Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.
Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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[Gaiden] - Antes da Perda - Postado Sáb Fev 13, 2021 4:33 pm
Antes da Perda
StatsHP: 220/220CH: 220/220ST: 01/04SAN: 160/160
Eu estava dormindo tranquilamente na minha cama quente e confortável, sem preocupações, queria ficar nesse estado para sempre, mas, enquanto estava deitado, sinto duas mãos em meus ombros e sou bruscamente chacoalhado, me fazendo abrir os olhos quase instantaneamente com meu coração batendo freneticamente.
Quando volto a mim, percebo que o causador dessa situação era meu pai, Takeshi Hatake, um homem de cabelo branco espetado parecido com o meu, ele estava vestindo uma roupa casual, ele era um Jonin de Kumo. Percebo que estava bem cedo e fui retirado do meu estado pleno de descanso por ele.
- Vamos acordar dorminhoco - Ele dizia com uma cara animada e sorrindo grandioso, mas eu só queria dormir mais um pouco, meus olhos estavam pesados e o clima estava um pouco ameno. - Poxa, não quer levantar? Não tem jeito, não vou poder entregar o presente então - Ele faz uma cara de frustação, esfregando a sua nunca e ao ouvir a palavra, presente, meus olhos brilham e eu não poderia deixar ele se livrar do presente.
- Espera, Presente? - Me levanto rapidamente, observando tudo ao meu redor tentando encontrar o tal presente.
- Vai com calma, vamos fazer um pequeno treino hoje, se passar vai receber, por hora, vamos comer, antes que sua mãe brigue com a gente - Ele diz se virando e vai para outro cômodo, provavelmente a cozinha.
Então, eu levanto completamente da cama e começo a arrumar parcialmente o meu quarto, guardando e esticando as cobertas. Logo em seguida, coloco a minha roupa casual e sigo para a cozinha bem ansioso para o dia. Chegando no cômodo, meu pai estava já sentado na mesa e quando me vê, estica o braço para o alto, me chamando e ao lado dele, estava minha mãe, Akemi Hatake, uma mulher de tamanho médio, menor que meu pai e com cabelos brancos longos que vão até os ombros e assim como meu pai, ela era uma Kunoichi de patente tokubetsu Jonin especializada em fuinjutsu.
Assim que vejo os dois sentados com o café da manhã já com os pratos, sigo e me sento na terceira cadeira reservada para mim e começo a comer o lanche que minha mãe preparou.
Durante o café da manhã, meus pais conversavam sobre algumas coisas do trabalho, principalmente meu pai, comentando sobre o time de genins no qual ele virou sensei recentemente, dizendo suas opiniões sobre eles, além de alguns fatos engraçados, já minha mãe contava sobre sua tarefa de estudar selos e apoiar outros ninjas em missões de selamento, um detalhe curioso é que ela era um tanto fria e mais distante com suas emoções ao contrário de Takeshi, um festeiro professional que adorava uma emoção.
Depois dessa interação, fico um tempo com minha mãe, lendo um livro interessante, a qual ela gostava muito, tinha até um pequena estante com vários livros de diversos temas e estudos, já que ela sempre foi muito inteligente e gostou de ler, ao contrário do meu pai, cuja a cabeça só funciona na hora de um combate. Enfim, ela exalava uma aura muito tranquila e calma, soube que ela sofria preconceito por não aparentar ter emoções, afastando os outros, mas Takeshi foi um dos únicos que a entendeu, pelo menos, foi isso que ela contou.
Após algum tempo relaxando e lendo, meu pai me chama é finalmente vamos ao lugar do teste. Meu pai me leva para o lugar que sempre treinamos, um ambiente aberto perto de casa e eu o sigo sem pensar duas vezes.
Era mais um treinamento, normalmente eu realizava esse tipo de coisa algumas vezes na semana para passar o tempo, Takeshi não me ensinava nada de complicado ou jutsus, apenas me mostrava como usar uma lâmina e alguns movimentos e táticas ninjas, além do treino físico de sempre.
Assim, nos posicionamos um a frente do outro com 5 metros de diferença, então, Takeshi inicia um diálogo.
- Bom Fuyuki, esse será seu teste derradeiro, se conseguir uma boa performance hoje, vai ganhar o prêmio, caso contrário, recapitularemos tudo de novo, que tal? - Diz ele com uma expressão animada e logo depois, me entrega uma arma de madeira de mesmo tamanho e peso aproximado de uma tantõ, arma essa que treinei bom um longo tempo.
- Tudo bem, hoje, eu vou conseguir me provar - Eu digo determinado e entrado em posição de batalha.
- É assim que eu gosto, venha para cima com tudo, não tenha piedade de mim - Ele fala em tom debochado e divertido com sempre.
Já em posição de batalha, seguro fortemente a tantõ em minhas mãos e avanço rapidamente em direção ao meu pai, este que não demonstra o mínimo de preocupação a minha investida, mas eu não me importo. Com isso e realizo um ataque direto em seu torso balançando a espada na horizontal, mas Takeshi apenas esquiva para trás tranquilamente.
- Isso foi tão previsível, tenho certeza que você sabe mais que isso - Ele diz com a cara de entediado e até boceja, tentando me provocar e infelizmente funciona.
Eu novamente realizo outra investida, mas dessa vez, eu escorrego propositalmente e deslizo no chão, mirando as pernas, ele parece ter ficado mias surpreso, entretanto, desvia facilmente de novo.
- Volte aqui, vai ficar só fugindo? - Dessa vez, eu tento provoca-lo e quando digo isso, ele sorri de canto.
- É verdade, não dá pra chamar isso de luta, então, cai dentro - Ele me desafia enquanto puxa outra tantõ de madeira igual a minha, ficando em posição de combate.
Quando vou correr para cima, Takeshi toma a iniciativa e ele vem para cima dessa vez. Ele era incrivelmente rápido para mim e eu sabia que ele só estava usando um pouco da sua velocidade. Em um momento de puro reflexo, tento me defender com a espada, que colide com a dele, mas então, recebo um chute no peito e sou arremessado, caído longe e largando a arma.
- Opa, acho que exagerei um pouquinho - Takeshi fala isso enquanto coçava a nuca, mas eu não iria desistir, então, com força de vontade, me levanto e pego minha arma. - Vejo que ainda quer lutar, enfim, vou tentar me segurar mais - Ele termina voltado para a pose de combate.
Me recomponho e também entro em posição, então, nós dois avançamos, um contra o outro, Takeshi estava controlando mais sua velocidade. Logo, um impacto entre as espadas acontece, com um grande barulho de madeiras sendo emitido, então, eu começo a realizar algumas ataques consecutivos e agressivos em direção a ele, que defende todos os golpes de maneira impressionante enquanto recua aos poucos, mas logo, ele decida revidar começando a ser mais ofensivo e me obrigando a encerrar minha investida.
A troca de golpes era frequente, agora que Takeshi ficou mais agressivo, tive que voltar e defender os ataques, mas era extremamente difícil desviar de todos, meu pai usava muitos ataques imprevisíveis e rápidos para enganar meus olhos.
Ele parecia se divertir o tempo todo enquanto lutava, uma proeza a qual eu não tinha, porém nunca me deixei abalar pela força do meu oponente, tentando sempre me controlar. Entretanto, após bastante troca de golpes, estava ficando cansado, então, decido realizar meu último movimento, era arriscado, mas poderia dar certo. Assim, aproximo-me o mais rápido e perto que consigo e ataco verticalmente com a tantõ, porém como esperado, Takeshi desvia, assim como previ, ele avança para dar o contra-ataque, logo, rapidamente giro minha tantõ trocando sua lâmina de posição e realizando outro ataque vertical para cima durante o contra-ataque de Takeshi, golpe esse, surpreendendo meu pai, que cancela sua investida e agilmente dá uma cambalhota para trás, ficando em segurança.
Eu estava extremamente ofegante e exausto, caindo no chão após esse cansativo combate e largando a espada de maneira. Esse foi com certeza um dos treinos mais puxados que Takeshi realizou comigo, fazendo levar meu corpo e mente ao limite e pensar que foi tudo por causa de um presente.
- Anime-se filho, você conseguiu passar - Diz ele sorrindo enquanto guarda a espada de madeira na bolsa e estica a mão para mim.
- Fico feliz em saber, mas saiba que não foi nada fácil, podia ter pego um pouco mais leve, ufa, achei que meu coração iria explodir - Digo ainda ofegante, tentando me levantar e segurando a mão esticada de Takeshi.
- Bom, esse era o teste definitivo, esqueceu?, como eu iria pegar leve? Seu bobinho - Dizia ele me puxando para cima e consequentemente, colocando-me nas costas - Vamos para casa, já está quase na hora do almoço - Completava ele, me levando em direção à nossa casa.
[...]
Depois do almoço, meus pais me trazem um pergaminho vermelho com o símbolo do nosso clã.
- Vamos, é seu prêmio por passar hoje, pode abrir - Takeshi dizia enquanto Akemi observava ao lado dele, com um sorriso também, algo não tão comum para ela.
- Certo - Eu abro o pergaminho e tem coisas estranhas escrito nele e eu fico claramente confuso, entretanto, minha mãe se aproxima e toca nas imagem, fazendo uma fumaça surgir e logo em seguida, uma tantõ brilhante e linda aparece contendo o símbolo do clã Hatake gravado nela.
- Esse é a minha antiga tantõ de quanto comecei como genin e agora é sua - Após essa frase, o maior e mais genuíno sorriso e expressão de felicidade aparece em meu rosto, eu havia consigo a aprovação total dos meus pais e finalmente poderia virar um ninja. Então, eu os abraço bem forte, chorando de felicidade e eles retribuem o carinho.
- Mesmo guardado em um pergaminho, estava meia desgastada, então, levei no ferreiro e ficou novinha em folha, quantas lembranças ela me trás - Falava meu pai olhando orgulho para a sua antiga tantõ.
- Você teve sorte de conseguir guardar a sua, infelizmente, a minha foi completamente destruída, foi uma história peculiar, mas deixo para outro dia - falava minha mãe olhando para a tantõ também em resposta a Takeshi.
- E bem engraçada - completou meu pai rindo bastante e minha mãe olha não muito feliz para ele e o riso vai abaixando até sumir, porém, ele se volta para mim - Lembre-se Fuyuki, um ninja deve sempre proteger sua vila e as pessoas que nela habitam, não levante sua lâmina para ferir e sim para proteger - Diz Takeshi com uma expressão seria e aquela frase encanta meus ouvidos.
Depois de tudo isso, iríamos descansar um pouco o almoço, até que alguém bate na porta e meu pai vai rapidamente abrir.
Percebo a situação e dou uma espiada de canto, meu pai estava com um semblante totalmente sério e quem estava a porta, era um ninja de Kumogakure. Não consigo escutar o diálogo, mas parecia algo importante, seria uma missão de novo?
Takeshi, após o ninja ir embora, se encontra com minha mãe, eles parecem conversar um pouco e logo, colocam seus uniformes ninjas rapidamente, então, eu me aproximo assim que eles terminam.
- É uma missão novamente? Mas hoje não era dia de folga? - Eu pergunto com um olhar meio triste para eles, o dia estavam tão bom com a família reunida e feliz, agora o clima estava diferente.
- É uma missão urgente, como ninjas, devemos atender o chamado, mas não se preocupe, voltaremos como sempre fizemos, é apenas mais uma missão - Dizia meu pai fazendo mais uma vez um sorriso para me confortar.
- Sim, iremos retornar em breve, se cuide - Falou minha mãe beijando minha testa e logo em seguida os dois vão embora.
Era para ser só mais uma missão, eles eram ninjas experientes, eu tinha certeza que conseguiriam derrotar qualquer coisa, mas hoje era diferente, parecia ser algo grande, mas não sabia identifica o que, afinal, eu era apenas uma criança.
O único problema, é que eu não sabia que eles nunca mais voltariam para casa...
Quando volto a mim, percebo que o causador dessa situação era meu pai, Takeshi Hatake, um homem de cabelo branco espetado parecido com o meu, ele estava vestindo uma roupa casual, ele era um Jonin de Kumo. Percebo que estava bem cedo e fui retirado do meu estado pleno de descanso por ele.
- Vamos acordar dorminhoco - Ele dizia com uma cara animada e sorrindo grandioso, mas eu só queria dormir mais um pouco, meus olhos estavam pesados e o clima estava um pouco ameno. - Poxa, não quer levantar? Não tem jeito, não vou poder entregar o presente então - Ele faz uma cara de frustação, esfregando a sua nunca e ao ouvir a palavra, presente, meus olhos brilham e eu não poderia deixar ele se livrar do presente.
- Espera, Presente? - Me levanto rapidamente, observando tudo ao meu redor tentando encontrar o tal presente.
- Vai com calma, vamos fazer um pequeno treino hoje, se passar vai receber, por hora, vamos comer, antes que sua mãe brigue com a gente - Ele diz se virando e vai para outro cômodo, provavelmente a cozinha.
Então, eu levanto completamente da cama e começo a arrumar parcialmente o meu quarto, guardando e esticando as cobertas. Logo em seguida, coloco a minha roupa casual e sigo para a cozinha bem ansioso para o dia. Chegando no cômodo, meu pai estava já sentado na mesa e quando me vê, estica o braço para o alto, me chamando e ao lado dele, estava minha mãe, Akemi Hatake, uma mulher de tamanho médio, menor que meu pai e com cabelos brancos longos que vão até os ombros e assim como meu pai, ela era uma Kunoichi de patente tokubetsu Jonin especializada em fuinjutsu.
Assim que vejo os dois sentados com o café da manhã já com os pratos, sigo e me sento na terceira cadeira reservada para mim e começo a comer o lanche que minha mãe preparou.
Durante o café da manhã, meus pais conversavam sobre algumas coisas do trabalho, principalmente meu pai, comentando sobre o time de genins no qual ele virou sensei recentemente, dizendo suas opiniões sobre eles, além de alguns fatos engraçados, já minha mãe contava sobre sua tarefa de estudar selos e apoiar outros ninjas em missões de selamento, um detalhe curioso é que ela era um tanto fria e mais distante com suas emoções ao contrário de Takeshi, um festeiro professional que adorava uma emoção.
Depois dessa interação, fico um tempo com minha mãe, lendo um livro interessante, a qual ela gostava muito, tinha até um pequena estante com vários livros de diversos temas e estudos, já que ela sempre foi muito inteligente e gostou de ler, ao contrário do meu pai, cuja a cabeça só funciona na hora de um combate. Enfim, ela exalava uma aura muito tranquila e calma, soube que ela sofria preconceito por não aparentar ter emoções, afastando os outros, mas Takeshi foi um dos únicos que a entendeu, pelo menos, foi isso que ela contou.
Após algum tempo relaxando e lendo, meu pai me chama é finalmente vamos ao lugar do teste. Meu pai me leva para o lugar que sempre treinamos, um ambiente aberto perto de casa e eu o sigo sem pensar duas vezes.
Era mais um treinamento, normalmente eu realizava esse tipo de coisa algumas vezes na semana para passar o tempo, Takeshi não me ensinava nada de complicado ou jutsus, apenas me mostrava como usar uma lâmina e alguns movimentos e táticas ninjas, além do treino físico de sempre.
Assim, nos posicionamos um a frente do outro com 5 metros de diferença, então, Takeshi inicia um diálogo.
- Bom Fuyuki, esse será seu teste derradeiro, se conseguir uma boa performance hoje, vai ganhar o prêmio, caso contrário, recapitularemos tudo de novo, que tal? - Diz ele com uma expressão animada e logo depois, me entrega uma arma de madeira de mesmo tamanho e peso aproximado de uma tantõ, arma essa que treinei bom um longo tempo.
- Tudo bem, hoje, eu vou conseguir me provar - Eu digo determinado e entrado em posição de batalha.
- É assim que eu gosto, venha para cima com tudo, não tenha piedade de mim - Ele fala em tom debochado e divertido com sempre.
Já em posição de batalha, seguro fortemente a tantõ em minhas mãos e avanço rapidamente em direção ao meu pai, este que não demonstra o mínimo de preocupação a minha investida, mas eu não me importo. Com isso e realizo um ataque direto em seu torso balançando a espada na horizontal, mas Takeshi apenas esquiva para trás tranquilamente.
- Isso foi tão previsível, tenho certeza que você sabe mais que isso - Ele diz com a cara de entediado e até boceja, tentando me provocar e infelizmente funciona.
Eu novamente realizo outra investida, mas dessa vez, eu escorrego propositalmente e deslizo no chão, mirando as pernas, ele parece ter ficado mias surpreso, entretanto, desvia facilmente de novo.
- Volte aqui, vai ficar só fugindo? - Dessa vez, eu tento provoca-lo e quando digo isso, ele sorri de canto.
- É verdade, não dá pra chamar isso de luta, então, cai dentro - Ele me desafia enquanto puxa outra tantõ de madeira igual a minha, ficando em posição de combate.
Quando vou correr para cima, Takeshi toma a iniciativa e ele vem para cima dessa vez. Ele era incrivelmente rápido para mim e eu sabia que ele só estava usando um pouco da sua velocidade. Em um momento de puro reflexo, tento me defender com a espada, que colide com a dele, mas então, recebo um chute no peito e sou arremessado, caído longe e largando a arma.
- Opa, acho que exagerei um pouquinho - Takeshi fala isso enquanto coçava a nuca, mas eu não iria desistir, então, com força de vontade, me levanto e pego minha arma. - Vejo que ainda quer lutar, enfim, vou tentar me segurar mais - Ele termina voltado para a pose de combate.
Me recomponho e também entro em posição, então, nós dois avançamos, um contra o outro, Takeshi estava controlando mais sua velocidade. Logo, um impacto entre as espadas acontece, com um grande barulho de madeiras sendo emitido, então, eu começo a realizar algumas ataques consecutivos e agressivos em direção a ele, que defende todos os golpes de maneira impressionante enquanto recua aos poucos, mas logo, ele decida revidar começando a ser mais ofensivo e me obrigando a encerrar minha investida.
A troca de golpes era frequente, agora que Takeshi ficou mais agressivo, tive que voltar e defender os ataques, mas era extremamente difícil desviar de todos, meu pai usava muitos ataques imprevisíveis e rápidos para enganar meus olhos.
Ele parecia se divertir o tempo todo enquanto lutava, uma proeza a qual eu não tinha, porém nunca me deixei abalar pela força do meu oponente, tentando sempre me controlar. Entretanto, após bastante troca de golpes, estava ficando cansado, então, decido realizar meu último movimento, era arriscado, mas poderia dar certo. Assim, aproximo-me o mais rápido e perto que consigo e ataco verticalmente com a tantõ, porém como esperado, Takeshi desvia, assim como previ, ele avança para dar o contra-ataque, logo, rapidamente giro minha tantõ trocando sua lâmina de posição e realizando outro ataque vertical para cima durante o contra-ataque de Takeshi, golpe esse, surpreendendo meu pai, que cancela sua investida e agilmente dá uma cambalhota para trás, ficando em segurança.
Eu estava extremamente ofegante e exausto, caindo no chão após esse cansativo combate e largando a espada de maneira. Esse foi com certeza um dos treinos mais puxados que Takeshi realizou comigo, fazendo levar meu corpo e mente ao limite e pensar que foi tudo por causa de um presente.
- Anime-se filho, você conseguiu passar - Diz ele sorrindo enquanto guarda a espada de madeira na bolsa e estica a mão para mim.
- Fico feliz em saber, mas saiba que não foi nada fácil, podia ter pego um pouco mais leve, ufa, achei que meu coração iria explodir - Digo ainda ofegante, tentando me levantar e segurando a mão esticada de Takeshi.
- Bom, esse era o teste definitivo, esqueceu?, como eu iria pegar leve? Seu bobinho - Dizia ele me puxando para cima e consequentemente, colocando-me nas costas - Vamos para casa, já está quase na hora do almoço - Completava ele, me levando em direção à nossa casa.
[...]
Depois do almoço, meus pais me trazem um pergaminho vermelho com o símbolo do nosso clã.
- Vamos, é seu prêmio por passar hoje, pode abrir - Takeshi dizia enquanto Akemi observava ao lado dele, com um sorriso também, algo não tão comum para ela.
- Certo - Eu abro o pergaminho e tem coisas estranhas escrito nele e eu fico claramente confuso, entretanto, minha mãe se aproxima e toca nas imagem, fazendo uma fumaça surgir e logo em seguida, uma tantõ brilhante e linda aparece contendo o símbolo do clã Hatake gravado nela.
- Esse é a minha antiga tantõ de quanto comecei como genin e agora é sua - Após essa frase, o maior e mais genuíno sorriso e expressão de felicidade aparece em meu rosto, eu havia consigo a aprovação total dos meus pais e finalmente poderia virar um ninja. Então, eu os abraço bem forte, chorando de felicidade e eles retribuem o carinho.
- Mesmo guardado em um pergaminho, estava meia desgastada, então, levei no ferreiro e ficou novinha em folha, quantas lembranças ela me trás - Falava meu pai olhando orgulho para a sua antiga tantõ.
- Você teve sorte de conseguir guardar a sua, infelizmente, a minha foi completamente destruída, foi uma história peculiar, mas deixo para outro dia - falava minha mãe olhando para a tantõ também em resposta a Takeshi.
- E bem engraçada - completou meu pai rindo bastante e minha mãe olha não muito feliz para ele e o riso vai abaixando até sumir, porém, ele se volta para mim - Lembre-se Fuyuki, um ninja deve sempre proteger sua vila e as pessoas que nela habitam, não levante sua lâmina para ferir e sim para proteger - Diz Takeshi com uma expressão seria e aquela frase encanta meus ouvidos.
Depois de tudo isso, iríamos descansar um pouco o almoço, até que alguém bate na porta e meu pai vai rapidamente abrir.
Percebo a situação e dou uma espiada de canto, meu pai estava com um semblante totalmente sério e quem estava a porta, era um ninja de Kumogakure. Não consigo escutar o diálogo, mas parecia algo importante, seria uma missão de novo?
Takeshi, após o ninja ir embora, se encontra com minha mãe, eles parecem conversar um pouco e logo, colocam seus uniformes ninjas rapidamente, então, eu me aproximo assim que eles terminam.
- É uma missão novamente? Mas hoje não era dia de folga? - Eu pergunto com um olhar meio triste para eles, o dia estavam tão bom com a família reunida e feliz, agora o clima estava diferente.
- É uma missão urgente, como ninjas, devemos atender o chamado, mas não se preocupe, voltaremos como sempre fizemos, é apenas mais uma missão - Dizia meu pai fazendo mais uma vez um sorriso para me confortar.
- Sim, iremos retornar em breve, se cuide - Falou minha mãe beijando minha testa e logo em seguida os dois vão embora.
Era para ser só mais uma missão, eles eram ninjas experientes, eu tinha certeza que conseguiriam derrotar qualquer coisa, mas hoje era diferente, parecia ser algo grande, mas não sabia identifica o que, afinal, eu era apenas uma criança.
O único problema, é que eu não sabia que eles nunca mais voltariam para casa...
- Considerações:
Palavras: 1946
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Observações: Fuyuki tinha 8 anos nesse gaiden e conta a relação familiar e como adquiriu sua tantõ.
Off: Desculpa se ficou muito grande
Ōkami
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Re: [Gaiden] - Antes da Perda - Postado Sáb Fev 13, 2021 8:20 pm
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