e cumprimentei o mesmo. ~ E aí. Retirava um pouco do suor do rosto e então continuava dizendo. ~ Temos que nos apressar pra resgatar os bundas-moles, antes que algo ruim aconteça. A preocupação era que apesar de estarem perdido em um labirinto, o que não era algo grave, quanto mais tempo, mais necessidades físicas eles teriam e maior seria seus danos psicológicos. Eu não entendo muito bem sobre essa área, mas imaginava algo próximo que talvez pudesse acontecer.

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O ponto de vista de Senju sobre as crianças desaparecidas era bem realista, talvez até um pouco demais. Contudo, ele tinha certa razão. De qualquer forma, eu optava por preservar a esperança de que de alguma forma eles conseguiram sobreviver. ~ Hmm. Beleza, vamos acelerar os passos então. Comentava para Gwyn com intuito de agilizar nossa ida até o labirinto.

O parceiro de time puxava um mapa e então sinalizava o local e para irmos em seguida, enfrentando o calor escaldante do deserto junto do forte vento empoeirado; não que fosse alguma novidade para mim, afinal, estava acostumado a treinar pelo deserto em algumas ocasiões. A mão ficava sempre próxima do rosto para evitar de comer terra.

Nossa ida até o desfiladeiro, onde havia uma entrada um tanto quanto misteriosa, além de diversas lendas e boatos cujos não lembrava agora, era um local bastante isolado da vila, mas perfeito para se denominar como “labirinto.”

Corríamos para dentro do local, tentando encontrar as crianças ou pelo menos ouvi-las. ~ Olá!!! Aqui é o Gennin Ragar e Gwyn, estamos aqui para levar vocês de volta! Pronunciava nossa chegada em voz alta com objetivo de ouvir alguma resposta e facilitar nossa busca. Todavia, apenas um eco intenso pode se ouvir, como se fosse um tipo de grunhido ou ronco animalesco.

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O parceiro de time se mostrava muito astuto, além de habilidoso. ~ Oh, certo. Comentava ao perceber ele marcar nossa localização com um tipo de planta, ou arvorezinha. “Que interessante.” Logo pensei, mas centrando meu foco na missão.

Com o anuncio de Gwyn sobre um possível pedido de ajuda, notávamos um eco forte pelo labirinto, cujo nos levaria até um beco sem saída. O som parecia ter vindo do outro lado, apesar das paredes rochosas e do vento sibilante. ~ Hmm. Ficava pensativo, ouvido as opções que o Senju talvez sugerisse. ~ Beleza, já tenho uma boa ideia de como achar eles. Comentava de forma séria, puxando o braço para trás e fechando o punho com um pouco de força. ~ Paredes são portas... que não estão abertas ainda. Terminava de falar, desferindo um socão na enorme parede espessa, que agora era rompida pela minha força bruta.

O buraco desencadearia uma grande abertura, destruindo por completo o que antes nos impedia de prosseguir. ~ Certo, nada pode parar este divino corpo. Comentei assoprando meu punho para retirar o excesso de terra. A luz saiu lá de dentro e quando passamos para lá, percebíamos três crianças chorando em um canto. –~Ah! Aí estão vocês... estão todos bem? Perguntava me aproximando e dando uma olhada ao redor.

*Sniff.Sniff. Elas choravam e soluçavam com medo. – O Toby fugiu para o outro lado, tinha uma fera aqui querendo comer a gente. A criança diria abismada e aterrorizada, mas logo acalmaria ela com minha mão sobre o topo de sua cabeça. ~ Está tudo bem, ele não fará mal à vocês. Nenhum monstro pode suportar um soco meu. Expressava um sutil sorriso, mas logo retornando meu semblante sério. [color=#FFA500]~ O que acha, Gwyn? Foi então que perguntei para meu parceiro em voz baixa, pois, tínhamos que resgatar elas e o outro, havendo a necessidade de uma coordenação entre nós.

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Balançava a cabeça concordando com Gwyn, apesar de não saber se estava dizendo a verdade ou não. Afinal, fazer algo idiota era muito subjetivo para mim. ~ Okay. Então disparava pelo corredor a direita que parecia estar danificado. “Então é por isso que eles entraram aqui e não saíram mais, parece que estava para desabar.” Em partes, o corredor estava em ruinas, por sorte não haviam se machucado.

Chutando os escombros e pedaços de pedras que caíram, seguia reto como um caçador atrás de sua presa, apesar de que se eu fosse um caçador seria um bem ruim; provavelmente. ~ Garotinho!!! Onde está você!!! Gritava e gritava, não me importando de minha voz estremecer e chamar atenção do que lá tivesse, o que não demorou muito para ouvir um grito de socorro. – ESTOU AQUI! POR FAVOR... ME AJUDE! Foi nesse momento que acelerei um pouco os passos e entre um corredor e outro, seguindo um rastro de saliva gosmenta, conseguirá alcançar a última criança perdida. ~ Te achei. Comentava, avistando um lagarto da areia gigante.

A criatura estava faminta, então era compreensível seu estado bestial. ~ Aguente mais um pouco, pivete. Proferia enquanto estalava os punhos e olhava com bastante hostilidade o enorme animal. ~ Você prefere ir embora... ou apanhar até ir embora? Os olhos cerrados como de uma águia e hostil como de um javali, emanavam minha força em uma espécie de sede de sangue.

O monstro ficava um pouco indeciso, até num ataque enlouquecido vir para cima de mim, esquecendo da criança que a poucos estava sendo sua presa. ~ Beleza... tá na hora da surra épica. Diria acertando um soco no lado do rosto do lagarto e arremessando-o para o lado na base da força bruta. O bicho ainda estava vivo, mas desmaiado pela força de impacto.

Havia resgatado a criança e deixado o lagarto gigante vivo, não havia necessidade de mata-lo. Afinal, ele só estava seguindo seus instintos. O problema mesmo era ter que sair lá de dentro, já que, havia passado por vários corredores e perdido também ficava. ~ Hmm... certo. Eu tive uma ideia... Falava como se fosse a mesma coisa de antes, começando a socar as paredes até sair de dentro do labirinto.

Enfim a luz do lado de fora era vista, após romper a ultima parede. A criança havia ficado admirada, apesar do estado frágil de sua mente. Então seguia as plantas de Gwyn até encontra-lo. – Beleza. Indagava com a criança sendo carregada em minhas costas. Por fim, retornaríamos até a vila e entregávamos as crianças em segurança.

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Havia retornado para a vila, após concluir a missão e ter levado as crianças para seus pais, me despedia de Gwyn. ~ Foi uma ótima missão, valeu. Levava a mão para cumprimentar o perneta e em seguida iria embora. ~ Até a próxima. No retorno para minha casa, acabaria encontrando meu velho. – Hooh já voltou Ragar?! O que acha de um treinamento com seu coroa pra aproveitarmos o dia ainda. Ele parecia animado, seja por qual motivo for.

Havia concordado, afinal, negar um treino seria o mesmo que negar ficar mais forte. E quanto mais forte eu ficasse, mais próximo de alcançar o ápice Taijutsu ficaria. ~ Certo, vamos até o campo de treinamento. Proferia enquanto caminhava junto do meu velho até a área de treinamento.

- Hoje eu vou te ensinar um dos jutsus mais fortes que nosso clã tem! O nome dele é: Karamatsu no Mai! Ele então começava a explicara essência por de trás do jutsu, sobre a capacidade de usar o crescimento dos ossos para preencher partes de nosso corpo e então usar para fortalecer a defesa, além de ser bem útil em um contra-ataque.

O Taijutsu, incorporando o Shikotsumyaki, era uma habilidade ao qual capacitava seu usuário a defender golpes a curta distância. Podia ter a fraqueza contra ataques a longa distância, mas a habilidade brilhava a curta distância, sendo um dominador no combate corpo-a-corpo. O meu pai comentava sobre os ossos servirem de “para-golpes”, um termo que ele referia da seguinte forma: qualquer ataque direto seria interditado pelos crescimentos dos ossos, o que em uma luta direta era um jutsu extremamente poderoso, além é claro de ser rápido sua ativação.

O tempo passava e as explicações eram finalizadas. Agora era a parte pratico do aprendizado. Eu usufruía do jutsu para entender com as orientações do velho enquanto trocávamos alguns golpes para aprender da melhor forma: sentindo na pele. Pelo menos era assim que meu velho dizia ser mais fácil entender e aprender.

O jutsu em si não era difícil de entender e aplicar, mas era necessário usa-lo algumas vezes até compreender por completo. – Parece que você tá pegando o jeito, nada mal. Meu pai dizia orgulhoso, Taijutsu era o nosso forte e eu possuía uma aptidão monstruosa para ele. – É um jutsu bem defensivo e bem forte. Comentava enquanto recolhia os ossos.

O combate contra ele mostrava que ainda me faltava muitos treinos, pois, a força de meu pai e suas habilidades eram extraordinárias. Se fosse considerar ele alguém além de ser meu pai... seria um mestre. Ele era poderoso, mas muito preguiçoso. Talvez seja pelo seu passado, tal qual ele não fala. ~ E aí... quando é que você vai me dizer onde está minha mãe? Eu perguntava, quase como sempre, curioso para saber o que havia acontecido com ela. – Hãh? Ehhh... veja, você não está usando direito os ossos. Ele apontava para mim, logo me atingindo uma voadora.

Para variar, a resposta sobre minha mãe era a mesma. ~ Uffs. Suspirava me levantando e então usando novamente o jutsu. ~ Karamatsu no Mai! Liberava uma grande quantidade de ossos pelo corpo e em seguida, meu coroa me atacava com uma rajada de golpes por meio de dois ossos que ele estava empunhando. – Oh! Nada mal Ragar, está começando a usar o jutsu de forma adequada. Ele comentava e frisava enquanto ele tentava transpassar as defesas ósseas.

O combate atrelado ao aprendizado, mostrava que meu velho apesar de ser preguiçoso e pancada da cabeça, ele era um oponente habilidoso, pois, quase conseguiu me atingir durante a batalha, ainda que estivesse usando uma habilidade defensiva extremamente poderosa para combates a curta distância.

O treino havia chegado ao fim, e ele acabou dizendo. – Você já conseguiu dominar bem o jutsu, não esperava menos de você. Ele sorria contente pela tarde em que havíamos passado, o que era um tanto raro. ~ Humph. Isso é só um degrau... eu ainda vou atingir o pico máximo do Taijutsu. Fechava o punho e apontava para ele, animado e ansioso para com minhas ambições. Enfim, nós iriamos embora para casa durante o tempo que avistávamos o pôr do sol.

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