RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
Últimos assuntos
Publicado Ter Out 22, 2024 2:19 am
Hanami

Publicado Sex Set 27, 2024 2:06 pm
Gerald

Publicado Sex Jul 26, 2024 3:06 pm
samoel

Publicado Qui Nov 02, 2023 8:25 am
Haru

Publicado Ter Out 31, 2023 7:10 pm
Yume

Publicado Ter Out 31, 2023 1:32 am
JungYukiko

Publicado Sáb Out 21, 2023 4:44 pm
Kaginimaru

Publicado Sex Out 20, 2023 2:45 pm
Pandora

Publicado Qui Out 19, 2023 9:08 pm
Tomie

Publicado Ter Out 17, 2023 8:57 pm
Kaginimaru


Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
A vida de um Genin recém-formado é cheia de tarefas pouco emocionantes, isso eu sabia bem. Enquanto tentamos provar nosso valor, as missões para as quais somos convocados são coisas que até mesmo civis — ou melhor dizendo, os próprios contratantes — poderiam fazer facilmente, mas pareciam ter preguiça ou simplesmente dinheiro o suficiente para não precisar perder tempo com aquilo já que podia contratar o trabalho da vila. O papai dizia que esse tipo de missão é tão importante quanto as outras, já que todas movimentam a economia da vila. Eu entendia o que ele queria dizer, mas eu não esperava deixar meu nome marcado nos livros de história como o melhor caçador de cachorros perdidos em seus quintais.

Naquela manhã, eu me levantei preparado para enfrentar mais um desses cachorros fujões, figurativamente falando, pois precisaria realizar uma dessas missões de preguiçoso e encontrar uma muda de flores que desapareceu durante a entrega. Na floricultura, eu questionei o dono se alguém tinha algum interesse obscuro naquela muda, mas ele disse que era apenas uma muda comum. O grande lance é que era de uma espécie trazida de outro país e plantá-la seria o presente de aniversário para a esposa do dono, que aparentemente gostava muito daquele tipo de flor. Segundo ele, não estavam mais na época daquela planta, então para conseguir outra, ainda mais de outro país, levaria no mínimo mais uma estação. Até lá, obviamente, o aniversário já teria passado.

Eu deixei para suspirar de frustração fora da floricultura; aquela missão era patética. Com um mapa em mãos, meu primeiro passo — e o que considerei mais óbvio — foi traçar o caminho que muda tinha feito desde que tinha chegado na vila. O dono tinha dito que quando cruzou os portões a planta ainda estava na carroça, mas que ao chegar na floricultura ela já tinha sumido. Logicamente, ela devia ter caído por algum lugar que ele passou e ele não percebeu. Meu trabalho se tornou simplesmente fazer o trajeto inverso dele e manter os olhos atentos aos arredores. Ele tinha me mostrado uma foto da jarra e da muda, ambas amareladas, então não deveria ser difícil.

Digo, realmente para qualquer outro não deveria ser difícil, mas quando você tem uma mente agitada como a minha e um intervalo de atenção menor que seu dedo mindinho... bem, as coisas conseguem ficar bem estranhas. Em um momento eu estava procurando pelo jarro amarelo e no outro estava sentado numa loja de sorvete com um milkshake de chiclete em mãos. A decoração do lugar era bem luminosa, o que serviu para travar minha atenção por algum tempo. Quando me dei conta, minutos importantes tinham se passado e eu tive que me colocar de volta no trajeto de antes rapidamente.

Eu já tinha me acostumado com isso de ceder a impulsos repentinos, mas não deixava de ser frustrante às vezes. O lado positivo é que quando você está acostumado é mais fácil se manter focado, mesmo que isso signifique ansiedade. E quem diria que eu estaria ansioso em uma missão como aquela, hein? Eu tive que procurar em muitos cantos, para ser honesto. Dei uma atenção a mais para curvas ou ruas acidentadas; afinal, fazia sentido para mim a muda ter caído nessas circunstâncias.

Depois de boas horas, eu a encontrei. O jarro estava destruído, mas a muda parecia intacta. "Não que eu seja um biólogo para perceber isso", pensei antes de pegá-las em minhas mãos. A textura da areia não me agradava, mas eu não tinha muita opção. Eu até avistei os cacos no chão e considerei que alguém poderia se cortar, mas honestamente não liguei muito para isso; quem se machucasse seria porque não prestou atenção. Sendo assim, segui de volta para a floricultura para que pudesse concluí-la de uma vez.

O floricultor pareceu muito feliz quando me viu chegando e ensaiou um abraço, mas eu recuei alguns passos e apenas estendi as mãos indicando que não estava no clima para contato físico. Assim que tudo pareceu estar de volta no lugar, eu me virei e segui de volta ao gabinete administrativo para receber meu pagamento. A missão tinha demorado mais do que eu desejava, mas pelo menos foi um sucesso.

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
De forma simples, os Genins recém-formados existem simplesmente para que a vila possa aceitar a demanda de trabalhos estúpidos que qualquer pessoa com o mínimo de cérebro poderia fazer. Assim eles conseguem arrecadar o dinheiro dessas missões, ao passo que não ocupam seus shinobi mais valiosos com tais trivialidades. É claro que eles nunca vão admitir isso e ,se você perguntar, o alto escalão dirá que o objetivo é ajudar a forjar o caráter de sua força militar estreante. Na prática, é basicamente isso que eu falei. Falando assim pode até parecer que não ligo e até desprezo tais atividades, mas não é isso também. Elas são triviais, sim, mas tudo que você faz pode ser convertido em algo útil. Ao menos eu gosto de pensar assim para não acabar frustrado além da conta.

Naquele dia, eu saí do gabinete de missões da vila com um pergaminho em mãos. Minha presença tinha se requisitada pela tarde do dia anterior, e fui pontual na manhã seguinte. Não que eu esperasse algo de diferente, mas quando eu percebi que estava recebendo aquela missão sozinho, ficou claro que seria uma digna do meu escalão: uma Rank D. O briefing era simples: uma mulher rica o suficiente para pagar por uma missão oficial, porém não o suficiente para pedir a um de seus empregados fazer aquilo, requisitou que alguém fosse mandado para encontrar seu gato. O felino tinha se perdido, pasme, pelo próprio quintal da casa. Uma foto do local mostrava que realmente era um lugar bem espaçoso. A última vez que ele foi visto estava brincando no labirinto de arbustos e... bem, desde então não voltou.

Quando cheguei no local, não tive tempo de sequer pensar em uma apresentação. Uma mulher vestindo joias caras e um vestido branco cheio de penas foi logo me guiando para os fundos da sua mansão. O quintal era muito maior que a minha própria casa e parecia bem cuidado. Ela tinha dispensado os jardineiros para que eu pudesse ter o espaço todinho para a minha busca. Na sua cabeça, um grande ato de consideração. Na minha, apenas uma demonstração de sua condescendência.

Com uma foto do bichano em mãos, comecei a caçada. A vegetação não era tocada desde o dia anterior, então eu me foquei em procurar por rastros da passagem do animal. Pegadas, pelos soltos pela grama, enfim, qualquer coisa que pudesse me dar uma direção a seguir. Nos primeiros minutos, a dona do lugar acompanhou meus passos. Talvez ela esperasse que por ter chamado um ninja eu apenas fosse chegar lá, bater o olho e encontrar o animal. Quando percebeu que eu procuraria por ele como qualquer outra pessoa, suspirou decepcionada e se afastou.

Ela voltou menos de um minuto depois com uma lata semiaberta. Segundo ela, era a comida favorita de "Baki", o gato, e poderia atraí-lo se ele sentisse o cheiro. Era uma boa ideia, no fim das contas, então fiquei carregando aquela coisa fedida de um lado para o outro como se tivesse batizando o jardim. Nesse meio tempo, encontrei quatro marcas afundadas no gramado. O tamanho era compatível a pata de um gato, então foi a primeira pista daquela investigação.; o fato do gramado ser ligeiramente alto tornava muito fácil notar pegadas. Olhando para trás, percebi que conseguiria refazer todos os meus passos até ali: meus pés estavam por todo o chão.

Naquele momento, coloquei a lógica para jogo. A menos que o gato tivesse asas, não teria como suas patas estarem marcadas apenas ali e então não ter mais nada. Com algum cuidado onde pisava para acabar não destruindo as pistas eu mesmo, segui em direção aos arbustos que formavam um tipo de labirinto e percebi que as pegadas continuavam pela sua lateral. As segui ainda com a comida em mãos na esperança do gato se revelar ao sentir o cheiro, mas em determinado momento as pegadas fizeram uma curva em direção às paredes verdes e sumiram.

— Ele saltou por cima. — deduzi. Por conta disso, eu fiz o mesmo e inclinei os joelhos para saltar por cima dos arbustos não tão altos assim. Do outro lado, mais paredes esverdeadas delimitavam o caminho. Olhei para baixo e percebi entre meus pés as pegadas seguindo para a esquerda. Continuei as acompanhando com cuidado. Direita, em frente, direita de novo e enfim esquerda. Um miado ao fundo indicou que eu estava cada vez mais perto. Continuei seguindo o rastro até que enfim encontrei o bichano. O motivo dele não ter conseguido voltar? Um dos galhos que deveriam ter sido podados tinha crescido demais e o gato conseguiu enroscar a pata ali. Como era bem no fundo do labirinto, seus miados de lamento não puderam ser ouvidos. Ele parecia mais interessado na comida que eu carregava comigo, contudo, então lhe entreguei a lata enquanto com cuidado soltei sua pata e o permiti se mover livremente.

Deixei que ele terminasse de comer porque não queria continuar carregando aquela lata fedida comigo. Só então o peguei nos braços e, refazendo meus passos, segui para aquela parte dos arbustos que era mais baixa e me permitiria saltar por cima. Quando entrei na casa e nossa presença foi anunciada por um miado, a mulher veio correndo sei lá de onde e tomou o gato dos meus braços. Olhando para o chão, percebi que meus pés sujos estavam marcando toda a cerâmica branca no piso. Acho que a mulher até percebeu, mas estava mais interessada por ter seu animal de estimação de volta. Escapei de uma bronca, provavelmente.

Não conversamos muito. Na verdade, ela nem agradeceu. Enquanto eu saía pela porta da frente, soltei um logo e carregado suspiro. O quão deprimente seria escrever minha biografia e ter que contar que uma das minhas primeiras atividades como um shinobi da Névoa foi resgatar um gato do quintal de sua própria casa?

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
Dando continuidade às missões de novato, acho que meu bom desempenho no resgate do gato impressionou o moço que entrega as missões. Por quê? Acho que não existiam muitos motivos além desse pro fato de eu ter sido chamado para uma tarefa dois dias seguidos. Eu percebi que julguei injustamente aquelas missões fúteis pelo simples fato de ter esquecido que eu estava recebendo dinheiro para aquilo. Quer dizer, eu ainda acho elas bem vazias, mas se ao me sujeitar àquilo eu estaria recebendo dinheiro... bom, pelo menos elas deixavam de ser completamente sem sentido afinal.

Com o pergaminho de informações na mão, eu percebi que daquela vez o trabalho seria mais braçal. Seguindo para o endereço designado, comecei a pensar de antemão em como eu conseguiria cumprir aquela missão sem me desgastar demais. Do que se tratava? Pintar o muro de algumas poucas casas de uma rua específica. Aparentemente, eles tinham feito algum tipo de evento na vizinhança que ocasionou em muita tinta tingindo as paredes. Eles fizeram uma vaquinha e contrataram os serviços da vila afim de limpar aquela bagunça. Refleti na parte da vaquinha porque uma missão não é tão caro assim de contratar; ou, pelo menos, esse dinheiro todo não estava vindo parar nas minhas mãos.

Chegando no local, me surpreendi com a forma que aquilo estava uma zona. Pratos, comida e todo tipo de sujeira de fim de festa estava jogada pela rua. Não era meu trabalho limpar aquilo tudo, apenas as paredes, mas mesmo assim me senti incomodado. Por pouco não peguei uma vassoura e dei um jeito naquilo tudo. De qualquer maneira, encontrei as latas de tinta rapidamente na frente de umas das casas. Ao lado das latas, alguns rolos e uns pincéis. Só tinha tinta branca disponível, então entendi que era a vontade deles aquele visual mais neutro. Refleti na clara falta de higiene dos envolvidos e que logo aquelas paredes brancas iriam estar sujas novamente, mas fazer o quê? Se sujassem de novo, poderiam me chamar e depositar uns bons ryous nas minhas mãos novamente.

Não faz parte do treinamento da academia essa coisa de pintar paredes, se é isso que você quer saber. Ainda assim, eu me dediquei àquilo porque... não sei, vai que um dia eu precise passar um pincel cheio de tinta na cara de um ninja patife Rank S para salvar a vila? Brincadeiras à parte, levei aquilo tudo da mesma forma que levo qualquer coisa chata: fazendo no automático me imaginando lutando contra dragões e me deixando levar pelo devaneio até tudo estar acabado.

Não tem muito o que falar sobre como foi pintar paredes. Não é a tarefa mais complicada do mundo, ainda que seja cansativo. Mas eu aprendi algumas coisas. Por exemplo, aprendi que pintar subindo e descendo ficava bem mais homogêneo que pintando para os lados. Aprendi que um mão não era o suficiente, e depois de secar se tornava necessário repetir o processo algumas vezes até realmente cobrir tudo o que estava por baixo e deixar tudo branco. Também aprendi que se a tinta secar no seu dedo, é divertido arrancá-la da pele. De qualquer forma, o que tornou o dia realmente estranho foi o fato dos moradores não terem saído de suas casas em momento nenhum.

— A festa deve ter sido boa mesmo.

No fim, as paredes ficaram limpas como foi pedido. O chão por outro lado continuava imundo e meu trabalho até que contribuiu para piorar tudo. Tinha restos de bolo cobertos de tinta quando virei a esquina, mas a minha parte foi devidamente concluída. A próxima parte era entregar o relatório e saborear os ganhos daquele dia; e sobretudo o monetário, é claro.

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
Às vezes, a vida olha pra sua cara e ri. Daquela vez, até eu tive que rir junto. Tenho a impressão que a minha mãe riu também, mas talvez tenha sido só coisa da minha cabeça. O ponto é que no meu terceiro dia seguido do "missões para Genins porque nenhum outro ninja sério se sujeitaria àquilo", eu acabei sendo enviado para um lugar que tinha conhecido bem no dia anterior. Sim, a rua da festa. Não, eles não tinham odiado a pintura das paredes, pedido outra pessoa e aquilo caiu de novo na minha mão. Acho que se enganaram achando que iriam ter disposição para limpar a bagunça, e agora que caíram na real contrataram alguém para fazer isso por eles. No caso, esse alguém sou eu.

Já aceitando meu destino trágico, aproveitei para comprar um picolé de sonho azul pelo caminho e assim já fui relaxando mentalmente antes de chegar lá. Eu tive a impressão que estava ainda mais sujo, como se tivessem jogado o seu lixo ali sem mais nem menos. Na verdade, pensando agora, eu tenho quase certeza que aproveitaram que alguém estava indo limpar para jogar seu lixo doméstico direto na rua. Tem gente que diz que faz isso para que os garis tenham um emprego, né? Vai que essa galera é toda assim. Pelo menos foram sensíveis o suficiente para deixar os sacos pretos, vassouras e pás no cantinho.

Não vou mentir que não me senti muito empolgado com aquilo. Eu sei que eu digo que dá para fazer qualquer coisa se você se deixar levar pela imaginação um pouco que seja, mas mesmo forçando muito não fui capaz de imaginar o que eu iria extrair de um dia de limpeza de rua. Infelizmente, uma vez que o trabalho tenha sido atribuído não tem muito o que você pode fazer. Se meu desempenho não fosse bom, iria pro meu relatório shinobi que não sirvo nem para varrer comida do chão. Não preciso desse tipo de reconhecimento.

Diferente da pintura que eu não tinha muito o que falar, daquela vez eu tinha muito o que falar, sim. Ou melhor, reclamar. Aquilo tudo era um grande tédio. Eu já não gostava de limpar meu quarto, quem dirá limpar uma rua inteira que eu provavelmente nunca mais colocaria os pés. Além de que toda aquela força para arrancar algumas comidas que secaram e ficaram presas ao chão, bem como passar a vassoura de um lado para o outro... aquilo era dolorido. E repetitivo, se me permite dizer. Admito que consegui fingir que a vassoura era uma espada e o lixo eram inimigos que eu precisava empurrar para longe e isso serviu para me distrair do jogo que era ter que limpar a bagunça dos outros, mas isso não tornou menos humilhante ter que passar por aquilo tudo. O saldo final acabou sendo dores nos braços pela força e nas pernas por ficar tanto tempo de pé. Um pouco de calos também, que foi o que me deixou mais insatisfeito. Felizmente, até o cair do sol tudo já estava devidamente limpo. As pessoas daquelas casas me deviam uma mesmo, viu, porque se não fosse por mim aquilo tudo continuaria imundo, do chão às paredes. Foram uns seis ou sete sacos de lixo, o que confirmou minha teoria que a festa devia mesmo ter sido boa. Assim como no dia anterior, não vi ninguém chegando ou saindo. Era estranho, sim, mas fazer o quê? Não era muito da minha conta mesmo.

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Yue
Icone : [Missões Rank D] Sipping on red wine Zhzuwaf
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [Missões Rank D] Sipping on red wine Zhzuwaf
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : [Missões Rank D] Sipping on red wine Zhzuwaf
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
4 missões rank D
Aprovadas!
@Extravaganza

Todas as missões estão bem escritas e senti que você se divertiu e se empolgou bastante fazendo elas, gostei da maneira em que deu sentido de continuidade nas duas últimas missões.
Yue
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Criações do Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
— Então eu só preciso podar as árvores? Não deve ser tão difícil, né?

Para dar uma variada, eu me antecipei ao chamado por missão e fui eu mesmo ao gabinete responsável pedir alguma coisa para fazer. O moço que tomava de conta do lugar estranhou, já que aparentemente não tem muito Genin procurando aquele tipo de missão (por que será, né?). Eu estava começando a ficar apegado com o dinheiro que eu estava juntando com tanto esforço, então tentei manter o padrão Kougetsu de cumprimento de missões intacto. Não que eu esperasse algo de muito especial daquela vez, mas até que me senti empolgado quando me foi estendido o pergaminho do contrato e nele tinha dizendo que era uma missão a serviço da própria vila.

— Essa é nova.

Daquela vez, meu trabalho envolvia podar algumas árvores pela praça central da Névoa. Sendo algo potencialmente mais divertido que varrer rua de gente porca, eu parti direto para o local sem enrolar demais. Existiam algumas árvores principais sinalizadas com um tipo de letreiro com o nome da espécie e um pouco de sua história. Eu não sabia sobre essas árvores por aquela não ser muito minha área de interesse, mas por já estar ali eu abracei a oportunidade de aprender uma coisa nova.

Observei o letreiro da primeira árvore e registrei mentalmente comparando o nome com a aparência. Só então segui em frente com aquela tesourona que me foi entregue minutos antes, ao pisar naquele lugar. A primeira das árvores era baixinha. Na verdade, parecia algum tipo de arbusto. Por causa da segunda opção, a apenas aparei os galhos. Aquela belezura ainda mito o que crescer para ser uma ameaça.

A segunda árvore tinha um pouco mais de informações. O letreiro indicava que aquela espécie era muito afim com água, se nutrindo dela com maior qualidade e mais rapidamente que as outras. Guardei o seu nome da mente. Poderia ser útil no futuro. Essa, inclusive, eu moldei (na medida do possível) os seus galhos para lembrar um urso. Eu estava inspirado demais naquela ocasião. Sabia manusear aqueles equipamentos todos? Não. Isso me impediria de mostrar alguma habilidade manual? Também não.

No fim do dia, o saldo tinha sido positivo sobre duas coisas. A primeira delas é que eu tinha aprendido um pouco mais sobre as árvores locais da vila. Seus nomes, suas características, enfim. A segunda é que era sexta feira, então eu teria uma chance de descanso por dois dias. Em casa, no fim da noite, procurei alguns livros de botânica da mamãe e constatei que aquelas informações realmente eram verdadeiras.

Agradeci por ter aprendido algo novo antes de encostar a cabeça no travesseiro e dormir. Aquilo me deixou um passo mais perto de ser o soberano. Calma, não o Mizukage. Talvez só conselheiro já sirva.

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Tsukuyomi
Administrador
@
Tsukuyomi
Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
Eu lembro que na minha época de Academia, logo que o ano letivo começou, um dos professores fez um evento de um dia em que alunos já formados apareceram para responder perguntas dos novatos sobre o que é ser ninja. Eram praticamente palestrantes explicando sobre os benefícios de ter um pedaço de pano com formas geométricas na testa e arriscar a vida em missões quase sempre potencialmente suicidas. É claro que ninguém falou pra mim que eu teria que pintar paredes e procurar gatos perdidos em jardins quando esses eventos aconteceram. Pensando bem, eu também não contaria se me chamassem para participar daquilo. Parte pela humilhação e parte para descontar deixando todos se surpreenderem assim como fizeram comigo. De qualquer forma, naquela época eu até que achei legal aqueles Genins terem disposto do seu tempo para participar daquela interação. Hoje eu sei que eles só o fizeram porque não tinham muita opção... Mas pelo menos receberam dinheiro pela humilhação e tempo perdido, né?

— Eu realmente nunca imaginei que eles estavam apenas cumprindo uma missão. — me peguei refletindo quando chegou a minha vez. A carta do gabinete de missões chegou bem cedo e avisava do evento que estaria para acontecer na Academia. "Nada demais", pensei, afinal aquilo era algo recorrente e eu sabia que era apenas um dia (praticamente) sem aula alguma. Lembro de ter ficado animado na ocasião por ter mais tempo para ler minhas próprias coisas; duvido que existam muitos outros estudantes interessados em leitura naquele ou em qualquer outro ano, então seria mesmo apenas mais um dia de curtição.

Assim que coloquei os pés no território da Academia Ninja, o primeiro choque: aquilo não era o evento que eu esperava. As zonas de treinos estavam repletas de atrações, de provas físicas "divertidas" e stands, quase como um carnival. Meu queixo caiu enquanto eu vislumbrava tudo aquilo. Quer dizer, é claro que resolveram aplicar todo o orçamento em um mega evento depois que eu me formei. Nunca que eu teria um mimo daquele tamanho.

Guiado por um professor (que por sinal eu não conhecia), fomos parar numa sala de aula que mais parecia uma zona de guerra. Os baderneiros que ousavam se chamar alunos estavam fazendo algum tipo de treino de pontaria (até parece): cadernos, apagador e eu vi até mesmo uma cadeira voando de um lado ao outro. Meu trabalho ali seria fazer a introdução ao evento... porque é claro que tendo vários jogos apenas esperando para serem utilizados as crianças iam ouvir o cara estranho.

E, sim, é claro que elas iriam, porque foi exatamente o que aconteceu. Um garoto ficou surpreso pela cor diferente dos meus olhos, o que chamou a atenção dos outros por sua expressão de surpresa. No que fui sorrir para tentar ser amigável, um outro garoto ficou completamente hipnotizado pelos piercings em minhas orelhas. No que os dois se sentaram, desencadearam um surto de interesse na minha figura que foi mais do que suficiente para colocá-los na linha. Eu não esperava aquilo, mas não tardei a me aproveitar da situação para terminar aquilo o mais rápido possível.

— Bom dia, alunos da Névoa. Eu me chamo Kougetsu e vou ser o professor por um dia. — comecei. O silêncio na sala chegou a me incomodar um pouco, apesar de eu amar aquela calmaria. Quer dizer, pareciam um bando de robôs; sequer pareciam piscar — Eu vim comentar hoje das grandes coisas que fiz no último ano depois de me formar na Academia. — continuei. Não soltar uma alta gargalhada pela mentira que tinha acabado de soltar foi quase impossível, mas disfarcei a vontade de rir como se fosse apenas muita empolgação — De ninjas exilados capturados a ajudar importantes políticos a cruzarem a fronteira, aconteceu de tudo. Minha missão mais recente envolveu resgatar um refém capturado por tropas inimigas. Acorrentado nas profundezas de uma caverna-labirinto, eu precisei aprender e decorar cada rota do lugar para finalmente salvar o bich-, digo, o general.

Os olhinhos atentos em minha direção chegavam a realmente incomodar. Suas expressões de surpresa sobre o meu relato realmente foram a cereja do bolo. Quer dizer, eu estava falando da missão de resgatar o gato da senhora rica dos arbustos do jardim de uma forma infinitamente mais heroica e empolgante, e ir relembrando de cada fato enquanto contava apenas dificultou manter a expressão séria. O restante daquele momento durante a manhã foi de discussão sobre jutsus. Precisei mentir aqui e ali porque, bem, não tinha treinado tantos jutsus novos desde que saí da Academia. Mas estudante é uma galera facilmente impressionável (não sei se pela idade ou pela empolgação de estar começando... ou os dois), então não foi tão problemático manter o personagem.

Em determinado momento, o professor precisou sair da sala e pediu para que eu tomasse de conta. Por mais que eu tivesse a admiração passageira deles, aquilo não foi o suficiente para mantê-los quietos. Um dos garotos conseguiu folga o suficiente para pular pela janela e sair correndo dizendo que iria para algum restaurante próximo. Ele era minha responsabilidade, então precisei meio que deixar os outros sem ninguém vigiando para ir atrás do pestinha. Foi uma boa corrida pelo quarteirão e me vi ficar ofegante (e dolorido) por não ter aquecido adequadamente. Quando o professor voltou foi logo antes do sinal bater, então ele apenas liberou que as crianças fossem para o evento do lado de fora. Eu estava me preparando para ir para casa, logicamente, mas o professor parecia ter algo a mais para mim.

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Extravaganza
Kumogakure Genin
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
Icone : I feel the chemicals burn in my bloodstream
Cargo Especial : Sem Cargo Especial
Títulos : Sem título
SIPPING ON RED WINE
Aparentemente, alguns supervisores que foram contratados (ou seja, receberam a missão de comparecer no local) para ajudar no evento acabaram tendo diversos imprevistos em suas últimas missões e não puderam estar podendo comparecer. Como não era mesmo algo esperado (tanto que foram designados para aquilo antes mesmo de retornarem para a vila, o que indicava serem uma galera mais experiente), alguns stands do evento acabaram ficando vazios. O professor responsável explicou que precisou sair por um momento porque um mediador do gabinete de missões tinha chegado com o parecer da vila sobre o assunto. Como era uma atividade impulsionada pelo alto escalão, eles estavam dispostos a ajudar no que fosse necessário. Sendo assim, deram alguma liberdade no que diz direito a fundos e nisso o homem podia estar contratando substitutos ele mesmo. Como eu já estava ali, acabei me tornando o candidato perfeito.

— Claro que ajudo. — respondi — Fico feliz em ajudar o futuro da vila.

Não era de tudo mentira, sabe? Eu realmente ligava para a nova geração da Névoa desde que ela me tivesse de exemplo para algo. O que acontece é que algumas maneiras são bem menos animadoras e mais humilhantes que outras, então é natural ter alguma atividade aqui ou ali que eu preferiria voltar para o hospital a ter que fazer. Cuidar de crianças, sobretudo aspirantes a ninjas, era uma delas.

Aparentemente, eu teria que cuidar de diversas atrações durante o dia. Como não tinham pessoal o suficiente, teriam que ir abrindo umas em determinados horários e fechar outras, no que os colaboradores iam sendo remanejados para que tudo pudesse funcionar pelo menos uma vez. O evento duraria toda a semana, então poucas não eram as atrações preparadas. A primeira daquele dia acabou sendo a corrida de saco. As regras eram simples: os participantes deviam entrar em um saco daqueles de feira e sair pulando pela pista de corrida até dar três voltas. Eu cansava toda vez que explicava aquilo só de imaginar participar daquela loucura.

Como toda desgraça é pouca, em uma rodada específica o número de participantes não bateu. Nada nas regras dizia ser necessário ter seis participantes em toda rodada, mas sabe como é criança mimada, né? Ansioso por um desafio à sua altura (palavras do menor), ele queria porque queria que eu participasse e fechasse a vaga que faltava. Entendendo que aquele era o meu trabalho (leia-se fazer o jogo seguir em frente), não tive muita escolha a não ser aceitar.

Uma volta já seria demais, então quando o apito soou eu só consegui amaldiçoar quem inventou que deveriam ser três voltas. Sinceramente, eu já estava prestes a sair correndo pra casa e me trancar no quarto na metade da segunda volta. Infelizmente, tive que continuar em frente. O rapazinho competitivo de antes estava bem animado e na liderança, no que desdenhou dos outros participantes (eu incluso) ao parar em determinada parte e deitar no chão, fingindo estar dormindo. Competitivo como sou, aquilo foi o suficiente para ferir meu orgulho e fazer eu dar tudo de mim na última volta.

Foi meio injusto, sabe? Eu era bem mais preparado que meras crianças, então tomei a dianteira e precisei aguentar alguns pais vaiando. Aparentemente, eles queriam só que eu estivesse ali em corpo para fazer o jogo acontecer. Mas não é assim que eu brinco, obviamente. Se entrei naquilo então seria para vencer.

missão realizada:
Extravaganza
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com/t3968-fp-chinoike-kougetsu
Conteúdo patrocinado
  • Resposta Rápida

    Área para escrever mensagem