A missão agora parecia a mais louca possível. Um rapaz havia perdido a arma de sua mãe, sendo algo que era valioso. Normalmente, as pessoas guardam as armas e coisas piadas de geração em geração com muito carinho e proteção. Não era o caso do garoto Nomiya, já que em campo, ele perdeu a arma de um falecido que foi dada a ele com afinco. Agora, é dever de Reo que recuperasse tal arma. Isso sendo tão simples, mas mesmo assim foi considerado algo como Rank C.Mas tudo bem, era critérios da Vila. Assim, guardando o pergaminho no bolso, Reo partiu.

O campo de treinamento ficava na floresta, então tinha que ir andando até lá. A floresta era bastante grande, quem não conhecesse poderia se perder facilmente, e o Senju sabia que algumas vezes, precisou resgatar pessoas na floresta. Enfim, pelo menos a localização da arma estava no que poderia ser perto dos troncos triplos que ficava em um campo aberto da floresta, o que já aliviava um pouco e tornava o término da missão mais veloz. No fim, era algo que Reo iria terminar o mais rápido possível, tinha outras prioridades e coisas chulas assim nem deveriam ser Rank C.

O dia estava até tranquilo, as folhagens dançantes como se nada tivesse acontecendo. Alguns animais até faziam parte do ambiente, estando em seu habitat natural para consequências. Enquanto isso, Reo apenas andava com as mãos nos bolsos, caminhando calmamente e observando todos aqueles detalhes que se faziam presentes por ali. O verde era a maior herança que aquela floresta havia deixado, e de certo modo, Reo conseguia sentir uma conexão fim esse lugar. Ele até mesmo gostava de estar mais em casa do que em qualquer outro lugar. Menos ainda em casa, dadas as circunstâncias sobre seus pais.

Enfim, depois de toda aquela caminhada, pelo menos já estava cada vez mais próximo do campo de treinamento. O sol já se fazia mais presente, já que tinha ido muito muito cedo para o campo, mas também, as grades de passagem metálica próximas do campo também já poderiam ser vistos. Tinha até sempre aqueles aviso costumeiro: "Perigo. Não entre." Mas era claro que os ninjas usavam isso a rodo para várias finalidades. No fim, ao chegar, o garoto apenas abriu a portinhola que levava para o outro lado. Soltou um suspiro e passou as mãos nos fios brancos. — Finalmente cheguei. — Comentou, baixinho. Agora era só continuar. Ele estivera atento a todos os detalhes, mas até o momento nada.

O campo não havia mudado nada. Tirando o fato de que pelo menos alguns traços de batalhas havia acontecido ali. Mas esses traços seriam nada mais nada menos do que treinamento. Alguém estava treinando algum jutsu muito destrutivo ou começaram a treinar golpes destruidores. Enfim, era esse tipo de coisa. Mas nada demais fora isso. Reo pôde notar que provavelmente tinha sido o garoto que havia perdido a espada da mãe que causara esse tipo de mudança no ambiente. Talvez fosse, ele e mais alguns outros Shinobis quem sabe. Mas tudo bem, isso era mais uma evidência que o garoto estivera lá, treinando no campo de batalha.

Caminhando com as mãos nos bolsos, o garoto pôde notar que só a caminhada de onde estava para o local da floresta, havia se passado um tempinho. Mas tudo bem, de certo modo, não era todo de ruim. Com um assobio, o garoto continuou andando. Após alguma caminhada, muitos arbustos se passaram, assim como várias árvores e gramíneas, Reo havia chegado no campo dos três troncos. Era ali que estava o objeto final da missão, em algum lugar próximo dos três troncos. Com um sorriso, Reo começou a caminhar, com sua mente fervendo a mil.

— Ah. Como esperado. Como o cara não foi capaz de ver algo assim? — Questionou. A expressão de Reo estava tomada por uma incredulidade sombria. Era tanto que a sombra do rosto de Reo se tornaram ainda mais escuras. Aquele garoto estava brincando ou o quê? Era o que se passava na mente do garoto dos fios brancos naquele momento. Mais do que isso, o garoto havia encontrado o montinho de terra próximo entre os três troncos, tudo o que haviam feito, era esconder a arma. Não era nenhuma questão de perder, mas sim de esconder. O estudante havia sido alvo de uma pegadinha.

Ao desenterrar o montinho de terra, o garoto conseguiu encontrar a espada. Uma katana dourada com fio laminado em ondas, assim como uma bainha vermelha com tons negros. Após retirar a arma com cuidado, o garoto tratou de limpar a espada. E quando ela já estava totalmente limpa, Reo foi pessoalmente entregar na casa da mãe do garoto. Agora, com a missão concluída, tudo o que o Senju poderia fazer era descansar. — Fuu. — Soltou o ar pela boca e limpou a boca com a costa da mão. Foi nesse momento que outro pergaminho foi atirado por um pássaro em sua direção.

Reo tinha uma próxima missão na mesma vila. Não era nada demais, ele só precisava seguir com isso. A próxima missão era a respeito de um violinista, que a propósito, tocava muito mal. Então, outra incredulidade que deixou Reo tão abismado foi o fato de que uma missão de um mal tocador de violino era classificada como Rank C. Sequer havia algum tipo de luta ou algo do tipo. Sim, Reo havia analisado essa possibilidade, mas mesmo assim, era algo que deveria receber a classificação D. Mas tudo bem, trabalho era trabalho e o garoto precisava trabalhar. Com isso, seguiu até o local onde o homem conhecido como Aruwa Arikawa costumava fazer shows. Ou melhor, "shows".

A coisa era simples, era só preciso convencer o homem a encontrar um curso de música ou pelo menos, desistir do violino e tentar outra coisa. Mas também, era possível que esse pudesse pelo menos ter o seu violino roubado, o que parecia a coisa mais rápida e certa, porém, Reo não era furtivo, muito menos veloz, então como ele o faria? Bom, era algo a se pensar, e o Senju tinha um grande cérebro que precisava usar. Por isso, tratou de caminhar com calma, pensando no que fazer.

"Bom, considerando que ele pode estar lá em cima ou dando um outro show, há a probabilidade de que só tenha duas saídas para essa situação." Raciocinava. "Primeiro, é necessário que ele esteja com um violino reserva. Assim eu posso quebrar o violino original e ele nunca mais poderá dar um show."O esbranquiçado pensava. "Ou talvez a segunda opção, onde o violonista está apenas tirando algo para se preparar e ainda não deu o seu show. Aí fica mais fácil de eu pegar. Mas também, há uma terceira coisa que devo levar em consideração… A sala. Eu preciso saber onde fica a sala para poder ter acesso." sua mente fervilhava, como se todas as ideias estivessem se conectando sobre a mente do garoto.

"Bom, sobre essa última consideração…" Foi aí que ele percebeu que estava diante do seu local alvo. Era ali que iria dar um próximo show de violino. Pessoas frequentavam aquele lugar, muitas pessoas, mas a entrada não era livre, pessoas precisavam usar ingressos para entrar. "Nesse caso eu preciso dar uma de perneta e passar pela segurança. Vou dar a volta por trás e chegar por dentro. E aí eu posso emendar o meu próximo passo!" os olhos cinzentos se arregalaram, um plano havia se formado em sua mente. Deu uma volta para o lado e disparou pela rua.

"Se não der certo, eu me adapto!"

Os passos poderiam ser ouvidos. Reo estava correndo em velocidade máxima. No fim, deu a volta pelo campo, preferindo passar por casas para não ser visto. Assim, passando pela casa do outro lado da rua, ninguém poderia suspeitar que alguém iria invadir aquelas locações. Então, ao chegar pela parte de trás, encontrou um grande muro em sua frente. Com algumas passadas rápidas, saltou por cima, movendo o corpo enquanto usava um braço como apoio. Pousando do lado de dentro, tudo o que encontrou foi apenas alguns sacos velhos e pedaços de madeira. Ninguém estaria vigiando aquelas partes. "Bingo!" Pensou, respirando fundo.

"Esse deve ser o fundo da propriedade. E agora eu devo escalar." Organizou os pensamentos, concentrando chakra nos pés em seguida para que pudesse correr em direção ao prédio. Encontrou um quarto vazio e com a janela aberta em um dos andares, o suficiente para entrar para dentro com um salto. "Certo. Ninguém aqui. Devo continuar." E com passos cautelosos, o grisalho estendeu a mão com uma kunai, abrindo a porta levemente para ver através do reflexo da arma. Ninguém a espreita. Com isso, abriu a porta e saiu caminhando pelo corredor. Coincidentemente, ele encontrou algo chamado "Sala do Violinista." E ao abrir, a sala estava vazia, sem ninguém, somente com seu violino de canto perto da parede.

O violino estava lá. Não havia ninguém por perto. Ledo engano. Enquanto a porta se fechava, alguém estava passando pela dobra do corredor, o que fez com que o garoto fechasse a porta rapidamente, tentando não fazer barulho. Bom, não deu tão certo assim. Reo precisou grudar no teto quando alguém abriu a porta para verificar se havia alguém ali. "Foi imaginação minha a porta ter se movido. Nada demais." Foi a voz que saiu do lado externo daquele lugar. "O Violinista deve se apresentar em breve. Vai ser muito bom." Foi o outro comentário. De fato, superando todas as expectativas de Reo, o Violinista não havia chego ainda.

O Senju pousou sobre o chão novamente, soltando o ar pela boca. Então, buscou pegar o violino dentro da lona, indo em direção a janela. O movimento seguinte foi abrir e fechar a janela após saltar para fora. Com isso, Reo tinha uma ideia em mente.

[...]

Em frente a um riacho, o Gennin jogou o violino na lona, colocando as mãos nos bolsos em seguida. O vento fazia seu cabelo negro esvoaçar, mas com isso a missão estava concluída. Se sentiu mal por estragar o sonho de alguém, mas se os boatos diziam que ele era tão ruim assim ao ponto de ser um serviço ninja, significava que ele era mesmo ruim. Não tinha outra escolha. Missão concluída.