Algum tempo tinha se passado desde o grande discurso feito por Rei para os usuários de Kekkei Genkai que já indicavam lealdade a ela e seus ideias, o que tinha mexido bastante com a cabeça da jovem Heinstein. “Por que meu avô me indicou conhecer a Rei? Eu sempre achei que ele apoiasse meus pais serem servos tolos dessa vila estúpida e corrupta… Mas talvez eu realmente esteja enganada em relação a isso…” Seus pensamentos vagavam para tentar se lembrar de algumas lembranças do dia em que descobriu o culto a Rao.

“Talvez o culto não seja simples ideologia política… Parece evidente que a Rei é capaz de controlar a mente das pessoas com discursos carismáticos como aqueles… Mas o que vocês fariam?” Perguntou, olhando para o quadro retrato dela pequena com seus pais que ficava na parede de seu quarto. “Bem, talvez não seja boa ideia eu perguntar isso a vocês dois… Vocês morreram pelo bem de quem não dá a mínima para sua filha ou para qualquer pessoa com linhagem sanguínea avançada… Muito pelo contrário, todos nós somos mesmo perseguidos… É exatamente como a Rei disse… Essa é a única verdade…”

Virando-se para levantar da cama, onde estava deitada passando aquela tarde, Pandora olhou pela janela quase a horizonte, pondo-se a pensar em seu parceiro que seguia no treinamento. “O Kaginimaru sempre quer ser otimista, mas ele não faz ideia do que é ser agredida e ofendida só por ter nascido diferente… É por isso que você fica pensando em coisas absurdas? Será como você está se saindo para proteger seu amado Tsuchikage falso? Espero que não acabe morrendo na sarjeta como meus pais...”

Levantou-se e caminhou até a parte baixa da casa, olhando em volta com algumas dúvidas sobre a necessidade de se alimentar naquela tarde estranha. Optou por não comer nada, estava especialmente sem fome naquele dia logo depois de conseguir dominar totalmente sua Kekkei Genkai elemental. Saiu direto e, como de costume, quando saía naqueles horários podia perceber os cochichos dos vizinhos, obviamente tratando-a com desprezo. Algo que fazia seu sangue ferver de vontade de derretê-los com o calor do chakra da garota.

Seguiu até o vale das montanhas, onde ficava seu ponto de treinamento especial com a sua sensei. De olhos fechados, respirou fundo ao sentir a aproximação de duas pessoas. A habilidade sensorial que era inevitável para ela ao permanecer ativa independentemente da vontade da garota denunciava os dois. Por estar parada, à medida que eles se aproximavam, pode perceber que ela era o alvo. “Entendo… Então estão me seguindo não é mesmo? Não compensa sujar o solo vulcânico com sangue… Então tem mais dois para me emboscar?” Pensou, concentrando chakra nas solas dos pés e saltando para se afastar do campo de treinamento, depois de notar outros dois perseguidores alguns metros atrás dos primeiros.

Continuava sendo seguida por quatro chakras não tão intensos assim, mas capazes de se aproximar mais rápido do que ela podia fugir. “Eles são mais rápidos que eu não é? Mas não devem ter tanta força assim, considerando o chakra deles…” Já sentindo os inimigos próximos, parava praticamente fora dos limites da Vila da Pedra. Em um campo aberto, ela ficou de olhos fechados esperando que os inimigos se aproximassem.

Dada a velocidade deles, não demoraram muito tempo para chegar até a posição dela e apenas três se revelaram. Um deles tentou, de maneira bastante tola, ficar escondido para prevenir. “Então um deles vai tentar salvar os demais, não é mesmo?” A tolice dele se dava ao fato de Pandora ser uma kanchi taipu com uma longa capacidade perceptiva. Ao ver os homens que a perseguiam, balançava a cabeça negativamente apenas ouvindo que se tratava de um esquadrão caçador de Kekkei Genkais.

“Que coisa mais irritante…” Pensando, fez um selo de mão para liberar seu chakra em forma de um ninjutsu puro do tipo paralisante. — Vocês não devem entrar no alcance de técnicas inimigas, sabia? É bobagem, especialmente, por confiar que alguém que está escondido… Vocês acabaram servindo de engodo... Lastimável… Adeus! — Rapidamente faria selos de mão para moldar seu chakra em seu Yöton para expelir uma imensa quantidade de lava bastante viscosa na direção deles.

Paralisados e com o dano sendo tão extenso frente a uma mestre no elemento secundário com a chunin Heinstein, os homens seriam rapidamente derretidos pelo magma incandescente lançado por ela, que assistiria com um sorriso maldoso estampado no rosto. “Matar esses malákes é divertido… É uma boa eu poder continuar com isso. E estou fora dos domínios da Vila da Pedra, não é mesmo?” Pensava, olhando diretamente para a direção do shinobi escondido.

A passos lentos dados, a kunoichi denunciava sua ideia de capturar o homem. — Que pena, você não terá a mesma sorte que eles de terem sido mortos quase que instantaneamente com a lava derretendo o corpo deles… Tenho outra ideia para você, moço… Então se prepare… — Sacava uma kunai, olhando para o local de esconderijo do sujeito, que partia para cima dela.

Sua velocidade era comparável à da garota, que esquivava para a esquerda, deixando o homem passar no vácuo. Era interessante ver que alguém como ele fosse o responsável por cuidar dos demais. As mesmas ofensas de sempre pelo simples fato de ser uma portadora de uma linhagem sanguínea avançada. De fato, a garota já estava bastante cansada daquela situação.

Eles continuariam lutando, mas dessa vez, o homem utilizaria seu jutsus de invocação de diversas armas que pareciam se multiplicar a medida que eram lançadas. “O que? Então ele também consegue utilizar o jutsu de clonagem de armas?! Eu não esperava que eu fosse encontrar alguém tão habilidoso assim no uso de armas ninjas… Ainda mais tão longe da vila” A garota fazia alguns movimentos para se esquivar dos ataques de armas, mas, mesmo sem ela saber, aquela habilidade do homem não tinha ligação com clonagem de armas através de ninjutsu.

— Não consigo entender porque vocês decidiram vir atrás de mim se eu não fiz nada para provocar uma reação como essa… A Rei tem razão, vocês são seres lastimáveis... — Faria selos de mão em máxima velocidade e cuspiria inúmeras quantidades de bolas de magma puro, com um deles acertando o peito do homem, que tentava desviar do ataque lançado.

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