Yume chegou cedo ao prédio do Raikage e foi encaminhado por um guarda jounin até o quadro de missões. O homem, que não se apresentou, era alto e musculoso, com cabelos castanhos curtos e olhos escuros. Ele usava o uniforme padrão de Kumogakure, com o colete bege e a bandana da vila na testa.

— Essa é sua primeira vez aqui, garoto? — perguntou o guarda jounin, olhando para Yume com um olhar crítico.

— Sim, senhor — respondeu Yume, um pouco nervoso.

— Bom, então é melhor escolher uma missão fácil. Não quero ver nenhum novato se metendo em problemas. — O jounin olhou para o quadro de missões e apontou para que o genin se aproximasse.

Yume olhou para a missão onde dizia, em letras grandes e pretas, "Vigia Para Fazenda", e arrancou o bilhete, levando-o até o guarda, dizendo:

— Eu escolho esta missão aqui.. Como cresci em uma fazenda, estou familiarizado com o ambiente.

O guarda jounin deu de ombros. — Tudo bem, garoto. Só não se meta em encrencas. — Resmungou, se espreguiçando.


Yume estava animado por finalmente ter a chance de sair em uma missão, e confiante por estar em sua zona de conforto nesse trabalho.

A fazenda ficava à algumas horas de caminhada, que Yume fez com tranquilidade, para poupar energia. Conforme foi chegando ao local, o jovem ia sentindo um calafrio percorrer sua espinha. Era estranho estar em um vilarejo tão remoto, mas ao mesmo tempo, tudo parecia tragicamente nostálgico. A lembrança de seus pais, que haviam sido mortos há alguns meses, o atingiu com força total. Ele lutou contra a emoção que ameaçava engoli-lo e se concentrou na tarefa em mãos.

— Obrigado por vir, Yume — disse o fazendeiro. — Minhas cabras têm desaparecido à noite e eu não consigo descobrir o que está acontecendo.

Yume olhou para o fazendeiro com curiosidade. O homem era exatamente como seu pai, exceto por ser uns 10 anos mais jovem. — O que você suspeita? — perguntou.

— Bem, eu acho que é um lobo que está levando minhas cabras — disse o fazendeiro, com um olhar preocupado.

Yume assentiu e começou a preparar-se para a vigília. Ele se posicionou em um ponto estratégico, em cima de uma árvore, e aguardou. Já passara das 18h. Logo a noite viria, e o ladrão de cabras também.

Horas se passaram e Yume começou a ficar cansado, mas manteve-se alerta. De repente, ele ouviu um barulho vindo do campo. Yume se levantou e tentou rastrear o som, quando viu um lobo atacando uma das cabras.

Yume reagiu rapidamente e se preparou para lutar contra o lobo.  O jovem genin rapidamente formou um selo de mão e criou uma cópia de si mesmo com a técnica Bushin no Jutsu, fazendo o lobo se distrair e atacar a cópia.

Enquanto o lobo se debatia com o clone de Yume, o verdadeiro ninja pegou a Fuuma Shuriken em sua bolsa de armas. Ele se levantou no galho onde estava, girou o tronco e lançou a shuriken, que girou no ar em alta velocidade antes de atingir o animal na nuca, matando-o instantaneamente.

Quando o sol nasceu, o fazendeiro veio até Yume com um sorriso no rosto.

— Obrigado, Yume! Você conseguiu salvar minhas cabras — disse, aliviado.

Yume sorriu de volta e se sentiu realizado por ter concluído sua primeira missão com sucesso.

— Foi um prazer ajudar — disse Yume. — Se precisar de mim novamente, é só me chamar. Boa sorte com a fazenda.

Ao retornar para a vila depois de completar a missão com sucesso, Yume sentiu uma mistura de emoções. Por um lado, ele se sentia orgulhoso de si mesmo por ter cumprido sua primeira missão como um ninja e ter conseguido proteger as cabras do fazendeiro. Por outro lado, ele também sentia uma tristeza profunda, já que aquele confronto com o lobo lhe trouxe à tona memórias dolorosas de quando perdeu seus pais de forma tão trágica. Ele percebeu que, apesar de tudo o que havia passado, agora estava começando a se sentir mais confiante em sua capacidade de se tornar um ninja de verdade. Sentia que tinha cumprido um dever e que havia honrado a memória de seus pais de alguma forma.

Por fim, sentiu um senso de realização, como uma energia que começara a queimar dentro dele. Yume sabia que tinha muito a aprender e melhorar, mas essa primeira missão havia sido um passo importante em sua jornada como ninja. E isso lhe dava a esperança de que, um dia, ele pudesse desvendar o segredo sobre sua verdadeira linhagem.

Missão realizada:

Jutsu utilizado:

HP: 120 | CH: 320 | SM: 120 | ST: 03 | VO: 05 | 746 PALAVRAS

Yume acordou cedo em um dia ensolarado e se preparou para sua próxima missão. Ele ainda estava um pouco nervoso, afinal, era apenas seu segundo trabalho como gennin.

O jovem de preto caminhou pelas ruas movimentadas de Kumogakure, observando as pessoas que iam e vinham, todas com suas próprias histórias e destinos. Ainda havia uma certa nostalgia em seu coração, lembrando-se dos dias em que seus pais o levavam para passear nessas mesmas ruas. Ele sentiu falta deles, mas sabia que não podia ficar preso ao passado.

Ao chegar ao gabinete do Raikage, Yume foi recebido por um dos jounin, um homem alto e musculoso com cabelos castanhos curtos e uma expressão séria.

— Bom dia. Veio em busca de uma missão? — Disse o guarda.

Yume acenou com a cabeça, em sinal de concordância, e, então, se aproximou do quadro. Não havia muitas ofertas de trabalhos de rank D, mas um em especial se destacou aos olhos dele. Tratava-se de uma missão para apresentar o mundo ninja para uma menina doente. Como ele próprio conhecera suas habilidades shinobi há pouco tempo, parecia a escolha mais lógica a se fazer.

Arrancando o papel do quadro pardo, Yume deu meia volta e mostrou o bilhete para o responsável.

— Esta é uma missão importante. Você precisará escoltar uma menina doente e realizar o desejo dela de ser uma ninja por um dia. O pai dela é um mercador de tecidos muito rico. Acha que consegue dar conta? — Perguntou o homem.

Yume acenou com a cabeça, esticando a boca e mordendo o lábio superior para formar o que ele acreditava ser um sorriso.

Com isso, Yume partiu para a casa da menina. Ele sabia que esta seria uma missão diferente de tudo que ele já havia feito antes, mas estava determinado a cumprir seu dever.

Achar a casa não foi um problema, uma vez que ela se destacava por ser muito maior que as vizinhas. A construção era típica de Kumogakure, com suas paredes de pedra e telhado de cerâmica. Yume notou que havia um belo jardim na entrada, cheio de flores coloridas e arbustos bem cuidados.

Ao se aproximar da porta, uma mulher de meia-idade o recebeu com um sorriso caloroso. Ela se apresentou como a mãe da menina e convidou Yume para entrar.

A casa era grande e bem decorada, com móveis elegantes e tapeçarias nas paredes, muito maior do que qualquer residência na qual Yume já estivera — com excessão ao gabinete do próprio Kage. Sakura estava sentada em uma poltrona confortável na sala de estar, cercada por brinquedos e livros. Yume pôde ver que ela tinha cabelos loiros, olhos azuis brilhantes e um rosto doce e delicado, mas muito magro.

— Obrigada por vir. — Disse a mãe de Sakura. — Minha filha está ansiosa para passar o dia com um ninja.

— Eu sempre quis ser uma ninja. — Disse a menina, resmungando. — Mas mamãe não me deixa entrar na academia.

— Então que tal irmos para o campo de treinamento e treinarmos como ninjas de verdade? — Disse Yume, tentando ao máximo mimetizar o comportamento que sua mãe tinha com ele.

Ao ouvir as palavras de Yume, os olhos da garota brilharam mais que o sol quente do verão de Kumogakure, e ela prontamente se levantou.

Eles caminharam em direção ao campo de treinamento, com a jovem segurando sua mão. Ela caminhava com dificuldade, como se estivesse fazendo muito mais força do que o necessário para simplesmente andar. Na verdade, ela nem ao menos conversava, concentrando toda a energia para poder se locomover.

Felizmente, o campo de treinamento dos ninjas não era longe dali, e os dois sentaram para assistir uma equipe de genins que arremessava shurikens em troncos.

— Ah, é. Meu nome é Shiruku Sakura. — Disse ela, ofegante. — E o seu?

— Primeira lição: nomes não são importantes no mundo ninja. — Respondeu Yume.

A garota, ao ouvir as palavras dele, murchou o olhar imediatamente. Parecia que ele havia sido duro demais com ela.

— Vamos fazer assim. — O jovem falou, pegando uma garrafa d’água na mochila e passando para ela. — Se você for bem no treinamento hoje, te falo meu nome quando você for voltar pra casa. Somente amigos sabem o nome uns dos outros. O que acha?

A garota sorriu de orelha a orelha, apanhando a garrafa da mão de Yume e engolindo todo o conteúdo de uma só vez.

Enquanto os ninjas treinavam, Yume explicava para Sakura o que eles estavam fazendo e como cada técnica funcionava.

— Hum... Ninja-san. — Disse Sakura. — Eu quero participar do treino também. Nós podemos?

— Pa-Participar? — Yume levou um susto com o convite da garota. Não apenas porque era pergioso pra ela, mas também porque ele próprio tinha vergonha demais de abordar os ninjas e pedir para se juntar a eles. — Não é educado interromper o treino de um ninja, mas podemos fazer o nosso próprio treinamento aqui. — Disse ele, levantando e estendendo a mão para Sakura.

A jovem concordou prontamente e, então, eles foram para uma área um pouco mais afastada e começaram a treinar. Yume a instruiu sobre postura, respiração e movimentos básicos de taijutsu. Sakura estava fraca, mas se esforçava para acompanhar. Era nítido que ela estava tentando não demonstrar fraqueza.

— Sakura, não se esforce muito. — Disse Yume, com medo de que a garota desmaiasse.

— Eu sei, mas eu quero mostrar que posso ser uma ninja, mesmo que seja por um dia. — Respondeu a garota, sorridente.

Após trocarem socos com o ar, eles se sentaram na sombra de uma árvore.

— Você acha que eu vou melhorar? — Perguntou Sakura, nitidamente exausta.

— Claro que sim. Você é uma garota forte e corajosa. — Ele disse, se levantando e se curvando diante dela. — Sou Yume, prazer em conhecê-la.

Sakura abriu um sorriso encantador, estendendo a mão em direção de Yume, para que ele a auxiliasse a se levantar.

Antes de partirem, Yume decidiu usar o jutsu Bushin no Jutsu para criar um clone de si mesmo, para que Sakura pudesse treinar seu ataque em um alvo real. Ela se divertiu muito atacando o clone de Yume, apesar dos golpes fracos demais para fazer a duplicata desaparecer. Quando ela finalmente acertou um soco no clone, Yume desfez a técnica, fazendo-a acreditar que o mérito era dela.

— Eu consegui! Eu consegui acertar o golpe! — Disse ela, ofegante.

— Eu disse que você conseguiria. — Prosseguiu Yume. — Agora, precisamos voltar para a vila. Logo vai anoitecer e pode ser perigoso.

Sakura concordou, com um semblante triste no rosto. Contudo, ela não se negou a retornar, tamanho o cansaço dela.

Yume, então, se ofereceu para levá-la de volta em seus braços, e Sakura acabou adormecendo. Ele a carregou com cuidado até a casa dela, onde a entregou aos cuidados de sua família. Antes de partir, Sakura acenou para ele com um sorriso fraco no rosto.

Yume voltou para casa com a sensação de dever cumprido. Ele sabia que aquele dia seria inesquecível para Sakura, e estava feliz por ter sido capaz de ajudá-la a realizar seu sonho. Mas ao mesmo tempo, sentia um aperto no coração.

Chegando em casa, Yume se jogou na cama, exausto. Ele fechou os olhos e pensou em Sakura, desejando que ela pudesse ter uma vida mais longa e feliz. Ele sabia que era seu dever como ninja proteger as pessoas, e que aquela missão tinha sido uma das mais importantes.

Missão realizada:

Jutsu utilizado:

HP: 120 | CH: 320 | SM: 120 | ST: 03 | VO: 05 | 1215 PALAVRAS

Yume acordou cedo naquela manhã, pronto para mais uma missão. Ele se levantou e vestiu suas roupas pretas habituais, pronto para enfrentar qualquer desafio. Ele estava decidido a partir em sua terceira missão como um verdadeiro ninja e, para isso, se dirigiu ao Gabinete do Raikage.

Chegando lá, Yume foi recebido por um guarda jounin diferente do último. Ele era um homem forte, com cabelos curtos castanhos e um olhar sério em seu rosto.

— Bom dia, gennin. O que você está fazendo aqui? — Perguntou o guarda jounin.

— Me chamo Yume. Estou aqui para ver o quadro de missões, preciso de uma nova tarefa para cumprir. — Respondeu Yume.

— Yume, é? Tenho uma informação importante para você. O fazendeiro que contratou você para matar um lobo pediu especificamente que você volte para ajudá-lo novamente, dessa vez na granja de galinhas. — Afirmou o guarda carrancudo.

Yume ficou surpreso com a notícia. Ele nunca esperava que o fazendeiro fosse contratá-lo novamente.

— A fazenda fica a alguns quilômetros daqui. Eu vou te dar um mapa com as instruções. Boa sorte, Yume! — Disse o jounin, entregando o mapa a Yume.

Sem demora, Yume partiu. Como faziam apenas alguns dias desde sua primeira missão, Yume não precisou olhar o mapa para saber o caminho. Enquanto se aproximava das granjas, ele notou a beleza das montanhas ao fundo e o som dos pássaros cantando nas árvores. O vento soprava gentilmente, balançando os campos de trigo. Ele se sentiu grato por estar ali e poder apreciar a natureza, mas ao mesmo tempo, sentiu uma nostalgia profunda. Yume nunca esqueceu de onde veio, nem por um momento.

Finalmente, ele avistou a fazenda ao longe e notou o fazendeiro que o contratou pela primeira vez. Ele estava atrás do portão da fazenda, fumando um cigarro e observando o campo. Yume se aproximou dele com um sorriso , mas uma sensação estranha se apoderou de sua mente. Era como se estivesse revivendo algo do passado. O fazendeiro, um homem de meia-idade com cabelos grisalhos e um ar simpático, o cumprimentou com um aceno.

— Olá, Takeshi-san. Lembra de mim? — Perguntou Yume. — Algum problema na fazenda?

— Claro que lembro de você, sim! — Respondeu o homem, com voz grave e rouca. — E não, não tem problema nenhum com a fazenda. Graças a você, não tivemos mais inconveniêntes com as cabras, mas agora precisamos de uma mão com o galinheiro. Você foi muito bem na sua primeira missão, então achei que poderia nos ajudar novamente.

Yume relaxou. Era apenas uma missão de rotina, afinal de contas. Se sentiu aliviado, mas, ao mesmo tempo, um pouco decepcionado. Esperava que a missão fosse um pouco mais desafiadora, para que pudesse por em prática todo seu treinamento físico dos últimos dias.

— Eu confio em você, jovem. Agora, venha comigo e vou te mostrar a granja. — Explicou o fazendeiro, fazendo sinal com a mão para que ele o seguisse.

O fazendeiro levou Yume até uma área cercada onde havia várias galinhas. As aves estavam ciscando pelo chão, procurando comida. O cheiro era forte e um pouco desagradável, mas Yume não se importou. Ele estava acostumado com o campo e isso trouxe lembranças de sua infância.

— Essa é a área onde precisamos de ajuda. As galinhas precisam ser alimentadas e a água trocada. —  Explicou o Takeshi.

Yume olhou em volta, notando a quantidade de trabalho que precisava ser feito. Mas ele não se sentiu desanimado. Ele estava pronto para trabalhar duro e ajudar a vila.

— Eu entendi. Vou começar agora mesmo. — Disse Yume, seguindo em direção às galinhas.

Yume se surpreendeu com a quantidade de ovos que as galinhas estavam botando e como as granjas estavam bem organizadas.

Enquanto trabalhava na granja de galinhas, ele não pôde deixar de sentir uma onda de nostalgia invadir sua mente. Aquele cheiro da fazenda, o barulho dos animais e o trabalho braçal eram coisas com as quais ele estava acostumado durante sua infância, quando vivia com seus pais. Ele sentiu um sorriso triste surgir em seus lábios, lembrando-se da época em que ajudava na fazenda. Por um momento, Yume sentiu-se em casa novamente, mesmo que tudo isso lhe lembrasse da dor da perda.

Yume passou o resto do dia trabalhando na granja, ajudando o fazendeiro a cuidar das galinhas doentes e também a preparar uma alimentação saudável para todas as aves. Ele se sentiu útil e satisfeito por estar ajudando a resolver um problema real para a comunidade da vila.

— Yume, você parece estar trabalhando muito bem. Gostaria de descansar um pouco e tomar um chá comigo? — Disse a voz do fazendeiro, vindo da porta do galinheiro.

— Obrigado, Takashi-san. — Respondeu o genin. — Seria ótimo.

Yume sabia que não era adequado que um ninja tomasse chá com o contratante de uma missão, afinal, eles tinham uma aparência a zelar. Contudo, ele era apenas um genin; um genin sujo de cocô de galinha e exausto de carregar feno.

Os dois se sentaram na varanda da casa do fazendeiro, tomando chá e conversando sobre o trabalho na fazenda.

— Yume, você é um jovem muito habilidoso e trabalhador. Seus pais devem estar orgulhosos de você. — Disse Takeshi, e Yume se conteve a apenas acenar com a cabeça em sinal de concordância.

O fazendeiro agradeceu a Yume e o pagou pela missão. Yume se despediu e partiu, mas o fazendeiro o chamou de volta.

— Eu sei que você é um ninja e tudo mais, mas se precisar de algo, pode sempre voltar aqui. Estou sempre precisando de ajuda na fazenda e adoraria ter você aqui novamente. — Falou o senhor, acendendo mais um cigarro.

Yume sorriu e acenou com a cabeça, em sinal de condordância. Takeshi-san parecia solitário, ainda mais que ele. Seria bom se o destino conseguisse cruzar o caminho deles novamente, quem sabe?

Missão realizada:

HP: 120 | CH: 320 | SM: 120 | ST: 03 | VO: 05 | 955 PALAVRAS

Yume acordou cedo naquela manhã. Ele se levantou da cama, vestiu seu uniforme preto e realizou alguns exercícios de aquecimento para preparar o corpo para o que estava por vir.

Após o treinamento matinal, Yume seguiu em direção ao gabinete do Raikage. Ele cumprimentou os guardas na entrada acenando com a cabeça, e seguiu em frente até chegar ao local onde as missões eram designadas. O guarda jounin que o atendeu era o mesmo que o ajudou na última missão.

— Yume, bom vê-lo novamente. Você está pronto para uma nova missão? — Perguntou.

— Tem alguma coisa pra mim ou devo olhar o quadro e escolher uma? — Perguntou Yume.

— Na verdade, tem uma missão aguardando um genin. Ela seria de um outro ninja mas ele... Ele não vai poder comparecer.

O jounin pegou um pergaminho em cima da mesa e entregou para Yume, dizendo:

— Mitsuki-san é um ferreiro respeitado na vila. Ele está trabalhando em um tipo de katana mais leve, agora, e quer ajuda para testar a arma.

Yume ficou animado com a missão. Ele não era muito habilidoso com espadas, mas ficou feliz com o voto de confiança do jounin.

Com o pergaminho em mãos, Yume deixou o gabinete do Raikage, caminhando calmamente até a ferragem de Mitsuki, que não ficava longe dali.

No caminho, Yume observava a cidade ao seu redor. As ruas estavam cheias de pessoas, cada uma indo em uma direção diferente. O sol estava brilhando no céu, mas uma brisa suave mantinha o clima agradável.

Não demorou mais de vinte minutos para que Yume chegasse à loja do ferreiro. Ela era modesta, mas bem cuidada. O genin entrou e olhou ao redor. Havia várias armas penduradas nas paredes, além de diversas ferramentas de metal.

Yume foi prontamente recebido por Mitsuki, um homem alto, bronzeado e forte que saiu de um cômodo dos fundos. Ele parecia ter por volta de 30 anos e tinha uma expressão séria no rosto.

— Olá, meu nome é Yume. Eu fui enviado pela vila para testar sua nova arma. — Disse, apresentando-se.

— Ah, sim. Fique à vontade, garoto. A arma está lá no canto. — Respondeu Mitsuki, apontando para uma mesa ao lado.

Yume pegou a arma e testou seu peso e equilíbrio. Ele balançou a espada algumas vezes e ficou impressionado com a agilidade e a precisão. Mitsuki observava Yume com atenção, e Yume sentiu o olhar do ferreiro sobre ele.

— Eu a chamo de “Borboleta”, porque é tão leve e ágil quanto uma. Quero que você teste sua eficiência e me diga o que achou.

Yume segurou a katana com as duas mãos, examinando a lâmina.

— Impressionante. — Disse ele. — A katana é muito leve e tem uma boa empunhadura.

— Então, vamos começar! — Mitsuki sorriu e pegou algumas shurikens, arremessando-as na direção de Yume.

Yume desembainhou a Borboleta, prontamente derrubando cada shuriken que Mitsuki lançou em sua direção. O ferreiro sorriu, apoiando um braço sobre o balcão da loja.

— Você leva jeito. Que tal uma luta amigável, eu e você nos fundos da loja? — Disse Mitsuki.

Yume aceitou o desafi. Os dois se posicionaram a uma distância segura um do outro e aguardaram o sinal para começar. Yume estava empolgado para testar suas habilidades com a espada, mas sabia que Mitsuki era um ferreiro experiente e habilidoso.

— Pronto? — Perguntou Mitsuki.

— Pronto! — Respondeu Yume.

O sinal foi dado e os dois partiram para o ataque. As espadas se chocaram com um som metálico, ecoando pelo ambiente. Mitsuki parecia estar brincando com Yume, deixando-o atacar e defendendo com facilidade. Yume tentava encontrar uma brecha, mas Mitsuki era rápido e ágil.

— Você é muito bom com essa espada! — Elogiou Mitsuki.

— Obrigado, mas você é muito melhor — Respondeu Yume.

Os dois continuaram a lutar, trocando golpes e bloqueios. Yume se esforçava para acompanhar Mitsuki, mas a diferença de habilidade era evidente. Após alguns minutos, Mitsuki fez um movimento rápido e preciso, desarmou Yume e apontou a katana em seu pescoço.

— Você é bom em prever meus ataques, mas não é forte o suficiente para se esquivar a tempo. — Disse Mitsuki, sorrindo. — Com mais treino, daria um ótimo espadachim, digno do País dos Samurais.

Yume ficou desapontado por ter perdido a luta, mas reconheceu que ainda tinha muito o que aprender. Ele agradeceu a Mitsuki pela oportunidade e pela ajuda com a missão:

— Mitsuki-san, obrigado pelo duelo. — Yume disse, embaiando a espada. — Além de ferreiro, você é um ótimo lutador.

Com a missão cumprida, Yume devolveu a espada para Mitsuki e ambos retornaram para o interior da loja.

— Obrigado novamente por testar a "Borboleta", garoto. — Disse Mitsuki.

— O prazer foi todo meu. — Respondeu o genin. — A “Borboleta” é realmente incrível.

— Você é realmente habilidoso com a espada, Yume. Gostaria de lhe oferecer a katana como recompensa, mas infelizmente não posso. Esta é uma arma muito valiosa, que foi encomendada por um cliente específico. — Falou Mitsuki, enquanto colocava a espada atrás do balcão.

— Não se preocupe com isso, Mitsuki-san. Foi uma honra testar sua arma. — Respondeu o jovem, genuinamente satisfeito por ter tido a chance de entrar em um embate tão emocionante.

Com isso, Yume se despediu de Mitsuki e voltou para casa, sentindo-se satisfeito por ter ajudado um dos melhores ferreiros da região. Embora ele tenha gostado da espada, ele sabia que não poderia ficar com ela. Ele tinha aprendido desde cedo que, como um ninja, a lealdade à sua vila e às regras de conduta eram mais importantes do que sua vontade pessoal. Mas bem que uma espada poderosa e leve como aquele viria bem a calhar no futuro.

Missão realizada:

HP: 120 | CH: 320 | SM: 120 | ST: 03 | VO: 05 | 922 PALAVRAS

Yume acordou cedo naquele dia. O jovem genin fez seu alongamento matinal, puxando os braços para cima e para baixo, girando o pescoço e esticando as pernas. Depois,   vestiu sua roupa, saiu de casa e correu pela vila, sentindo a brisa da manhã em seu rosto. Chegando ao gabinete do Raikage, Yume foi recebido pelo mesmo jounin da última vez.

— Ah, Yume, bom te ver de novo. Está pronto para uma nova missão? — Perguntou o jounin.

— Sim, estou. Tem alguma coisa pra mim? — Yume respondeu com empolgação.

— Na verdade, sim. Uma urgente. Um médico da vila, mestre em botânica, pediu para que alguém  trouxesse flores azuis para ele. Ele disse que essas flores são essenciais para tratar os pacientes da mina, onde teve uma explosão e vários mineradores ficaram com queimaduras. — Explicou o homem.

— Entendido, vou fazer isso o mais rápido possível! — Disse Yume, determinado.

A vila estava quieta naquele dia. Talvez em função do forte vento que fazia, jogando os longos cabelos de Yume de um lado pro outro. Tudo que se ouvia ali era o vento e os passos do ninja. Bem, quase tudo. De um beco, Yume ouviu uma conversa.

— Você ouviu falar sobre a nova técnica do Raikage? — Perguntou um homem de cabelos grisalhos.

— Não, qual técnica? — Respondeu outro, curioso.

— Meu filho disse que ele está trabalhando em uma técnica capaz de destruir uma montanha inteira em apenas um golpe! — Disse o primeiro homem, com voz rouca em som de admiração.

— Ma-mas isso é mesmo possível? — Exclamou uma mulher de meia-idade que estava ouvindo a conversa, também.

Yume ficou curioso com a conversa que bisbilhotara, é claro, mas não estava com tempo de sobre e, portanto, saiu da vila em direção às montanhas rochosas. No caminho, passou por um vilarejos isolados, onde as pessoas viviam em casas modestas de madeira e plantavam vegetais em pequenas hortas. Ele observou as crianças brincando na rua, sentiu o cheiro da terra molhada e da fumaça saindo das chaminés das casas, e seguiu em frente.

Depois de caminhar por algumas horas, Yume encontrou as flores azuis que precisava colher. Ele ficou fascinado pela beleza delas e admirou as suas delicadas pétalas. Quando as colheu, sentiu o frescor e a textura suave das pétalas em suas mãos e guardou-as em sua bolsa ninja. Yume estava concentrado na tarefa quando algo se moveu em seu campo de visão.

Uma cobra gigante saiu de uma fenda na rocha e se aproximou rapidamente de Yume. Ele pulou para trás e sacou sua kunai, pronto para lutar. A cobra avançou com sua boca aberta, pronta para atacar. Yume pulou para o lado, mas acabou caindo de costas no chão. A serpente era muito rápida e aquele ataque furtivo poderia ter sido fatal.

Yume sentiu uma dor profunda na região toracica e tossiu, mas sabia que não poderia escapar assim tão facil. Ele se levantou rapidamente e usou Kawarimi no Jutsu para desaparecer em um turbilhão de folhas secas. A cobra atacou novamente, mas acertou apenas as folhas, dando tempo para Yume se recuperar.

Ele usou, então, o Shunshin no Jutsu para se teletransportar para trás da cobra. Dessa vez, ele atacou primeiro, usando sua kunai  para cortar a cabeça da cobra, que se contorceu e caiu no chão, morta.

Yume respirou fundo, sentindo a adrenalina ainda correndo em suas veias. Ele ele certificou-se de que as flores estavam intactas e correu de volta para a vila.

Ao chegar no hospital, ele encontrou Akemi cuidando de alguns pacientes queimados. Yume se aproximou e chamou a atenção da amiga, que sorriu ao vê-lo.

— Yume! O que faz por aqui? — Ela perguntou, curiosa.

— Recebi uma missão para coletar flores azuis. Você sabe onde posso encontrar o médico que solicitou isso? — Respondeu ele, ofegante.

— Ah, sim! Yamanaka Keito-sensei está em seu consultório, no segundo andar. É só subir as escadas e virar à esquerda. Você não terá dificuldade em encontrá-lo. — Respondeu Akemi, apontando para a direção.

Yume agradeceu e seguiu até o consultório do médico. Chegando lá, ele bateu na porta e foi convidado a entrar. O médico usava um jaleco branco e tinha longos cabelos grisalhos.

— Finalmente! Você deve ser o ninja que a vila contratou para pegar as plantas que pedi. Como foi a missão? — Perguntou o Keiko.

— Foi tranquila, encontrei as flores sem problemas. Aqui estão elas. — Respondeu Yume, entregando o buquê ao médico.

— Ótimo! Isso será de grande ajuda para muitos pacientes. Muito obrigado por trazê-las até aqui.   — Disse ele, colocando-as sobre uma mesa.

Yume concordou com a cabeça e deixou o hospital. Caminhando pelas ruas ainda com um pouco de dificuldade, mas sentindo-se aliviado por ter concluído mais um trabalho.

Ele entrou em seu apartamento, tirou suas roupas sujas e tomou um longo banho quente para aliviar a tensão em seus músculos. Depois de se secar, Yume vestiu seu pijama e começou a preparar o jantar.

Ele cortou algumas verduras e cozinhou arroz, enquanto observava a chuva lá fora. Akemi estava trabalhando no turno da noite, então Yume iria jantar sozinho. Depois de comer, Yume guardou uma tijela para que sua parceira esquentasse quando retonasse de manhã e foi dormir, enfim.

Missão realizada:

Jutsus utilizados:

HP: 120 | CH: 320 | SM: 120 | ST: 03 | VO: 05 | 844 PALAVRAS