Esta aventura se passa imediatamente após os eventos da missão Floricultura sem Flores, que pode ser lida clicando aqui.

Yume estava prestes a deixar a floricultura de Rikkin quando o floricultor se aproximou, mais uma vez, colocando a mão no ombro do jovem genin.

— Yume, se não for pedir demais, preciso da sua ajuda para mais uma coisa. É o dia dos namorados e estou completamente sobrecarregado com as encomendas. Não consigo dar conta de tudo sozinho. Será que você poderia me ajudar a fazer as entregas? — Disse Rikkin, com um tom de urgência em sua voz.

Yume cruzou os braços e lançou um olhar desconfiado a Rikkin. Sua personalidade fria e individualista não era facilmente convencida a ajudar os outros, especialmente sem receber uma recompensa adequada. No entanto, algo no olhar de Rikkin parecia genuíno, despertando um senso de compaixão em Yume.

— Está bem, Rikkin-san. Não tinha nada planejado para hoje. — Respondeu Yume, mantendo sua postura firme.

Rikkin soltou um suspiro de alívio, agradecido pela disposição de Yume em ajudá-lo.

— Que maravilha! Eu já não dou mais conta das entregas como antigamente. Não tenho mais um ajudante porque o  movimento acaba sendo fraco na maior parte do ano e não compensa pagar alguém para ficar aqui.

Yume deu um sorriso sutil, concordando com a cabeça em um rápido aceno.

— Certo. Então, qual é o plano? Onde devo fazer as entregas? — Perguntou.

Rikkin pegou uma lista de endereços e explicou a rota que Yume deveria seguir, indicando os lugares onde as flores deveriam ser entregues.

— Aqui está a lista com os nomes e endereços dos destinatários. Vou lhe deixar com uma mochila com compartimentos que permitam que você possa transportar todos os buquês de uma vez, sem que as flores estraguem e sem que você tenha que ficar voltando aqui depois de cada entrega. Por favor, seja rápido e cuide das flores com cuidado. Tenho certeza de que os casais ficarão muito felizes com as surpresas.

Yume pegou a lista e observou os nomes cuidadosamente. Depois, conferiu no mapa a maneira mais eficiente de fazer o trajeto e, finalmente, partiu em direção ao primeiro endereço.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 336 PALAVRAS

Yume caminhou pelos corredores da academia ninja, segurando uma cesta cheia de rosas vermelhas. Seu objetivo era ajudar Rikkin a entregar flores no dia dos namorados, e aquele era o primeiro endereço. Ao entrar no pátio da escola, uma menina veio correndo em direção à ele.

— Você é o entregador de flores? — Disse ela, um pouco tímida. — Meu nome é Hana. Encomendei uma rosa pra dar para o Taro, mas tenho medo de me aproximar dele.

— Quem seria esse Taro? — Perguntou Yume.

Hana olhou para o chão e balançou as mãos nervosamente, respondendo:

— É... Ele é meu colega de classe e eu gosto muito dele.

— Tenho certeza de que o Taro ficará muito feliz em receber uma rosa de você. — Respondeu Yume.

Hana olhou para cima, seus olhos brilhando de esperança:

— Mesmo? Mas eu não sei como falar com ele... E se ele não gostar de mim?

— Não se preocupe. Vou te ajudar. Vamos criar um momento especial para você entregar a rosa para o Taro. — Disse Yume, colocando a mão no ombro de Hana, transmitindo conforto.

Juntos, eles começaram a montar um pequeno cenário romântico no pátio da escola. Yume arrumou uma mesa com toalha vermelha e colocou velas ao redor. Enquanto isso, Hana escolheu cuidadosamente uma rosa vermelha da cesta de Yume, certificando-se de que fosse a mais bonita.

Quando tudo estava pronto, Yume chamou Taro, que estava brincando com seus amigos no pátio. Taro se aproximou curioso, notando a atmosfera diferente.

— Taro, eu gostaria de te apresentar alguém. — Disse Yume, dando um pequeno empurrãozinho na garota.

Hana se aproximou timidamente, segurando a rosa com as mãos trêmulas, dizendo:

— T-Taro, essa rosa é para você. Eu... eu gosto muito de você.

Taro ficou surpreso e olhou para Hana com um sorriso tímido. Ele pegou a rosa gentilmente e respondeu:

— Ah... Obrigado. — Respondeu o menino, abraçando Hana.

O pátio ficou preenchido com suspiros adoráveis e risinhos, enquanto os colegas de classe de Hana e Taro testemunhavam o momento doce e romântico. Yume observava com um sorriso de satisfação, sabendo que seu dever fora cumprido.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 345 PALAVRAS

Yume se aproximou do próximo endereço indicado por Rikkin, segurando com cuidado um buquê de flores delicadamente arranjadas. Yume respirou fundo e tocou a campainha.

O homem abriu a porta, seus olhos enevoados refletindo tristeza e solidão. Yume se apresentou, explicando que estava ajudando Rikkin na entrega de flores no Dia dos Namorados e que tinha um buquê especialmente preparado para ele. O homem acenou com a cabeça, parecendo grato pela visita.

— Por favor, entre. — Convidou o homem, mostrando o caminho até a sala de estar. — Sinto muito pela minha aparência. Estou passando por um momento difícil.

Yume assentiu compreensivamente e seguiu o homem até a sala. Ele notou fotografias antigas espalhadas pela estante, mostrando o casal em tempos mais felizes, juntos como uma equipe ninja.

— Kaori era minha companheira de vida, minha parceira nas missões e na vida. — Disse o homem, sua voz embargada pela emoção. — Ela era corajosa, leal e sempre esteve ao meu lado. Nosso primeiro beijo foi no Dia dos Namorados e, desde então, sempre nos presenteamos nessa data. Ela provavelmente deixou esse buquê encomendado antes de partir.

Yume entregou o buquê cuidadosamente nas mãos do homem. As rosas eram grandes e amarelas. O homem segurou o buquê perto do coração, seus olhos marejados.

— Eu sinto muito pela sua perda, mas espero que esse gesto possa trazer algum conforto. — Disse Yume suavemente.

— Obrigado, jovem ninja. Kaori sempre foi uma mulher especial. Ela sempre pensava em mim, mesmo nos momentos mais difíceis. O Dia dos Namorados nunca será o mesmo sem ela. — O homem agradeceu com um sorriso triste.

— Tenho certeza de que Kaori está olhando por você de algum lugar. — Repondeu Yume, pensando em sua própria história de vida.

— Obrigado, jovem ninja. Suas palavras me confortam. Que você encontre o amor e a felicidade que tanto merece em sua própria jornada. — Disse o idoso, curvando-se levente para o genin.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 313 PALAVRAS

Yume chegou à última parada do dia, uma charmosa padaria localizada em uma rua calma. Ele entrou no estabelecimento e foi recebido por duas mulheres sorridentes atrás do balcão. Uma delas se aproximou e cumprimentou Yume calorosamente.

— Olá! Seja bem-vindo à nossa padaria. Como podemos ajudá-lo? — Disse a mulher de cabelos curtos e olhos brilhantes.

Yume sorriu e explicou que estava fazendo entregas de flores no Dia dos Namorados e tinha um buquê especialmente preparado para uma cliente chamada Emi. As duas mulheres trocaram olhares cúmplices antes que a mulher de cabelos curtos se identificasse.

— Sou Emi, a destinatária do buquê. E essa é minha namorada, Kira. — Apresentou-se, apontando para a outra mulher ao seu lado.

— É um prazer conhecê-lo, Yume. Emi me contou muito sobre você. — Disse Kira, curvando-se com um sorriso tímido no rosto.

Yume entregou o buquê para Emi, com o rosto vermelho ao ver as flores escolhidas com tanto cuidado. Ela abraçou o buquê com carinho e olhou para Kira, uma expressão de amor estampada em seu rosto.

— O amor e a comida são as formas mais eficientes de unir as pessoas. — Disse Emi, com um brilho de paixão em seus olhos. — É por isso que estamos aqui, trazendo sabor e alegria para as pessoas através de nossos produtos.

— Queremos que este lugar seja um refúgio para todos, onde o amor e a comida se entrelacem em cada pedaço de pão, em cada xícara de café. — Kira assentiu, sua mão encontrando a de Emi. — Ficaríamos felizes se você aceitasse jantar conosco. Já vamos fechar a padaria. É por conta da casa, é claro.

Yume ficou cativado pela paixão e pelo amor que irradiavam do casal. Ele sentiu-se à vontade na presença delas, como se fossem amigos de longa data.

Yume concordou com o convite, acenando com a cabeça, e, assim, se juntou a Emi e Kira em uma mesa aconchegante na padaria. Eles compartilharam histórias, risos e deliciosos pratos preparados com amor.

Enquanto Yume se despediu de Emi e Kira no final do jantar, ele carregava consigo a lembrança daquele encontro especial.

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Ao final do expediente, Yume retornou para a floricultura e deixou a mochila, agora vazia, sobre a mesa do estabecimento, enquanto sentava em uma cadeira, observando as flores ao seu redor, enquanto refletia sobre o que havia presenciado.

Rikkin, percebendo a expressão pensativa de Yume, aproximou-se e colocou uma xícara de chá quente na sua frente.

— Parece que o Dia dos Namorados te deixou reflexivo, meu jovem amigo. — Comentou Rikkin, sentando-se ao lado dele.

— Sim, Rikkin. — Respondeu Yume, suspirando.

— O amor é realmente algo poderoso, Yume. Ele pode transformar vidas, trazer alegria e conforto nos momentos mais difíceis. Mas também é algo que precisa ser cultivado, como as flores que cuidamos aqui. — Rikkin assentiu, saboreando o chá. — Assim como as flores, o amor requer cuidado, paciência e dedicação.

— Ainda que eu não esteja pronto para um relacionamento agora, percebi que posso aprender muito com essas histórias e permitir que o amor floresça em outras áreas da minha vida. — Disse o ninja, dando um curto gole da bebida amarga.

— Isso mesmo, Yume. O amor não se limita apenas ao romantismo. Ele pode estar presente nas amizades, nas paixões, nas relações familiares e até mesmo em relação a si mesmo. O importante é cultivar o amor em todas as suas formas, com seus colegas, vizinhos e, se possível, até com os inimigos. — Disse Rikkin, com sua voz rouca e vagarosa.

Yume também pensou na coragem e na perseverança que presenciou nos casais. Eles enfrentaram obstáculos e desafios juntos, apoiando-se mutuamente e lutando por seu relacionamento. Essas características também eram essenciais para sua própria jornada. Ele enfrentou a solidão, o medo e a incerteza, mas encontrou forças para continuar.

Enquanto a noite caía sobre a floricultura, Yume sentiu uma sensação de gratidão por ter participado daquelas histórias de amor. Ele sabia que aqueles encontros haviam deixado uma marca em seu coração, uma semente que iria crescer e florescer ao longo do tempo.

HP: 120 | CH: 320 | SM: 180 | ST: 03 | VO: 05 | 319 PALAVRAS