RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Tess
Kirigakure Genin
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A beleza que ninguém vê.



Fragmento 01/02

 Se você me chamar, prometo, virei para te salvar. Sempre!
 (Aburame Hyoran)

Houve um tempo em que ela gritou tão desesperadamente que chegou a perder a voz, mas o retorno de suas súplicas foram apenas o barulho de seus próprios soluços. Quando foi que aprendeu a engolir todo aquele desespero fingindo não se importar mais? As mentiras que tanto desdenhou agora eram contadas por ela.

Mentiras que precisava acreditar.

Hyoran — Os lábios apertaram-se, aquele nome machucava não apenas sua garganta, arranhando-a cada vez que era pronunciado, mas também despedaçava sua alma. Os joelhos dobraram-se e a destra livrou-se cautelosamente da luva para se estender alguns centímetros à sua frente, os dedos tocaram a peça fria de pedra, tal qual um corpo já sem vida. Tateou sem pressa as letras talhadas ali em alto-relevo, quatro nomes que conhecia perfeitamente, contudo, alguns rostos eram apenas lembranças ofuscadas em sua mente, os dedos pararam e então contornaram diversas vezes a última inscrição, as unhas cravando na pedra como se desejasse arrancar cada letra entalhada ali. — Mentiroso, mentiroso. — Respirar era difícil, a mão foi em direção ao próprio peito apertando o tecido da roupa que cobria a região, sentia que o coração iria parar de bater a qualquer momento, morrer nunca pareceu tão libertador.

Tessie sentia, na raiva que se acumulava em seu peito, naquele ódio crescente e no vazio que abraçava sua alma, a garota sentia o desespero tentando enlouquecê-la; hoje o que restava era apenas fragmentos da menina que um dia foi. Um girassol que não possui mais um raio de sol para se guiar, uma flor solitária e sem vida. Uma planta que em breve desaparecerá de forma insignificante, assim como sua existência havia se tornado, medíocre… Dispensável. O corpo ergueu-se, cambaleante. — Você precisa dizer que são todos mentirosos. — Cerrou os punhos. — Você não pode deixar que as mentiras continuem. — Suspirou profundamente deixando que o ar invadisse seus pulmões, a respiração tremula e ruidosa revelando seu desespero, seu medo e aflição. Tornou a cobrir as mãos com as luvas, permitiu-se relaxar, já não era mais a escuridão seu maior inimiga. Ela era própria, com aquelas mentiras que insistia em contar.

Aqui jaz aqueles que amamos: Aburame Kaien, Aburame Lisa, Aburame Tristan… Aburame Hyoran.

"A porta da verdade estava aberta, mas só deixava passar meia pessoa de cada vez. Assim não era possível atingir toda a verdade, porque a meia pessoa que entrava só trazia o perfil de meia verdade. E sua segunda metade voltava igualmente com meio perfil. E os dois meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. Chegaram a um lugar luminoso onde a verdade esplendia seus fogos. Era dividida em duas metades, diferentes uma da outra. Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. As duas eram totalmente belas. Mas carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia."
(Carlos Drummond de Andrade)

Minha mentira para ti é verdade. Sua verdade, para mim, é vaidade.

Dizem que, conseguimos sentir aquelas pessoas que mais amamos, uma ligação inquebrável que se molda ao longo de nossas vidas. Não houve corpo e nem mesmo um único rastro de sangue, apenas uma bandana abandona, nada mais, era a certeza de não vê-lo morto que a fazia contar a si mesma a mesma mentira: “ele não morreu, eu sinto no fundo do meu coração, Hyoran não morreu.”

Algumas mentiras servem para nos manter vivos e nos fazer caminhar, são elas - tão frágeis e distorcidas - que muitas vezes dão esperanças aqueles cuja alma há muito já foi despedaçada. Mal entendidos são fáceis de resolver, mentiras e enganações são superadas com o tempo, a morte esquecida, mas um coração quebrado, ah! Jamais se recuperará, é como vidro estilhaçado que insistimos em colar e imaginamos que tudo se tornou perfeito novamente, mas sempre faltará uma peça, mesmo que insignificante, um mísero fragmento que o deixará incompleto. Corações destruídos, são irreparáveis.

O amanhecer trouxe consigo o cheio de orvalho, o suave som dos pássaros em meio as folhagens de árvores, crianças correndo, conversas. A garota se mantinha quieta e atenta, os ouvidos captando cada ruído que ecoava ao seu redor conforme tentava distingui-los, os cheiros invadiam seus pulmões, a sensação quase aconchegante daquela manhã revelando que ainda estavam no verão. Tessie odiava o verão, havia muitas coisas que passou a odiar e, mesmo que tentasse aventurar-se em seus pensamentos, os gritos e choro insistentes tiravam completamente sua atenção, diferente de outros, sua audição precisava se manter aguçada, quisera ignorar os lamentos da jovem que esperneava de forma manhosa e birrenta para aqueles que a acompanhavam questionando o motivo de uma cega ter sido enviada para a deixa mais bonita. O que ela poderia ver?

Desculpa. — Ouviu em meio a um resmungo. A voz veio de baixo, então a menina era um pouco mais baixa que ela, concluiu, tinha um cheiro levemente floral e frutado, lembrando-lhe uma das tantas flores que já viu em sua infância, violeta. — Eu queria um garoto. — Reclamou, o som de seus passos ecoando conforme caminhava de um lado para o outro, parou encarando a figura de pele alva e cabelos claros pensando no que deveria fazer naquele instante. — Você tem olhos ou só é… Sabe? — Se aproximou tentando ver por baixo da venda.

Cega. — A feição se manteve imparcial, poderia explicar muitas coisas para aquela garota, questionamentos que se fez durante tanto tempo, aquelas palavras não a machucavam, conclusões, rejeições. Não são as palavras que nos ferem, mas a pessoa que as profere. Alguém insignificante jamais poderá causar um estrago tão grande quando outro que lhe é importante. Algumas pessoas são passageiras, assim como a tristeza que elas nos trazem, já outras são eternas e estas, nos deixam marcas permanentes. — Podemos dar uma volta enquanto me explica a sua situação e eu lhe digo em que posso te ajudar, caberá a você decidir se me acha apta ou não, que tal? — Uma pequena oferta, uma opção que não poderia ser negada e, mesmo a contra gosto, o retorno foi positivo, ambas partiram em um breve passeio guiado pela kunoiche enquanto a outra se mantinha a poucos passos atrás dela, analisando-a conforme tagarelava sobre sua infelicidade em perder seus “amigos”. Tessie sentia como se estivesse em uma pequena provação dada pela menina que a observa se mover em meio as pessoas, parar quando fosse necessário, desviar quando o obstaculo surgia à sua frente, para ela, ver era muito mais do que apenas utilizar seus olhos.

(code) awona | 1061 palavras
Tess
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Tess
Kirigakure Genin
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A beleza que ninguém vê.



Fragmento 02/02

Tem certeza que é cega? Tipo, você não enxerga nenhum pouquinho? — Questionou após pararem em um pequeno campo de flores. Aquela não era a primeira vez que já esteve naquele lugar.

Sobre seus amigos… — Ignorou completamente as perguntas na intenção de não prolongar aquela situação, aquele lugar a machucava mais do que deveria. — Pegue. — Vasculhou o bolso da calça alcançando um pequeno pincel. — Vá o mais longe que puder, escolha a flor que mais ti agradar e marque suas pétalas. — Virou as costas, mesmo que aquele ato não fosse necessário, afinal, não conseguiria enxergá-la; aguardou a outra realizar o movimento e mesmo em meio a questionamentos, apenas a incentivou a ir ouvindo-a se afastar e, minutos depois, retornar. — Você disse que perdeu seus amigos e quer ficar bonita para eles gostarem de ti, a festa seria como uma exibição de sua beleza para trazê-los de volta, não é?— Foi em direção ao pequeno campo de flores, foram necessários alguns segundos para retornar com a flor marcada em suas mãos.

Assim não vale, você usou alguma coisa ninja para achar. Tenho certeza. — Retrucou.

Eu poderia usar, claro, mas não foi preciso. — Estendeu a mão levando a flor aos cabelos dela, acomodando-a atrás de sua orelha. As mãos enluvadas alcançaram o rosto da pequena, retiraram os brincos que utilizava, o mover de sua cabeça sempre revelava a presença da peça. — Quando você tocou a flor, ela se tornou única. — Os dedos guiaram-se aos lábios dela deslizando ali o polegar limpando o batom ou o produto de cheiro adocicado que utilizava, o movimento de suas mãos prosseguiram sem pressa alguma pelas laterais do pescoço fino e delicado alcançando o fecho do colar, abrindo-o. As peças foram oferecidas a menina logo após serem retiradas. — Eu te reconheceria mesmo em meio a multidão, seguraria tua mão mesmo se milhares de outras estivessem estendidas junto a sua. — O corpo curvou-se levemente em direção a outra, aspirando seu aroma, como se estivesse diante de uma flor. — Seu cheiro agora é único para mim e, assim que tocou essa pequena planta, você deixou um pouco de você ali. — Tornou a posição ereta. — Assim são as amizades, únicas. Sempre deixamos uma marca em seus corações. Elas saberão te reconhecer, não precisa de ornamentos, maquiagens ou roupas bonitas. Te amarão mesmo se você estiver coberta de lama.

Mas o que ela entendia sobre amizade e amor?

O quão hipócrita poderia ser aquelas palavras? Os sentimentos dentro de seu peito eram confusos e dolorosos, até mesmo aquilo que sentia por seu irmão começava a corroer sua existência. O que havia restado de bom para ela? Mentiras que insistia em contar. Mentiras que precisava acreditar.

Viu? Você fica mais bonita quando sorrir. — Finalizou ao sentir os Kikaichu formigarem próximo a seus lábios, algo tipico de um sorriso vindo de alguém.

Ah… — Notou no tom o quão sem graça ela ficou. — Então você também deveria sorrir mais, com toda certeza também fica mais bonita.

“Eu não quero ficar bonita”, as palavras vieram em sua mente, mas ela não entendia o porquê daquela relutância. Já não sabia o que realmente era bonito e, não era a falta de visão que a impedia de ver isso, algo dentro dela estava quebrado e por alguma razão, não havia maneiras de consertar. — Tentarei. — Murmurou, não tinha motivos para descarregar na outra suas aflições, seus medos. Aquele monstro pertencia a ela e o criaria ali, acorrentando-o em seu coração, mas até quando poderia suportar? Até quando conseguiria mantê-lo enjaulado? Era apenas questão de tempo até tudo aquilo romper e aquela besta a engolir. Uma fera alimentada de medo, tristeza, desespero e ódio.

Havia sido aprovada para aquela missão, sabia pela conversa que se seguia enquanto voltavam, na empolgação, no leve toque dado em seu braço quando a outra notava um obstaculo, a indiferença de antes, foi substituída por preocupação. Um pequeno laço havia sido criado, frágil e talvez passageiro, contudo, aquilo não importava, assim como suas palavras haviam sido em vão, aquele momento era apenas algo passageiro. O quão difícil era para aquela criança entender? Os ornamentos foram repostos, talvez algo mais chamativo, até bonito, se ela conseguisse ver. O cheiro dela se misturou a de perfume.

Estou bonita? — Rodopiou em seu vestido após se arrumar. — Ah… Eu... — Novamente o constrangimento.


Você está sorrindo e feliz. Não poderia esta mais bela. — Quem havia lhe ensinado aquilo? O valor daquelas palavras? De uma sensação e emoção tão facilmente falada e que, para ela, parecia tão insignificante, contudo, mesmo assim as proferiu com tanta seriedade?

Não sabia a roupa que estava, seus tons, se era bonita ou se combinava, mas o conforto do tecido já era suficiente para aquela noite que serviria de companhia para a menina, podia notar no aperto da mão em seu braço, o nervosismo, o leve mordiscar de lábios que a fazia ranger os dentes de ansiedade, o inspirar e expirar ruidoso, tipico de alguém que buscava acalmar-se. Aquilo durou pouco, toda a sensação de constrangimento da companheira dava lugar a gargalhadas em meio a tantos outros, elogio de joias, roupas… Carinhos trocados, abraços e mais risadas, logo a menina estava perdida com seus “amigos” em meio aquela confusão de pessoas a qual chamavam de festa.

Ali a Aburame destoava tal qual um ponto negro em meio a uma imensidão alva e imaculada, sorrisos e alegrias que não entendia, sensações que não conseguiria compartilhar. Aquele cheiro que outrora afirmou se tão único em breve se tornaria algo comum, uma lembrança que se dissiparia com o tempo. A genin sabia que aquela menina seria magoada, de novo e de novo, por que ela não conseguia enxergar a fragilidade das amizades que insistia em acumular? Laços tão frágeis que um leve abalo poderia estilhaçar. Deu as costas para aquela reunião repleta de mentiras, sua missão nunca foi trazer felicidade e, se o fosse, estaria possivelmente concluída, bastava ouvir os sorrisos que se estendiam.

Sorrisos repletos de mentiras.

(code) awona | 965 palavras
Considerações
Missão Rank D. Total de 2030 palavras. ( Desculpa, prometo que os próximos serão mais breves. ;-; )

  • Apresentação da personagem em seu estado atual, os sentimentos que a consomem após o passar dos anos e, a maneira única de como é capaz de ver o mundo e as pessoas a seu redor.

Tess
Ficha de Personagem : https://narutoshinobiworld.forumeiros.com
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Hachiman
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Aprovado com Honras
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Hachiman
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