Uma nova missão foi dada. De certo modo, parecia que cada vez mais as pessoas estavam chamando Reo para missões. Talvez sua aparência juvenil não estivesse o prejudicando tanto como antes. O número de missões sucedidas estavam dando o gás para que o garoto pudesse prosseguir na vida shinobi mesmo tendo uma aparência jovem que ficaria marcada para sempre no cerne da sua alma. Caminhando para fora, o garoto dos fios brancos colocou o pergaminho marcado com a letra C no bolso. Já estava ciente da missão. Era algo relativamente simples. Algo que envolvia um ladrão. Tais feitos em roubos encheram o seu ego.

O Ego. Algo que pode mudar bastante as pessoas. As pessoas se tornam altamente egoístas se não souberem lidar com o seu próprio ego. Era o que havia acontecido com esse ladrão, Mikao Jushikawa. Ele havia planejado um novo roubo após ter sucesso na vida do crime, basicamente, ele precisava anunciar um roubo ao vivo em um local endereçado e com hora marcada. Uma missão mais direta e sem rodeios do que essa, só em outra vida. Nunca se tinha visto tamanha missão linear com tanta clareza. Era hora da intervenção sobre aquele plano público, para interceptá-lo e prendê-lo finalmente. Com esse pensamento em mente, Reo partiu.

O ladrão havia marcado o local. Era um quiosque sobre peixes e algumas docerias que as crianças gostavam. Algo chamado como Bakery do Minumoto. Ele havia marcado o horário às 01:15 da madrugada. Seria algo para lutar ali, e impedir que o dito ladrão efetuasse o seu roubo. Então, só chegar lá, Reo percebeu que parecia um complexo simples. As pessoas trabalhavam de maneira comum por ali, assim como várias outras trabalhavam dentro do quiosque. A coisa mais incrível era que um ladrão teria coragem de invadir e anunciar um assalto para aquele lugar sendo que, de um modo ou de outro, era só um recinto simples.

O Senju se sentou sobre o telhado daquele quiosque. Ainda eram 16:45. Tinha um bom tempo para analisar e no que pensar. Então, resolveu ficar por ali. O roubo só iria ocorrer durante a madrugada, então, era questão de manter a vigilância por ali também. Então, resolveu tirar um pequeno cochilo, colocando os dedos entrelaçados atrás da cabeça, o ninja fechou os olhos, cruzando uma das pernas sobre a outra, de modo a se inclinar sobre o telhado. E alguns segundos depois, o garoto pegou no sono. Ninguém poderia ver o garoto dormindo de cima.

O sono estava bom. Mas as coisas chamam, e quando chamam, não se deve recusar. Que tipo de coisa? O trabalho. O trabalho, o dever chama. Reo abriu os olhos, estava de noite. Não deveria ser mais do que umas oito da noite. — Dormi bastante… Mas também, o cara colocou um horário muito baixo pra assaltar um quiosque. — Com um bocejo, o Senju saltou do telhado. Ainda tinha pessoas trabalhando ali, então aproveitou para ir até um quiosque de Rámem para comer.

[...]

Uma hora da manhã. O homem deu um passo para dentro do quiosque. Estava eufórico e feliz de seu plano estar dando certo. Mas parte do ladrão se perguntava se alguém viria impedi -lo. Talvez não. Com a porta do quiosque quebrada, ele deu alguns passos para dentro, observando na calada da noite o que iria roubar. Mas um vulto passou pelo ladrão, e um movimento foi feito, a kunai foi disparada em direção ao rosto do homem, que arregalou os olhos e se jogou para trás, onde a ponta da lâmina rasgou parte de sua roupa. Derrapando os pés sobre o chão, ele observou uma pessoa de capuz cinza cintilante. — Oras, finalmente alguém? — Questionou, com um sorriso.

— Eu sou o cara que vai te impedir. — Com um tom frio e assertivo, o garoto proferiu aquelas palavras, dando um olhar predatório ao homem.

— Me parar? Oras. Tudo bem então! — Falou o homem, com um sorriso meticuloso. Assim, moveu a capa para o lado, de modo a lançar várias kunais em direção ao garoto. Rapidamente, o menino moveu o braço, trazendo consigo uma linha invisível de nylon, que provavelmente nem o próprio homem percebeu. Com isso, acabou por segurar todas as armas que foram lançadas, provocando faíscas. Rapidamente, o garoto avançou na direção do ladrão, e com um braço, deslocou o dedo, puxando uma kunai e jogando ao alto, algo que chamou atenção do mesmo.

Então, ele percebeu tarde demais que era uma finta. A corda estava ainda na mão de Reo, mas não importava para ele. Assim, o mesmo avançou na direção do garoto, e acabou tropeçando na própria corda de nylon, assim, acabou por cair em direção ao chão. Mas, o Senju não parou e continuou, correndo com a corda em mãos. Quando o homem tentou se levantar novamente, acabou por ser envolto por esse fio e preso, sendo impedido de movimentar. Logo, Reo parou atrás do mesmo, erguendo a mão para limpar a testa com a costa do punho. Assim, exibiu a língua para o homem. — Peguei, seu ladrãozinho. — Em seguida, riu.

[...]

Os ninjas chegaram para averiguar a situação e o ladrão acabou preso. Era questão de tempo apenas. A missão foi concluída.