Satori estava lendo relatórios de missões que tinha recentemente realizado, ou melhor, cópias dos relatórios, enquanto sentado em uma cadeira do lado de sua cama. Ele esteve morando junto de seu irmão faz anos, e a única coisa que o apocalipse que caiu sobre Kumogakure mudou nesse aspecto é que eles tivessem que reconstruir do zero a casa. Ele se encontrava sentado na sala da casa, quando notou o corvo fora da casa e foi checar sua presença. Ao receber o pergaminho do corvo, abriu-o de cara e leu as instruções, ficando especialmente curioso e estranhado não só pelo fato de seu nome estar escrito errado no pergaminho, mas também por causa do nome de quem havia mandado o pergaminho. Ele não havia tido contato com alguém do seu clã que não fosse seu irmão (que havia conhecido apenas alguns anos atrás) dês de que seus pais morreram.
- Fazia tempo que eu não recebia um pedido desses... e especialmente um pedido com um perfil tão bizarro.
Ele pega a jaqueta que ele sempre usa quando está trabalhando (uma totalmente preta, com uma gola que pode ser usada para cobrir parte do rosto de Satori, tendo um símbolo distinto de caveira) e coloca ela. Ele sabia que ainda tinha tempo, mas ele já estava preparado. Quando já está de tarde e próximo do pôr do sol, ele sai de casa e vai em rumo as ruas de Kumogakure, com o objetivo principal sendo chegar ao lugar onde o mapa apontava. Quando chegasse lá, a primeira coisa que tentaria fazer seria procurar o individuo que havia o chamado ali, já que aparentemente ele seria "fácil de encontrar". Ele tenta procurar em volta da área geral da padaria, mais ou menos onde o ponto estava no mapa, tentando procurar qualquer figura com características distintas. Quando (se) encontrasse a figura, aproximaria ela com cuidado, esperando ela reagir antes dele, afinal, não dava para negar que ele chamava atenção também com o seu cabelo meio desarrumado e jaqueta com uma gola que bloqueava parte do rosto.

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Ao notar o homem de meia idade se levantando, Satori vira os olhos para ele e escuta ele com atenção. Quando Ifan se apresenta, Satori faz o mesmo:
- Prazer. Já sabe qual é meu nome, então não preciso dize-lo aqui. - Satori disse, com uma estranha calma. Ele mantém a gola alta, bloqueando como uma máscara parte do rosto. Ele também comenta sobre o que Ifan falou sobre a Assistente do Raikage:
Interessante. Mesmo eu conhecendo-o pessoalmente, eu ainda não tenho conhecimento das pessoas que auxiliam o Raikage.
Ele continua olhando Ifan com aqueles olhos cansados, o seguindo em meio a Kumogakure em reconstrução. No caminho, enquanto eles passam pelo jardim, ele até observa as casas sendo reconstruídas, e dava para ver que os olhos deles pareciam mais vividos quando ele fazia isso. Quando Ifan revela a passagem por de baixo da estátua grandiosa, Satori o segue em silêncio, mas ainda sim interessado. Passando por a escadaria mal iluminada, ele olha ao seu redor no salão antes de prosseguir, analisando os diversos itens relacionados ao clã que estavam naquela estrutura. Logo em seguida, vai até a mesa baixa e se senta, baixando a gola de sua jaqueta e pegando uma das xícaras de chá. Ele escuta o que tem a dizer sobre o seu pedido e fala:
- Parece algo simples. Eu não sou alguém que tem uma conexão tão forte com o clã, hoje em dia meu único laço de família é meu irmão, e mesmo que ele ainda sim passe por Kumogakure grande parte do tempo, ele é nativo de Konohagakure na verdade. Ainda sim, eu não vou deixar que alguém tão patético ao ponto de colecionar relíquias acabe pegando parte de nossa história possa simplesmente sair livre com itens como esses sem nenhuma repercussão. - Falou sobre o propósito da missão, enquanto ele calmamente bebia a xícara de chá. Logo em seguida, ele continua falando:
- Você provavelmente nunca me viu pois eu não sou alguém que se meteu em tramas internacionais. Eu só lido com problemas locais mais simples... isso é, até o cataclisma acontecer em Kumogakure. Eu já tinha raiva antes, mas tudo isso fez eu me cansar de contribuir em uma escala tão pequena. E sim, eu vivo a muito tempo aqui... eu nasci aqui, e vivi com meus pais, até eu achar eles mortos quando voltei pra casa um dia. Eram eles a conexão que eu tinha com o clã, e eu era pequeno demais... talvez tenha sido por isso que não falei com nenhum outro Uchiha até a chegada do meu irmão, que estava procurando por um irmão perdido. - Falava tudo com a mesma calma de antes, mas agora com muito mais frieza, especificamente quando falou de seus pais. Mesmo que ele não demonstrasse nenhuma emoção forte, dava para perceber que ele sentia raiva sobre tudo aquilo. Ele da uma pequena pausa antes de terminar:
- Enfim, Uchiha Ifan... qual é o plano?

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Satori ouve o que Ifan tinha a falar sobre sua vida, e fala em resposta aos comentários dele:
- Eu não sei ainda... se eu for falar a verdade, tem coisas que eu me pergunto se meus pais não escondiam antes de morrer. Talvez um dia eu possa voltar a ter relações diretas com o clã e poderemos ficar mais próximos, mas ainda sim, vou tentar chamar meu irmão da próxima vez. Afinal, ele foi quem localizou um filho perdido sozinho, aposto que deve saber mais do que eu sobre minha própria família. - Ele da um sorriso leve enquanto fala isso, notável que não tinha sorrido até esse momento.
Ele observa atentamente Ifan tirando a caixa de trás dele, e presta atenção em suas instruções. Ele pega os itens importantes de dentro da casa (o mapa, ingressos e pingentes) e pergunta:
- Nunca fui ao País das Fontes Termais, mas eu suponho que esse mapa seja para o local, certo? - Ele pergunta, mais para ter certeza.
Independente da resposta, ele falaria com Ifan mais uma vez antes de sair:
- Adeus, te vejo quando terminar de lidar com o problema. Boa sorte com seu braço aí, inclusive. - Diz com a mesma calma de sempre, mas como sempre escondendo raiva por de baixo do rosto dele. Não por causa de Ifan, não não, mais a raiva que ele sempre sentia quando tinha de realizar um trabalho.
Logo em seguida, ele sairia da estrutura subterrânea, e como primeira ação ia tentar ler o que exatamente o mapa mostrava. Depois, tentaria seguir até onde o mapa indicava, seguindo o mapa do jeito mais atencioso possível para evitar desviar do caminho até o país e a igreja (que obviamente seria o primeiro lugar que ia tentar ir).

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Durante a viagem, Satori ficava mais e mais cansado daquilo, muito por que não era alguém acostumado a fazer longas viagens fora da vila. Ele ainda sim continuava em frente, olhando o ambiente e clima mudando conforme ia chegando mais perto da sua localização. Quando a temperatura começa a descer e ele chega no país da geada, ele levanta a gola de sua roupa (que cobria a parte de baixo de seu rosto, de um jeito parecido com uma máscara), coisa que já teria feito antes mas decidiu fazer agora já que estava começando a ficar frio demais. Ele normalmente fazia isso puramente por uma questão de aparência, mas percebeu que aquilo podia ser útil dependendo da situação. Ao ouvir a comoção próxima dele, ele cautelosamente foi checar o que estava acontecendo, e ficou intrigado em achar algum tipo de conflito tão rápido assim.
- Vermes... eu não tenho ideia nenhuma de quem eles são, mas isso não importa no momento.
Ele tentaria pegar uma das kunais que havia guardado e deixaria em seu bolso, mantendo a mão direita no bolso. Tentaria manter distância o bastante para que não fosse percebido, mas ao mesmo tempo que pudesse prestar atenção no que estava acontecendo ali, usando as árvores e terreno natural que conseguia achar para tentar manter fora do campo de visão das figuras de preto, já que queria ter uma ideia do que estava acontecendo antes de interferir diretamente no conflito, além de também querer usar o elemento da surpresa.

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Eu espero atento no frio congelante do lugar a ação dos homens de preto. Eu na verdade preferiria muito acabar com esse conflito na hora que eu vi os homens, mas eu ainda sim decidi espiar antes de me envolver na situação para ver se eu aprendia algo importante. Ao assistir os acontecimentos, Satori acha curioso o jeito que a menina agia.

- Ela está nervosa, o que é normal, mas normalmente alguém não reagiria a um assalto tão fortemente assim. Me pergunto da onde ela tirou essa coragem.

Continuei observando, até sentir a sensação de estar sendo observado. Eu até olhei para os lados na hora, mesmo que soubesse muito bem que se alguém tivesse ali do meu lado eu já teria percebido a esse ponto. Mesmo que meio confuso e com algumas suspeitas do que estava acontecendo ali (especialmente por causa da sensação estranha), estava preparado para sair do meu esconderijo e tomar ação, mas fui surpreendido pela ação rápida do velho, que

- Eu já achava que havia algo estranho aqui... parece que foi revelado o motivo. Esse velho parece ser estranhamente habilidoso, mas independente das circunstâncias, eu não posso continuar escondido aqui para sempre.

Eu logo em seguida sairia do esconderijo, tirando a mão que ele havia mantido esse tempo todo no bolso com a kunai (deixando a kunai ali) e sem falar uma palavra tentaria executar o genjutsu Magen: Jigoku Kōka no Jutsu por meio de expansão de chakra, tentando controlar o tamanho da expansão no processo para que ela não pudesse estender e afetar o velho e a menina (no caso, tentando fazer com que a expansão só acertasse os capangas no processo).

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Seguro minha gola para ela não cair após realizar os sinais do jutsu, e fico aliviado ao ver que os capangas haviam caído tão facilmente assim. Apesar disso, fico mais interessado ainda ao ver a reação do velho ao acontecimento, especialmente o jeito que ele falou "Este é diferente".
- Eles provavelmente nem precisavam de mim para sair dessa situação, vendo a habilidade do velho ao bloquear aquela espada. Além disso, o velho parece considerar naturalmente eu como uma ameaça, então eu tenho quase certeza que ele deve saber o que acabou de acontecer. Interessante...
Eu presto atenção na menina, que aparentemente tinha o nome de Annie, e me chama atenção ainda mais agora o contraste entre os dois, especialmente por causa da postura da menina comparado com a do velho. Também me chama atenção a pressa que o velho tinha, mas eu decido ignorar isso por agora.
- Sim... eu também sou um viajante. Meu nome é Satori, e seu nome é Annie, não é? Eu estava tentando encontrar o caminho para um lugar próximo daqui, mas acabei me encontrando com vocês no caminho. Olha, eu não tenho muito com o que poderiam ajudar, mas se vocês pudessem me dar uma carona para uma vila turística chamada Fênix Renew, eu ficaria grato, ainda mais que vocês parecem estar a caminho do País das Fontes Termais também. Se não, eu continuarei em meu caminho a pé. - Tento dizer do jeito mais neutro possível, mesmo que toques de frieza fossem difíceis de não ser exibidos com a postura de Satori e a quantidade de tempo que não falava diretamente com um estranho, ainda mais com uma criança.
Eu esperaria a resposta da criança, mas mais importantemente do velho, que eu tinha certeza a esse ponto que seria contrário ao meu pedido. Aquela situação toda parecia já estranha demais em minha opinião.
- O velho é misterioso, e a tal de Annie é professional até demais para uma criança. Mesmo que eu duvide que são diretamente ou indiretamente relacionados aos acontecimentos que relacionados ao roubo dos artefatos, eu ainda sim acho eles no mínimo estranhos de longe.

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Eu espero a resposta da garota pacientemente, enquanto eu pensava sobre o caminho até a vila. Depois da garota oferecer seus termos, eu respondo:
- Eu aceito. Muito obrigado. - Tento falar do jeito mais formal possível.
Eu entro na carruagem ainda com a gola levantada, e me sento na parte do cocheiro, como ela havia informado. Enquanto viajando, eu apenas me foco nos meus pensamentos por um momento, mesmo que ainda prestando atenção na viagem e especialmente o velho.
- Strat... família rica que está passando perto de Fênix Renew, provavelmente por causa de negócios relacionado a algum hotel na área. É melhor eu me lembrar deles... talvez seja útil no futuro. Mesmo que não tenha nenhuma prova de que tem algo estranho com eles, eu acho muito coincidência eu me esbarrar com alguém desse perfil justo quando eu vou fazer uma missão dessas.
Quando chegasse na vila de Fênix Renew, apenas se despediria quietamente com um aceno de mão a Annie e o velho, e logo em seguida tentaria analisar a atmosfera da vila em que se encontrava agora. No meio daquela movimentação que era de se esperar de uma vila turística, eu tento focar minha atenção em me localizar na vila, especificamente buscando achar a igreja da vila que havia sido mencionada por Ifan. Se eu conseguir encontrar a igreja, eu darei uma olhada na entrada dela, antes de entrar.

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A energia intensa da cidade já começou a me deixar meio irritado, mais por que eu simplesmente não gosto de ambientes movimentados (nesse sentido).
- Parece que tem coisas que eu nunca me esqueci nem mudei dês de que eu comecei a trabalhar. Pessoas falando... pessoas andando de um lado para o outro... sempre me deixa desconfortável.
Por causa disso, até gostei da mudança de ambiente drástica da igreja, mesmo que achasse estranho o quão grande o impacto era na atmosfera só de entrar naquela igreja, comparado a cidade que eu residia. Eu decido checar se tem alguém ali.
- Alguém está aí? - Falo com um tom de voz um pouco mais alto que o normal, ainda não gritando.
Ao chamar, eu percebo a presença do homem de olhos fechados, que parecia até mesmo esperando lá na parte de trás da igreja por algo. De qualquer forma, ao ouvir o nome dele, eu dou um pequeno sorriso no canto do rosto, e começo a falar com ele.
- Olá Bishop... meu nome é Satori, não suponho que me conheça... Sabe, eu tinha assuntos importantes a falar com você, mas eu acho que seria melhor nós falarmos em um lugar mais privado.
Logo em seguida, me aproximo um pouco mais de Bishop e falo com um tom de voz mais baixo do que antes.
- Não conheceria um individuo chamado Uchiha Ifan, conheceria?
Esperaria a reação de Bishop calmamente.

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