RPG ROLEPLAY AMBIENTADO NO UNIVERSO DE NARUTO
Shinobi World
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Lua Sangrenta
Arco 5 - Ano 785
Com a interrupção durante o Torneio Shinobi, Shin mostrou ao mundo seus verdadeiros poderes. O revelado Primeiro Hokage liberou sobre a Nuvem uma gigantesca besta de dez caudas que destruiu grande parte da Vila, se mostrando uma antagonista capaz de se opôr mesmo à quatro das cinco Sombras unidas. Com a união de todos os ninjas das cinco nações e alguns renegados, a besta foi finalmente derrotada.

Mas, para a surpresa de todos, o verdadeiro caos veio quando Shin liberou seu verdadeiro poder — Shinra Tensei —, assolando Kumogakure praticamente inteira. E, com o fim da batalha na Nuvem, um olhar sanguinário brilhou no céu, com a revelação da Lua Sangrenta.Um ano após os acontecimentos no País do Relâmpago, uma grande fissura surgiu na superfície da Lua Sangrenta, causando especulações de todos os tipos. As Nações, mais uma vez banhadas na incerteza e insegurança política, se vêem em uma tensão que pode eclodir em uma guerra à qualquer instante, entre qualquer uma delas. O ciclo, outra vez, se inicia.
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Warui
Mizukage






Si vis pacem, para bellum


A chuva fina abraçava toda uma nação cabisbaixa trajados em preto e guardados em seus lutos silenciosos. Alguns sussurravam preces, pedindo misericórdia a qualquer que fosse o deus a quem se dirigiam, outros mais jovens apenas derramavam lágrimas em respeito a grande figura que foi a Quinta Sombra da Água.
  Ele estava próximo o suficiente do túmulo enquanto via a pá jogando terra para dentro da cova cobrindo o caixão. Nada passava em sua mente, fizera todas as suas juras em momentos a sós com a Mizukage, já não lhe restava promessa alguma. Os deuses choravam e o silêncio sepulcral gritava em seus ouvidos como anos atrás. Daquele dia em diante, o garoto da tempestade não poderia mais se dar ao luxo de ser chamado de garoto.

(...)

  Seus olhos se abriam preguiçosamente quando o primeiro feixe de luz irrompia pelas frestas da veneziana. Warui despertava para mais um dia em que insistia ao não querer acreditar que todas as nações com que tivera contato eram agora seus inimigos. Levantou como se carregasse o peso do mundo em suas costas e foi passar seu café. O Conselho da Água havia batido o martelo: a Névoa estava em guerra. E o inimigo? Nuvem, Areia, Pedra e até a Folha, do Treze.
  Serviu-se em um pequeno copo de vidro transparente e adoçou com um único cubo de açúcar. Foi para a varanda de casa respirar o ar gélido da manhã. Deu o primeiro gole enquanto admirava o dia raiar com seus céus de ardósia.
  Um ninja mensageiro surgiu diante de si apoiado sobre um joelho e com a cabeça baixa.
  — Warui-san, o Conselho tem uma missão para você. — o homem tinha a voz grave e firme.
  — Levante-se.
  A tempestade imperou, e o outro assim o fez.
  — E o que é — ele indagou. — desta vez?
  — Há alguém matando genins de alto potencial de nosso vilarejo e...
  — Eu darei um fim nisto.
  Ele virou o café em um único gole e apreciou a queimação descendo por sua garganta. Respirou fundo e olhou para o homem que cobria boa parte do rosto com um capuz.
  — Já mapearam possíveis novos alvos? — cada palavra do jovem tokujo era firme, carregadas de experiência que a dor lhe deu.
  — Um menino, filho dos líderes do clã Yuki, se chama Haku.
  O mensageiro estendeu um pergaminho para o Arashi, que o apanhou e violou ali mesmo. Abriu com as duas mãos o pequeno rolo e observou que lá havia uma foto do menino, além de informações detalhadas de hábitos e rotas em que era comum encontrá-lo.
  — Quantos foram assassinados até agora?
  — Quatro, senhor.
  Warui apertou o copo em sua mão direita e por pouco não o fizera trincar. Seu semblante permanecia duro como uma rocha e seus olhos brandos como brisas de verão.
  — Há algum padrão nos ataques?
  — Todos ocorreram de noite, sempre quando os genins estavam sozinhos.
  — Lidamos com um covarde então. — ele guardou o pergaminho em seu kimono rasgado. — Está dispensado, deixe o resto comigo.
  O outro anuiu e desapareceu tão rápido quanto surgiu. O tokujo pousou o copo sujo sobre a pia, saiu, trancou a porta de casa e desapareceu como se jamais tivesse estado lá.
  Nos últimos meses, as missões tornaram-se ainda mais difíceis e relatos de ataques por parte de shinobis dos vilarejos das outras Cinco Grandes Nações eram cada vez mais frequentes. Ainda assim, algo não cheira bem. O grande campo de treinamento da Névoa era um local descrito como comum para ver o rapaz do clã da neve, mas quando lá chegou não havia ninguém. Subiu no alto de uma árvore e escondeu-se na copa, esperando pela chegada de um rapaz pálido e de longos cabelos de azeviche.
  Tomou algumas horas a mais acompanhado apenas de sua sombra admirando o lugar onde passara boa parte de seus dias nos últimos seis meses, treinando intensamente como se sua vida dependesse daquilo. Ainda virei mais vezes, ainda não estou forte o suficiente, seus olhos namoravam o brilho cristalino na água do grande lago quando ouviu os primeiros passos amassando a grama. Lá estava Yuki Haku, que se aproximava do lago desenhando selos com uma única mão, fazendo erguer uma coluna de água ao seu lado aparentemente usando a umidade do ar e a moldava a sua própria forma, dando vida a uma réplica idêntica. É de fato acima da média este aí.
  Observou o garoto até que este chegasse a exaustão. O genin arfava, elevado ao seu próprio limite por ninguém mais além de si e sua força de vontade e o sol já estava recolhido quando aconteceu. Talentoso, esforçado e resistente, ele reconhecera, visto que o rapaz treinara o dia inteiro sem pausa até que sequer fosse capaz de sustentar o bunshin, que se desfizera em água molhando a grama onde antes pisava.
  Seguiu o rapaz blindado pelas sombras e escuridão enquanto este caminhava de volta para casa. O campo de treinamento era um tanto afastado dos portões, embora ainda pertencesse ao vilarejo. Warui cuidava cada passo de Haku, com toda cautela para não emitir ruídos e conseguir antecipar qualquer que fosse o ataque. Nada incomodou o garoto da neve no entanto. Talvez não aconteça hoje, pensou consigo, observando de longe o genin entrar e trancar a porta. Procurou um canto alto o suficiente para que pudesse olhar dentro de alguma janela e encontrou uma que lhe daria acesso para o quarto para onde Haku se dirigiu. Estava aberta, convidando a noite fria para acompanhá-lo, e a qualquer assassino covarde também.
  A distância de quinze metros era segura para que pudesse interceptar a sua presa e garantir que seu protegido não o percebesse ali.
  Observou sem se agitar até o cair da madrugada. A temperatura esfriava e a aldeia se calava. Não tinha uma viva alma que se aventurasse nas ruas abraçadas pelo fino manto de bruma. Sua visão estava fixa no quarto do Yuki, mas seus ouvidos atentavam para qualquer ruído que pudesse chamar sua atenção.
  De uma sombra, se desvencilhava um homem esguio munido de uma kunai na mão esquerda. Warui já flexionava os joelhos e preparava o bote como uma cobra que avista o rato. O punho da presa descia buscando o assassinato em um ato de tremenda covardia. Em menos de um segundo, o assassino se tornaria a vítima. A tempestade desapareceu de seu ponto de observação e surgiu com a ponta de sua espada tocando o pomo de Adão do antagonista, deixando escapar uma descarga de energia que paralisou o alvo antes que pudesse gritar. Um filete de sangue escorria pelo aço antes do tokujo recolher a arma e arrastar seu inimigo agarrando-o pelo pescoço.
  Singrou noite afora, avançando como um vulto pelas vielas fantasmagóricas da madrugada da Névoa, arremessando sua presa contra um muro em um beco escuro. Sua força havia se tornado uma marca que fazia os inimigos pensarem duas vezes antes de atacá-lo de frente e sua velocidade tornavam-no um oponente implacável. Fuzilou o covarde com os olhos de borgonha exalando a intenção de matar e viu aqueles olhos fundos se arregalarem tomados pelo medo.
  — Esperava mais de um assassino procurado.
  O mascarado parecia implorar por sua vida, mas não dizia uma palavra. E não falará num beco. Apontou a palma da mão direita a frente, reunindo a energia elétrica que rugia antes do ataque.
  — Você não vai morrer...
  O raiton explodiu como um raio, atingindo o alvo no peitoral, paralisando o corpo por completo, largando-o aos espasmos.
  — ...ainda.

(...)

  Uma mulher loira com uma máscara de porcelana estava diante do homem esguio capturado por Warui, agora sem a máscara. O hitaiate com o símbolo da Nuvem talhado o denunciava e era a imagem do que eram os dias dos últimos seis meses que se passaram. Ataques e mais ataques sempre orquestrados por ninjas das outras nações, tentativas baixas de atingir e ferir o poder militar do vilarejo. Este é da vila da garota que me curou, ele não havia esquecido de nada que vivera no País das Ondas.
  — O que descobriu? — ele perguntou para a interrogadora.
  — Ele não está sozinho.
  A loira virou-se para si, sacara um pergaminho e o oferecera ao jovem tokujo.
  — Se o que ele diz é verdade, a Nuvem o enviou para dizimar nosso poder bélico de baixo para cima.
  Warui correu os olhos e analisou melhor o homem com o rosto agora desfigurado, o sangue empapando o traje da cor da noite. Tomou o pergaminho, rompeu e tentou lê-lo com a fraca luz da lua que invadia.
  — E ele alega que este outro assassino também é da Nuvem.
  — Este não é dos mais honrosos. — guardou o pergaminho em sua bolsa de equipamentos.
  — Não se preocupe com este outro, o que temos aqui ainda tem muitos dentes e é bem falante. Não precisa trazer mais um vivo para nós.
  Deixou a Oinin a sós com sua presa. Regressaria para a morada do Yuki com passos céleres. O garoto ainda corria perigo se o que dizia o pergaminho – e o patife da Nuvem – fosse verdade, além de um assassino de genins, havia um assassino de ninjas de clãs e famílias de renome solto na Névoa. Me intriga não haver equipes reforçadas na aldeia pra caçar covardes como estes, ele acabava por se encarregar de tarefas como aquela com mais frequência que gostaria.
  Outra vez no ponto de observação do quatro do genin, Warui apertou os olhos quando deparou-se com um bilhete na janela e sem o menino na cama. Ele se aproximou e tomou para si a nota, correndo os olhos pelos katakanas riscados em tinta preta. “Observamos seus passos” eram os primeiros dizeres, “leia o verso” vinha logo em seguida. E assim o fez. “Te esperamos no campo” escrevia-se em tinta vermelha sobre o grande kanji que identificava a folha como uma kibaku fūda.
  A tempestade largou o papel e desapareceu do local antes do estouro. Seus passos céleres o conduziram para o cenário onde viu o pequeno Haku treinar mais cedo naquele mesmo dia. Deparou-se com o rapaz ainda em sono profundo, deitado sobre a grama e seu alvo que não escondia o rosto por trás de uma máscara, embora um dos olhos estivesse enfaixado assim como a cabeça, ostentando na testa o símbolo da Nuvem.
  — Finalmente. — um sorriso macabro torcia-se nos lábios do outro. — Achei que iria nos deixar esperando para sempre.
  — Você não parece assustado. — a plenitude de Warui transbordava, era a calmaria que precede a tempestade.
  — O último dos Arashi. — o assassino desembainhou uma espada que prendia em suas costas. — Será uma honra eliminá-lo.
  — Pensei que estivesse atrás do garoto. — ele não se agitou e nem sequer sacou sua espada. — Me sinto mais tranquilo já que o alvo sou eu.
  — Sua família maldita exterminou membros e mais membros da Nuvem!
  Foi a presa quem acabou exaltado e avançou, balançando a espada de cima para baixo. Warui aparou sem grande esforço, sacando a arma tão rápido que seu inimigo arregalou o único olho quando percebeu. Se afastou e voltou a avançar, agora banhando a lâmina com chakra elétrico.
  — Insistiam dizer ser melhores com a espada e com o raiton que nós!
  O tokujo desviou da lâmina e correu a sua da coxa ao joelho direito de sua presa, arrancando um grito estridente de dor no meio da madrugada.
  Ele nada dizia.
  — Eliminar o último das Tempestades seria um duro golpe na Névoa, mas preferimos nos divertir um pouco antes para desviar o foco...
  O aço em sua mão beijou a garganta do shinobi da Nuvem, rasgando toda a carne do pescoço fazendo a cabeça tombar do corpo num tunc úmido sobre a grama verde, manchando com a cor do sangue. Um movimento tão veloz que quiçá o alvo não percebeu quando deu o último sopro de vida.
  Na noite de lua cheia, sangue, morte e covardia foram os maestros da ópera macabra. O menino dormia um sono pesado, como se tivesse sido induzido àquilo. Foi apenas mais uma noite comum dos últimos meses desde o regresso da tempestade.


HP: 340/340 // CH: 271/340 // SN: 190/190 // ST: 02/05


Armas (13,75/45 espaços):
Usados & Ativos:
Considerações:
Warui
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Tengu
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brota, Homem-Tempestade!
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