I'm the bad guy

duh

— Benimaru-kun, pode vir aqui um instante? — Logo pela manhã um homem aparecia na porta do apartamento do garoto, que o atendia sem deixá-lo esperar muito tempo. O ruivo, como sempre, trajava seu quimono branco com detalhes avermelhados, imitando chamas nas extremidades. — Claro, o que está acontecendo cara? — Saiu de trás da porta e ficou na rua alguns instantes para ouvir o pedido que aquele homem trazia consigo. — É aquele senhor que mora na esquina... lembra dele? Um mestre de katanas. — O vizinho do ruivo o chamava para alertar sobre os últimos momentos de vida de um antigo mestre de espadas da vizinhança. Benimaru se lembrava do homem, mesmo que seu nome estivesse muito longe para se recordar. — Sei, sei, ele estava doente esses tempos, não é? O que aconteceu? Não me diga que.. — Estava esperando o pior, naquela altura qualquer mudança poderia ser o fim para o mestre. — É quase isso. Os médicos disseram que ele não tem muito tempo restando. Ele pediu para chamar um ninja na casa dele. Pensei em você. — Podia sentir a voz do outro trêmula enquanto chamava o ruivo. Sem questionar, aceitou e fechou a porta para logo irem. Ambos chegaram na casa do antigo mestre, entrando como se fossem nobres convidados. O mesmo aguardava em uma poltrona. Benimaru se ajoelhou abaixando a cabeça. — O senhor pode me pedir o que precisar, Mestre... — Suspirou, olhando levemente para cima, fitando-o rapidamente. Ele carregava uma lamina embainhada em seu colo, levantando-a com seus braços fracos. —B-Benimaru... runf, vo..você me lembra o seu pai na adolescência. Eu preciso de um... favor meu filho. Essa lâmina pertencia a minha esposa, e-ela está enterrada no pé de uma cerejeira fora do vilarejo. L-leve a espada para ela. — Conseguia sentir a dificuldade e o esforço que ele fazia para se comunicar, ainda mais para passar um pedido como aquele. O ruivo abaixou sua cabeça em respeito. — Eu farei isso com muito orgulho. Obrigado por confiar em mim, Mestre. — Se levantou para pegar a lâmina. A viagem do Genin estava para começar.

HP: 120/120 | CH: 120/120 | ST: 03/03 | SA: 120/120

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Com a lâmina presa em suas costas, Benimaru se levantou e deixou o lar do mestre, partindo a passos lentos para os portões do vilarejo, rumo a cerejeira que o aguardava. Por sorte havia sido chamado pela manhã, a viagem deveria durar algumas horas andando, e quando já estivesse voltando provavelmente já seria noite. Atravessou os portões do vilarejo, utilizando a estrada principal para percorrer alguns quilômetros, cercado pela floresta que o obrigava a ficar com os sentidos atentos, onde até mesmo o menor movimento das folhas ou o ruído dos galhos podia significar algum tipo de perigo. Após alguns quilômetros de caminhada, uma estrada paralela surgia entre os arbustos, bem visível aos olhos mas somente se estivesse prestando bem a atenção. Ali o ruivo entrava e seu caminho seguia por dentro da floresta, agora a atenção dobrada era necessária, não somente pelos arredores, mas para saber onde estava pisando e se apoiando. A ferida por um animal peçonhento poderia comprometer toda a missão. Mas não houve perigo além de galhos batendo em sua cabeça, folhas em seu rosto e alguns animais que passavam por perto. O chão da floresta era substituído por um gramado em uma colina, que no topo carregava uma cerejeira. Por mais que não estivesse florida nessa época, era facilmente reconhecida. Benimaru se aproximou, observando as marcas que haviam na madeira, marcas que eram típicas de um túmulo. A espada foi posta na raiz da árvore, e o Genin se ajoelhou em respeito. Usou o mesmo caminho para voltar, avisando para aqueles que cuidavam do mestre que sua amada havia recebido a espada. Benimaru pode retornar para sua casa no fim do dia.

HP: 120/120 | CH: 120/120 | ST: 03/03 | SA: 120/120

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