Havia um Shinobi em Konoha que sempre foi admirado por sua habilidade de combate. Ele era veloz, ágil e tinha grande maestria no dominio do Taijutsu, o que o tornava um excelente combatente em batalha. No entanto, em uma missão de resgate, ele acabou perdendo a mobilidade das pernas ao salvar um amigo de uma explosão de kibaku fuuda. Os dias foram passando e o ninja se encontrava cada vez mais desanimado. Ele se sentia inútil, incapaz de proteger a vila e de realizar suas funções como um shinobi. Foi então que um médico famoso chegou à vila, com a fama de ser capaz de curar até mesmo as feridas mais graves. O ninja ficou animado com a possibilidade de voltar a andar e ajudar a vila novamente. Porém, havia um problema. O médico em questão era extremamente arrogante e prepotente. Ele era conhecido por exigir muitas coisas em troca dos seus serviços, e muitas vezes cobrava valores exorbitantes. Ainda assim, o dever do homem era convencê-lo a ajudar seu amigo.
Então, ele se dirigiu à casa do médico, com uma mistura de esperança e apreensão. O médico o recebeu com desdém, mal o olhando enquanto preparava seus instrumentos de trabalho.
— O que você quer? — Perguntou o médico, sem dar muita atenção ao ninja.
O homem explicou a história do seu amigo, a importância dele para a vila e a sua própria necessidade de ter seu companheiro de volta em ação. Mas o médico não se comoveu.
— Eu só irei ajudar se você fizer algo por mim em troca. — Disse o médico, com um sorriso malicioso.
O outro suspirou, sabendo que aquilo não seria fácil. — O que você quer que eu faça? — Perguntou.
— Eu quero que você recupere algo para mim. Na vinda para cá eu fui abordado por alguns bandidos na floresta, eles levaram os meus pergaminhos e, sem eles, não vou poder continuar trabalhando. Quero que os recupere para mim.
O ninja sabia que aquilo era um trabalho arriscado, mas ele não podia desistir. Teria que recorrer aos outros Shinobi da Folha para conseguir concluir essa missão.

Considerações:

Um homem de aparência cansada entrou na sede dos shinobis de Konoha com um papel na mão. Ele caminhou até a recepção e entregou o papel para o ninja que estava de plantão. O papel continha informações detalhadas sobre a presença dos bandidos na floresta e uma solicitação de ajuda. O ninja plantonista examinou o papel cuidadosamente.
— Bom, do que se trata exatamente? — Perguntou o shinobi plantonista.
O homem hesitava em suas palavras, parecia envergonhado, mas mesmo assim continuou: Eu preciso de ajuda... — E assim ele explicou o que havia acontecido até então. O plantonista analisou a situação como um todo, tentando entender os contextos e nuances. Uma lâmpada de ideia surgia em cima da cabeça, pois sabia exatamente quem iria executar tal missão; sendo a pessoa recém promovida, precisava de mais trabalhos externos para aperfeiçoar suas técnicas, além de que ficou sabendo que a pessoa em questão precisava de dinheiro para pagar o aluguel.

Nos próximos instantes, Biskka fora localizada e recebeu a missão de rastrear e localizar os bandidos na floresta com as informações que o contratante havia fornecido. Como uma kunoichi de Konoha, ela sabia que essa seria uma tarefa desafiadora, mas estava determinada a cumprir a missão com sucesso.

Considerações:

Biskka ficou feliz em ter sido lembrada para realizar essa missão em específico,. Tanto que em poucos minutos após ter sido chamada ela já se fazia presente na recepção da sede dos shinobi. Com um sorriso confiante de orelha a orelha igual uma criança que ganha brinquedo novo ela se apresentou para o homem que iria iniciar o contrato para a missão.
— É uma missão de Rank B, acho que você se sairá bem. — Disse um dos Jounin ao entregar-lhe o papel que outrora havia sido fornecido pelo contratante. Ela analisou todo o mapa, leu os detalhes pertinentes e entendeu o contexto da missão.
— Beeeeeleza! Podem deixar comigo! — Estava animada, sorria satisfeita e tão logo deixou apenas um vulto para trás.
A informação que ela tinha era vaga, apenas uma indicação geral de que os bandidos estavam escondidos em uma caverna próximo a uma clareira na floresta. Biskka sabia que teria que ser cautelosa para não ser detectada pelos bandidos. Ela entrou na floresta com cuidado, usando as sombras e a vegetação para se camuflar. A cada passo, ela aguçava seus sentidos, tentando captar qualquer som ou movimento que pudesse indicar a presença dos bandidos.
Depois de algumas horas de busca, Biskka finalmente avistou um acampamento improvisado, escondido em uma clareira cercada por árvores. Ela se escondeu atrás de uma grande rocha e observou os bandidos, contando quantos eram e quais armas tinham.
— Um, dois, três... Talvez exista uma quarta pessoa. Acho que dou conta.
Sabia que sua próxima decisão poderia ser crucial. Ela poderia tentar uma abordagem direta e enfrentar os bandidos em combate, ou poderia relatar sua descoberta aos seus superiores e esperar por reforços. Decidida a não dar chance aos bandidos de escapar, Biskka escolheu a primeira opção.

Considerações:

Sem hesitar, Biskka sacou sua kunai e se preparou para enfrentar os bandidos. Com um salto, ela revelou-se para eles que a olhavam com surpresa.
— Hellow ~ Soube que vocês roubam viajantes, é isso mesmo? — Ela havia pousado bem no meio do acampamento, sendo fitada pelos quatros bandidos que apenas franziram suas testas com raiva. O primeiro bandido partiu para cima dela, tentando acertá-la com um soco, mas Biskka se esquivou habilidosamente ao pendular para a direção oposta, cravando a kunai na garganta do homem, deixando-o agonizar alguns instantes enquanto a grama tornava-se vermelha. O segundo bandido veio em sua direção com uma faca, mas Biskka foi mais rápida e desarmou-o com um movimento preciso de sua kunai deixando no ar o tilintar do metal se chocando, aproveitou-se da guarda momentaneamente aberta efetuar alguns socos rápidos que foram disparados a têmpora, garganta e pela região do rosto, fazendo-o tombar em seguida.

O terceiro bandido, um homem grande e forte, investiu com tudo contra ela, mas Biskka usou suas habilidades de taijutsu para esquivar-se e acertá-lo com uma série de golpes rápidos e precisos com sua kunai, utilizando a pequena arma ninja com um picador de gelo que perfurava a região do peitoral do homem que logo sucumbia aos ferimentos precisos. O quarto bandido tentou fugir, talvez tivesse confirmado que não teria chances de lutar, contudo, fora tombado para frente ao ter a parte detrás da sua cabeça perfurada por três shurikens que cortaram o ar com precisão, matando-o na hora. Tudo aconteceu rápido demais, estava claro que não eram homens treinados para combate, apenas quatro arruaceiros que sobreviviam de saques e pequenos roubos. Os corpos estavam dispostos em cada lado do acampamento, o sangue escorria, porém, era aparado pela grama que dificultava o seu rumar.

— Molezinha. Acho que não vão mais incomodar. — Disse com as mãos na cintura e um sorriso no rosto enquanto olhava para os corpos. — Agora vamos procurar os pergaminhos... — Ela vasculhou cuidadosamente o acampamento, verificando cada barraca e baú em busca de informações úteis. Depois de algum tempo, ela finalmente encontrou um pergaminho que parecia ser exatamente o que ela procurava, pois continha informações sobre ervas, anatomia humana e remédios, além de termos médicos que ela não conhecia. Satisfeita com o sucesso da missão, ela retornou para Konohagakure a fim de reportar o que havia acontecido.

Considerações: