Reo acordou cedo nesse dia. Ele aproveitou e tomou uma boa ducha para começar o dia. Após um tempo, ele saiu de dentro do banheiro com a toalha envolta da cintura, e uma toalha extra ao redor do pescoço, cuja qual ele estava usando para enxugar os seus fios esbranquiçados. Foi então que pelo canto do olho, percebeu um pergaminho que não estava ali antes. Ele se lembrava bem de quando havia acordado, não havia nada ali na cabeceira da mesa próximo a janela do quarto. Com isso, ao se aproximar, notou que era uma missão Rank C, pois algumas letrinhas estavam embutidas na capa do conteúdo do pergaminho.

[...]

Tempos depois, Reo terminou de ajustar a sua sandália sobre o pé, fechando a alça da parte de cima do produto. Com isso, estava pronto para partir em uma nova missão. Um sorriso foi dado por ele quando percebeu que o rank das missões para ele estava aumentando. Poderia significar só uma coisa: notoriedade. Com isso, estava pronto. Com um olhar determinado e um sorriso meio bobo nos lábios, o Senju saiu para fora. A ventania fazia com que sua bandana vibrasse, bem como sua camisa cinza aberta, deixando parte da sua regata preta à mostra.

A missão era clara. Óbvio que o garoto havia dado uma boa lida no pergaminho. Depois de alguns segundos analisando, o que se pôde ter de confirmação foi nada mais do que o caso de um homem, o senhor Shirodaki que esqueceu que tinha família. Reo se surpreendeu pelo fato do homem ter esquecido que tinha uma família para cuidar e apostar praticamente todos os seus documentos bem como todo o seu dinheiro. Foi esse desespero que levou o homem a pedir ajuda para as autoridades da Vila para que pudesse recuperar o que perdeu.

A missão era aparentemente simples. Era uma situação de resgate de documentos. Era só resgatar, o local se chamava Casa de Apostas Dukawa. E o Senju já havia ouvido sobre esse lugar. Na melhor das hipóteses não só era uma casa de apostas como também um local para divertimento adulto e até mesmo serviam bebidas naquele recinto. Tudo bem. O Senju fez vista grossa quanto ao fato de que era um menor de idade indo para um local similar a uma boate.

[...]

O vento farfalhava quando uma sombra se fez presente em frente á casa de apostas. A camisa aberta em cor cinzenta vibrava, assim como parte da regata preta e a bandana do garoto. Os fios brancos pareciam brilhantes e celestiais. Era hora de entrar.

Certo. Normalmente as pessoas entram pela frente. Não era o caso de Reo. "Bom. Há dois seguranças na porta da frente. Como são leigos, posso facilmente ultrapassar isso. Mas como?" Foi a pergunta que se fez. Mirou os olhos cinzas esverdeados pelos detalhes daquele lugar e notou ter algumas janelas. — Heh. Pode servir. — Falou baixinho. Próximo de uma esquina, o Senju colocou o capuz sobre sua cabeça e correu para o lado oposto, de modo a procurar uma entrada por trás. Encontrando uma saída, disparou o mais rápido que podia, saltando e tomando impulso pelo muro que não era tão alto. Pousando próximo do telhado de uma das janelas dos andares.

O passo seguinte foi entrar em um local vazio. Obviamente, encontrando tal recinto, adentrou. Sacou do bolso uma foto. Era o homem responsável pela aposta que tirou todas as Reservas do cliente. Precisava pegá-lo. "Aqui provavelmente é um lugar altamente vigiado… Irei criar uma distração." pensou rapidamente, pegando umas caixas no processo e atirando nas paredes. Aquilo fez um barulho enorme, o suficiente para que alguns homens adentrassem o local aos berros, tentando descobrir o que fora aquilo. Ao chegarem lá, ficaram confusos. Foi tempo o suficiente para que Reo, agachado e com o chakra concentrado nos pés, disparasse pela porta afora de cabeça para baixo, totalmente colado no teto.

"Consegui passar. Ótimo. Agora eu só preciso verificar onde está o cara. O nome dele é Kuza. Um dos proprietários desse recinto." Raciocinava, morrendo os olhos cinzas de maneira a observar o ambiente. Graças a pouca luz, também ajudava a camuflar um pouco a situação do Senju. "Certo. Ele está ali, pelo visto, está sozinho. Está entrando. Há um guarda na frente. Devo distraí-lo."/ E, com os pés grudados na parede, disparou sorrateiramente até ficar acima do homem. Deixou uma kunai cair em direção ao chão de propósito. O homem se distraiu com isso por um segundo e olhou para cima, vendo que não tinha ninguém ali, começou a limpar os olhos. Reo rapidamente se deslocou e fechou a mesma sem fazer barulho.

— Migoro, algum problema? — Perguntou o homem de costa. Reo rapidamente se moveu, colocando a kunai rente ao pescoço do homem. Pressionou a lâmina contra o pescoço do mesmo. A expressão era fria, distante como um demônio desperto. — Onde estão a guarda de documentos de apostas vencidas por você?! — Perguntou em tom brando. — A-ah, do que você está falando… — Tentou contrapor, mas o Senju pressionou a arma, o que ocasionou um pequeno sangramento ali. — Anda. Ou você morre aqui mesmo. — Ameaçou outra vez o Gennin. — A-ali, ali no cofre. É só abrir… Ainda não fechei… — Confessou, trêmulo. — Certo. Bom trabalho, seu merda. Se contar sobre isso pra alguém, eu volto pra te matar. Sei onde trabalha, sei onde mora, com quem mora. Não é difícil. — O tom frio permeava as palavras do jovem encapuzado. — Certo … Eu guardo o segredo. — E ao terminar, foi nocauteado, tombando no chão.

"Como forma de enganá-lo, irei inclusive me assegurar. Assim ele vai pensar que está tudo bem." Pensava, abrindo o cofre que estava lá de fato aberto. Com isso, recolheu a pasta com documento do Sr. Midorikawa, o trocando por documentos falsos, bem como também, a quantia estava dentro da pasta. Todo o dinheiro. Retirou e colocou notas falsas. — Assim ele não vai desconfiar. Provavelmente não presta atenção. — Falou, fechando o cofre. Com isso, colocou os documentos e o dinheiro na mochila que havia trago consigo. Saltou para fora pela janela, caindo dentro do mato próximo e desaparecendo.

[...]

O dinheiro e os documentos foram entregues. Com isso, o Sr. Midorikawa ficou contente e agradeceu ao trabalho. Reo poderia admitir que realmente clonar papel falso e documentos falsos poderiam ser difíceis e duvidosos. Mas, aquilo era uma forma de prevenir furos na missão e dores de cabeça futuras.