Uma tempestade abraçou o país da grama com fervor. A água caía com tamanha ferocidade que chegava até a machucar algumas pessoas. Os trovões daquela tempestade nunca antes vista tornava-se ainda mais preocupante ao saber que, quando ela passasse, a lua não estaria presente pois essa já não existia mais no céu. Fora do abrigo de Christie, uma carta passava por baixo da porta. Caso ela abrisse a carta, as seguintes palavras se fariam presentes escritos com letras recortadas de outros papéis:


A carta era vaga, mas as instruções sobre para onde ir eram claras.

Orientações:

A chuva incomodou a garota, aquilo atrapalhava sua viagem e a fazia permanecer mais tempo ali no país da grama, suspirando a menina olha para a cachorra, as duas tinha que comer. O barulho da chuva ainda era intenso do lado de fora quando Blood apareceu com um papel na boca. Christie leu aquilo e ficou sem entender muito bem a mensagem, como naquela chuva toda ia ter aglomerado na cidade.
— Alguém viu a gente, Blood, temos que sair desse país. — ela reclamou para a cachorra.
Obviamente o animal nada respondia, porém, a garota se sentia melhor ao conversar com ela. Indecisa se agiria como mandava o bilhete ou se fugia dali com aquela chuva toda. Por ela seria fácil, mas Blood não aguentaria muito tempo sob a chuva, principalmente por seus pelos encharcar e ficar pesado.
A outra opção era ir para o local indicado no bilhete anonimo e tentar descobrir quem estava lhe vigiando aquele tempo todo, não sabia muito como faria isso, porém, teve uma ideia antes de sair do esconderijo. Lembrou de uma velha senhora que caminhava pela redondeza quando ela chegou e acabou por se transformar nela usando o jutsu de transformação, aplicando o mesmo em sua cachorra a fazendo ficar parecida com a bolsa pesada que a senhora carregava nos braços com dificuldade.
— Vamos lá, não faça barulho ou você vai quebrar o jutsu garota!
Esperando que sua cachorra lhe obedecesse e não se excitasse com nada no caminho, Christie caminharia como a velha senhora até o local marcado no bilhete, não entendia o que acontecia ali, mas também ninguém estaria vendo uma criança desconhecida.

Considerações:

Companheira Canina:

Jutsus:

Bolsas de Armas:

Enquanto se aproximava do local marcado, a comoção ficava cada vez mais clara. Gritos de comemoração e sons um tanto agudos eram ouvidos. A comemoração era por que naquela pacata cidade, só se mantinha pacata por um motivo: De tempos em tempos, os moradores realizavam a noite de 5 minutos da amizade. Um evento onde eles atacavam seus iguais com tamanha selvageria que limpavam suas almas, mas esse evento só podia ser realizado em épocas de tempestade, pois a água os cansava e o som não atraia a atenção de muitos dos viajantes que ficavam nas pensões longe dali.

A roda de pessoas em volta comemoravam e apostavam com alegria em quem sairia vitorioso ali, de tudo valia, exceto mortes. As grandes nações não poderiam descobrir o que acontecia ali. Conforme a velha se aproximava, alguns olhos a fitavam, era de fato estranha uma senhora daquela idade estar ali, afinal, era de conhecimento de todos os moradores o aquilo, mas nem tanto para Christie e sua acompanhante.

No local, algumas coisas poderiam ser feitas para que a garota impressionasse a pessoa por trás da carta. Primeiro, uma carteira estava saindo do bolso de um dos homens que assistia aquilo, era possível ver um papel e algumas notas altas saindo dela, a garota poderia se apoiar na destreza e tentar roubar. A garota também poderia tentar entrar naquela disputa e se apoiar na força para derrotar o oponente que pegar, mesmo sem ter ideia de quem seria. No entanto, uma possibilidade ainda mais insana era possível: Ela poderia matar alguém de forma inteligente, ou se apoiar na dissimulação e fazer com que outra pessoa recebesse a culpa. O importante, era que ela não fosse pega.

Orientações:

A menina observava tudo ali naquela aglomeração ainda através da máscara da idosa, tentou achar alguém que poderia lhe indicar ser o escritor anonimo, porém, sem sucesso. Quando Christie notou olhares estranhos para sua presença, mesmo sendo moradora dali, resolveu prestar atenção no assunto falado.
Quando descobriu que as pessoas se atacariam durante cinco minutos como se fossem um ritual, ela ficou ainda mais confusa. As pessoas fazem isso? Sem entender aquele costume, ela ficou em um canto mais afastado e acabou por passar em um beco entre duas construções, assim desfez o jutsu de transformação.
— Fica aqui, Blood.
Colocou a cachorra no chão em ao lado de uma caixa de madeira, esperando que a mesma usasse caso precisasse de proteção, depois saltou para o telhado do estabelecimento que tinha ali.
Christie observaria o início do ‘festival’ durante um minuto e depois armaria suas ações para poder assim, talvez, conseguir descobrir quem estava lhe vigiando e mandando recados estranhos. Enquanto estava no telhado do estabelecimento, amarrou um dos fios de cinco metros que carregava em uma Kunai e arremessou a mesma para o outro lado, fixando assim em uma viga de madeira de outro estabelecimento, por cima de toda a confusão.
Quando já havia três minutos que todos estavam engajados em suas atividades, a garota pulou no meio daquele momento, em posse de outra Kunai e apunhalou um dos homens que atacava outro que já estava no chão, saltando para o fio que havia improvisado, saindo do campo de visão do homem que ainda estaria caído. Saltaria novamente para o telhado e de volta para o beco, onde estava Blood, esperando que acabassem os cinco minutos daquele caos.

Considerações:

Companheira Canina:

Jutsus:

Bolsas de Armas:

A garota decidiu se apoiar em uma inteligencia e estratégia que ela nem de perto tinha capacidade ou agilidade para executar. E, entrar no meio da roda de aposta ja causava estranheza, mas enfiar uma kunai na frente de todo mundo era claramente uma falha na missão, mas não uma perda total. Naquele segundo de confusão que a multidão ficou, a garota conseguiu escapar e voltar para o beco, mas os olhos confusos das pessoas sabiam que ela estava ali e, com enorme fúria começaram a caça-la, eles iam espanca-la até a morte se ela não fugisse dali.

Eis que uma luz surge: Em cima do telhado, uma pessoa coberta por um manto negro a esperava, ela não havia o visto ali da primeira vez pois ele não queria que la visse, mas agora era necessário ou a garota estaria ainda mais encrencada. Uma voz parecia sussurrar em seu ouvido mas sem uma fonte específica:

— Saia do beco por esse telhado. Siga correndo por duas quadras sem olhar para trás. Vire a direita e entre na unica casa branca que você verá. — O homem sumiu, ela não sabia se ele era real ou alguma alucinação, mas ele simplesmente sumiu.

— PEGUEM A GAROTA!!! — Gritos começaram conforme os homens pegavam pedras e arremessavam no beco e no telhado conforme ela passava. A quantidade era gigantesca mas, surpreendentemente, nenhuma das pedras acertavam uma área de 2 metros ao redor dela, desde que ela não olhasse para seus agressores.

Orientações:

A garota não esperava que sua estratégia tinha ido para o ralo tão rápido. Suspirando ao encontrar de novo a cachorra ela percebeu que seria encurralada naquele beco, mesmo terminando o tempo para o festival maluco da cidade, os moradores estavam furiosos por ferir gravemente seu amigo.
— Doidos!
Ela sussurrou para a cachorra e decidiu que dessa vez iria dar um jeito de se livrar de vez daquela gente, queria também tirar de seu pé quem havia lhe atraído para aquela confusão, só não sabia como.
A voz chegou no instante que a menina fazia os selos, o homem indicava por onde ela deveria fugir, Christie não entendeu bem porque alguém lhe ajudaria daquela forma, talvez mais um motivo para se divertirem com sua cara.
Terminando os selos, a garota produziu uma cópia de si mesma e sua cachorra, dando um comando para seu clone ir para uma direção, assim atraíram atenção dos moradores mais agitados que estavam atrás de si. Quando saíssem para ir atrás do clone, ela seguiria a direção indicada pelo homem estranho, porém sempre atenta ao que poderia acontecer.
Porém, rapidamente Christie conseguiu encontrar a casa branca, indo para trás da mesma, passando por seu telhado, ela ficaria livre de ser vista pelos moradores doidos e também poderia verificar a casa antes de entrar como lhe foi mandado.
— Tá sentindo algum cheiro suspeito, Blood? — seu olfato era bom, mas ainda não estava no mesmo nível de sua husky, ter a confirmação da cadela era importante para não cair em ciladas.

Considerações:

Companheira Canina:

Jutsus:

Bolsas de Armas:

Blood era a protagonista da história e ser colocada em uso ali, mesmo da maneira mais simples, poderia ajudar a garota a entender por onde ela havia se enfiado. Agora que ela estava efetivamente em segurança, Blood podia fazer seu trabalho e, por bem dizer, um trabalho muito bom: O cheiro que vinha para ambas, era doce ao nariz da humana, mas doce demais para o olfato do animal, parecia que a casa era constantemente limpa quase que de hora em hora, algo estranho para qualquer pessoa. Outro cheiro que ela discernia, era de comida, mais especificamente alguma massa doce recém feita, mas que elas precisariam adentrar o local para ter certeza.

A casa era grande, deveria ter entre dois ou três andares em um tom branco que não parecia nem um pouco encardido. Um jardim bem cuidado, uma estrada de pedras brutas, uma escada e pilares apresentavam a porta da frente para a garota, que poderia observar diversas janelas que levava a vários cômodos a serem explorado.

O homem que havia ajudado ela aguardava a garota olhando o relógio sem parar, estava muito ansioso para a chegada da menina que ele tinha certeza que viria, afinal, manteve ela em segurança durante todo o tempo. Ainda ali, ela podia ver duas empregadas em seus afazeres domésticos com roupas de Maid.  

Orientações:

A garota de cabelos pretos e longos ficou observando a casa, ela não conseguiu entender como uma casa daquelas existia no país da grama. Confusa com os cheiros, já que a fome se atiçou com a possibilidade de comida tão perto de si. A cachorra que lhe acompanhava lhe encarou fazendo um gruindo rouco e passando a pata direita pelo rosto, como se esfregasse o focinho.
— É, eu também estou com fome, mas você não pode comer doces.
Geralmente Christie ajudava a cachorra caçar algum animal para ela comer, afinal cachorros eram carnívoros, a comida apropriada para eles eram outros animais que eles conseguissem caçar, vez ou outra ela dava carne de javali, dependia da situação ou mesmo algum coelho, ou pássaro, ou até mesmo peixe que ela conseguia pegar.
— Depois vamos pescar, tem um rio aqui perto, garota.
Afagando a cabeça de Blood, a garota decidida vai até a porta da casa e anuncia sua presença com duas batidas fortes. Já tinha perdido seu tempo seguindo as instruções de uma carta anonima e também foi guiada até ali por alguém que não foi possível identificar, se fosse para correr algum risco, ela iria arriscar, poderia revidar de alguma forma se fosse o caso.
Ter algum ganho em toda aquela empreitada era importante, já que arrumar dinheiro era importante para que sua vila não lhe achasse tão fácil, seria ainda mais interessante se pudesse fazer parte de alguma organização ou até mesmo ter saldo o suficiente para criar uma. Tudo isso passava na mente da garota, uma forma de se proteger e também atacar quem lhe perseguia.

Considerações:

Companheira Canina:

Jutsus:

Bolsas de Armas:

Passando pela entrada, as empregadas nem mesmo olharam a garota, só continuaram seu trabalho ali como se elas não existissem. No entanto, um homem de idade e de terno a esperava na frente e a recepcionou em sua chegada:

— Seja bem vinda, Srta Christie. Adorei que decidiu se juntar a mim. — Ele usava óculos, seus cabelos eram castanhos, e seus olhos um profundo vermelho. — Você deve estar se perguntando por que eu a chamei aqui. — Ele falou. — Não gosto de ver garotas passando pela situação que você está passando, ainda mais com um animal tão fofo assim. — Ele ameaçaria fazer carinho na cabeça de Blood, mas desistiria por receio de ser mordido.

— Vocês devem estar com fome. — Ele abriu a porta sinalizando para que elas entrassem antes. — Uma de minhas criadas vai servir comida para você e para sua… — Ele pensou nas palavras. — … parceira.

Se ela entrasse, ele a guiaria para uma enorme sala de jantar cheio de ornamentos dourados com uma mesa já posta. Enquanto uma das empregadas trazia um potinho de ração da mais pura qualidade. Uma das empregadas pegaria o prato do Sr. Welt e serviria da comida que estava na mesa e faria o mesmo para a menina. Welt então comeria, mostrando que nada ali estava envenenado caso fosse um receio da garota.

— Meu nome é Yang Welt, mas pode me chamar de Sr. Welt ou Yang, como preferir. E eu lhe chamei aqui para uma proposta clara. Vejo potencial em você, e gostaria que viesse morar aqui, sobre os meus cuidados e todo uma equipe capaz de ajudar no que você precisar. — Ele foi direto e claro em seu pronunciamento, não tinha nenhuma meia-palavra ou falsidade, nem mesmo o estranho cheiro de suor que as pessoas deixam ao mentir era sentido por Blood, aquela era a mais verdadeira palavra.

Orientações:

A garota não estava confiando no cara, ela não tinha motivos até agora para dar sua confiança para ele. Ainda mais que havia fugido de sua vila por ser traída por um amigo.
Ela o olhava sem esboçar reações, afinal ela não possuía emoções, isso também incluía o medo. Por isso, ela sempre ficava alerta, ela treinava, aceitou viver em um clã até aquele momento, já que podia aprender a se defender ou ter outros para isso. Aprender a se comportar em meio a pessoas cheias de emoções era complicado.
Seus olhos vermelhos passaram pela mesa, tinha muita comida ali e uma necessidade era complicado de esconder, já que seu estomago parecia se mexer com aqueles cheiros todos que estava no ambiente.
Christie tinha entendido a conversa daquele homem, mas não tinha visto o motivo por trás daquela necessidade de ajudar garotas ‘desprotegidas’  e principalmente o que mais intrigava a garota de olhos vermelhos.
— Como sabia onde eu estava?
Não havia ido à cidade e nem tinha usado por muito tempo estradas conhecidas, pois sabia que as pessoas da folha poderia estar atrás de si, Christie não estava convencida de que aquele homem sabia de sua existência por acaso.
Mas, não negou a comida, começou a comer e quando reparou estarem dando ração para Blood, a garota levantou, foi até o meio da mesa e pegou uma das travessas que tinha uma carne assada sem osso e colocou no chão para o animal.
— Ela não come farinha.
Depois que fez isso voltou para a cadeira que estava, esperava clara que nesse tempo de suas movimentações o cara pudesse dar alguma explicação mais convincente sobre saber sua pessoa e também daquele convite sem objetivo até o momento.

Considerações:

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Jutsus:

Bolsas de Armas:

O homem ouviu o questionamento da garota, e sabia que para que ela quisesse ficar aqui, ele teria que dar a ela informações, informações das quais ajudaria ela a sobreviver. O homem continuou a comer antes de responder:

— É curioso que me pergunte isso, ou pelo menos presumir que há como se esconder 100% das pessoas. — O homem sorriu. — Eu tenho uma habilidade que me permite localizar pessoas a quilometros e distancia e registrar as pessoas que eu conheço. Assim, quando andava por ai durante meus negócios, notei você no meio da multidão e, como ninguém se instala aqui sem meu conhecimento, eu mandei investigarem e também a achei promissora. Eu gostaria que ficasse comigo, e, em troca de segurança, comida e casa, num futuro, talvez, eu te peça para realizar alguns serviços pra mim. — Ele foi honesto. — Trabalhos ilegais.

Se a garota aceitasse, o homem ficaria contente, e a chamaria para conhecer o novo quarto, caso o contrário, ele a levaria para a porta.

Orientações:

A garota não podia mais negar sua fome, apesar de estar desconfiada, o cheiro estava bom ver a cachorra e o homem comendo a deixou com a boca cheia de água. Ela pegou um pedaço de carne e colocou na boca.
A explicação do homem tinha sentido por perceber sua presença no lugar tão rápido, mas não para aquele convite repentino para morar ali, mesmo com o pedido de ‘favores’ em troca.
O gosto da carne estava bom e a garota começava a pegar mais que pedaços pequenos e a colocar na boca, acabando por não poder responder de imediato o que o homem estava lhe sugerindo, toda aquela confusão para chegar ali e ainda com um pedido inusitado no meio do caminho, quando terminou de engolir o que tinha em sua boca, Christie encarou o cara.
— Precisava me mandar fazer aquilo na cidade antes?
Provavelmente aquilo era um teste, mas a garota de olhos vermelhos estava um pouco cansada daquele joguinho todo e provavelmente teria muito mais, já que havia escolhido fugir da vila para ter sua própria vida.
— Posso pensar ou a oferta só vale para agora? — a garota o encarou com seriedade.
Ela não demoraria muito tempo, mas pelo menos não daria uma resposta impulsiva só por estar com fome e ter boa comida em sua frente. Outra coisa que lhe deixou curiosa foi a casa daquele homem.
— Como conseguiu essa casa? — Christie sorriu, queria parecer a vontade, mas realmente não sabia como era um sorriso para aquela situação tensa que estava vivendo.

Considerações:

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