O próximo treino era ficar de corpo para baixo, de modo que não inclinado mas totalmente reto, apoiava todo o peso do corpo sobre os braços, assim, Reo precisava erguer a si mesmo pela força bruta. Na verdade, não exatamente força bruta, mas sim a força máxima, e Reo como todo aspirante a ter uma cabeça de aço e totalmente agregado ao perpetuar da evolução de seu intelecto, era complicado que ele tivesse um físico avançado. Então, o máximo que podia fazer o garoto fazia por onde, tirando forças de determinação de locais inexplorados e obscuros. Principalmente porque mais do que tudo, Reo possuía um demônio interior.

As flexões eram executadas como qualquer outros exercício, o garoto subia e descia enquanto as mãos se mantinham no chão. Os pés estavam apoiados sobre as barras, o que permitia que ele pudesse ter uma base de sustentação melhor. E além disso, gotas de suor escorriam pela pele do garoto enquanto todos os músculos trabalhavam. Então quando completou mais ou menos 500 flexões, com o sentimento de que o músculo já estava quente o suficiente na região do braço, resolveu então parar, voltando à posição inicial. Hora do intervalo novamente. Soltou o ar pela boca novamente.

O quinto treino do dia era fazer flexão com uma só mão, de modo que tings que apoiar o peso do corpo todo com um só braço, mantendo as pernas retas e flexionadas. Era mais um dos exercícios que entraram no cronograma de Reo graças ao treinamento que recebeu, com isso, ele poderia fazer um leque de possibilidades de exercícios, de modo a ficar ainda mais forte no futuro. Com isso, ele começou a descer o corpo de modo a utilizar toda a sua capacidade física. Não era fácil fazer esses exercícios, mas ele estava lá, dando o seu melhor. Era pra ser forte, que fosse pra ser nas coisas em que é bom. O corpo subia e descia, e Reo precisava manter o seu core estabilizado. Gostas de suor continuavam a sair do seu próprio corpo enquanto se exercitava.

Sobe e desce, sobe e desce. As gotas chegavam a escorrer pela mandíbula do garoto, pingando no fim, em seu queixo, onde se prostrava sobre a grama abaixo. — Droga! Vai! — Dizia para si mesmo, e com isso, ganhava um intuito do incentivo, obrigando a si mesmo a ir em frente. Até que após 500 flexões de um só braço, o garoto caiu no chão, deixando o peito para cima, de modo a respirar fortemente como se precisasse de fôlego. Hora do almoço.

O próximo exercício era corrida. Reo disparou pela floresta, correndo a toda velocidade. Apesar de sua velocidade não ter aumentado nem um pouco, sua resistência foi o que aumentou em contrapartida. Assim, ele conseguia agora já correr mais tempo do que antes se mantendo com 100% de sua velocidade. Ou seja, no máximo. A disparada permitiu que um rastro de terra fosse deixado para trás, tinha tonalidade marrom e foi forte o suficiente para balançar o gramado. O intuito não era fazer nada mirabolante, só apenas correr para testar a resistência até o ponto em que se tornaria ainda mais resistente, sobretudo por causa de suas pernas.

O vento zunia contra si, os fios brancos ficavam para trás, de modo que o garoto poderia sentir o ouvido se conectar com o som do vento. As pernas disparavam rapidamente, deixando um rastro branco para trás. Mas além de correr, o garoto tinha que manter o equilíbrio, tinha que manter a capacidade de não tropeçar, uma queda naquela corredeira poderia ser o seu fim. Poderia até mesmo quebrar uma perna ou algo do tipo. As pernas esquentavam mas não o suficiente para que pudesse deixar o garoto cansado. Percebendo que estava no fim do percurso. Moveu as pernas, derrapando as mesmas sobre o chão e deslizando até parar. Na fumaça, o garoto ergueu a mão, limpando o suor com a costa do punho.

O próximo treino era de puxar carga. Amarrando a corda só redor da cintura, o garoto precisava arrastar a carga pelo chão até chegar em uma linha. Era onde estava marcado. Só que não era tão perto assim, o garoto precisava seguir com o peso o pressionado até que chegasse ali. Com isso, o Senju começou a fazer força, de modo que começasse a puxar o saco de areia preso a si com determinada determinação. As coisas não eram fáceis, e brincar de ninja também não. Gotas de suor escorriam pelo corpo do garoto ainda mais pelo esforço empregado, que era maior do que todos os outros anteriores. Mas pelo menos ele estava conseguindo arrastar o peso pelo chão, que estava começando a marcar o piso verde.

Cerrando os dentes, o garoto continuava a tentar de si mesmo, extrair o máximo possível de sua alma para que pudesse concluir aquele treinamento. Foi então que já tinha passado mais da metade do caminho, era só continuar. Aquilo deu um gás para que o garoto pudesse continuar e sorrir com isso. Logo depois, não muito tempo depois, o garoto chegou na linha. Assim, largou o peso e soltou a corda, se permitindo sentar sobre o chão e respirar, dando uma grande tragada de oxigênio devido ao esforço.

O próximo treino era de flexão comum. Reo apoiou os dois braços contra o chão mantendo seu core estagnado para que tenha equilíbrio. Após isso começou a subir e descer com o seu próprio corpo, de maneira que poderia sempre estar ali, treinando sua força e sua constituição. Mas teoricamente esse treino de flexão era o mais simples dentre todos, então, era de se esperar que não fosse tão impactante ou cansativo quanto os outros que haviam sido executados. Mas era questão de constância, persistência e muita força de vontade. Se deixasse se levar pela vontade de desistir, as coisas não iriam evoluir em nada, tampouco iriam alcançar um novo nível.

Reo sabia disso, então era importante continuar treinando, treinando e treinando o mais rápido que podia, com tudo que podia. Não era atoa que seu corpo estava subindo e descendo rapidamente o tempo inteiro. As gotas de suor chegavam esguichar para fora, como se o garoto estivesse envolto em óleo. Mas era resultado apenas de seu esforço do seu próprio corpo. Não demorou muito para que tirasse pelo menos dali umas 600 flexões sem parar. E Reo já estava ficando cansado, então era necessário parar para descansar. E acabou sendo o que fez.

Estava quase acabando. O gaiero precisava continuar persistindo. Com isso, ele continuou treinando, dessa vez, moveu o corpo a iniciar ataques. Suas mãos e suas pernas se moviam como um só, atacando a árvore mais próxima. Claro que agora, devido a resistência incomum do garoto, aquilo não seria o suficiente para causar um problema nas suas articulações ou no seu corpo, era a chamada constituição de ferro. Os golpes eram sucessivos, de modo a acertar a área da árvore, mas era claro que o garoto estava usando 100% da sua força ainda que fosse baixa.

O cabelo branco do garoto estava grudado na testa devido aos movimentos repetitivos de ataques constantes. Mas aquilo era uma forma de treinamento físico também, então estava valendo. Os golpes seriam trocados ao ponto de marcar a árvore com o simbolismo de pés e mãos que acertavam aquela árvore. Mas até quando o garoto podia continuar treinando nesse ritmo? Talvez estivesse bem, talvez não, mas o importante é que estava dando o máximo de si ali. No fim, já com as mãos quentes de tanto atacar aquele corpo arborícola, o garoto limpou a boca com a costa da mão enquanto gotas de suor escorriam pelo seu rosto. Hora do pause.

Por último. Agachamento. Segurando o saco de areia sobre o próprio corpo, o garoto começou a achar, tendo que suportar o peso contra a sua coluna bem alinhada bem como também forçar as pernas a terem força. Isso ajuda praticamente o usuário a ter mais resistência também. Para um corredor, isso é perfeito. Ou até mesmo para carregadores de peso, isso também é um tipo de exercício intercorrente. Reo estava praticamente suportando todo aquele peso devido a sua resistência. Gotas de suor tornaram a escorrer pelo seu rosto e a pingar pelo queixo enquanto fazia os exercícios, era necessário muita persistência para continuar dando duro.

Até ali, pela passagem do tempo, Reo tinha feito pelo menos umas 100 agachamentos, mas ele podia continuar. Cerrando os dentes com força, o garoto chegava a fechar os olhos devido ao esforço que tinha que fazer. Mas nada que não quisesse ter depois, como fruto de todo aquele esforço maluco. Bisuke Zanko havia imposto condições de treino bem mais rigorosas, mas era porque Reo precisava evoluir, e o Senju não era burro, ele entedia a necessidade. Então, em torno de 170 agachamentos, onde o garoto largou o peso para o lado, deixando isso tudo para lá. O último treino. Era necessário descansar.