Tamaki após acordar em mais um dia em sua jornada para Raikage, fazia seu treino diário, tomando um banho para tirar o suor do seu corpo, vestindo uma calça preta novamente, calçando um par de sapatos, nada mais do que isso, saindo novamente sem sua camisa, com sua bandana em seu braço, descendo para tomar seu café no refeitório.

Ao chegar, ele sentaria junto com Satori, seu amigo, um dos poucos que respeitavam o seu sonho, junto com Fuyuki, que talvez não estava no local. Tamaki, querendo realizar outra missão, resolvia chamar seu amigo para participar de uma:
- Ei Satori, bora fazer uma missão juntos? - O Uchiha respondia que sim, mas novamente mostrava uma insegurança, mas o seu amigo logo lhe motivava, dizendo:
- Que isso? Você tá com medo? É um homem ou um rato? - Soltava um riso sarcástico.

Após o café, ele fazia sua higiene pessoal, indo para frente do orfanato após isso, ficando por um tempo esperando Satori, indo para onde era missões eram distribuídas, os dois juntos. Após chegar, os garotos pegariam uma missão para escoltar um senhor e a sua neta para Shimogakure, mas não porque escolheram, sim pois era uma missão urgente e foi dada pelos garotos assim que pisaram seus pés lá. Tamaki e seu amigo iam juntos para o portão da vila, onde o senhor estaria esperando os ninjas.

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Tamaki, chegando onde o senhor esperava, recebendo o sermão daquele idoso, olhava com um olhar sério para ele, dizendo as seguintes palavras:
- Você está pedindo nossa ajuda e reclama? Enquanto a gente poderia ajudar a vila, vamos ajudar um velho resmungão. - Dizia Tamaki, cruzando seus braços, olhando seriamente para o homem durante alguns segundos, mas logo voltava a andar ao ver a pequena garota junto ao moço, que defendia ele e seu amigo.

- Bem, acho que devemos nos apresentar, eu sou Tamaki e esse é Satori, o meu amigo. Saber o nome de vocês seria ótimo, principalmente para caso tenha qualquer problema. E uma coisa velho, eu não gosto de ninguém reclamando, se não fosse essa garotinha, eu já teria voltado para a vila. - Dizia ele enquanto colocaria caixas em sacolas, obedecendo o velho, mas com uma cara fechada, um sinal de que não teria ido com a cara dele.

Ao terminar de arrumar, ele daria algumas sacolas para Satori, aproveitando a chance para dizer com seu amigo:
- Ei, não precisa se importar com o que esse velho disse não, a gente não tem culpa de nada. Fique tranquilo, é normal missões fora da vila, principalmente nos patamares mais elevados. - Dizia para acalmar seu amigo, que poderia estar meio inseguro, dando algumas palavras de conforto.

Ao terminar tudo, Tamaki, novamente sério, estava com tudo pronto para partir, já que talvez teria um longo caminho pela frente, também querendo se livrar daquele velho o mais rápido possível.
- Acho que podemos ir. - Dizia Tamaki, em pé na frente dos outros, novamente com seus braços cruzados, com uma feição séria em sua face, em sua mente, ele pensava apenas em proteger a garota e Satori, ele também se preocupava com o senhor, que mesmo que eles tenham tido um atrito, no seu fundo existia um sentimento de proteção, embora sua personalidade não seria de alguém desse tipo, mas ele não se importaria em bater em quem quer que atrapalhasse seus companheiros.

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- QUAL FOI VELHOTE? QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA FALAR ASSIM COMIGO? EU POSSO SER UMA MONTANHA DE MÚSCULOS, E EU SOU, COM MUITO ORGULHO! - Dizia Tamaki, bastante irritado com Yamato, quase indo para cima dele, mas não resolvia fazer isso só pela Hikari, que não merecia ver aquilo. Por falar na pequenina, o jovem garoto via que ela iria dizer algo, mas o seu avô acaba se intrometendo, não deixando ela completar a frase e ficar meio triste, parecendo com que ele não queria que ela falasse aquilo.

- Ei velhote, eu não gosto de pessoas iguais você, que não deixa os outros sonharem, agindo como uma barreira, gente assim é o pior tipo. - Ao dizer essas palavras, ele mostrava estar indignado com aquele comportamento, algo que ele nunca tolerava, não respeitar os sonhos era para Tamaki um crime, um assassinato, era o que ele odiava.

Enquanto eles andavam, Tamaki, percebia que Hikari tinha descido do animal e ido em direção a eles, mas seus passos eram lentos, então poderia demorar um pouco para ela chegar neles, mas logo ela chegava perto do grupo.
- Aí Hikari... - Dizia ele, enquanto virava sua cabeça para trás, indo falar com a pequena garota, mas ele veria ela caída no chão, inconsciente, fazendo ele ir até ela, pegando ela com seus braços e dizendo:
- Hikari, acorda! PESSOAL, VEM AQUI! A Hikari desmaiou, temos que levar para Kumo ou algum lugar com médicos, temos que olhar isso. - Dizia ele enquanto colocaria ela em suas costas, esperando uma resposta dos outros, principalmente de Yamato, que antes mesmo de responder já sofria das palavras de Tamaki, que lhe dizia: - Isso é tudo culpa sua, você não devia ter intrometido naquela hora! -
Seja o que for, aquilo era um grande problema, uma criança desmaiada e que poderia precisar de cuidados médicos.

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Tamaki vendo que o velho tinha um remédio, colocava Hikari no chão, já que ele carregava ela em suas costas. Ao ver a cena do avô cuidado de sua neta, ele ficava calado e parado durante alguns instantes, recebendo aquelas duras palavras sem responder, ficando como uma estátua viva, somente escutando. Após o homem contar um pouco de sua trágica história de vida, ele continuava calado por alguns segundos, até que quebraria seu silêncio, ficando de cabeça abaixada.

- Eu... Eu perdi meus pais muito cedo, não tinha nem 8 anos quando isso aconteceu, nem lembro como eles morreram, essa lembrança sumiu da minha memória. Eu fiquei sozinho no mundo até que o antigo Raikage me salvou, me levando para um orfanato em Kumo, um lugar totalmente diferente para mim, onde hoje é minha casa, mas tenho memórias bastante ruins de lá. Meu sonho é me tornar um Raikage, o mais forte de todos, para assim fazer os sonhos das pessoas se realizaram, mas muitos já riram de mim, então eu resolvi ficar mais forte e defender meus sonhos, muitas vezes usando de violência, então eu não tinha uma família e amigos, mas aí surgiu Fuyuki e Satori, que viraram minha família, todos nós perdemos nossos pais. Eu gostaria de pedir desculpa pela forma que te tratei, eu posso ser um brutamonte, mas isso é uma armadura para esconder o pequeno Tamaki que ainda existe em mim. - Dizia Tamaki, quase chorando, mas ele segurava suas lágrimas, tentando manter um sorriso no rosto e cabeça erguida, ele iria continuar forte, não deixando nada lhe abalar.

- Agora chega, temos que chegar no seu destino, essa é a nossa missão. - Dizia ele colocando a garota na carroça e se preparando para continuar a viagem.

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- A doença da Hikari tem alguma relação com o seu clã? Talvez a gente poderia ajudar vocês, não iria custar nada. - Dizia enquanto andava acompanhando o velho, carregando um pouco das sacolas, olhando por alguns segundos para o céu, mas voltava a olhar para frente, seguindo o caminho.
- Satori, você tá memorizando o caminho? É melhor fazer isso para quando a gente voltar e não se perder. - Dizia ele para quebrar um pouco o silêncio.

Ao chegar na parte do caminho considerada perfeita, Tamaki via o homem subir na carroça, acariciando a cabeça de sua neta, falando algo envolvendo um motivo dele ter contratado os garotos, mas o jovem não conseguia entender a fala do velho, mas logo após poucos segundos se tocaria, podendo ser alguma referência a criminosos.

- Algum problema? Esse é um lugar perigoso? Fique tranquilo, caso apareça alguém, eu devo conseguir dar conta. - Falava para o velho Yamato, algumas palavras que poderiam lhe tirar um pouco de preocupação. Em sequência, Tamaki começava a ter uma onda de pensamentos, a maioria sendo um medo de não ser capaz de lidar com algum confronto, já que não sabia muitos jutsus naquele momento, tendo que se garantir apenas em soco, mas talvez não poderia ser muito efetivo. Mas ele logo ignoraria aquilo, se tivesse algum confronto, Tamaki iria partir pra cima sem pensar duas vezes, socando quem estivesse pela frente.

Ele continuaria indo a pé, estalando seus dedos, se preparando para qualquer chance de um confronto direto contra algum marginal.

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Tamaki podia ter sido derrubado, mas aquilo não era o fim para ele, pelo contrário, ele sabia que na vida várias rasteiras são feitas, principalmente para proteger outras pessoas, então ele tinha que se acostumar com aquilo. Mas aquilo seria uma boa oportunidade, mas poderia ser um ato meio sujo, já que era algo inusitado, porém teria uma chance de ser uma arma boa contra aquele sujeito, já que ele tinha uma desvantagem em comum entre outros homens. Antes de algo, ele começava a pensar se aquilo seria necessário, mas para proteger ele e seu amigo, era algo a se fazer.

- Me desculpa por isso, vai doer até em mim, mas eu preciso fazer isso... - Tamaki aproveitava que estava caído em frente ao homem, tentava usar sua perna para dar um chute usando sua perna direita no meio das pernas de seu adversário, colocando sua força nesse golpe, visando desestabilizar ele. Após essa tentativa, o garoto levantava, já se preparando para algum golpe que poderia ser efetuado contra ele, tendo seu jutsu de substituição preparado já, mas também teria muito cuidado com a mulher, que graças aquele chicote, poderia atacar de longe.
{ Tomara que nada esteja acontecendo com Hikari e o velho. } - Pensou Tamaki, mostrando uma preocupação com os seus companheiros de viagem.

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Resumo:

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Tamaki, percebia que seu oponente não passava de uma marionete da mulher, que ficou irritada ao ver que sua arma foi quebrada por um único chute, preparando algo que poderia ser uma técnica fatal para os dois garotos, mas foi interrompida por uma luz, que cobriu o campo de batalha, até que a forma de Hikari aparecia, dizendo palavras que podiam ser entendidas como uma despedida com os garotos, até que seu corpo era tomado por linhas vermelhas, até que o brilho tomava conta de tudo. Após isso, Tamaki acordava em uma cratera junto com Satori, com o velho desarcodado e a mulher desaparecida, junto com Hikari, podendo estar mortas.

Tamaki, após se despertar, ele via o campo de batalha, se deparando com uma cratera, sem nenhum indício da pequena Hikari ou da mulher, até que ele se lembra de tudo daquela luz que cobriu o campo, com a garota aparecendo e sumindo no meio do brilho, sendo tomada por linhas vermelhas, até que sumiu.
"Cuidem uns dos outros e sejam ninjas por mim", essas foram as últimas palavras da menina, até que sumiu, uma frase que gerou uma série de dúvidas na cabeça do genin, que começava a questionar sua força. Tamaki, se ajoelhava, ficando olhando para o chão, começando a cair lágrimas de seus olhos, molhando o solo destruído da cratera, tentando formular tudo que aconteceu, que poderia ser evitado caso ele fosse mais forte, mas no fim era fraco, tudo aquilo mostrou para ele que para lutar pelos sonhos, era preciso ser mais forte.

- Eu...fui fraco, disse que iria proteger a garota, mas no fim, ela que me protegeu, isso só mostra que devia ser mais forte, para assim finalmente conseguir proteger as pessoas e seus sonhos e talvez... estiver no caminho para virar um Raikage, protegendo os habitantes da vila. Mesmo que eu consiga levar o senhor para vila, eu terei falhado na missão, deixando algo acontecer com a sua neta, que deve estar em outro lugar agora, mas que foi muito importante para mim, me salvando e mostrando que não devo só continuar seguindo o caminho ninja, mas também protegendo quem quer que seja importante, não importa se não fui com a cara dela ou não, só devo proteger, não importa o motivo, pois esse é o trabalho de um Kage, cuidar dos outros. A partir de agora, irei mudar, ficarei forte para proteger os outros, dando esperança para realizarem seus sonhos, algo que infelizmente não aconteceu com Hikari, que tinha um sonho e não pude ajudar a se realizar. Peço perdão Hikari e para você, Yamato, que não sei se está me escutando, mas saiba que gostaria de me desculpar por tudo, por todas as vezes que te xinguei, por ter dado falsas esperanças, me perdoe! - Dizia Tamaki, se levantando, pegando sua bandana do braço, agora colocando em sua cabeça, ficando com ela erguida, limpando suas lágrimas, ajudando os outros a se levantar, pronto para seguir viagem.

- Vamos, temos que chegar em Shimogakure, protegendo o senhor, esse é o nosso trabalho. - Dizia ele, com um ar de confiança, mas no fundo, estava quebrado com tudo aquilo, devendo continuar seguindo em frente, trilhando seu caminho como ninja e protegendo pessoas como Hikari. Enquanto caminhava, ele lembrava dos momentos com a garota que tinha acabado de conhecer, uma menina como as outras, que quer ser uma ninja, que gosta de animais, que sonha, mas infelizmente, ela não poderia mais querer ser uma ninja, brincar com sua gatinha e sonhar, mas que com certeza estaria olhando para eles, desejando toda força para seus sonhos se realizarem.

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Tamaki, via a gata saindo da carroça, indo até a cratera, começando a miar de uma forma que parecia um choro, muito provavelmente seria pela morte de sua dona, a pobre garota que tinha se sacrificado por eles. O garoto tentava não chorar, segurando suas lágrimas, enquanto esperava os outros, querendo finalmente completar essa missão.

Quando o velho estava finalmente pronto para continuar a viagem para Shimogakure, chegando em segurança, mas com uma perda irreversível, também com um sentimento de talvez ser o último de sua família, sem nenhuma companhia, exceto de uma lembrança de sua neta, a pequena Patamon, a mascote de Hikari, que agora seria de Yamato. Uma coisa era certeza, aquela foi até o momento, uma missão cheia de emoções e surpresas, porém trágicas.

Assim que chegasse em Shimogakure, Tamaki deixaria o velho até onde fosse necessário, voltando para Kumogakure em seguida, acompanhado de seu amigo Satori, que teria feito sua primeira missão, cheia de emoções, algo que poderia mudar a vida dos dois garotos, isso tudo em uma missão com pessoas desconhecidas e que não vão ver novamente, pelo menos é o que eles acham.
- Hoje foi um dia bastante cansativo, não acha Satori? - Dizia para seu amigo que lhe acompanhava, enquanto continuava andando, olhando para o céu em um certo momento, escorregando uma lágrima de seu rosto, lembrando de Hikari, que podia estar olhando por eles de lá do céu.

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