Poder… … Força… … pode se dizer qualquer uma das palavras para definir o que Zanin busca, sendo uma “ninja” desprezada por não ser poderosa como os outros, não tendo habilidades poderosas, olhos especiais ou poderes sanguíneos assombrosos, apenas sua espada, seu corpo e sua mente forte e voraz para com aqueles que se opõe a tua jornada. Pensando a respeito de sua força a jovem procura saber mais a respeito de como pode melhorar suas habilidades, mas não tendo habilidades comuns, não procura a área de treinamentos ou a biblioteca, pois ali tinha ninjas demais e os conhecimentos passados entre si, eram apenas para aqueles abençoados pelo “ninshu”, para saber sobre outras técnicas de espada seria necessário procurar auxílio fora de sua vila.

Fora de Kirigakure, a menina não muito longe, nos arredores que cercam a névoa, procura por mercantes ou locais onde seria possível perguntar, questionar viajantes, ou comerciantes andarilhos a respeito de técnicas com a espada. Passando-se algumas horas a menina sentada no canto, com seu quimono característica não chama a atenção por ser comum membros da vila portarem armas, mesmo tendo habilidades superiores à espada.  

Passam-se horas a fio até que Zenin vê um homem, com um chapéu de palha, portando duas espadas, mas não as comuns que se vê na vila, espadas curvas, em tamanhos diferentes e aparentemente forjadas fora da vila, tal fato desperta seu interesse a respeito do homem, o que a faz se levantar e ir em sua direção, chegando bem próximo à menina diz em alto e bom-tom:

— Ei velhote, de onde surgiu esses espetos bonitos aí? —
 
…É nítida sua falta de tato para com pessoas, ser tão individualista a fez tão distante que acaba por gerar situações conflitantes pelas suas falas duras e ríspidas…
 
“ — Que pirralha desrespeitosa você é —” dando um gole num copo de saquê o homem prossegue com sua fala “ — Diria para sua mãe para dar umas belas palmadas em você, mas se precisar eu mesmo posso te bater, agora me deixa em paz com meu copo —”

Não gostando do que ouve a menina logo continua a confrontar o homem:

— Não acho que você daria conta de mim nem se eu estivesse de olhos fechados, mas anda logo, me diz de onde vem essas espadas que você tem aí —  

Seu tom de voz é arrogante como sempre, e afrontoso como de se esperar. Sem respostas do homem que só a ignora ela decide então esperar por ele fora do bar, tendo um plano de desafiá-lo pela informação caso seja necessário, o que não soa nada como uma proposta racional, mas inteligência não é o forte de Maki, sendo um pouco bruta com situações desse gênero era comum acabar tudo com uma briga ou duelo.

obs:

Com o homem tendo saído já um pouco alcoolizado, a jovem tenta dar uma rasteira no homem, que de prontidão salta sobre seus pés e plana como uma folha até o chão:
 
“—MAS QUE PORRA DE IDEIA QUE É ESSA SUA PIRRALHA, TU TA DE BRINCADEIRA COMIGO —” diz o homem com um tom de voz surpreso e um pouco irritado “ — se tu ta procurando morrer não vai ser por minhas mãos, não bati nem nos meus filhos que não criei, imagino no dos otro—” ele finaliza aguardando a resposta de Maki.
 
— Você tem uma informação que eu preciso, como pode ver eu tenho uma espada também — a menina então a desembainha e a põe em sua mão dominante a apontando para o homem — Eu pretendo ser uma guerreira imponente e forte, mas não posso contar com minhas habilidades em ninshu, então tudo que tenho é o caminho da espada, e ao meu parecer você porta duas espadas incomuns para minha região — balançando o seu instrumento de combate como se estivesse pronta para usá-la a menina prossegue:
 
— Então você vai me dizer de onde elas vieram por bem, ou então eu duelarei pela informação, de um jeito ou de outro você não vai sair daqui sem me dizer o que sabe —

obs:

O homem então a responde:  

“ — Você esqueceu de um detalhe né burrinha, se eu ganha eu não preciso te fala nada né — “

Apertando firme a bainha de sua espada a menina simplesmente parte em direção ao homem com sua espada virada de um modo com que sua lâmina não pudesse acertar tal homem caso um “corte” fosse feito.

— É ASSIM QUE EU LUTO!!! —

Não sabendo se ia acertá-lo ou não a menina deu tudo de si em seu golpe, como se fosse seu golpe mais poderoso, o que apenas acarretou uma derrota rápida e limpa. De repente a menina estava atrás do homem, olhando tudo de cabeça ponta cabeça:  

— Quê? —

Se questionando a respeito do que aconteceu, ou melhor descrevendo, do que não aconteceu, seu golpe foi facilmente defendido e com um contragolpe imediato a menina foi jogada ao chão, uma derrota tão rápida que seu corpo nem ao menos entendeu, e começou a sentir as dores apenas momentos depois.

— Você não vai escapar assim não, pode voltar aqui —  
 
O homem já com uma faceta séria não diz nada, apenas aguarda as ações da inconsequente Zenin.
 
— Você não vai escapar de mim tão fácil, pode crê estou certa sobre isso, e eu quase nunca tô errada —  

obs:

Se levantando vagarosamente devido aos machucados a menina apenas põe sua forma novamente e o ataca, só que agora sem um avanço único, e sim vários avanços pequenos o rodeando visando tentar encontrar um ponto fraco.  

— O que foi, não vai falar nada? Logo sua derrota virá velhote —
 
O homem não diz nada apenas fala em seu âmago “que pestinha irritante”
 
Seus ataques prosseguem a não o atingir de forma alguma, o homem apenas se esquiva vagarosamente como se estivesse zombando da menina, como um pouco de raiva ela começa a colocar mais força em seus ataques, o que acaba por cansá-la um pouco mais do que o normal, mas tal fato não a abala, ao menos mentalmente, por que fisicamente já está quase esgotada.
 
Em seus pensamentos o homem apenas diz para si “A pestinha é irritante, mas é interessante, um ninja que só conta com sua espada? Eu gostaria de ver onde isso vai dar”, então para finalizar tal “luta” o homem apenas se vira e vai em direção a longe da vila, sem dizer palavra alguma.
 
— Não pense que vai escapar de mim de forma tão fácil “sigh” —
 
Seu corpo está pouco a pouco desistindo da luta, mas seu espírito ainda vive e continua lutando mesmo que não fisicamente.

obs:

O homem caminhando com passos largos começa a se apressar, começa a dar pequenos piques em direção a floresta, a menina simplesmente o acompanha quase caindo, às vezes até mesmo cedendo ao cansaço e se arrastando ao chão, com a espada ainda em punhos ela brada.
 
— Não adianta tentar me cansar, meu espírito de combate nunca vai se abalar —
 
Diz a menina já completamente abalada pela situação, mas sem dar seu braço a torcer.
 
Já se passando horas a fio, nas altas horas da madrugada a menina perde o homem de vista por um momento, sua piscada pesada foi a culpa de tal acontecido:
 
— PARA DE CORRER DE MIM, EU NÃO VOU PARAR ATÉ VOCÊ ME RESPONDER SEU MALDITO —
 
Usando tudo de si para avançar na direção que viu o homem pela última vez a menina acaba trombando com uma árvore de tamanho imenso, que não era suposta de estar naquele local, tendo talvez cinco a sete vezes a larguras das árvores comuns, e altura imensurável para seus olhos infantis ainda. Não entendendo bem o que está acontecendo a menina encantada com a árvore da uma volta nela, a volta acaba e a jovem vê algumas inscrições em uma parte, pareciam marcas de corte, um pouco estranho, pois a árvore não parecia própria para treinos, apenas alguém com um poderio incrível poderia derrubá-la com cortes de espada, e apenas com uma espada.

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“ — Então, é aqui que irei testar seu poderio, e o quão forte é seu espírito, preciso que entre aqui com o poder de sua espada —”
 
Pensando um pouco ela decide usar a habilidade que aprendeu na academia, mas logo é surpresa, pois, há de algum modo uma técnica que afeta o chakra de quem toca na árvore, ela então questiona:
 
— MAS QUE PORRA QUE É ESSA? TÁ DE TIRAÇÃO COM MINHA CARA? VOCÊ SABE QUE CHAKRA NÃO É O MEU FORTE, NEM MANIPULAR NEM USAR CARALHO —
 
Perdendo completamente sua postura culta que mantém já partindo para as agressões verbais a menina então começa a fazer o que faz de melhor, cortar.
 
— É ISSO QUE VOCÊ QUER ENTÃO É MELHOR IR SE PREPARANDO PARA O QUE VEM POR AQUI —
 
Começando com o primeiro corte a jovem sente seu corpo ser repelido quase que completamente, o que faz sua espada vibrar de uma forma com que a mesma voa para longe de suas mãos. Indo buscá-la apenas com o esforço do resto de suas forças a menina tenta novamente um corte mais forte do que o normal, mas falha novamente “o que eu to fazendo errado?” seu pensamento é simples e puro, inocente até, então em um momento sublime a menina recua um pouco.

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No ápice de seu desgaste físico e mental Maki tem uma epifania, olhando para sua espada, um momento analisando sua curvatura, outro momento olhando para a árvore, visando a energia que emana, a zenin se lembrou de como um rio funciona, fluindo sempre para o lado mais forte não fazia sentido tentar lutar contra a correnteza. Com essa breve pausa a ninja se prepara para dar seu golpe, olhando para o homem que estava sentado a encarando ela aponta sua espada para ele, ainda exausta ofega bastante e treme, mas sua virtude é maior que seu corpo.
 
— Ichi no kata: Minamo giri —
 
Terminando seu corte, tão limpo e puro quanto o fluir da água em um rio, a menina consegue ferir a árvore grandemente, não o suficiente para cortá-la inteira, mas mesmo assim, é um avanço para alguém que não sabia nem o que estava fazendo.
 
Já no outro dia, acordando com um coelho saltando perto de seu corpo, a menina abre os olhos e se levanta de maneira brusca, o que machuca seu corpo todo, ocasionando o já esperado, um desmaio ocorre novamente.
 
Algumas horas depois do inconveniente levante brusco, a jovem consegue despertar já descansada aos pés da grande árvore, olhando aos céus percebe que se passou muito tempo desde seu desmaio.

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Procurando sua espada a menina olha ao seu redor e encontra um cheiro completamente necessário, seu estômago, revida tal informação com um ronco grande e alto, seguido de um bocejo alto e nada belo:

— UAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA TO COM FOME, ESPERO QUE ESTEJA FAZENDO COMIDA PRA MIM —

O velho não muito longe ri e se pergunta “por que eles vêm sempre nesse formato? Os prodígios sempre têm um parafuso a menos, tava falando toda culta agorinha, agora já ta aí toda estranha” ao longe ele grita:

“ — CALA A PORRA DA BOCA E VEM AQUI, E COMO VOCÊ SABE QUE EU NÃO SOU UM SEQUESTRADOR OU ASSALTANTE, VOCÊ DORMIU A NOITE INTEIRA NA FLORESTA CE TA LOCA?—”

Já perto do homem a menina diz em alto e bom-tom.

— Se você quisesse, teria me matado bem antes, e não tenho muito o que ser roubado além da minha espada, e também confio no meu instinto, não gosto muito de pessoas, mas você tem o cheiro bom —

Sorrindo com a informação o homem então diz:

“ — A respeito das espadas parabéns, você conseguiu se tornar a aprendiza do caminho da espada, seus movimentos são rápidos, muito rápidos, mas não adianta ser rápida se não tiver um plano de como atacar e seu vigor não é péssimo, mas bem fraco —

Cessando um pouco sua fala ele dá uma breve respirada profunda antes de prosseguir

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"— Mesmo assim você se manteve em pé e lutando com todas as forças por um longo tempo, e o corte final uuuuuuuuuuuu, aquilo foi lindo, você tem o que é necessário para se tornar um Bushi, pode não ter percebido, mas tudo isso foi um treino, e você passou nele —“
 
dando uma mordida na perna de coelho que está comendo e após terminar de mastigar prossegue  
 
" — Mas não pense que está pronta para se tornar um samurai, precisa ir até os mestres e lá eles decidirão seu destino, eu já mandei uma andorinha com uma mensagem dizendo sobre você, e sobre minhas espadas, é meu dever lhe entregar uma, nunca acreditei que iria trombar com um aprendiz assim, mas é como meu mestre dizia “As folhas caem sempre onde tem que cair, o vento nunca erra" —" 
— Não entendi nada do que você disse, to com fome demais pra entender desculpa hihi —
 
O homem então retruca:
 
“ — SEM COMIDA PRA GENTE BURRA AQUI AAAAAAAAAAAA —”
 
A menina retruca o comentário:
 
— CALABOCA VELHO GAGA E ME ALIMENTA AAAAAAAAAAAAAA —
 
Após se alimentar a menina então entende o teste e recebe de bom grado a espada, comentando a respeito:
 
— Eu vou me tornar a mais forte espadachim você vai ver —

obs:

 
Erguendo a nova espada para cima a menina brada subindo em uma pedra para encenar
 
— EU MAKI ZENIN NUNCA DESCANSAREI ATÉ ME TORNAR A MELHOR ESPADACHIM DO MUNDO, E DERROTAR O VILÃO SUPREMO VOCÊ VAI VER, ESSE É O MEU JEITO NINJA TO CERTA —  

O velo apenas ri e percebe que escolheu a folha correta, e que realmente seu mestre está certo, o vento não se engana, ele sempre sopra para o lado correto:

“— ei menina para de ser tão estranha e desce dessa pedra antes que você caia hehe —”

Após ouvir tal frase a menina questiona algo que até então se passou despercebido:

— O velhote qual o seu nome em? Acabou que eu nem soube seu nome e nem você o meu, eu me chamo Maki Zenin, espero que nunca se esqueça desse nome, pois ele será citado entre nações ainda —

Com um sorriso no rosto o velho diz:

“— meu nome é Hanzo, é um prazer saber seu nome pirralha, espero que você floresça mais do que eu, é o dever de um mestre fazer de tudo para que seu aprendiz o supere —”

Em resposta a menina diz finalizando o ato:

— Pode ficar tranquilo que eu vou! —

Com um sorriso no rosto ela termina a frase assim se levantando e retornando a vila, sem se despedir, pois, tinha certeza de que iria ver o velho novamente.

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