I'm the bad guy

duh

A vida era uma ótima imitação da arte, seja nos movimentos das nuvens, seja no sopro dos ventos que balançavam as gramas, dos vilões de teatro a vilões do mundo real. Benimaru estava exausto de ouvir histórias heroicas, sobre falsos homens e mulheres que lutavam por uma liberdade fictícia. A vida deveria imitar essa arte e trazer a tona a verdade liberdade, onde todas as pessoas poderiam viver juntas sem uma separação hierárquica. O poder é um grande influenciador, atrativo, mas ao mesmo tempo ele é tão venenoso quanto as presas de uma serpente, corroendo com sua toxina até mesmo o mais puro homem. Sabia que poderia até acontecer consigo mesmo, por isso não pensava em cargos altos, mas sim chegar a um nível onde sua presença seria forte o suficiente para cutucar o vespeiro. Tarde do dia, onde o sol já alaranjava os céus da Aldeia Oculta da Folha, o ruivo caminhava após sair de uma loja de artigos antigos, procurando um tipo de instrumento que apreciava ouvir, mas nenhum tinha o tom correto que procurava. Enquanto seus passos o guiaram de volta para casa, acabava cruzando com a entrada da joalheria, e os matérias expostos em vitrines chamavam sua atenção. As pedras preciosas brilhavam, eram uma verdadeira obra prima encontrada em baixo do solo. Entrou sem a intenção de comprá-las, mas pensando em pelo menos admirar algumas. Sua presença não tardou a ser notada pelo dono e atendente da loja, que trajava roupas sociais e bastante luxuosas, podendo notar de longe a qualidade do tecido que moldava o terno daquele homem. — Posso ajudar, meu jovem? Pode me dizer o que procura... um presente para a namorada, talvez? — O sorriso amarelado do homem mostrava um contínuo uso do tabaco, mas não disparava olhares de julgamento. Benimaru acabava rindo com o tom que o outro usava, negando com a cabeça antes de respondê-lo. — Não, não, que isso. Eu parei para olhar apenas, são tão bonitas. — Explicou suas intenções rapidamente. — Se precisar de algo, por favor me chame. — Entregou sua disposição ao Genin.

HP: 120/120 | CH: 120/120 | ST: 03/03 | SA: 120/120

Considerações:

Bolsa Ninja:

I'm the bad guy

duh

Naquele mesmo instante, outro funcionário entrava na loja, reclamando para o chefe que não havia conseguido terminar o trabalho. — Eu não consigo fazê-la devolver, chefe. Ela fala que já pagou, que nós estamos a roubando. Eu disse que ela seria presa... mas não deu certo. — Reclamou, batendo os pés no chão. Benimaru viu ali uma oportunidade, poderia oferecer ajuda à loja e todos sairiam ganhando com seu sucesso. — Com licença, eu ouvi um pouco da conversa e acho que posso ajudar. Ela deve ser do tipo rica que se sente protegida pelo dinheiro que tem... posso mostrar para ela que não é bem assim que funciona. O que acham? — Tinha animação na fala, sentia que seria uma ótima oportunidade de fazer os mais poderosos sentirem o que os outros passam. — Você tem certeza que consegue? E-eu pago seu serviço, faço o que for preciso! Ela mora naquela casa azul dos ricos! — O dono da loja se animava também. — Considere isso como uma missão... converse com os superiores para me recompensar, volto logo! — Acenou enquanto saia com um sorriso no rosto. Os passos do ruivo logo o levarão para a área nobre do vilarejo, onde uma enorme casa azulada chamava atenção. Benimaru jogou uma bala caramelada em seus lábios antes de utilizar a Técnica de Transformação para parecer um dos guardas do vilarejo, trajando suas roupas típicas. Batia na porta com as costas da mão e era atendido sem pressas por uma mulher de aparência refinada, e seu olhar esnobe era lançado contra o ninja. Em seus dedos, uma joia azulada presa a um anel. — Minha senhora, vou ter que pedir para me acompanhar. Você está sendo acusada de roubar uma joalheria. Venha. — Falava com convicção, virando levemente de lado. — O que é isso? Que falta de respeito, você sabe quem eu sou? — Ela recuava com um tom de voz raivoso. — Sei, sei muito bem. Por isso acredito que não vá querer que essa história se espalhe, não é? Melhor resolver agora. — Completou, com um sorriso no rosto. Ela parecia concordar, afinal sua reputação era mais frágil do que vidro. Sem muitas recusas, ela seguiu o ‘’guarda’’ até a joalheria, entregando a joia ao dono com um olhar envergonhado. Naquele mesmo instante, o Genin desfazia sua transformação, rindo brevemente. — A fragilidade dos riquinhos. Muito bem, eu trouxe sua joia. — Podia ver o desespero nos olhos da mulher, que saia às pressas da loja. — Obrigado! Irei avisar todos sobre o que fez! Qual seu nome? — Agradecido, o dono da loja mostrava que iria cumprir com sua parte do acordo. — Benimaru Enkai. — Dizia enquanto saia da loja acenando, pronto para voltar até sua casa.

HP: 120/120 | CH: 120/120 | ST: 03/03 | SA: 120/120

Considerações:

Bolsa Ninja: