Noite. Apenas de noite em Konoha. Luzinhas acesas, as casas iluminavam a escuridão aparente da escuridão, isso sem contar a luz do luar ao céu noturno. Tudo ali estava bem bonito. Tsurugi estava sentado sobre um telhado, de modo a mover as mãos sobre a coxa, apoiando seu corpo ali do alto. Gostava de passar um tempo sozinho e como era preguiçoso, era só mais um modo dele então ficar sem maiores responsabilidades. No fim, se deitou sobre o telhado da casa, movendo o dedão para que o livro pudesse avançar com a movimentação de seu polegar. Ler era sempre algo impressionante e um hobby do garoto, então, poderia ser visto com o dito objeto embaixo do braço ou dentro do seu bornal traseiro.

A brisa noturna era algo bonito de se sentir, o que fazia os fios brancos do jovem esvoaçarem enquanto mantinha os olhos cinzentos esverdeados sobre a leitura, dissecando o conteúdo daquele objeto. O Conto do Deus Inseto. Um antigo conto que dizia sobre a jornada de um mercador que vivia em condições humildes. Parasita de seu próprio trabalho, começa a se transformar em um besouro durante sua jornada. Enquanto isso, uma figura observava o recém graduado Tokubetsu Jonnin de longe.

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Tudo para ia tranquilo, talvez se não fosse pela presença estranha naquela vila. Um homem de fios rosas, com a parte negra a partir da metade de sua cabeça, como se fosse raspada, tinha os fios rosas jogados para trás e usava kimono branco e preto. A coisa mais peculiar daquele homem, eram as estranhas marcas negras ao redor do seu corpo. Olhos vermelhos e um sorriso malicioso como se inspirasse maldade, aquele era Sukuna, o Rei das Maldições. — Aquele garoto… Ele parece ter um grande físico… Talvez aguente bastante do meu Juinka da Terra… Mas tenho minhas dúvidas… — Colocou os dedos sobre o queixo, passando as unhas negras por ali. — Mas devo tentar, não posso deixar minhas criações de fora assim … — Falou o homem, passando uma das mãos no cabelo rosa.

E com um vulto, desapareceu. As coisas poderiam ser mais simples se o garoto dos fios brancos tivesse ao menos um pouco mais de atenção ou talvez não estivesse tão focado em seu livro em um dos pontos mais altos da Aldeia. A sombra começou a se fazer presente e um golpe foi desferido contra sua pessoa, abrindo um buraco no telhado. No ar, Tsurugi ergueu as sobrancelhas, seu braço estava intacto, e se não tivesse se movido no último segundo, teria sido pego. — Mas que…? — Questionou, rodopiando seu corpo.

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Os olhos cinzentos do jovem Tokubetsu estavam confusos. Após pousar sobre uma espécie de torre, o lutador moveu um dos braços para se apoiar ali, entreabrindo os lábios. — Quem é você? — Questionou. — Ah, você ainda quer conversar, eu vou te testar novamente primeiro, Kawaruhaya Tsurugi! — Falou o homem, arregalando seus olhos vermelhos como sangue enquanto sorria. Com sua imensa capacidade, ele saltou novamente no ar, movendo seu corpo em um rodopio, como se aquele kimono branco e preto não fosse nada além de uma roupa comum. Tsurugi cerrou os dentes, erguendo os braços para bloquear, e o impacto foi forte o suficiente para afastar o corpo de Sukuna para trás.

Como se não desse tempo para pensar, Tsurugi avançou rapidamente em sua velocidade máxima, movendo os punhos em conjunto com uma série de joelhadas rápidas, de modo a se aproximar em alta velocidade com aquela série de golpes. Sukuna foi acertado em cheio e jogado para trás. Seu corpo chocou contra um prédio. Mas no meio da fumaça, algo saiu dali e acertou o jovem lutador no estômago, o lançando contra o chão e abrindo uma fissura no solo. O homem ergueu a mão para segurar os cabelos brancos de Tsurugi, mas ele foi mais rápido e chutou o homem no queixo, o erguendo no ar.

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Com o corpo de Sukuna para o alto, logo atrás dele, um vulto branco apareceu atrás dele. Era Tsurugi. O homem ergueu as sobrancelhas, surpreso por conta de ter sido acertado com um golpe tão potente como aquele. — Dança das Sombras. — Recitou o garoto, e então, segurou o homem pelo seu kimono na costa, movendo o punho em um soco, que foi defendido pelo desconhecido. Em seguida, Kawaruhaya girou o corpo para o outro lado, acertando o peito do mesmo e o lançando para baixo, depois um soco na descida, terminando com um chute de cima para baixo direto no peito do inimigo novamente, o enterrando dentro da casa vazia. — Shishi Rendan! — Gritou.

Pousando próximo, Tsurugi arregalou os olhos ao perceber que o homem estava sentado como se nada tivesse acontecido, coçando os fios rosas eriçados. — Caramba, moleque… Cê me acertou em cheio pô, não suja meu kimono não. — Falou se levantando. Aquilo fez com que o Tokubetsu Jonnin ficasse incrédulo, que tipo de coisa era aquela? Recebendo um chute no rosto, foi segurado pela camisa e em seguida, mordido no braço, onde uma marca se formou. — É o meu presente pra você, se vai se adaptar a isso e não morrer, só depende de você, Kawaruhaya Tsurugi. Até logo. — Falou, desaparecendo dali.

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Naquele momento, antes de Sukuna desaparecer, Tsurugi sentiu uma dor estranha irradiar pelo seu ombro até o corpo todo. Caindo de joelhos sobre o telhado, a dor estava se tornando tão forte que sequer era capaz de ficar em pé. Erguendo a mão para tocar o próprio braço, o Tokubetsu Jonnin sequer seria capaz de fazer algo, somente a cair enquanto seu corpo se apagava em dor, rumo em direção ao chão, e sua última visão foi apenas Sukuna sorrindo, indo embora com satisfação.

[...]

Após ser encontrado no chão, Tsurugi foi levado ao hospital, onde teve noites de febre. Durante o tempo em que passou desacordado, ele começou a emitir um chakra roxo que vazava do seu próprio corpo, mais especificamente do seu braço. E quando acordou, era capaz de sentir uma grande quantia de poder fluindo pelo seu corpo, ainda que sentisse sua vitalidade indo embora. Ali no hospital, ele testemunhou a mesma coisa que viu na luta contra Saito. Só que o homem havia dito algo diferente, era Selo da Terra ao invés de Céu. Com sua força de vontade, o garoto foi capaz de suprimir a marca da maldição. Ofegante, se sentou na cama,perguntando o que deveria fazer com aquele poder.

[...]

Os dias passaram e Tsurugi voltava para casa, quando algo o acertou no pescoço. Um vulto segurou o seu rosto e o forçou a ingerir uma pílula estranha, algo que causou o seu apagão repentino. — Eu disse que voltaria, moleque. Pelo visto você se adaptou bem. Hora do Segundo Estágio. — Falou Sukuna, colocando o corpo inerte do lutador no ombro, indo para um beco, onde colocou o garoto dentro de uma espécie de redoma, a lacrando em seguida. Com o tempo que se passou ali, ninguém pareceu notar naquele campo escuro que havia uma redoma.

Um tempo depois, a mesma começou a emitir uma fumaça roxa, até finalmente explodir. E de lá de dentro, alguém com cabelos longos saiu, assim como pele cinza, algo incomum. Não demorou para voltar ao normal, e em seguida, Tsurugi deu um passo para fora, percebendo que estava ainda mais forte. O lado esquerdo do seu olho estava negro com íris branca, que retroagiu em seguida para o selo em seu braço. Seria aquela uma versão ainda mais forte do Primeiro Nível? Tsurugi cerrou os dentes, Sukuna havia feito coisas contra sua vontade novamente. Mas no fim, soltou o ar pela boca e saiu andando.

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